NOTICIAS DO ENORME DO DIA 05/10

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SC Braga: Incapacidade ofensiva dá nulo na recepção ao Arouca

Um Sporting Clube de Braga sem ideias nem capacidade para ultrapassar uma ultradefensiva equipa do Arouca não foi, ontem, além de um empate sem golos na partida relativa à sétima jornada da I Liga. Os bracarenses mandaram sempre no jogo, mas mostraram-se incapazes para encontrar o caminho do golo.

Primeira parte de qualidade reduzida, com o SC Braga a tomar conta de forma definitiva dos acontecimentos da partida, jogando praticamente todos os primeiros 45 minutos dentro do meio-campo adversário. Em acção defensiva, o Arouca recuava completamente em campo, com os onze jogadores a defenderem praticamente apenas dez metros à frente da sua linha de grande área, fechando completamente os caminhos às iniciativas ofensivas bracarenses.

Um jogo que precisava de muita paciência, foi isso que os Guerreiros do Minho fizeram ao longo dos primeiros 45 minutos. Muita circulação de bola, com o esférico a circular todo o campo em busca da melhor iniciativa atacante. E o perigo foi aparecendo junto da baliza do Arouca.

Primeiro foi um forte remate de Boly que obrigou Bracali a defender para canto. Mas a melhor situação aconteceu aos 36 minutos quando o estreante Aaron Ñiguez respondeu da melhor forma, de cabeça, a um cruzamento enviando a bola à trave da baliza dos arouquenses, naquele que foi o lance mais perigoso dos primeiros 45 minutos e que poderia mesmo permitir a alteração no marcador, que não aconteceu até ao intervalo.

No segundo tempo, ao contrário do que se esperava, o SC Braga voltou a cair na malha defensiva montada por Lito Vidigal. O Arouca defendida com todas as unidades e os bracarenses, apesar de terem aumentado a velocidade e criado perigo, principalmente com triangulações entre Alan, Roman e Hassan, o golo não apareceu e o jogo voltou a cair na mesma toada de ataque pouco veloz do SC Braga, defesa ultradefensiva do Arouca e incapacidade dos Guerreiros do Minho conseguirem furar a rede defensiva dos forasteiros.

Mais uma vez a organização do jogo ofensivo bracarense recaiu sobre Luiz Carlos e Mauro que, no entanto, não tinham ninguém, no centro do terreno, para quem passar a bola em situação ofensiva. As laterais bracarenses estiveram sempre muito ocupadas, com Alan, Román, Goiano e Dajavan, mas sempre muito marcados e s em conseguirem furar a defesa contrária para chegar à linha de fundo e realizar cruzamentos que pudessem colocar em perigo o reduto defensivo do Arouca.

Por isso mesmo, os minutos foram decorrendo sem que os arsenalistas conseguissem chegar ao golo perante o 'autocarro' colocado em campo por Lito Vidigal. De qualquer forma, faltou sempre velocidade ao SC Braga e também capacidade ofensiva, com uma nítida falta de ligação entre o meio-campo defensivo arsenalista e o ataque. Sem ideias, o SC Braga foi incapaz de chegar à vitória e a divisão de pontos tornou-se uma realidade.

Paulo Fonseca: "Não foi fácil ultrapassar a estratégia ultradefensiva"

No final da partida, como é lógico, Paulo Fonseca mostrava-se agastado com o resultado do jogo, considerando que apesar de ter sido um encontro difícil, a sua equipa conseguiu, mesmo assim, criar oportunidades para chegar ao golo e se tal acontecesse tudo seria diferente.

"Foi um jogo difícil, tenho de reconhecer isso, não é fácil jogar contra uma equipa que tem 11 jogadores em 30 metros, não é uma crítica, é uma constatação. Tivemos dificuldades em encontrar espaço, se tivéssemos marcado em algumas oportunidades que tivemos na primeira parte o jogo poderia ter sido diferente, obrigaria o Arouca a abrir-se um pouco mais", considerou o técnico, acrescentando: "tentámos circular a bola, mas não com a velocidade necessária nos corredores laterais, mas não foi fácil ultrapassar a estratégia ultradefensiva do Arouca".

Quanto às alterações realizadas no plantel, Paulo Fonseca falou nas limitações físicas de muitos dos seus jogadores, como foi o caso de Vukcevik, e também no pouco tempo de descanso depois do jogo da Liga Europa.

"O Vukcevic apresentou algumas queixas no gémeo no fim do último jogo e optámos por não arriscar, o Aarón jogou porque achámos que era o jogo adequado e ele esteve bem para o que foi o seu primeiro jogo, até podia ter marcado. Foi perfeitamente notório o cansaço, nomeadamente no rendimento dos laterais, havia um desgaste enorme nos dois, além de cansaço em alguns jogadores da nossa equipa. Quem diz que consegue recuperar uma equipa em dois dias para um jogo só o diz porque lhe convém", finalizou.

CORREIO DO MINHO

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CANDIDATO ABAFADO NUM COLETE DE FORÇAS
BLOQUEIO De volta ao campeonato, o Braga esbarrou vezes sem conta no muro de betão do Arouca. Para variar, o ataque não carburou

Lito Vidigal abdicou do romantismo de jogar de peito aberto para meter travões no poder ofensivo do adversário e conquistou um ponto. Pelo meio, o Braga ainda se assustou


Nuno Coelho, do Arouca, e Luiz Carlos estiveram sempre muito interventivos

Mesmo a brincar, como sugeriu Paulo Fonseca sobre uma hipotética candidatura ao título, Toni Vidigal encarou o Braga muito a sério, metendo-o num colete de forças terrível, como se fosse, de facto, um grande com historial de títulos no campeonato. O respeitinho é bonito e fazia todo o sentido. Os arsenalistas é que não terão achado piada nenhuma a semelhante esquema defensivo, a fazer lembrar adversários de barba rija, como o Aves, o Trofense e o Penafiel de outros tempos, todos com a chancela do professor Neca, atual adjunto do treinador do Arouca. Esse foi o problema mais evidente num jogo em que os bracarenses pouco acusaram o desgaste físico despendido na receção ao Groningen, da Liga Europa, fruto, possivelmente, das entradas no onze de Pedro Monteiro, Mauro, Aáron Ñíguez (estreia) e Stojiljkovic.
O mais curioso desta armadilha montada por Vidigal é que o jogo não teve apenas um sentido, a favor do Braga. Os minhotos tiveram mais bola, somaram mais oportunidades e remates, mas semelhante domínio era, volta e meia, colocado em causa por cirúrgicos lances de contra-ataque do Arouca, frequentemente conduzidos ou finalizados por uma lebre chamada Ivo Rodrigues. No estirador dos visitados, estava tudo certo: juntos no ataque, Hassan e Stojiljkovic eram dois valentes couraçados, repletos de munições e preparados para afundar o adversário. Na prática, o Braga disparava, disparava, mas sem a pontaria adequada ou então de zonas parcialmente menos problemáticas, porque os arouquenses não permitiam grandes aproximações à sua baliza.
Com Rafa em tarde menos inspirada, Paulo Fonseca fez os possíveis por contrariar semelhante bloqueio. Trocou de avançados (Stojiljkovic por Rui Fonte), refrescou as alas com Alan e Joán Román, mas o resultado continuava a ser o mesmo. O Arouca não cedia e Ivo Rodrigues não parava de assustar.



MOMENTO
36'
AÁRON ÑÍGUEZ ACERTA NA BARRA PARA UM GRITO SUFOCADO.

Rápido pela esquerda no seguimento de um contra-ataque, Rafa lança Djavan pela esquerda. O lateral arranca o cruzamento na passada e Aáron Ñíguez, ao segundo poste, desvia de cabeça, acertando na barra. Gritou-se golo, mas tudo não passou de uma miragem para o Braga.



FILME DO JOGO

10' Aáron Ñíguez, num livre a 30 metros do alvo, remata à flor da relva. Bracali defende sem problemas.
16' Após tabela com Hassan, Mauro entra na área, torneando uma floresta de jogadores, e consegue o remate. Erra por pouco.
25' A solo, Aáron Ñíguez contorna o muro defensivo do Arouca. De ângulo apertado, remata cruzado. Bracali segura.
26' Desmarcado pela esquerda, Ivo Rodrigues consegue espaço para disparar. Kritciuk defende.
30' À entrada a área, Boly enche o pé e obriga Bracali a aplicar-se para evitar o golo.
46' Após cruzamento de Marcelo Goiano, Bracali sacode e, ao segundo poste, Rafa atira por cima.
60' De fora da área e livre de marcação, Artur dispara fortíssimo. A bola sobrevoa a baliza.
63' Após tabela com Hassan, Alan remata, errando por pouco.
67' Lucas Lima, delivre, dispara rasteiro. A bola passa próximo do poste.
83' Ivo Rodrigues, solto pela esquerda, flete para o centro e chuta cruzado. Sai ligeiramente por cima.



UM A UM BRAGA

Kritciuk 6
Tranquilidade e segurança.
Marcelo Goiano 6
Deu profundidade ao flanco.
Pedro Monteiro 6
Excelente estreia, sem erros.
Boly 6
Ganhou todos os duelos.
Djavan 5
Apareceu cansado.
Mauro 5
Pouco eficaz na saída de bola.
Luiz Carlos 6
Faltou acertar o último passe.
Aáron Ñíguez 6
Boa estreia. Quase marcou de cabeça (36').
Rafa 5
Falhou um golo de baliza aberta. Exibição apagada.
Stojiljkovic 5
Dois cabeceamentos por cima da barra e muita luta.
Hassan 5
Sem oportunidade para brilhar.
Alan 5
Tentou ligar o jogo da equipa.
Joan Román 5
Agitou a partida.
Rui Fonte 4
Pouco acerto.



Paulo Fonseca "Foi um jogo difícil"
Treinador do Braga argumentou que não é fácil defrontar uma equipa que joga em "30 metros"

"Não é fácil jogar contra uma equipa que tem os 11 jogadores colocados em apenas 30 metros"

Foi o primeiro jogo da época que o Braga não venceu em casa e Paulo Fonseca encontrou na forma de jogar do Arouca a resposta para o empate sem golos. "Foi um jogo difícil. Não é fácil defrontar uma equipa que tem os 11 jogadores colocados em apenas 30 metros. Tivemos dificuldades em encontrar espaços. Se tivéssemos marcado nas oportunidades que tivemos na primeira parte, tudo seria diferente. Mesmo assim, continuamos a tentar, a circular a bola, ainda que nem sempre com a velocidade que permitisse criar espaço. Mas, confesso, é muito difícil entrar numa defesa assim", afirmou. Fonseca concordou ainda com a ideia de que alguns dos seus jogadores acusaram o desgaste provocado pelo jogo de quin-ta-feira. "Isso foi perfeitamente notório. Por exemplo, notou-se bem no rendimento dos nossos laterais. Quem disser que consegue recuperar os jogadores em dois dias, só o diz por interesse. Houve cansaço em alguns jogadores da nossa equipa", rematou.



BRAGA FONSECA JÁ LANÇOU 24 JOGADORES NA EQUIPA TITULAR

Paulo Fonseca estreou ontem mais dois jogadores na equipa titular, Pedro Monteiro e Aáron Ñíguez (na foto) , que mereceram elogios do treinador. "Para quem fez o primeiro jogo, o Aáron esteve muito bem. Até podia ter marcado. Quanto ao Pedro Monteiro, correspondeu ao que esperávamos dele. Dá-nos garantias." Em nove jogos, o Braga já utilizou 24 jogadores na equipa titular.



CÂNTICOS ADEPTOS DO BRAGA ACABAM A ASSOBIAR O AROUCA

Normalmente, quando a equipa da casa não vence, os assobios costumam ser direcionados para os próprios jogadores ou para os árbitros, mas ontem foi diferente. Mal acabou a partida, os adeptos do Braga aplaudiram a sua equipa e manifestaram-se, com cânticos bem audíveis, contra os jogadores do Arouca por, segundo eles, terem abusado do antijogo.



LESÃO VUKCEVIC FICOU DE FORA COM UM PROBLEMA NUM GÉMEO

Foi uma das grandes surpresas de ontem, a ausência no onze de Vukcevic, que nem no banco se sentou. Paulo Fonseca explicou. "Ele apresentou algumas queixas num gémeo depois do jogo com o Groningen e, por isso, decidimos não arriscar", afirmou. Vukcevic junta-se hoje à seleção do Montenegro. Hassan e Rafa também estão convocados para os próximos jogos internacionais.



ESTREIA PEDRO MONTEIRO DIZ QUE FEZ O QUE LHE FOI PEDIDO

Pedro Monteiro, central da equipa B, estreouse esta época pelo Braga com um misto de emoções: satisfeito com a sua exibição, mas triste pelo resultado. "Estive bem, fiz o que me foi pedido. Foi pena o resultado, acho que merecíamos a vitória." Pedro Monteiro disse ainda que "se sentiu preparado" para o desafio de ontem e garantiu que há mais jogadores na equipa B "à espera de uma oportunidade".

O JOGO

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Guerreiros sem fôlego para engrenar a quinta
Braga Arouca trava equipa arsenalista incapaz de disfarçar o desgaste europeu

O Sporting de Braga ressentiu-se do esforço do jogo europeu da última quinta-feira e não conseguiu melhor do que empatar em casa com o Arouca, sem golos, num regresso amargo ao campeonato. Foi a primeira vez que os guerreiros do Minho não venceram em casa esta época, com o empate a travar também a série de quatro vitórias oficiais consecutivas que levava a equipa de Paulo Fonseca. A melhor sequência da temporada foi bloqueada, para desilusão de um treinador que, na véspera, chamara a atenção para a possibilidade de a sua equipa, caso chegasse aos 15 pontos na Liga, atingir o melhor pecúlio dos últimos seis anos, à sétima jornada da competição.
Sucedeu que, ontem, o Braga não teve fôlego, nem astúcia para vencer um jogo difícil, perante um Arouca apostado acima de tudo em defender bem e a regressar a casa com algo de bom. O técnico arsenalista até aplicou a habitual rotação do plantel, com cinco alterações em relação ao encontro com o Groningen, da Liga Europa, mas a questão física não deixou de ser significativa, com a equipa a não ser capaz de furar a boa organização do opositor.
Além do défice físico, o Braga acusou também falta de imaginação. Com modelo tático inalterável no 4x4x2, nem o mesmo o recurso a Alan, Román e Rui Fonte na segunda parte abanou com as hostes. O futebol dos minhotos raramente foi vistoso e o Arouca até acabou o jogo a espreitar o contra-ataque, numa cadência raramente vista ao longo do desafio.
É verdade que pertenceu ao Braga a melhor ocasião, num remate do estreante Aarón (36 minutos), que bateu na barra. Mas o Arouca pode queixar-se, antes disso, de um lance na área, à meia hora, com Ivo Rodrigues a ser travado por Boly e o penálti a ficar por assinalar.


À margem

Sete mil e sem televisão
Final de tarde muito chuvoso em Braga, num jogo sem transmissão televisiva direta, o que é uma raridade no campeonato, no que diz respeito aos guerreiros do Minho. Mas o público também não correspondeu em bom número. O Estádio Municipal registou uma assistência de apenas 7810 pessoas. De Arouca viajou uma dezena de apoiantes.
Lesão afasta Vukcevic
O médio Vukcevic foi convocado por Paulo Fonseca, mas acabou por falhar o jogo devido a problemas físicos. O montenegrino apresentou queixas nos gémeos e o técnico decidiu não arriscar. Com 20 futebolistas na lista, o treinador sacrificou ainda o brasileiro Crislan, que recentemente enfrentou problemas físicos.
Artur rende Simão
Apontado ao onze inicial, David Simão acabou por ser suplente na pedreira. Contudo, foi indicado na ficha de jogo como sendo subcapitão do Arouca. A situação obrigou os arouquenses a corrigir a informação e a indicar Artur como número dois da hierarquia em campo, com Nuno Coelho a manter o estatuto de capitão.

JN

[Bruno3429]

Sócios votam projeto da academia na quarta-feira

Os sócios do SC Braga reúnem-se esta quarta-feira, às 21.00 horas, em plenário, no Auditório do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, para apreciar e votar o projeto da Academia do Sporting Clube de Braga, pode ler-se em A BOLA

Projetada para terrenos contíguos ao Estádio Municipal, a academia, sonho antigo do presidente António Salvador, terá vários campos relvados, alojamentos próprios, serviços de apoio e uma zona verde.

A Bola