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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 15/03

Started by JotaCC, 15 de March de 2015, 09:20

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JotaCC

Sp. Braga derrotado na Luz

À terceira foi a vez encarnada. O Sp. Braga trouxe do Estádio da Luz uma derrota por 2-0, em jogo da 25.ª jornada da I Liga, fruto dos golos de Jonas e Eliseu, numa partida marcada por total superioridade das águias e alguma passividade dos guerreiros, que somam dois desaires consecutivos. Depois de dois triunfos à equipa de Jorge Jesus esta época, Sérgio Conceição não conseguiu quebrar o bom momento de forma do líder do campeonato.

O Benfica entrou forte em jogo e foi, claramente, superior durante a primeira parte, com alguns momentos artísticos de classe a não darem espaço à criatividade dos arsenalistas. Bem organizada, a equipa encarnada dominou desde cedo e obrigou Matheus a defesas atentas, a primeira da cabeça de Jardel, após livre de Gaitán.

A pressionar alto, o Benfica não deu espaço ao Sp. Braga para sair em transições, no estilo de jogo preferido dos pupilos de Conceição, que sentiram grandes dificuldades para ter bola e ligar os sectores. A prova foi que apenas aos quinze minutos se viu o primeiro remate dos bracarenses, com Pedro Tiba a tentar a sorte com um tiro de longe, para defesa tranquila de Júlio César.

Com um meio-campo inexistente, o Sp. Braga não teve pernas para travar a organização e estratégia encarnada e o golo surgiu num pormenor de Jonas. Combinação entre Lima, Gaitán e Jonas, numa triangulação que terminou com um remate forte de fora da área do avançado brasileiro. O golo embalou as águias e Santos salvou o segundo em cima da linha de golo, após uma jogada de Pizzi.

Perante a supremacia encarnada, o Sp. Braga apenas respondeu de forma ténue de bola parada, num livre de Pardo por cima e de Tiago Gomes ao lado. Fora isso, não teve bola, nem conseguiu jogar sem bola.
Insatisfeito, Sérgio Conceição colocou em aquecimento logo aos 35 minutos Agra, Pedro Santos e Éder e ao intervalo deve ter dado um valente puxão de orelhas aos jogadores, que voltaram do balneário com outra postura. Bem mais ofensivos, os guerreiros deram um ar da sua graça, numa boa combinação entre Pardo e Rafa, com o extremo colombiano a atirar a rasar a trave.

Mas a tentativa de reacção esbarrou na expulsão de Tiago Gomes - viu o segundo amarelo aos 59 minutos numa entrada fora de tempo sobre Salvio - deixando o Sp. Braga reduzido a dez. A tarefa já estava a ser difícil e complicou-se ainda mais. Conceição lançou Pedro Santos para a asa esquerda da defesa, Salvador Agra e Éder, mas nem a mudança deu maior mobi lidade.
Brilhou Matheus a negar um remate de Lima e de Eliseu. Só não travou o tiro de pé esquerdo do defesa, à entrada da área, após grande assistência de Samaris. Um golo que matou o jogo. E nem o remate de Pedro Tiba - no único laivo ofensivo dos guerreiros - mudou a história.

Sérgio Conceição: "Houve algum demérito nosso"

Conformado com a derrota. Foi assim que surgiu Sérgio Conceição na sala de imprensa do Estádio da Luz. Sereno e resignado, o técnico do Sp. Braga considerou justa a vitória do Benfica, perante o demérito dos guerreiros do Minho, que deviam e podiam ter feito mais na partida.

"A estratégia não era muito diferente da que tínhamos feito nos outros jogos com o Benfica. Mas temos de reconhecer que Benfica e FC Porto têm equipas muito fortes, com ambições diferentes das nossas. Ainda assim, podíamos e devíamos ter feito mais na primeira parte. Houve algum demérito nosso e também algum mérito do Benfica na forma como nos anulou as tentativas de contra-ataque. Na segunda parte, entrámos melhor, mais desinibidos, a ter um bocadinho mais de bola, mas com a expulsão tudo se modificou", começou por explicar o treinador, destacando a "boa organização defensiva" dos encarnados, a "reacção à perda de bola" e apontando o dedo ao "demérito" bracarense.

"Podíamos ter feito mais, podíamos ter jogado mais", frisou, lembrando o que aconteceu "nestes últimos dois meses". "Nada satisfeito com o nosso jogo com bola", Conceição mudou ao intervalo e o início "da segunda parte foi diferente", contudo, "a expulsão do Tiago complicou muito a nossa tarefa". "O segundo golo matou, completamente, o jogo. Não há nada a fazer, é uma vitória justa do Benfica", sublinhou.

Questionado sobre o que mudou em relação aos outros dois jogos disputados com o Benfica, foi claro: "todos os jogos são diferentes, claramente o Benfica está num bom momento e o Sp. Braga, neste últimos dois jogos, não conseguimos ser aquilo que tínhamos feito até agora. O Benfica tem uma equipa com muita qualidade, muito bem orientada e foi difícil para nós, não conseguimos jogar no meio-campo adversário."
Quanto às contas, Conceição reforça a ideia de que a luta do Sp. Braga "é jogo-a-jogo". "O objectivo é ficar entre os quatro primeiros. Estamos a fazer um bom trabalho", rematou.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

DE LONGE PARA FICAR MAIS PERTO
Com dois tiros de fora da área, um em cada parte, armados por Jonas e Eliseu, o Benfica abateu com facilidade um Braga de fraca réplica. A meia distância foi um atalho no mapa do bicampeonato

Com vista para o título nacional, no arranque da contagem regressiva das últimas dez jornadas do campeonato, o Benfica tirou da frente o Braga com uma facilidade que, no plano teórico, seria difícil de estimar antes de a bola começar a dançar no relvado do Estádio da Luz. Dispensando espreguiçadeiras, os comandados de Jorge Jesus puxaram pela concentração para serem bem-sucedidos na rápida circulação de bola na zona de construção, ao primeiro toque, percebendo que só assim poderiam forçar diferentes caminhos para explanar ataques e furar a estratégia de contenção que os arsenalistas tinham para aplicar, que passava por manter a bola longe da sua baliza e só depois elaborar contragolpes. Após despejarem uns quantos cruzamentos na área e ficarem a centímetros do golo, os encarnados mostraram outra faceta na campanha em curso e atiraram (duas vezes) a matar de longe. Jonas, o predador que, à distância, sentiu o cheiro da presa, festejou primeiro: num tiro de fora da área, o brasileiro quebrou a resistência possível dos minhotos, ainda a primeira parte não tinha chegado a meio. Quem o imitou, no segundo golo de meia distância com que as águias embrulharam a sexta vitória consecutiva, foi Eliseu: ao terceiro disparo, o lateral- esquerdo, à entrada para o derradeiro quarto de hora do desafio, deixou o adversário – já reduzido a dez elementos, devido à incontestável expulsão de Tiago Gomes por acumulação de amarelos – definitivamente inerte no tapete. No momento em que se apanhou em vantagem, o Benfica aproveitou para respirar um pouco, mas sem perder o controlo dos acontecimentos. O que, em boa verdade, também não foi uma tarefa de complicada concretização, porque o 4x2x3x1 do Braga era mais do que meiguinho nos poucos ataques que tinha engenho para lavrar. Pardo, na direita ou na esquerda, ainda esperneou num ou noutro lance, mas sempre em zonas distantes das redes protegidas por Júlio César. Assim que se oxigenou, o campeão voltou a carregar e, com tanta posse de bola (61 por cento), podia ter ido para intervalo com maior folga no resultado.
Sem tocar nas peças, Sérgio Conceição pediu coragem na reentrada em cena, mas a equipa só teve arte para gerar uma pequena ilusão na bancada. Mexida, mais subida e com Pardo e Rafa ativos nos movimentos para zonas interiores, acercou-se na zona defensiva do Benfica, mas só num livre cobrado por Pardo (e desviado por Maxi Pereira pela linha de fundo) conseguiu dar um ar de réplica. Muito pouco para quem persegue o terceiro lugar na tabela, sonhando com uma linha de acesso à Liga dos Campeões. E pior ficou quando Tiago Gomes se deu à expulsão e encurtou a equipa, boicotando qualquer plano alternativo que o seu treinador pudesse sacar do bolso para mudar a tendência da partida.
Duplamente cómodo, porque estava na frente do marcador e desfrutava de nova superioridade numérica, o Benfica empolgou-se e, sem se descoordenar e oferecer contra-ataques, envolveu o adversário com um futebol largo e rápido e estrangulou-o, criando desequilíbrios por ambos os flancos e gerando uma diversidade de oportunidades de golo que, caso estivesse numa daquelas tardes/noites de elevadíssima eficácia, dariam para engordar a colheita. O público sentiu isso ao 2-0 e intervalou os "olés" com o clamor "só mais um", mas ontem não houve pólvora para mais – ou melhor, houve a suficiente para ficar mais perto do bicampeonato que escapa há 30 anos.



Conceição sublinha que Braga "dá luta"
Técnico dos bracarenses esperava mais da equipa no plano ofensivo, mas admite ter menos armas

"Se chegarmos à final da Taça e ficarmos nos quatro primeiros será uma época fantástica" "Na segunda parte tentámos mudar o rumo da primeira que foi toda do Benfica"

Sérgio Conceição reconheceu "mérito" ao Benfica pela vitória de ontem mas admitiu que esperava um pouco mais da sua equipa. "Na primeira parte mostrámos boa organização defensiva mas faltou-nos algo nas saídas, por mérito do Benfica e algum demérito nosso. Devíamos ter tido mais bola do que tivemos. O primeiro golo nasce de uma falha defensiva que, contra equipas como o Benfica, não se podem ter. Não fiquei nada satisfeito com o nosso jogo com bola da primeira parte e devíamos ter feito melhor no plano ofensivo", analisou o treinador do Braga.Apesar disso, Conceição gostou da resposta na etapa complementar. "Na segunda jogámos no campo todo e tentámos mudar o rumo da primeira, que foi toda do Benfica. Criámos algumas situações no último terço, mas a expulsão complicou a nossa tarefa. O 2-0 matou o jogo", referiu.
Como explicação da derrota após as duas vitórias nesta época, Conceição frisou as diferenças. "O Benfica está num bom momento e o Braga, nos últimos dois ou três jogos, não conseguiu repetir o que fizera antes. O Benfica está forte mas as duas vitórias que tivemos são sinal do querer e do trabalho que fazemos. Temos de assumir que Benfica e FC Porto têm equipas muito fortes e com ambições diferentes, mas estamos a dar luta e vamos continuar a dar ", prometeu. Quanto ao futuro, o treinador está otimista. "Queremos ficar entre os quatro primeiros e ainda temos a Taça de Portugal. Se chegarmos à final da Taça e ficarmos nos quatro primeiros, a época será fantástica", disse.



Santos foi muro difícil de quebrar
Seguro, foi um dos responsáveis pelo facto de o Braga continuar na discussão do jogo, pois somou várias defesas de nível, ainda que no 2-0 dê ideia que pudesse fazer algo mais.
Santos bloqueia investida ofensiva de Eliseu foi movida por Luisão e Jardel, falhando ainda na tentativa de segurar a defesa encarnada.



Expulsão travou Sérgio e deixou Jesus nas sete quintas

Perto da hora de jogo, Sérgio Conceição dava sinais de poder mexer no alinhamento para espevitar o Braga, mas a ideia foi ao fundo com a expulsão de Tiago Gomes. Pedro Santos entrou para tapar o buraco na esquerda da defensiva, e o técnico ainda tentou Agra e Éder ao 4x4x1, mas os arsenalistas foram incapazes de reagir, o que deixou o treinador do Benfica nas sete quintas. Jorge Jesus fez trocas para dar andamento a Ola John (Gaitán falha a próxima ronda por castigo), Amorim e também para preservar Maxi Pereira (em risco de exclusão).



APUPOS MICAEL FOI "MIMADO" NO FINAL

Já se sabe que os adeptos encarnados não morrem de amores por Rúben Micael (na foto) e, já quando o médio se preparava para entrar no autocarro bracarense, um grupo de apoiantes benfiquistas fez questão de lançar algumas bocas na direção do internacional português, entre as quais podia ouvir-se, por exemplo, "levaste dois". O jogador não respondeu à letra.



LESÃO TIAGO GOMES É HOJE REAVALIADO

Tiago Gomes sofreu uma luxação em dois dedos da mão direita e será hoje reavaliado pelo departamento médico do Braga. O lateralesquerdo lesionou-se, curiosamente, pouco antes de ter sido expulso (59') e já depois de ter sido assistido junto ao banco dos arsenalistas. Na altura continuou, mas uma entrada sobre Salvio ditaria o segundo cartão amarelo.



DESALENTO LUÍS FILIPE VIEIRA ACALMA ANTÓNIO SALVADOR

Apesar da acesa troca de acusações e provocações entre responsáveis de Benfica e Braga, os presidentes dos clubes, Luís Filipe Vieira e António Salvador, respetivamente, assistiram à partida lado a lado. E, motivado pelo facto de o Benfica estar já em vantagem por 2-0, o líder das águias até procurou acalmar, entre risos, um furioso António Salvador, que protestava pelo resultado.



OLHEIROS JUVENTUS A TIRAR NOTAS SOBRE MAXI E DANILO

A Juventus, interessada em Maxi Pereira e Danilo, foi um dos destaques entre os olheiros na Luz. Além da Vecchia Signora, o Manchester United esteve também de olho em Salvio e Gaitán, tendo observado também o jogo representantes de Atlético de Madrid, Sevilha, Villarreal, Granada, Elche, Córdoba, Lille, Montpellier, Brugge, Reading e Belenenses.



CASTIGOS GAITÁN FALHA RIO AVE E SÉRGIO CONCEIÇÃO PERDE DOIS

Com vários jogadores à beira da suspensão, por acumulação de cartões amarelos, tanto Jorge Jesus como Sérgio Conceição perderam jogadores para a próxima jornada, ante Rio Ave e Académica, respetivamente. Do lado encarnado, Gaitán viu o quinto amarelo, enquanto nos arsenalistas foi Danilo a ficar suspenso, algo que sucederá também com Tiago Gomes, expulso por duplo amarelo.

O JOGO

JotaCC

Benfica à vontade matou na Luz um borrego chato
Dois golos de fora da área ( Jonas e Eliseu) num dia em que a única má notícia para Jesus é ter de ir a Vila do Conde sem Gaitán

Tiago Gomes foi ( bem) expulso ainda antes da hora de jogo

O Benfica ganhou finalmente ao Braga esta época, ao terceiro jogo. 2- 0 foi o resultado, subindo para sete os pontos de avanço sobre o FC Porto ( que só joga hoje) no comando da Liga. Uma vitória clara num jogo que começou tenso, em que o Braga terminou com dez e em que dois golos de fora da área deram o tom da diferença entre as duas equipas.
A única má notícia para Jorge Jesus é ter perdido Gaitán para Vila do Conde ( Rio Ave), por suspensão. O argentino foi punido por uma simulação em que o árbitro, muito perto, não teve dúvidas. E bem. Artur Soares Dias fez uma arbitragem boa, de resto, acertando na maioria dos lances.
A Luz, quase cheia, assistiu a uma primeira parte de sentido único, na direção da baliza de Matheus, e a uma segunda um pouco mais dividida, mesmo depois da expulsão de Tiago Gomes ainda antes da hora de jogo.
Mas o Benfica foi sempre melhor do que um Braga retraído e que, tal como contra o FC Porto, poucas vezes passou a linha de meio- campo com a bola dominada. Foi um pequeno Braga que se viu ontem, até porque Pardo, que voltou a ser titular – o que ainda não tinha acontecido desde a lesão –, foi uma pobre imitação daquele que marcou dois golos na Taça, neste mesmo estádio.
O Benfica foi dinâmico, agressivo, ganhando a bola com facilidade, desenhando os lances com variedade de recursos e nota artística em várias ocasiões, fazendo de Matheus um dos melhores em campo. Jonas fez um belo golo a meio da primeira parte, num tiro de fora da área apanhando o guarda- redes em deslocação contrária, depois de boa jogada coletiva. O Benfica impunha a sua força, ganhava cantos – desta vez o Braga defendia as bolas paradas com todos os seus homens na área, o que nem é costume – e passava com facilidade o sistema de Sérgio Conceição, como habitualmente de inspiração muito italiana, com marcações homem a homem.
É preciso outra força coletiva para conseguir jogar assim e ontem o Braga não a teve, até porque o Benfica e todo o ambiente também não lho permitiram, se calhar. Ainda tentou pôr a cabeça de fora com cinco minutos de posse de bola no início da segunda parte, mas sem continuidade, até pela expulsão ( justa) de Tiago Gomes.
Salvio e Gaitán eram mais fortes do que os laterais, Luisão fez o que quis de Zé Luís, Micael e Rafa não parecem em grande forma. Tiba e Danilo correram, mas não podiam correr por cinco ou seis. O Braga limitou assim muito o seu jogo.
E, com o seu onze habitual, o Benfica foi comandando ou controlando o jogo, mantendo sempre os bracarenses sob pressão, até porque houve cartões amarelos bem cedo. Samaris muito bem no controlo, Maxi e Eliseu sempre a colocarem as coordenadas do jogo mais adiante, Jonas a trabalhar e a marcar, como tem acontecido com regularidade. A diferença foi- se estabelecendo com tanta naturalidade como o aparecimento do segundo golo, num tiro de Eliseu de fora da área ainda, em que Matheus conseguiu tocar na bola mas pouco ( 77'). Antes já Lima tinha falhado o golo de forma incrível, acertando no guarda- redes a três metros da baliza. Digamos que o Benfica não construiu um número enorme de grandes oportunidades, mas esteve sempre perto da baliza adversária, enquanto o Braga só num canto teve alguma coisa parecida com uma ocasião de golo, e já com o marcador a 2- 0.
Acabava em festa um jogo vivido com mais nervos antes do que durante, pela parte dos adeptos e alguns dirigentes benfiquistas. Facto é que a equipa respondeu de forma formosa e segura.


DN

JotaCC

CASA CHEIA DE SONHOS

Jonas e Eliseu foram os autores dos golos da merecida vitória do Benfica sobre o Braga

O Benfica não treme na luta pelo título e mantém o F. C. Porto à distância, fruto da vitória, ontem à tarde, sobre o Braga, por 2-0. Os arsenalistas terminaram com dez jogadores, devido à expulsão de Tiago Gomes.
Não se justificaram os enormes receios do campeão nacional de que o Braga pudesse, novamente, causar um terramoto na Luz. Ao terceiro jogo da época entre as duas equipas, o Benfica foi muito melhor, enterrando os fantasmas associados às derrotas recentes frente ao conjunto arsenalista.
Teve mais posse de bola (63%) e bastantes mais remates (15 contra quatro) do que os minhotos, sem força, desde o primeiro minuto, para repetir ou sequer imitar as façanhas dos últimos meses. Jorge Jesus conseguiu a nona vitória como treinador benfiquista sobre o Braga, adversário que, depois do F. C. Porto, tem sido o maior especialista em causar-lhe dissabores, nos últimos seis anos.
Com o mesmo onze que defrontou o Arouca, os lisboetas entraram a todo o gás, com Samaris e Jonas em evidência. O grego foi especialmente interventivo a recuperar bolas, depois distribuídas por um ataque que apostou, sobretudo, na mobilidade. Tanto Lima como Jonas preocuparam-se, mais do que em outros jogos, em recuar na procura da bola, o que confundia e criava dificuldades acrescidas aos bracarenses.
Equilibrados taticamente, a jogar pela certa e com total segurança defensiva, fruto de um pressing gigante, os encarnados mandavam em campo. Adivinha-se o golo, que chegou aos 21 minutos, pelo pé direito de Jonas.
Aproveitou um lance inteligente, protagonizado ao primeiro toque, entre Lima e Gaitán, para colocar a bola no fundo da baliza de Matheus. A equipa de Jorge Jesus continuou a acelerar, mas sem discernimento no último terço do terreno. À exceção de um corte salvador de Santos, após um remate de Pizzi, vários lances perderam-se à custa de um último mau passe.
No segundo período, o Braga entrou mais atrevido, mas não causou sustos ao Benfica. Aliás, nem nesse período, nem em todo o jogo. Todos os caminhos estiveram tapados para Rafa, Pardo ou Zé Luís, presos no colete de forças das águias. A expulsão, justa, de Tiago Gomes, aos 59 minutos, não ajudou. Se já não conseguiam causar desequilíbrios, os minhotos tentaram, a partir daí, limitar os estragos da viagem a Lisboa.
No entanto, Eliseu acabou por fazer o 2-0. Depois de já ter assinado dois remates perigosos, aproveitou uma assistência preciosa de Samaris para matar o jogo. O sonho do bicampeonato alimenta os adeptos, que ontem lotaram as bancadas da Luz. Hoje, o F. C. Porto tem a palavra nas contas do título.



"Expulsão complicou e o resultado é justo"

SÉRGIO CONCEIÇÃO Da parte arsenalista, sobressaiu a resignação e o sentimento de justiça do resultado, mas também a sensação que a réplica podia ter sido diferente.
"Temos que assumir que o Benfica e o F. C. Porto são muito fortes e têm armas diferentes das nossas. Mesmo assim, devíamos ter feito mais na primeira parte. Houve demérito do Braga e mérito do Benfica, pela forma como anulou o contra-ataque. Na segunda parte, entrámos melhor. A equipa mostrou-se mais desinibida. Mas, com a expulsão, tudo ficou complicado. A vitória do Benfica é justa

JN

JotaCC

Desta vez não houve Sporting de Braga que parasse o Benfica
Jonas e Eliseu marcaram para os "encarnados" e levaram a festa às bancadas do lotado Estádio da Luz. Os campeões nacionais levam 884 minutos sem sofrer golos em casa

O Sp. Braga não conseguiu, desta vez, surpreender o Benfica, nem operar nenhuma reviravolta miraculosa no marcador ou sequer estar perto de o fazer. No terceiro confronto entre as duas equipas esta temporada, os "encarnados" conseguiram finalmente exorcizar o fantasma minhoto, uma espécie de besta negra dos campeões nacionais esta época, que já alcançara dois emotivos triunfos frente aos lisboetas, o último dos quais a resultar na eliminação da equipa de Jorge Jesus da Taça de Portugal, em pleno Estádio da Luz. No ninho da "águia" voltou a mandar a equipa da casa, que conquistou mais três pontos, com dois golos sem resposta.
Empurrado por mais de 60 mil adeptos nas bancadas, o Benfica entrou com o pé direito na primeira das últimas dez "finais" da Liga, rumo ao desejado bicampeonato. Mas o Estádio da Luz só respirou fundo quando Eliseu apontou o segundo golo, a 13 minutos do fim, numa altura em que os bracarenses já estavam reduzidos a dez unidades, após a expulsão de Tiago Gomes, aos 59', por acumulação de cartões amarelos. Os minhotos, que até então não demonstraram capacidade para inverter a tendência do marcador, aberto por Jonas, aos 21', perderam definitivamente a esperança de qualquer golpe de teatro na casa dos lisboetas.
Uma casa "encarnada" que é cada vez mais uma fortaleza inexpugnável para as equipas visitantes, que aqui não marcam qualquer golo para a principal prova nacional desde 21 de Setembro de 2014, quando João Pedro festejou pelo Moreirense, ainda na quinta jornada. Seguiram-se 884 minutos com as redes invioladas, que duram há nove partidas consecutivas.
Apesar desta estatística desmotivadora para os adversários, esperavase um pouco mais deste Sp. Braga, pela amostra que a equipa de Sérgio Conceição deixou nas anteriores partidas com os "encarnados". E os bracarenses até mostraram saber ao que vinham, nos primeiros instantes do encontro, conseguindo bloquear o ataque do Benfica e aguentando a pressão que se fez sentir na sua área desde o apito inicial. Defendendo com todos os jogadores atrás da linha da bola, os minhotos não se coibiam de recorrer à falta quando faltavam melhores argumentos. Uma estratégia que resultou durante os primeiros 20 minutos, mas que implodiu com o remate certeiro de Jonas de fora da área, após uma triangulação perfeita com Lima e Gaitán. Uma vantagem mínima que não permitia ainda aos benfiquistas respirar de alívio perante uma equipa que já operara duas reviravoltas no marcador esta temporada frente aos "encarnados".
Júlio César espectador
Não surpreendeu, por isso, que o Benfica continuasse a carregar no acelerador em busca do golo da tranquilidade. Menos expectável acabou por ser a falta de reacção dos bracarenses em termos atacantes, que foi uma constante ao longo de todo o encontro. Júlio César foi quase sempre mais um espectador na Luz, apesar de um ou outro sobressalto, especialmente na segunda metade. Houve, claro, mérito dos "encarnados" que souberam bloquear as unidades do meio-campo visitante, antecipando qualquer veleidade ofensiva dos "arsenalistas", que só ocasionalmente conseguiam subir as suas linhas.
Apesar de tudo, o Sp. Braga regressou com uma atitude mais pró-activa para a segunda metade da partida, arriscando alguma coisa, mas abrindo mais espaços na sua retaguarda. O jogo tornou-se também mais quizilento e, aos 59', uma entrada de Tiago Gomes sobre Salvio resultou no segundo cartão amarelo para o lateral esquerdo bracarense, comprometendo em muito as ambições que restavam à sua equipa.
Em vantagem numérica, o Benfica não se fez rogado, abrindo mais convictamente a caça ao segundo golo. E as oportunidades foram surgindo em cadência, com Matheus a destacar-se nas redes minhotas. Defendeu com o pé direito um remate de Lima, aos 60', travou com a mão canhota um tiro de Eliseu, aos 67', e viu ainda um remate do defesa esquerdo "encarnado" sair ao lado, aos 71'. Mas à terceira, o internacional português, assistido por Samaris, foi mais incisivo e marcou mesmo, com um forte remate à entrada da área.
Com sete pontos de vantagem sobre o FC Porto (que recebe amanhã o Arouca), a equipa de Jesus respira confiança nesta derradeira fase da temporada e a "onda vermelha" promete seguir a equipa com euforia nas nove jornadas que restam.



Positivo/Negativo

Jonas
É, definitivamente, um dos grandes reforços do Benfica esta temporada. Abriu a contagem no Estádio da Luz e soma 10 golos no campeonato. O avançado brasileiro é sempre uma dor de cabeça para as defesas adversárias e nunca vira a cara à luta tanto a atacar como a defender.

Defesa do Benfica
É aqui que reside um dos grandes méritos da equipa de Jorge Jesus esta época. Nos jogos em casa só foi batida por duas vezes: com o Sporting (Slimani) e o Moreirense (João Pedro).

Ataque do Sp. Braga
Foi inexistente na primeira metade e raramente assustou no segundo tempo. A equipa preocupou-se sempre mais em defender, mesmo em desvantagem.

PUBLICO