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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 19/08

Started by Bruno3429, 19 de August de 2012, 10:08

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Bruno3429

Sp. Braga empata a duas bolas na Luz
Carlos Costinha Sousa

O Sp. Braga repetiu, ontem, o resultado da equipa B no Estádio da Luz, na primeira jornada da I Liga, ao empatar a duas bolas com o Benfica em jogo bem disputado e equilibrado.
Numa primeira parte sem golos, mas bastante interessante de acompanhar, as duas equipas demonstraram bem cedo que estavam em campo para tentar lutar pelo triunfo.

Com uma entrada em jogo concentrada e equilibrada, o Sp. Braga conseguiu mesmo reter o natural maior ímpeto atacante do Benfica e foi mesmo a primeira equipa a criar uma situação de perigo. Logo aos sete minutos, numa excelente jogada de entendimento entre Alan, Mossoró e Lima, os bracarenses remataram pela primeira vez à baliza contrária. Após excelente triangulação com Alan, Mossoró isolou-se na direita do ataque, centrou para o meio da área onde apareceu Lima a rematar para boa defesa de Artur.

A resposta do Benfica, que durante toda a primeira parte não conseguiu superiorizar-se ao Sp. Braga, apenas surgiu no minuto 19, num contra-ataque rápido, com Salvio a conseguir isolar-se na área e a rematar para uma defesa atenta de Beto, que evitou o primeiro golo da partida.
Até ao intervalo o resultado não sofreu alterações pois o jogo foi-se mantendo numa toada de equilíbrio, sem que qualquer uma das equipas conseguisse superiorizar-se verdadeiramente à outra, mas com os bracarenses a demonstrarem que a qualquer momento podiam causar estragos no Estádio da Luz.

A segunda metade do encontro começou praticamente com o golo do Benfica que inaugurou o marcador por intermédio de Salvio. No minuto 49, uma boa jogada do Benfica causou alguma confusão na área do Sp. Braga e a bola sobrou para Salvio que só teve que empurrá-la por baixo de Beto para fazer o primeir o golo do jogo. Um rude golpe para os arsenalistas que agora se viam na obrigação de correr atrás do prejuízo.

No entanto, a resposta dos Guerreiros do Minho não se fez tardar e apenas cinco minutos depois, o empate surgiu, com alguma felicidade. excelente cruzamento na esquerda de Ismaily e Melgarejo, ao tentar cortar o esférico de cabeça, acabou por introduzi-lo na própria baliza empatando novamente o jogo.

Pouco depois o Sp. Braga conseguiu mesmo operar a reviravolta no marcador com um tento apontado por Mossoró. Num lance algo esquisito, Alan desferiu um primeiro remate que saiu fraco e não seguia em direcção à baliza do Benfica, no entanto, acabou por terminar a sua viagem nos pés de Mossoró que se viu cara a cara com Artur e não hesitou, dominou o esférico, fintou o guarda-redes e colocou o Sp. Braga em vantagem.

Árbitro erra na expulsão e 'encrava' equipa arsenalista

Mas foi sol de pouca dura porque no minuto 71 o árbitro da partida viu bem a mão na bola de Custódio dentro da grande área e assinalou a respectiva grande penalidade. O lance é algo confuso já que, após um cruzamento na direita, Luisão cabeceia e a bola embate na mão de Custódio. O árbitro assinalou o penálti, mas acabou por mostrar, erradamente, o segundo cartão ama- relo a Douglão, que nem sequer inteferiu na jogada. Chamado a converter o castigo máximo, Cardozo não falhou e voltou a empatar o jogo.

Até ao final e com mais um jogador em campo, o Benfica tomou conta do jogo, mas os arsenalistas foram autênticos guerreiros e conseguiram ir aguentando a pressão das águias sem comprometer na defesa.
O Sp. Braga foi enorme na Luz mas o empate acaba, porém, por ser um resultado que se ajusta.

Correio do Minho

brigada da relote

Jesus vaiado em mais uma falsa partida das águias
Benfica não larga a maldição das estreias no campeonato, pois desde 2004 que não consegue vencer o primeiro jogo


E vão oito. Pela oitava época consecutiva, o Benfica não conseguiu vencer o primeiro jogo do campeonato. O empate 2- 2 – o mesmo resultado do arranque do ano passado em Barcelos – foi mal menor para a equipa de Jorge Jesus, que havia vencido os três jogos anteriores na Luz diante do Sp. Braga. O técnico não se livrou de ouvir alguns insultos dos adeptos no final do jogo, afinal, nos quatro anos no comando dos encarnados, soma três empates e umaderrota na estreia da Liga.

Ontem os encarnados até estiveram a vencer no início da segunda parte e os benfiquistas acreditaram que desta vez é que esta espécie de maldição ia terminar. Puro engano. A estrela de José Peseiro desta vez brilhou e só não conduziu o Sp. Braga ao triunfo por causa de uma infantilidade de Custódio. Seja como for, este foi o melhor resultado alcançado pelo agora técnico bracarense, que nas três anteriores visitas à Luz tinha sido derrotado, se bem que numa delas, a contar para a Taça de Portugal ao serviço do Sporting, só o foi no desempate por penáltis.

Os bracarenses alcançaram ontem o 12. ª empate em jogos da Liga no Estádio da Luz – só uma vez ( em 1954/ 55) venceram fora o Benfica, no Jamor – e voltaram a conquistar um ponto, tal como na última vez que visitaram o Benfica na 1. ª jornada, em 1996, em que se registou um empate 1- 1.
Primeiro autogolo para Sp. Braga

O jogo ficou marcado pelo autogolo do paraguaio Melgarejo, que possibilitou o empate aos bracarenses. Como curiosidade, refira- se que este foi a primeira vez que o Sp. Braga beneficiou de um golo na própria baliza em jogos no Estádio da Luz a contar para o campeonato e foi preciso esperar 58 jogos para isso acontecer. Uma estreia indesejada pelos adeptos benfiquistas, que ainda vibraram com o golo de Salvio, o seu 11. º pelo Benfica, no dia em que foi utilizado pela primeira vez por Jorge Jesus desde que foi contratado ao Atlético de Madrid, por 11 milhões de euros. E logo como titular...

Quanto aos outros marcadores, Cardozo assinou o ponto, claro, ficando a um golo dos 130 de águia ao peito em partidas oficiais. Já Mossoró marcou pela segunda vez aos encarnados, depois de há duas épocas ter- se estreado em Braga, no triunfo da sua equipa por 2- 1.

Invenções de Jesus ajudam Peseiro

Jorge Jesus surpreendeu no primeiro jogo oficial da época, ao mudar o esquema tático que havia ensaiado durante a pré- temporada, que contemplava apenas um avançado. Desta vez, optou por colocar Rodrigo ao lado de Cardozo, retirando uma unidade no meio campo, por exemplo Carlos Martins, em grande momento de forma. Por isso, o futebol do Benfica foi desligado, nervoso e inconsequente, pois do outro lado o Sp. Braga foi uma equipa compacta, com superioridade numérica no centro do terreno, controlando grande parte do jogo. Faltou aos bracarenses maior capacidade de transições rápidas para o ataque para colocar mais a nu o nervosismo da equipa da casa. Só se viu Benfica no início do segundo tempo, graças a uma pressão muito alta. Surgiu assim o golo de Salvio, mas a invenção Melgarejo a defesa- esquerdo e a inteligência bracarense deixou os encarnados à beira do KO, salvos por um erro de Custódio.

DN

Bruno3429

Doulgão: "Espero que comentem bem esta m..."
por João Ruela

Douglão e Custódio tentam explicar o lance a Artur Soares Dias Fotografia © Global ImagensCentral brasileiro indignado por ter sido expulso por uma falta que não cometeu.

Douglão não escondeu o descontentamento por ter sido expulso, no Benfica-Braga, por uma falta que não foi ele a cometer.

Em passo acelerado rumo ao autocarro do Sporting de Braga, no estádio da Luz, o central brasileiro foi curto nas palavras aos jornalistas: "Espero que comentem bem esta m..."

Douglão, recorde-se, viu o cartão amarelo no momento em que Artur Soares Dias assinalou grande penalidade a favor do Benfica, e foi expulso, porque já tinha visto uma cartolina. Foi Custódio, que estava "limpo", a cometer a falta.

DN

brigada da relote

#3
Adeptos do Benfica já têm um herói e um vilão na equipa
Pela oitava temporada consecutiva, os "encarnados" não conseguiram vencer o jogo de arranque da Liga. Salvio marcou na estreia, mas Melgarejo recolocou na partida um Sp. Braga já com o dedo de Peseiro


Houve heróis e vilões ontem no Estádio da Luz, na abertura do campeonato para Benfica e Sp. Braga. A partida entre o segundo e o terceiro classificados da temporada passada correspondeu às expectativas e o empate final (2-2) manteve a tradição dos "encarnados", que não vencem um jogo de estreia da Liga há oito épocas consecutivas.

Salvio quase teve um regresso de sonho a Lisboa, mas Melgarejo encarregou-se de estragar a noite aos mais de 50 mil adeptos nas bancadas. Mérito também para o Sp. Braga de José Peseiro, que mantém a orquestra afinada, mas já com uma pitada do seu novo maestro.

Não teve portugueses a primeira equipa do Benfica na época oficial. Jorge Jesus quis apresentar um "onze" mais ambicioso e deixou Carlos Martins no banco, chamando o espanhol Rodrigo para jogar mais próximo de Óscar Cardozo. O técnico deu ainda a titularidade ao recémchegado Salvio, que não chegou a ser testado na pré-temporada.

Novidades também no Sp. Braga. A principal, logo na baliza, com o exportista Beto a retirar a titularidade a Quim neste regresso a Lisboa do antigo titular da baliza da Luz. José Peseiro regressou ao campeonato nacional seis temporadas depois de ter abandonado o Sporting, mas fiel ao seu estilo: não sabe jogar à defesa e terá encontrado a parceria ideal para as suas ideias.

Exceptuando a aposta em Ruben Amorim, os restantes cinco elementos do meio-campo para a frente foram os mesmos que brilharam na segunda metade da temporada passada e garantiram um lugar no play-off de acesso à Liga dos Campeões, que irá começar a disputar na quarta-feira, com os italianos da Udinese. Lima foi a ponta de uma flecha bem rotinada, a funcionar com pressão alta e a deixar o Benfica paralisado durante grande parte dos primeiros 20'. A boa entrada bracarense podia mesmo ter sido premiada com um golo, aos 8', mas o remate de Lima acabou por ser defendido por Artur.

A equipa da casa demorou a encontrar-se e só respondeu a meio da primeira parte, numa das poucas desconcentrações bracarenses. Rodrigo e Salvio aproveitaram espaço entre a defesa e o meio-campo, mas desta vez foi Beto a brilhar entre os postes. O momento galvanizou o Benfica e as bancadas, que mais entusiasmadas ficaram após um livre ensaiado, com uma execução quase perfeita. Falhou a finalização.

Mas o melhor e o pior das duas equipas estava reservado para o segundo tempo. Quatro minutos após
o reatamento, os "encarnados" chegaram à vantagem, numa jogada iniciada por Rodrigo e finalizada por Salvio. Um regresso perfeito para o argentino, que só não gozaria mais tempoo brilharete porque Megarejo, num par de minutos, resolveu todas as dúvidas suscitadas na pré-temporada acerca das suas qualidades como defesa. Primeiro, aos 54', fez um autogolo, depois, aos 63', "assistiu" os bracarenses para a reviravolta do marcador. Mossoró finalizou, na zona do penálti, depois de sentar Artur.

O banco "encarnado" reagiu: entraram Nolito, Aimar e Enzo Pérez (saíram Bruno César, Salvio e Rodrigo). A pressão aumentou para os minhotos, que acabaram por ceder, provocando um penálti, aos 71', com uma mão na bola. Foi expulso Douglão (segundo amarelo), mas a falta foi de Custódio. Depois, com menos um, foi segurar o empate até ao apito final. O Benfica ajudou.

Positivo
José Peseiro


Um regresso promissor ao campeonato português.

Beto

Tal como Peseiro, regressou a Portugal pela porta grande. Esteve perto de travar o penálti.

Negativo
Arbitragem


A expulsão de Douglão acabou por manchar a exibição. Não foi ele quem tocou com a mão na bola, mas sim Custódio. O penálti, no entanto, foi bem assinalado.

PÚBLICO

brigada da relote

Empate entre Benfica e Braga castiga encarnados e revela deficiências do lado esquerdo da defesa
UM PROBLEMA CHAMADO MELGAREJO


Benfica deixa fugir vantagem e mostra insegurança
Braga foi inteligente na abordagem ao jogo

Oito entradas em falso fazem nascer uma maldição nas águias

ATÉ PARECE maldição. O Benfica empatou com o Braga e mantém a tradição de não começar o campeonato a vencer desde 2004/ 05, altura em que derrotou o Beira-Mar, em Aveiro, por 3-2.

A partir daí, passaram oito temporadas e a equipa da Luz não consegue ganhar na estreia. Concedeu duas derrotas. Uma no Bessa, com o Boavista (0-3), em 2006/07, época em que a estreia dos encarnados se deu à segunda j ornada. E outra na Luz, com a Académica (12) em 2010.

As restantes seis partidas malditas acabaram empatadas, com Académica, Leixões, Rio Ave, Marítimo, Gil Vicente e, ontem, com os minhotos. A maldição continua e só para o ano é que os encarnados podem tentar, de novo, acabar com ela.

Laser ataca guerreiros

Um laser verde, perto do final do jogo, surgiu apontado a Beto, a Lima e, também, ao árbitro Artur Soares Dias. Antes, foi lançada uma garrafa na direção do guardião bracarense, mas falhou o alvo.

Abraço entre ex-colegas

Quim, guarda-redes do Braga, não perdeu a oportunidade para dar um forte abraço a Miguel Vítor, Carlos Martins e Aimar, antigos companheiros nas águias.

Soares Dias atrasa início

O jogo começou atrasado e a culpa foi da equipa de arbitragem. Artur Soares Dias perdeu alguns minutos a verificar o sistema áudio dos assistentes.

Uma equipa à imagem do forcado

BRAGA
Se uma equipa de futebol é a imagem de um treinador, a bravura demonstrada pelo Braga no Estádio da Luz será o reflexo da alma de forcado do ribatejano José Peseiro. E se o empate no campo do Benfica não é nenhum feito extraordinário para o Braga, tão notória é a emancipação do clube minhoto na elite do fute bol português, não deixou de ser evidente a forma corajosa como a equipa minhota se bateu, mesmo depois de estar reduzida a dez. José Peseiro andou semanas, na pré-época, a forjar o novo Braga, malhou, malhou e, com toda a e vidê ncia, moldou uma liga bem sólida, que faz suspirar o Sameiro...

JN

brigada da relote

Benfica 2-2 Braga
UM MELGA A MAIS NA MESA DE REIS
Num jogo cirúrgico, sem espaço para errar, Melgarejo fez um autogolo e um alívio imprudente que resultou no segundo. Mas os arsenalistas são um candidato dos pés à cabeça


Tático, intenso, bonito e com muitos golos. O clássico entre o Benfica e o Braga teve um pouco de tudo... até um Melga a mais no tabuleiro de reis – um título que faz todo o sentido porque deram um bom espetáculo no arranque a sério da temporada. É incontornável virar à esquerda nesta equipa do Benfica, pois Melgarejo esteve nos dois golos do Braga e tremeu durante os 90'. Não se infira daqui que os arsenalistas não foram competentes e não mereciam sair da Luz com pontos. Pelo contrário, o Braga voltou a demonstrar, e já agora, a dar razão a Jorge Jesus, que é candidato seguríssimo ao título. A menos que aconteça algo de muito estranho pelo caminho, os Guerreiros vieram para ficar e ontem voltaram a demonstrar que estão aí para as curvas.

O problema, e esse é do Benfica, é que numa partida jogada de forma tão cirúrgica não há espaço para tamanhos deslizes. Porventura, Jorge Jesus estará a perder um bom extremo... e a complicar cada vez mais a sua vida à esquerda. Melgarejo foi imprudente depois de o Benfica ter chegado à vantagem – e o que custou lá chegar... –, rematando de cabeça para dentro da sua baliza depois de um cruzamento tenso de Ismaily, e voltou a pecar minutos mais tarde num alívio disparatado para a entrada da área. Alan e Mossoró fizeram o resto, colocando em sentido as águias. É no pormenor que se decidem estes jogos e foi o adaptado lateral-esquerdo a falhar. Ficou provado que é urgente a chegada de um novo jogador para ocupar o lugar e não há tempo para mais hesitações sob pena de voltarem a viver uma época com a esquerda fragilizada.

Mas este não foi o único equívoco de Jorge Jesus na noite de ontem. Desde logo, o treinador falhou ao retirar de cena Carlos Martins, o homem em melhor forma e mais eficaz durante a pré-temporada aqueceu o banco durante os noventa minutos. E começaram aí os problemas do Benfica. Witsel e Javi García, ainda com índices físicos muito baixos, não conseguiram superar as presenças de Custódio, Rúben Amorim e Mossoró, sobretudo estes, e Cardozo passou uma boa parte do tempo sem bola. Martins tem feito essa ligação de forma exemplar. Valeu Rodrigo, muitas vezes obrigado a descer no terreno para criar desequilíbrios levando a equipa para a frente. Foi, aliás, num dos seus raides que surgiu o primeiro golo.

Fiel ao 4x4x2, Jorge Jesus devolveu Salvio aos adeptos, eles que tanto suspiravam pelo argentino. A resposta foi boa. Mas faltava a energia e a qualidade de passe de Carlos Martins para dar outro fulgor e objetividade à equipa, pois era preciso romper a bem organizada cortina arsenalista e os médios escolhidos por Jesus não conseguiram dar essa dimensão à equipa.

Se o técnico benfiquista falhou na opção, José Peseiro acertou em cheio ao chamar Rúben Amorim. O ainda benfiquista deu outra solidez ao meio-campo, fechando também à esquerda. Maxi Pereira, por exemplo, foi visto muito poucas vezes no ataque e o responsável vestia a camisola 5... do Braga.
Mesmo depois de ter sofrido o golo, a equipa visitant e nunca s e desuniu, não abanou e continuou a roubar espaços ao Benfica na zona intermediária, lançando-se depois em perigosos contra-ataques. Aliás, deu sempre a sensação de que tinha o jogo controlado. E foi numa dessas iniciativas que I s maily colocou a bola na área para Melgarejo deixar os adeptos à beir a de um ataque de nervos.

Sem alterar a estrutura (4x3x3), José Peseiro viu os Guerreiros chegarem à vantagem após novo erro de Melgarejo, aproveitado por Alan e Mossoró. O Braga dava uma lição de maturidade e rigor.

Jesus sentiu o toque, chamou Nolito – não deve ter acertado um passe – e depois atirou para fora do tabuleiro Salvio e Rodrigo.

O Benfica acabou por ganhar um ponto através de uma grande penalidade, pois não s e vi s l umbrava outra forma de lá chegar. E mesmo em vantagem númerica, na etapa final da partida, devido à expulsão de Douglão, nunca incomodou verdadeiramente Beto.

E lá se mantém a tradição: há oito anos que os encarnados não arrancam a vencer.

Custódio foi o patrão

Beto 5 Sem culpa nos golos sofridos, quase defendia o penálti de Cardozo, mas o remate saiu com muita violência.

Salino 6 Personalizado, anulou bem Bruno César e fechou quase sempre muito bem o f l anco.

Douglão 5 Acabou expulso por uma falta (a da grande penalidade) que... não cometeu – foi Custódio. Até aí, esteve certinho e só tremeu mais perante as investidas de Rodrigo.

Paulo Vinícius 5 Na l uta com Cardozo, não conseguiu impedir o paraguaio de chegar à bola no lance que resultou no 1-0. No mais, sóbrio.

Ismaily 5 Salvio deu-lhe que fazer, mas nunca perdeu a compostura e procurou sempre apoiar o ataque. Foi num desses lances que acabou por cruzar para... Melgarejo castigar as suas cores.

Rúben Amorim 6 O homem dos equilíbrios de José Peseiro. Estrategicamente encostado à esquerda, ajudou sempre a fechar bem ao meio e a dar consistência ao sector.

Hugo Viana 5 Mais tático do que outra coisa, não arrancou os passes longos do costume, mas também não comprometeu a defender.

Mossoró 6 Nem estava a fazer um jogo vistoso, mas apareceu em pezinhos de lã para faturar (1-2), quando muitos olhavam para o árbitro assistente.

Alan 5 Deu-se mais por ele por algumas entradas faltosas do que outra coisa, mas teve a visão de colocar bem a bola em Mossoró no lance do 1-2.

Lima 5 Com pouca bola, batalhou e correu muito lá na frente, testando a atenção de Artur num par de ocasiões.

Rúben Micael 4 Ajudou a segurar o meio-campo.

Nuno André Coelho 4 Não comprometeu.

Djamal Quase não tocou na bola.

CUSTÓDIO 7
A bem defender se fazem pontos


Belo jogo do internacional português, a roçar a perfeição no capítulo tático. Verdadeiro tampão do meio-campo bracarense, ainda conseguiu arrumar a casa quando foi preciso e só viu mesmo a exibição manchada – mas não punida por Artur Soares Dias – por ter cometido a grande penalidade apontada a... Douglão.

Ondas de fúria acabaram em paz

O historial de confusão entre Benfica e Braga prometia aquecer novamente o jogo. Porém, as ondas de fúria acabaram num ambiente de paz, com os elementos das duas equipas a trocarem cumprimentos e camisolas no final. Aimar e Mossoró foram os primeiros a dar o exemplo, trocando de camisolas após o apito final do jogo, com Carlos Martins a dar até um abraço a José Peseiro, seu antigo treinador no Sporting. Rúben Amorim também não esqueceu a passagem pela Luz e ofereceu a sua camisola a um adepto encarnado. Já durante o desafio, Beto, que foi muito assobiado pelos benfiquistas – levou a bola do jogo para casa –, demonstrou alto fair play com Cardozo, com quem chegou a ter um desentendimento.

VIEIRA E SALVADOR JUNTOS

O duelo entre candidatos, como frisou Jorge Jesus, ditou também um confronto, amigável, entre Luís Filipe Vieira e António Salvador. Os líderes de Benfica e Braga, respetivamente, estiveram juntos na tribuna presidencial, acompanhando a par e passo a partida. Ali ao lado esteve também Mário Figueiredo, presidente da Liga de Clubes.

UDINESE ATENTA AO BRAGA

A Udinese de Itália, adversário do Braga no play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, foi um dos sete clubes que ontem enviaram emissários à Luz, em missão de espionagem. Hannover (Alemanha), Anderlecht (Bélgica), West Bromwich Albion (Inglaterra), Beira-Mar, Desportivo das Aves e União da Madeira foram os outros clubes presentes.

"Foi cara a cara e para ganhar"

Empatar no Estádio Luz é sempre um bom resultado para a maioria das equipas. O próprio José Peseiro reconhece isso, mesmo depois de ter estado em vantagem durante 11 minutos. "Jogámos cara a cara e quisemos ganhar o jogo. Mas é preciso ver que tivemos 22 minutos [tempo de compensação incluído] com menos um e, mesmo assim, continuámos com os olhos postos na baliza adversária", analisou, assumindo-se "satisfeito com o empate" e justificando a utilização de Rúben Amorim à esquerda: "Em termos estratégicos, o lado direito do Benfica é muito forte, e tínhamos de ser mais cuidadosos e pragmáticos. Preparámos um flanco esquerdo mais posicional, perdendo alguma verticalidade, mas não qualidade na posse de bola, porque o Rúben é muito bom nesse particular."

Sem querer falar sobre os casos polémicos, até considerou que o juiz da partida fez uma boa arbitragem, mas lembra que, na sua opinião, existe uma irregularidade no primeiro golo "Há mão de Cardozo no 1-0, mas não gosto de me desculpar com árbitros do Benfica, além do engano no jogador que cometeu a grande penalidade: "No lance do 1-0 a bola bate na mão do Cardozo, mas não gosto de desculpar resultados com arbitragens."

Custódio assume grande penalidade

Custódio admitiu que se "aceita" a decisão de Artur Soares Dias em assinalar grande penalidade no lance que protagonizou com Luisão e que culminou com o castigo máximo a favor das águias. "Foi um lance casual, em que a bola desvia no Luisão e me vai à mão. Mas, aceita-se que o árbitro assinale grande penalidade", confessou, lembrando, porém, "o primeiro golo do Benfica", em que "uma mão na bola de Cardozo não foi assinalada". "São lances que acontecem, pena foi que em nosso prejuízo, mas é sinal de que este projeto do Braga tem pernas para andar", considerou, revelando que, no relvado, tentou "corrigir" o árbitro: "Tentei auxiliá-lo, mas ele tinha outra informação contrária. Não acedeu, foi pena termos ficado reduzidos a dez elementos, o que nos tirou alguma capacidade de irmos outra vez à procura da vitória. Mas estamos muito satisfeitos com a nossa exibição, não se podendo considerar que o resultado tenha sido mau."

O internacional luso disse ainda que o Braga quer "intrometer-se na luta entre FC Porto, Benfica e Sporting". "Temos uma grande equipa que pode jogar com qualquer a dversár i o para v e ncer", afiançou, debruçando-se de seguida sobre o embate da próxima quarta-feira, no Estádio Axa, com a Udinese, referente à primeira mão do play-off da Champions. "Vamos tentar fazer um jogo ainda melhor do que o de hoje [ontem] e tentar vencer a eliminatória, sabendo que não são 90, mas sim 180 minutos", atirou. De resto, o médio considera que um bom resultado com os italianos será o Braga "entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões", após o somatório das duas mãos.

Douglão revoltado com expulsão

Douglão era o espelho da revolta e, ao passar pelos jornalistas na zona de entrevistas rápidas, não se conteve: "Espero que comentem bem esta m...!", atirou, referindo-se ao facto de ter sido injustamente admoestado com a cartolina amarela, no lugar de Custódio, que confirmou o estado de espírito do central. "Estava triste, foi penalizado por uma situação que não cometeu. Paciência. Vamos dar força ao Douglão, porque é um grande jogador e um elemento muito importante para nós", disse o 27.

MOSSORÓ ACUSA ERRO NO LANCE DO 2-2

O bracarense Mossoró opina que o 2-2 ocorreu num lance ilegal. "O lance começou por uma falta que não era falta, mas depois o árbitro assinalou bem o penálti, cometido pelo Custódio", afirmou o médio, após um jogo com um resultado que lhe agrada: "Pelas circunstâncias do jogo, foi um bom resultado, face a um Benfica muito forte, que nós neutralizámos bem. O empate é um resultado importante, fora de casa, foi um ponto conquistado."

ALAN DIZ QUE O RESULTADO "SOUBE A POUCO"

Alan disse que o Braga "saiu de cabeça erguida" da Luz, apesar de o 22 "saber a pouco". "Viemos para ganhar e fizemos por isso", atirou, considerando que o "assistente se enganou" na expulsão de Douglão e admitindo que o Braga é candidato ao título. "Já mostrámos isso e vamos lutar sempre", garantiu, falando já da Udinese: "É uma grande equipa, mas demonstrámos que também somos fortes." Sobre Melgarejo, soltou, entre risos: "É um grande lateral, apesar de ter tido dificuldades. É bom jogador. Tentámos ir por ali, porque ele não é lateral-esquerdo de raiz, mas tem tudo para crescer."

OJOGO

Bruno3429

Bracarenses já preparam «play-off» da Champions
Por Pascoal Sousa

O plantel do SC Braga voltou esta manhã ao trabalho, depois de ontem ter empatado a duas bola no Estádio da Luz, começando já a prepara o jogo de quarta-feira diante da Udinese, a contar o «play-off» de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

A primeira mão será realizada no Estádio AXA, estando o segundo jogo marcado para dia 28 de agosto, já em solo italiano, os dois às 19.45 horas.

Os jogadores que ontem foram titulares contra o Benfica realizaram apenas treino de recuperação, enquanto que os restantes companheiros trabalharam normalmente, sob as ordens de José Peseiro.

Paulo César, Yazalde e Éder continuam a realizar treino condicionado, ainda a recuperar de mazelas físicas. Haas, por sua vez, ainda recupera da intervenção cirúrgica ao menisco do joelho esquerdo.

A Bola

Bruno3429

Sp. Braga B-Naval, 0-0: Nulo justo no 1.º de Maio
no regresso do FUTEBOL PROFISSIONAL


Sp. Braga B e Naval não foram além de um nulo, no regresso do futebol profissional ao estádio 1º de Maio, em jogo da segunda jornada da Segunda Liga.

A equipa da casa conseguiu alguma superioridade, principalmente no segundo tempo, mas foi a Naval que dispôs dos melhores lances de golo, já perto do final do jogo. Nenhuma das equipas dominou a partida de forma esclarecida, no primeiro tempo, e a bola esteve quase sempre longe das balizas, pelo que não existiram lances de verdadeiro perigo.

A Naval teve mais tempo com a bola em sua posse, mas nunca conseguiu imprimir intensidade e velocidade para se acercar da área bracarense. Já o Sp. Braga B usou o corredor central e o flanco esquerdo para atacar a baliza do clube visitante.

Logo aos dois minutos, Guilherme arrancou pelo meio e ganhou espaço para um remate que saiu à figura de Ricardo Neves. Os arsenalistas ainda tiveram, já perto do intervalo, dois bons remates de Edson Rivera e Manoel, que foram desviados para canto.

Do outro lado, a equipa da Figueira da Foz não conseguiu melhor do que um remate fraco de Carlitos para as mãos de Cristiano, quando se encontrava em boa posição para fazer golo, aos 43 minutos.

O Sp. Braga B entrou mais forte na etapa complementar, com Tomás Dabó em destaque no lado direito do ataque. Chegou muitas vezes à linha de fundo, mas os cruzamentos não originaram lances de perigo.

A Naval respondeu aos 53 minutos, através de um remate cruzado de João Pedro, que passou perto da baliza minhota. O Sp. Braga B continuou a mostrar alguma superioridade e esteve perto de marcar, por intermédio de um livre de Guilherme, que rasou a barra.

Mas, nos últimos dez minutos foi a Naval que dispôs das melhores oportunidades para decidir o jogo a seu favor. Aos 83 minutos, Tozé Marreco, junto à pequena área, rematou muito por cima. No minuto seguinte, foi Vitor Alves que, com um cabeceamento de cima para baixo, provocou defesa difícil de Cristiano

Sp. Braga B-Naval, 0-0
Jogo no Estádio 1º de Maio, em Braga
Assistência: cerca de 2.000 espectadores
Árbitro: João Ferreira (Setúbal)


Equipas:
Sp. Braga B: Cristiano; Florent (Afonso Figueiredo 85'), Gonçalo Silva, Aníbal Capela e Guilherme; Victor Nikiema (Tiago Ribeiro 73'), Mauro, Tomás Dabó e Edson Rivera; Zé Manuel (Diogo Ribeiro 56') e Manoel
(Suplentes: Pedro Cavadas, Palmeira, Afonso Figueiredo, Tiago Ribeiro, Nuno Valente, Diogo Ribeiro e Xavier)
Treinador: Artur Jorge

Naval: Ricardo Neves; Vitor Alves, Diogo Vila, Tikito e Luís Tinoco; Felipe Melo, Leandrinho (Regula 65'), André Fontes e Carlitos (André Carvalhas 86'); João Pedro e Roberto (Tozé Marreco 71')
(Suplentes: Guilherme, Diogo da Silva, João Martins, Regula, Bruno Di Paula, André Carvalhas, Tozé Marreco)
Treinador: João Almeida

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Victor Nikiema (10), João Pedro (47), Felipe Melo (49) e Guilherme (60).

Record