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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 04/01

Started by Pé Ligeiro, 04 de January de 2007, 09:23

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Pé Ligeiro

CASO VEIGA: Jogador terá assumido que recebeu os 4,2 milhões na íntegra
João Pinto iliba Veiga
- Estratégia da defesa depende do conteúdo das declarações
- Audição na PJ de Coimbra durou três horas


João Pinto terá assumido ontem, em Coimbra, num depoimento aos inspectores da Direcção-Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira, ter recebido a totalidade das verbas – 4,2 milhões de euros – pagas pelo Sporting pela sua contratação, em Julho de 2000. Ou seja, terá esclarecido o destino dos 3,3 milhões de euros transferidos pela Sporting, SAD para as contas bancárias da empresa Goodstone Limited, segundo confirmam ontem várias fontes, apesar de o seu advogado, Castanheira Neves, ter preferido não fazer quaisquer comentários públicos.
Recorde-se que os restantes 900 mil euros (correspondentes à última "tranche" acordada entre as parte) foram reclamados e recebidos directamente pelo jogador logo após o encerramento daquela empresa de direito inglês, como, aliás, foi revelado pelo próprio presidente leonino, Filipe Soares Franco, em conferência de Imprensa. A confirmar-se esta posição do jogador, sobra ainda a questão da tributação fiscal deste pagamento, sendo nesse ponto que a argumentação de João Pinto e do Sporting diverge.
 
Defesa segura

Estes esclarecimentos de João Pinto junto da Polícia Judiciária eram aguardados com ansiedade por José Veiga, que as tinha requerido ao DIAP (tal como o próprio jogador) com a maior celeridade possível. Acresce que, segundo precisou ontem o advogado João Correia, José Veiga é apenas suspeito dos crimes de burla qualificada e abuso de confiança, e não de fraude fiscal e branqueamento de capitais, como tem vindo a ser noticiado. Isto poderá significar que o depoimento de João Pinto iliba automaticamente o ex-responsável do Benfica do ilícito que lhe foi imputado neste processo. Nesse contexto, o advogado de José Veiga vai pedir uma cópia integral das declarações do jogador à PJ. "Vou requerer uma certidão para ter conhecimento do depoimento de João Pinto, para, posteriormente, delinear estratégias na defesa do meu cliente", explicou.



Diego regressou de férias e espera ordens para se mudar para o Dragão
Braga e Penafiel discutem dinheiro


Depois de uma primeira reunião inconclusiva, o Braga já aceita pagar aos penafidelenses, Sobre a mesa está um valor a rondar os 200 mil euros. A resposta será dada nos próximos dias. FC Porto e Diego aguardam

"[Jesualdo] foi meu treinador durante alguns meses no Braga. É rígido, mas muito boa pessoa. Eu gosto dele e ele gosta de mim também. Espero que tudo corra bem aos dois"

Diego chegou ontem a Portugal depois de um período de férias no Brasil, durante o qual passou do anonimato ao estrelato, pelo menos no que diz respeito à atenção da Imprensa. Tudo porque o FC Porto se interessou pelo médio-ofensivo, que pertence ao Braga mas está emprestado ao Penafiel até ao final desta temporada. Diego chegou sem novidades, porque os bracarenses ainda não se entenderam com o Penafiel, prosseguindo as negociações, enquanto o FC Porto aguarda o desenlace. Tal como Diego.
Na primeira ronda negocial, o Penafiel atirou para cima da mesa um valor a rondar os 600 mil euros, como compensação por ficar sem o melhor jogador do plantel de Rui Bento. Os números foram considerados exorbitantes por António Salvador. Uma reunião posterior mostrou um presidente do Braga mais flexível, mas ainda assim avesso a pagar mais de 200 mil euros pelo negócio. O Penafiel está a fazer contas e nos próximos dias é provável que o caso se clarifique, dado que o FC Porto continua tão interessado em Diego como estava antes. Apesar de não existir uma ligação directa entre os dois casos, o Braga também continua muito interessado em Adriano, ainda mais depois de este ter dito não ao Panathinaikos, que o queria por empréstimo (página ao lado).
Diego é que está a tentar passar à margem do negócio, mas nota-se-lhe nas palavras que é impossível. Aterrou no Aeroporto Francisco Sá Carneiro durante a manhã e à sua espera tinha muitas perguntas, algumas das quais ficaram com respostas a meio. "Existe a hipótese de ir para o FC Porto, mas até agora não está nada resolvido", foi a primeira coisa que disse. "A minha vontade é jogar. Onde? No FC Porto? Toda a gente tem a ambição de jogar numa equipa grande e eu não sou diferente. Onde estiver quero estar bem, de maneira a poder mostrar o meu trabalho", acrescentou. Na parte fulcral das perguntas, isto é, se a transferência será imediata, Diego passou a bola ao Penafiel. "Não sei. Estou por fora desse assunto. Quem está a tratar de tudo é o meu empresário e as pessoas do Penafiel. Sobre isso não gostaria de falar muito".
O FC Porto manifestou interesse junto do Baga e o emblema minhoto está a tentar desbloquear a situação com o Penafiel. No entanto, na hipótese de não haver acordo, na próxima temporada Diego poderá ter as portas abertas no Dragão. "Não fico desiludido se não acontecer agora. Fico com a esperança de ser ainda mais reconhecido para poder ter hipóteses de ir para o FC Porto na próxima época", afirmou. O melhor, na perspectiva de Diego, seria mesmo vestir a camisola portista durante este mês. "São oportunidades que não aparecem todos os dias, é verdade, mas, de uma forma ou de outra, tudo depende de mim. Se estiver bem, poderão surgir outras oportunidades".
Jesualdo Ferreira conhece bem o valor do médio brasileiro. Na época passada treinou-o em Braga - não jogou nenhuma vez pela equipa principal - e ficou impressionado. "Foi meu treinador durante alguns meses no Braga. É rígido, mas muito boa pessoa. Eu gosto dele e ele gosta de mim também. Espero que tudo corra bem aos dois", desejou. Isto apesar da forte concorrência que poderá encontrar no FC Porto. "Tem muitos bons jogadores. Estou preparado para tudo", disse Diego antes de rumar a Penafiel para ficar a saber mais pormenores acerca do FC Porto.




Mais um grande negócio em perspectiva, financeiro ou desportivo. É só aguardar
João Tomás volta a cintilar
- SAD minhota encaixará 1,7 milhões de euros se o Al-Arabi exercer a opção de compra do passe do avançado
- Caso contrário, o Braga deverá reforçar-se, em Janeiro, com o terceiro melhor marcador da Liga do Qatar

É garantido. Falta muito pouco para a SAD do Braga voltar a fazer um verdadeiro negócio das arábias envolvendo, uma vez mais, o nome de João Tomás, que segue actualmente em terceiro lugar na lista dos melhores marcadores na Liga do Qatar, com oito golos apontados, menos cinco do que o líder Maurício Emerson. Cedido por empréstimo até Junho, o ponta-de-lança é um dos jogadores maisd importantes do Al-Arabi, mas a sua continuidade no clube árabe está dependente do pagamento de 1,7 milhões de euros, o valor correspondente ao valor do seu passe, sendo igualmente certo que tal opção de compra terá de ser exercida praticamente no imediato, mais concretamente até 15 de Janeiro, e não no fim da época, altura em que terminará o seu vínculo.
Hábil negociador, como sempre, António Salvador, o líder da sociedade desportiva dos arsenalista, deixou assim entreaberta a possibilidade de recuperar o goleador português na presente reabertura do mercado de Inverno, numa altura em que o clube procura uma alternativa ao brasileiro Marcel, que está de partida para o Brasil, rumo ao Cruzeiro, embora tendo o Corinthians e o Palmeiras igualmente à perna. Oriundo do São Paulo, embora por empréstimo do Joinville (Santa Catarina), Edgar foi o primeiro reforço anunciado para a linha da frente, mas já não há qualquer dúvida de que o Braga vai recrutar mais alguém para o mesmo sector, capaz de importunar realmente o brasileiro Zé Carlos quando ambos não formarem luta. E João Tomás poderá mesmo entrar nesta equação, embora com o devido consentimento do Al-Arabi, caso não se torne num importante negócio financeiro para o Braga, dentro dos pressupostos já citados.
Tudo dependerá, portanto, da vontade do emblema do Qatar e valerá a pena esperar até meados deste mês, ou talvez menos tempo do que isso, pois de uma forma ou de outra o clube arsenalista vai ter bons motivos para festejar e regozijar-se da sua capacidade negocial, depois de ter atingido nos últimos anos um patamar desportivo invejável, só comparável aos três grandes do futebol português. Numa altura em que Adriano (FC Porto) para ser um desejo cada vez mais impossível, rareiam alternativas de valor incontestável no mercado no tocante a avançados e o regresso de João Tomás surge então como uma excelente solução para a vaga que se adivinha no ataque, não só por não implicar qualquer custo extra em termos financeiros, mas também por já estar totalmente ambientado com o clube ao qual permanece vinculado contratualmente. Por tudo isto, até a sua idade (32 anos) parece ser um dado absolutamente irrelevante.


Proposta do Anderlecht recusada
Luís Filipe blindado até ao fim da época?


Não obstante o interesse do Anderlecht, Luís Filipe deverá permanecer em Braga. O clube belga não conseguiu aproximar-se do preço fixado por António Salvador, o qual rondava cerca de quatro/cinco milhões de euros, e nessa medida o lateral-direito é dado, por enquanto, como uma carta garantida no baralho de Rogério Gonçalves para a segunda volta do campeonato, o que significa uma excelente notícia para os adeptos arsenalistas. Fonte próxima da SAD assegurou mesmo que Luís Filipe só deverá tornar-se num jogador negociável no fim da temporada. Na prática, é esse o tempo limite com que terá de jogar o Braga, pois o vínculo contratual do jogador terminará em 2008. Resta saber, entretanto, até que ponto Salvador conseguirá resistir às propostas que forem surgindo do Anderlecht e de um outro clube estrangeiro, cuja identidade permanece guardada no segredo dos deuses, numa altura em que o clube parece disposto a vender alguma das suas pérolas para equilibrar as contas.
Desejado pelo Cluij (Roménia) e por um clube turco, embora neste caso seja um interesse não oficial, Ricardo Chaves é outro caso que continua sem avanços. O centrocampista tem sido dos jogadores mais regulares da equipa e, nesta altura, poderá haver alguma resistência à sua saída - e os números que os romenos propõeme stão longe dos pretendidos pelos bracarenses -, até porque o argentino Andrés Madrid ainda não terá readquirido o ritmo de competição ideal, depois de ter estado algum tempo parado, devido a lesão. De saída do clube estará realmente o lateral-esquerdo Paíto. Triste por não jogar com regularidade, o defesa moçambicano está disposto a tentar a sorte noutro emblema e poderá mesmo cruzar a fronteira, estando por enquanto afastada a possibilidade de voltar a Guimarães, por empréstimo do Maiorca, clube ao qual continua vinculado.


Pedro Costa e as comparações
"É subjectivo dizer-se que somos melhores"

O lateral não pensa em sair do Braga e aposta na sua ambição para atingir um lugar de relevo na equipa, a ano e meio do fim do contrato

Pedro Costa já vai na quarta temporada como jogador profissional do Braga, numa carreira cheia de dúvidas e onde pairou (quase) sempre o espectro da dispensa, em alguns casos, mesmo a pedido do jogador. O que é facto é que o polivalente lateral figura ano após ano no plantel e não será agora que vai deixar de continuar, mesmo sendo pouco utilizado esta temporada - até à data soma duas partidas completas, na Reboleira (0-0) e em Alvalade (0-3). Habituado a ver do banco a maior parte dos jogos, Pedro Costa não deixa cair as esperanças e assegura "continuar ambicioso". "Ainda não tive um técnico que, ao chegar, tenha apostado em mim, embora os meus companheiros, tal como eu, também mereçam ser opção. Com contrato até 2008, o lateral há muito que se habituou a jogar em ambas as laterais e, frente ao Portimonense, caso Rogério Gonçalves o entenda, afirma-se pronto para alinhar em qualquer uma delas. E por falar em Taça de Portugal, o jogador não se fica pelas meias palavras e garante que "é a chegada à final" o objectivo assumido por todos, num desfecho à medida de um Braga que, argumenta, "já é um clube grande e a quem só falta ganhar títulos para ser maior". Convidado a comparar o valor do actual plantel com o dos anos anteriores que integrou, usou de diplomacia na resposta, entendendo ser "subjectivo dizer-se que somos melhores que os planteis anteriores". "São os resultados quem dita a qualidade de uma equipa e se no final da época atingirmos o terceiro lugar então teremos conseguidos fazer melhor que os anteriores", frisou.


Maciel e Castanheira ausentes
João Pinto foi dispensado


A sessão dupla de ontem ficou marcada pela ausência de João Pinto, que obteve dispensa para comparecer na Polícia Judiciária de Coimbra a fim de prestar esclarecimentos no âmbito do processo movido a José Veiga e que envolve a então polémica transferência da Luz para Alvalade. Por conta disto, o jogador não esteve no estádio, sendo certa a sua comparência na sessão vespertina de hoje à tarde que decorrerá novamente à porta fechada nos relvados secundários do Estádio Municipal. Maciel e Castanheira continuaram sem aparecer no relvado, situação que, no caso do médio português, poderá conhecer importantes desenvolvimentos amanhã, já que hoje deverá manter-se pelo ginásio em trabalho de compensação. Carlos Fernandes também trocou o relvado pelo ginásio para onde seguiu também Pedro Costa depois de umas corridas e exercícios no relvado. No resto, Rogério Gonçalves conta com todos os jogadores disponíveis para enfrentar o Portimonense domingo à tarde, num jogo em que deverá haver mexidas na equipa, dando oportunidade a alguns dos jogadores menos utilizados do plantel bracarense de competir ao mais alto nível ao mesmo tempo que ganham minutos de jogo.


Volta no fim da época
Eduardo formalizado no Beira-Mar


A despedida do guarda-redes Eduardo não foi mais do que um até já. Oriundo das camadas jovens do Braga, o jogador vai defender as cores do Beira-Mar, encontrando-se há já alguns dias em Aveiro às ordens de Carlos Carvalhal, outro ex-bracarense, mas regressará a Braga no fim da época, pois ainda tem mais dois anos de ligação ao clube. De resto, os pormenores que ainda faltavam acertar relacionados com a sua mudança, por empréstimo, foram ontem ultimados nos escritórios da SAD arsenalista, com a assinatura do documento da cedência temporária, válida por seis meses. No caso do extremo Matheus, os procedimentos formais terão sido idênticos, pelo que o brasileiro também regressará à base no termo da época, pois o seu contrato também é válido até 2009.


Maciel e as chuteiras

Maciel há muito que anda arredado da competição por força de uma lesão que teima em ficar. Mais magro e ainda caminhando com o auxílio de muletas, mostrou-se ontem num quadro onde só as chuteiras provam ser (ainda) futebolista.


Eng. Luís de Sousa, ex-presidente do Braga
"Permite trabalhar com calma"


1.
Entende que os treinos à porta fechada do plantel do Braga contribuem para que os sócios e adeptos do clube andem insatisfeitos?
R: Admito que eles não gostem dessa medida, mas aceito que possa acontecer como, de resto, sucede em outros clubes da Liga. Permite trabalhar com calma e prepara-se bem os jogos que vêm a seguir.
 
"Não noto que haja qualquer diferença"

2.
A medida adoptada por Carlos Carvalhal e prosseguida por Rogério Gonçalves trouxe alguma coisa de novo à equipa, adoptando como comparação o que sucedia no tempo de Jesualdo Ferreira?

R: Não noto que haja qualquer diferença, mas tenho que aceitar o modelo de trabalho adoptado pela nova equipa técnica. Assim, permite-se aos jogadores trabalhar sem pressão e que continuem a protagonizar a boa carreira que têm feito quer na Liga quer na Taça UEFA.
 
"Compreendo as saudades dos sócios"

3.
Considera-se integrado no grupo de adeptos do Braga que têm saudades do Estádio 1º de Maio. Que memórias guarda do anterior recinto?
R: Eu guardo muito boas memórias, pois foi lá que comecei a ver o Braga quando me fixei na cidade e que exerci as minhas funções no clube. Por isso compreendo as saudades dos sócios ao se depararem com um estádio com tantas escadas para subir. Mas agora temos cadeiras e camarotes e a única dificuldade, ainda que grave, prende-se com a dificuldade de circular entre os lugares sentados.

IN O JOGO

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João Pinto assume que recebeu
VERBAS DESTINADAS À GOODSTONE ERAM PARA O MÉDIO


João Pinto assumiu, em Coimbra, quando ouvido por elementos da Direcção Central de Combate ao Crime Económico da PJ, que mentiu quando foi pela primeira vez ouvido no âmbito do processo da sua transferência para o Sporting, em 2002. O jogador do Sp. Braga assumiu agora que recebeu do Sporting os 4 milhões de euros que negociou como prémio de assinatura.

Durante o interrogatório, que durou 3 horas, João Pinto entregou aos investigadores cópias do aditamento ao contrato que celebrou com o Sporting e que previa o referido prémio de assinatura. A PJ ficou também na posse de alguns dos cheques pré-datados referentes à última tranche desse prémio (800 mil euros). João Pinto tem vindo a descontar esses cheques.

Como assumiu que mentiu quando disse em 1.º interrogatório que não sabia do paradeiro dos 4 milhões de euros, João Pinto foi constituído arguido por falsas declarações. JVP disse também que a Goodstone nunca foi dele nem de José Veiga.

Em causa está agora um crime fiscal, com base nos 4 milhões de euros do prémio em questão. Continua a novela entre Sporting, JVP e Veiga...



Veiga vai pedir cópia do depoimento de João Pinto
PROCESSO JUDICIAL NO ÂMBITO DA TRANSFERÊNCIA PARA OS LEÕES


O advogado de José Veiga, João Correia, garantiu que vai pedir uma cópia das declarações de João Pinto, que foi hoje ouvido na PJ, na sequência do processo judicial que envolve o ex-empresário na sua transferência do Benfica para o Sporting.

"Vou requerer uma certidão para ter conhecimento do depoimento de João Pinto para, posteriormente, delinear a estratégia de defesa do meu cliente (José Veiga)", disse João Correia.

De notar que Veiga é suspeito dos crimes de burla qualificada e abuso de confiança no processo de transferência do jogador.

O advogado vai também apresentar um novo requerimento ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa no sentido de serem levantadas algumas das medidas de coacção determinadas pelo tribunal no dia em que foi constituído arguido neste processo.

Correia deve solicitar a retirada da caução (de cerca de 500 mil euros), bem como a devolução do passaporte.

Recorde-se que João Pinto, agora no Sp. Braga, foi ouvido durante três horas por investigadores da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira, de Coimbra.


João Pinto ouvido durante 3 horas
NO PROCESSO JUDICIAL QUE ENVOLVE JOSÉ VEIGA


João Vieira Pinto prestou durante 3 horas declarações na Polícia Judiciária de Coimbra no âmbito do processo judicial que envolve José Veiga, acusado de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

O jogador que actualmente representa o Sporting de Braga foi ouvido pelos investigadores da Direcção Central de Combate ao Crime Económico e saiu por volta das 14:00.

No passado mês de Novembro, José Veiga foi ouvido no Tribunal de Instrução Criminal (TIC), saindo como arguido e sujeito a uma caução de 500.000 euros, apreensão de passaporte e com termo de identidade e residência.

Em causa está o alegado desaparecimento de 3,292 milhões de euros, que o Sporting diz ter remetido à empresa de direito inglesa Goodstone, a mando de José Veiga, que após ser ouvido no TIC acusou alguns dirigentes leoninos de mentirem.

IN RECORD

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Pé Ligeiro




João Pinto poderá responder por fraude

João Vieira Pinto foi ontem constituído arguido pela Polícia Judiciária (PJ) no caso José Veiga. O interrogatório aconteceu discretamente nas instalações de Coimbra da PJ durante a manhã. A razão da diligência prende-se com contradições entre as suas declarações iniciais no inquérito e documentos cedidos pelo Sporting, que dão conta do conhecimento do futebolista sobre um contrato paralelo efectuado aquando da sua contratação em 2000. Em causa poderá estar um crime de fraude fiscal, pelo facto de a verba paga pelo Sporting não ter sido declarada às Finanças.

A versão inicial do actual jogador do Sp. Braga, revelou alheamento quanto à verba de 3,29 milhões de euros paga à empresa inglesa GoodStone, pela aquisição dos direitos desportivos, o que levou as autoridades a deter José Veiga. Interrogado perante um juiz de instrução criminal, o ex-empresário ex-director do futebol do Benfica foi indiciado por crimes de burla qualificada e abuso de confiança. O prejudicado seria João Pinto. Na altura, aquando da saída do Benfica, José Veiga apareceu envolvido na transferência. O Sporting alega que o foi na qualidade de empresário, mas Veiga sublinha que foi apenas como "amigo", ao mesmo tempo que garante não ter recebido qualquer verba.

Sucede que documentos entregues pelo Sporting à PJ, designadamente um contrato paralelo inicial que tinha como outorgantes o Sporting e o próprio João Pinto, demonstram que o jogador tinha conhecimento dos valores envolvidos no acordo, o que abalou a suspeita de burla sobre Veiga. No entanto, aquele contrato não seria efectivado. O negócio só foi concretizado através da empresa inglesa Goodstone, associada a José Veiga.

Versões divergentes

É aqui que divergem as versões. João Pinto, que surgiu posteriormente representado pelo advogado de Coimbra, Castanheira Neves, terá dito que recebeu o dinheiro por intermédio desta sociedade e que a opção por uma empresa estrangeira foi exigida pelo Sporting. Só aceitou o acordo com a condição de o dinheiro recebido ser já livre de impostos - o clube teria, portanto, de pagar o tributo às Finanças.

Por seu lado, o clube alega que foram o jogador e o empresário a exigir a entrada da Goodstone e que o pagamento dos impostos tem de ser feito pela parte que recebe, na ausência de acordo escrito em contrário. Neste negócio, João Pinto foi assessorado por João Correia, actual defensor de Veiga.

Este advogado vai requerer, hoje, ao Ministério Público certidão das declarações prestadas por João Pinto. Será uma forma de tentar fazer com que o juiz de instrução revogue a caução de 500 mil euros imposta a José Veiga. Se o jogador tiver efectivamente dito que recebeu, ou que sabia do pagamento via Goodstone, em princípio caem por terra os indícios de burla qualificada, a não ser que o Sporting se diga prejudicado por ambos. Sobre Veiga podem, no entanto, recair suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, pelo facto de deter a empresa inglesa e não ter declarado às Finanças a verba recebida do Sporting.




Prioridade continua a ser um avançado

Omercado de transferências de Inverno já está aberto e a SAD bracarense continua empenhada em reforçar o plantel às ordens de Rogério Gonçalves. A prioridade dos dirigentes minhotos é a contratação de mais um avançado e mantêm a preferência em Adriano. O acordo de empréstimo com o F. C. Porto está feito há vários dias, mas o jogador está determinado a não aceitar a dispensa pelos dragões - recusou ontem uma transferência para o Panathinaikos - pelo que parece difícil convencer o brasileiro a aceitar a mudança para Braga. Se tal não acontecer, existem alternativas em carteira, sendo possível mais uma incursão no mercado sul-americano.

No que diz respeito à aquisição do médio Andrade e aos restantes casos do plantel, relacionados com as possíveis saídas de Marcel, Paíto e Ricardo Chaves, ontem não se registou qualquer evolução, prevendo-se novidades para os próximos dias. O empresário de Andrade afirmou, na semana passada, que estava prevista para anteontem a chegada do jogador a Braga, mas a verdade é que até agora não houve sinais da presença do brasileiro na cidade dos Arcebispos...

À margem das movimentações do mercado, a equipa arsenalista voltou a treinar ontem, sem a presença de João Pinto, que foi autorizado a deslocar-se a Coimbra para ser ouvido pela Polícia Judiciária, no âmbito do caso que envolve José Veiga e a transferência do internacional português do Benfica para o Sporting. Carlos Fernandes e Castanheira também não treinaram, e estão em dúvida para o jogo da Taça de Portugal com o Portimonense, marcado para domingo (16 horas).

No final da sessão da tarde, e já a pensar no embate com a equipa algarvia, Pedro Costa afirmou que o objectivo é ganhar porque o Braga pretende "chegar à final da Taça". Sobre o facto de raramente ser titular na formação minhota, o lateral referiu "Ficaria muito mais satisfeito se fosse opção do treinador para jogar de início, mas sou pago para trabalhar diariamente com a intenção de ajudar a equipa".

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João Pinto assumiu ter mentido e passou a arguido
04.01.2007 - 08h08   Tânia Laranjo


João Pinto entrou ontem nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) como testemunha e saiu como arguido. O jogador depôs no processo que envolvia José Veiga, ex-director-geral do Benfica, e terá assumido ter cometido o crime de falsas declarações, no interrogatório feito na Polícia Judiciária o ano passado.

João Pinto terá dito que, afinal, recebeu os 3,2 milhões de euros de comissão, que a PJ acreditava terem ficado na posse de José Veiga. Poderá agora vir também a ser indiciado pelo crime de fraude fiscal.

O volte-face deste processo já era previsível, conforme o PÚBLICO tinha antecipado, mas a nova versão apresentada pelo jogador também não terá convencido os investigadores. Designadamente devido às explicações dadas pelo atleta, que terá garantido que a mentira usada durante o primeiro interrogatório serviu para proteger o Sporting. Terá assegurado agora - um ano depois de ter garantido que nunca vira o dinheiro - que os quatro milhões propostos a título de prémio de assinatura foram transformados em pagamento de direitos desportivos a pedido do clube de Alvalade. E terá sustentado que o montante acordado seria líquido e que quem deveria arcar com o pagamento das despesas fiscais era o clube e não ele próprio.

João Pinto terá também entregue ontem aos investigadores da Polícia Judiciária a cópia do aditamento ao contrato que assinara no mesmo dia em que aceitara representar o Sporting por quatro épocas. Nesse documento a verba é efectivamente referida como um prémio de assinatura, mas não há qualquer referência de que se trata de dinheiro líquido ou bruto. Esse documento foi revogado cinco anos depois (o ano passado), altura em que João Pinto recebeu os 800 mil euros que ainda estavam em falta.

O jogador do Sporting de Braga terá ainda confirmado outras passagens das declarações de José Veiga no mesmo processo. Terá negado, por exemplo, que aquele o tivesse acompanhado nas negociações como empresário - foi apenas como amigo, terá explicado - e terá assegurado que a Goodstone, para onde foram enviadas três das quatro prestações do pagamento, pertencessem ao empresário. João Pinto terá explicado que se tratava de uma sociedade financeira usada para os depósitos de dinheiro, sobre a qual não tinha qualquer responsabilidade, o que poderá também conduzir as autoridades para a investigação por branqueamento de capitais.

Cópias dos cheques pré-datados

João Pinto entregou também ontem aos elementos da Polícia Judiciária cópias dos cheques pré-datados (assinados por Ribeiro Teles), para pagamento da última prestação da comissão. Alguns desses cheques não se encontram ainda vencidos, o que faz com que João Pinto ainda seja credor do clube.

Refira-se, ainda, que o interrogatório ao atleta estava só marcado para hoje. No entanto, e para evitar o mediatismo da inquirição do jogador, as autoridades anteciparam-no ao início da manhã de ontem, optando por Coimbra (a meio do caminho entre Braga e Lisboa), a cidade de onde o advogado de João Pinto é natural.

O jogador faltou também aos treinos do clube durante a manhã e de tarde, mantendo-se todo o dia incontactável.

Quanto ao Sporting, o clube já desmentiu a versão apresentada pelo jogador. No último comunicado emitido a propósito deste processo, Rui Patrício, o advogado da SAD sportinguista, esclareceu que os encargos fiscais teriam de ser liquidados por João Pinto e não pelo clube.


IN PUBLICO
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João Pinto foi constituído arguido pela Judiciária        

João Pinto foi ontem constituído arguido pela Polícia Judiciária (PJ), depois de interrogado em Coimbra durante mais de três horas por investigadores da Direcção Central de Combate ao Crime Económico que se deslocaram de Lisboa. O jogador terá sido indiciado por falsas declarações e por fraude e abuso de confiança fiscal, no âmbito do processo judicial que envolve também José Veiga, o ex-empresário e antigo director-geral da SAD do Benfica indiciado por burla qualificada e abuso de confiança.Ao que o DN apurou, João Pinto modificou o teor das suas declarações, entrando em contradição comparativamente ao que disse em 2005, no âmbito deste mesmo caso. Se naquela altura garantiu desconhecer o destino dos 3,292 milhões de euros que, segundo o Sporting, foram transferidos para a empresa de direito inglesa Goodstone para pagamento de direitos desportivos - como aditamento ao contrato de trabalho por quatro épocas assinado em 2000 -, ontem afirmou que, afinal, não só teve conhecimento das transacções financeiras como também foi o destinatário final do dinheiro.Por isso, além das falsas declarações que prestou em 2005 na qualidade de testemunha, João Pinto ficou ontem indiciado também por fraude e abuso de confiança fiscal, por não ter declarado aqueles rendimentos. O jogador poderá ter de responder ainda por branqueamento de capitais, já que terão sido desviadas verbas avultadas para o estrangeiro, ocultando o seu destino e os motivos da operação. Recorde-se que José Veiga sempre disse que nunca tinha recebido aquele dinheiro.Argumentos do SportingAs declarações ontem prestadas pelo jogador vêm também ao encontro dos argumentos do Sporting. A 20 de Dezembro, o clube confirmou ter proposto a João Vieira Pinto um aditamento ao seu contrato de quatro épocas como forma de liquidação dos direitos desportivos, a título de prémio de assinatura, no valor de 4,19 milhões de euros. Porém, esclareceu que tal aditamento acabou por ficar sem efeito quando foi informado de que os direitos desportivos do jogador eram da Goodstone, e seria esta a receber a verba e a emitir a factura. O clube explicou ainda que, perante esta situação, não registou o aditamento do contrato. Quanto aos pagamentos: segundo o Sporting, o primeiro foi efectuado a 11 de Agosto de 2000, no valor de 400 mil contos (200 mil euros), num cheque que foi depositado numa conta da Goodstone no Luxemburgo, no Banco Dexia (na origem do arresto de bens de Veiga). Houve, depois, mais dois pagamentos: a 18 de Abril de 2001 e 22 de Fevereiro de 2002, feitos por transferência bancária para uma conta da referida empresa no Barclays Bank, em Londres. Mas, com a dissolução da empresa, a verba foi reclamada apenas em 2005 por João Pinto, "pelo que decidiu o Sporting pagar o que lhe devia". Os leões garantem que o antigo director-geral da SAD do Benfica, José Veiga, agiu como procurador da Goodstone. Ou seja, terá participado no negócio.Entretanto, João Correia, advogado do ex-empresário, anunciou que vai pedir uma cópia integral das declarações ontem prestadas pelo futebolista à PJ, para preparar a defesa do seu cliente.

IN DN
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