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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 01/04

Started by JotaCC, 01 de April de 2012, 08:38

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JotaCC

Guerreiros do Minho mereciam mais...

Jogo muito dividido e equilibrado acabou com a vitória do Benfica por 2-1. Tarde inspirada do Sp. Braga que mostrou enorme personalidade, capacidade de contrariar o adversário e estofo de candidato ao título. A atitude e garra dos guerreiros foi grande, mas não foi suficiente.

Entrada muito forte do Benfica que jogava a alta velocidade, pressionava alto e em cima dos jogadores bracarenses, mas sem efeitos de maior. O Sp. Braga, muito personalizado, organizado e bem colocado no terreno de jogo, impedia que os lisboetas conseguissem entrar com perigo no seu reduto mais defensivo.

Foi um entrada forte, mas que não intimidou o Sp. Braga que, apesar de ter as suas linhas mais recuadas, nunca deixou de espreitar o erro do adversário e espaços que permitissem lançar rápidos contra-ataques.
Foi assim durante os primeiros cerca de 20 minutos e depois o ritmo de jogo baixou, o Sp. Braga subiu um pouco mais no terreno e, apesar do Benfica manter o domínio territorial do jogo e a posse de bola, os arsenalistas mostravam, sempre que tinham oportunidade, que estavam ali para discutir o resultado.

No entanto, o tempo foi passando e os golos, que são o sal e pimenta do futebol, não apareceram ao intervalo e todo o estádio pedia que na segunda parte eles surgissem para animar ainda mais o espectáculo.

Etapa complementar com os ingredientes que faltavam ao espectáculo a aparecerem. Nova entrada forte do Benfica, mas logo de imediato o Sp. Braga respondeu e, mostrando-se mais tranquilo que os lisboetas, e conseguindo mesmo assumir também o controlo do jogo a espaços, obrigando o Benfica a recuar as suas linhas e mostrando-se com vontade de chegar ao golo.

Foi uma segunda parte muito disputa, equilibrada e com muita luta no terreno de jogo, uma vez que as duas formações se apresentavam com vontade de chegar ao golo e assegurar o triunfo.
O jogo foi evoluindo com o domínio repartido e, no minuto 77, surgiu o primeiro tento da partida. Numa disputa de bola com Bruno César, Elderson chocou com o adversário e o árbitro João Ferreira considerou falta do bracarense. Grande penalidade assinalada e Witsel não falhou na conversão.

Estava feito o primeiro golo, mas pouco depois a resposta arsenalista. Livre marcada por Hugo Viana, Artur defende, mas a bola ressalta para Elderson que se redimiu do lance do penálti e empatou o encontro.
Estava tudo dividido, o Braga mostrava vontade de conseguir mais, mas o que é certo é que foi o Benfica a chegar novamente ao golo. Já nos descontos, lance de génio de Gaitan que entrou pela área do Sp. Braga, passou a Bruno César que sentenciou.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Quim: «Jogando aqui já era assobiado»
GUARDIÃO RECORDA PASSADO NO BENFICA

Quim desvalorizou os assobios de que foi alvo por parte dos adeptos benfiquistas durante a partida com o Sp. Braga. O experiente guarda-redes recordou o seu passado na Luz para assegurar que a situação nunca o perturbou.

"Eu jogando aqui já era assobiado, portanto já estava habituado. Tenho muito respeito por esta instituição. Nas últimas duas vezes que o Benfica foi campeão era eu que estava na baliza e isso é que é importante", referiu após o desaire dos bracarenses, que o guardião preferiu desvalorizar: "Há que salientar o espírito deste grupo e pensar no próximo jogo, que é muito importante. Temos capacidade para fazer o que tem vindo a fazer. Este grupo é fantástico."

Depois de desvalorizar também a sua irritação no final da partida - "Não se passou nada de especial" -, Quim admitiu que Elderson cometeu penálti: "No campo não me pareceu, mas já vi as imagens e vi que o árbitro tem razão."

António Salvador: «Empate seria mais justo»
PRESIDENTE GOSTOU DA EXIBIÇÃO DO SP. BRAGA
   
António Salvador elogiou a exibição do Sp. Braga frente ao Benfica. Apesar da derrota na Luz e consequente perda da liderança, o líder dos minhotos optou por destacar a prestação do emblema que comanda.

"Foi um jogo entre duas grandes equipas. O Sp. Braga mostrou porque está nesta posição. A justiça é sempre para quem ganha, mas o Sp. Braga fez um grande jogo. Em meu entender, o resultado mais justo seria o empate, mas estamos preparados para continuar até ao fim. Queremos ficar na melhor classificação possível", disse Salvador, acrescentando: "Seria muito fácil falar da arbitragem como os outros fizeram até aqui. Nós nunca o fizemos e não o vamos fazer hoje."

Quanto à luta pelo título, Salvador recordou discursos anteriores para frisar que os bracarenses correm por fora. "Nunca dissemos que queríamos ser campeões, só que queríamos a melhor classificação possível. Somos uma equipa que perdeu a liderança e está a dois pontos do líder. Confio que podemos vencer o próximo jogo", sublinhou, antevendo já a receção ao FC Porto.

Sobre uma hipotética saída do técnico, Salvador atirou: "Sabem todos que o Leonardo Jardim tem três anos de contrato, não vamos entrar por aí."

RECORD

JotaCC

«Jogamos sempre para ganhar» - Alan

O avançado brasileiro do SC Braga, Alan, destacou esta noite que a equipa joga «sempre para ganhar», no final do jogo com o Benfica.

Após a derrota com a equipa da Luz, por 2-1, Alan destacou que o melhor resultado seria o empate: «Foi uma boa partida, disputada por duas grandes equipas. Mostrámos mais uma vez que estamos a praticar bom futebol. (...) É bom frisar que foi um grande jogo. Para ser justo era um empate. Jogamos sempre para ganhar.»

O atacante recusou comentar o lance da grande penalidade, mas abordou a polémica em que se envolveu com Javi García: «Isso para mim está esquecido, são coisas que acontecem. Nem ele nem eu nos lembrámos disso. Cumprimentámos-mos no início, há que ser profissionais.»

Para conseguir a vitória contra o Benfica, o jogador disse que faltou calma: «O pensamento é ganhar jogo a jogo, infelizmente hoje não conseguimos. Faltou um pouco de calma da nossa parte.»

Sobre o bom momento de forma de Hugo Viana e uma eventual chamada do português à seleção: «Não sou o selecionador, mas acho que ele esta de olho no Viana.»


Nuno Gomes só ignorou... Jorge Jesus

Os adeptos do Benfica adoraram-no durante anos e a grande maioria continua a gostar muito do avançado. Nuno Gomes retribui, não esconde o carinho pelos encarnados, mas o mesmo não se poderá dizer em relação a Jorge Jesus, treinador da formação da Luz.

Tudo isto ficou bem evidente no jogo de ontem: Nuno Gomes foi ovacionado pelos benfiquistas que presenciaram o jogo, naquele que foi o primeiro regresso do ex-capitão ao Estádio da Luz. Aconteceu quando no sistema de som foram anunciados os suplentes do SC Braga; repetiu-se a história quando iniciou o aquecimento e até um pouco mais tarde, quando pisou o relvado. Parecia até um jogador da casa, uma relação que pelos vistos continua muito forte.

Nuno Gomes retribui aos adeptos encarnados com um aceno e no final da partida até fez questão de cumprimentar quase todos os ex-companheiros, com os abraços mais calorosos a serem trocados com Luisão, Javi García e Nélson Oliveira.

Logo depois, foi ao centro do terreno, voltou a acenar e só não teve tanta simpatia com o treinador do Benfica, Jorge Jesus. Estiveram separados por pouco mais de um metro, mas nenhum deles tomou a iniciativa. Talvez seja normal terem-se evitado, afinal todos se recordam da forma como saiu da Luz, no início da presente época.

«Continua tudo em aberto» - António Salvador

O presidente do SC Braga, António Salvador, lembrou esta noite que «continua tudo em aberto» no que concerne à luta pelo título de campeão.

No final do encontro com o Benfica, em que o Braga perdeu por 2-1, Salvador abordou a diferença pontual entre os líderes da Liga Zon Sagres: «Sabemos que podemos ganhar em qualquer campo. São apenas dois pontos [diferença para o líder], pelo que continua tudo em aberto.»

Sobre a pressão de assumir a candidatura ao título, o presidente do clube foi taxativo: «Nunca dissemos que íamos ser campeões.»

Relativamente ao alegado interesse do FC Porto em Leonardo Jardim, Salvador disse apenas que o treinador «tem três de anos de contrato com o clube».

A BOLA


JotaCC

A serpente indomável abriu a boca e foi o fim

Um belo jogo, emotivo, dividido a espaços e imprevisível no desfecho até ao último suspiro, residindo a diferença maior na inspiração individual, embora o Benfica tenha encarado a oportunidade de marcar posição na luta pelo título como se de uma final se tratasse. E foi essa atitude que, recheada de intensidade, o conduziu ao triunfo sobre o Braga - caiu ao fim de 13 vitórias consecutivas, mas foi bravo e descontraidamente competente, talvez até em demasia... -, com o resultado a ser ratificado já depois dos 90 minutos num derradeiro ímpeto de Nicolás Gaitán, a serpente venenosa que mais incomodou a organização arsenalista. Numa noite em que começou à esquerda para depois romper um pouco por todo o lado, o argentino inventou, numa incursão a partir da direita, o desequilíbrio que tramou o outro candidato (não assumido de palavra) à conquista do campeonato. Mas a discussão é mesmo a três e promete ir até às últimas consequências.

Entrando com genica e acelerações sucessivas, o Benfica acreditou que uma corrente de ar madrugadora poderia ser suficiente para surpreender e fazer abanar o Braga. Arrumada em 4x4x2, a equipa de Jorge Jesus teve em Gaitán uma das novidades da noite, por causa do posicionamento. O camisola 20, conjugando velocidade e drible, provocou dificuldades de cobertura a Miguel Lopes e a Douglão, central ao qual cabia fazer a dobra - e que foi penalizado com cartão amarelo aos 13' justamente por uma ação imprudente sobre o extremo.

Embora tenha embalado e galvanizado Gaitán para uma exibição que, somada a outras do género, só lhe reforça o estatuto de jogador mais vendável do plantel, o primeiro assalto do Benfica não teve o impacto desejado. O gás dos anfitriões durou cerca de 20 minutos - Rodrigo, ao lado de Cardozo, também não era feliz nos esticões tentados - e, antes e depois, nem nos lances de bola parada desequilibrou o conjunto arsenalista, sempre rigoroso e compenetrado nas marcações, fazendo prevalecer as suas torres no combate com as unidades de maior estatura do rival. Nesta fase, o 4x2x3x1 do Braga, que testemunhara o regresso de Alan à titularidade, já conseguia responder em contragolpe, chegando à área contrária com uma facilidade incrível, a dois/três/quatro toques, envolvendo preferencialmente Hugo Viana, Lima e Mossoró nas ações, mas quase nunca definindo corretamente o último passe. Mas mesmo em notória gestão da condição física para aguentar o máximo tempo possível, foi Alan quem desenhou a excelente jogada que, à saída para intervalo, permitiu a Mossoró chatear Artur a sério.

O reinício da partida foi uma réplica do que se vira após o primeiro apito de João Ferreira, com o Benfica a carregar mais e melhor, obrigando Quim a mostrar valentia e acerto entre e fora dos postes. Estendida, a equipa encarnada concedia, no entanto, mais espaços na zona intermediária, aproveitando o Braga para executar as transições ofensivas que tantas alegrias e bons resultados lhe deram e que a elevaram à grande luta. Mossoró estava mais participativo e foi ele que, num mergulho na área a cruzamento de Lima, falhou a hipótese de inaugurar o marcador.

Com Nélson Oliveira no lugar de Cardozo a partir dos 64', o Benfica continuou a ter mais bola e acrescentava velocidade e frescura na frente, mas só ficou por cima depois de um disparate de Elderson, que ofereceu um penálti (falta sobre Bruno César) para Witsel faturar. O lateral do Braga ainda limpou a face passados quatro minutos, na recarga a um livre lateral de Hugo Viana, numa altura em que Leonardo Jardim tinha queimado as cartas ofensivas e o Benfica se retocara para aguentar. Jardim reconfigurou a seguir, com Luís Alberto a render Mossoró e a ser o terceiro elemento do triângulo do coração do meio-campo, mas havia um génio à solta que só admitia ir para casa com a vitória no bolso...


O Tribunal de O JOGO
Discute-se possível penálti contra o Benfica


Não há unanimidade, mas dois elementos deste painel consideram que ficou por assinalar uma grande penalidade, uma vez que, no seu entender, terá passado em claro uma falta de Javi García sobre Lima dentro da área. Douglão, por sua vez, terá permanecido injustamente em campo: safou-se de um segundo amarelo... embora o primeiro que viu tivesse sido mal exibido.

Momento mais complicado

73'

Javi García comete grande penalidade sobre Lima?

Jorge Coroado

-

A convicção é essa, em absoluto. Javi García foi objetivo no modo como abordou a jogada, provocando infração sobre Lima e justificando grande penalidade que passou em claro.

Pedro Henriques

+

Javi García coloca o braço em Lima, mas não o empurra, não agarra, nem impede a sua progressão, pelo que não houve motivo para grande penalidade.

José Leirós

-

Grande penalidade por assinalar. Javi García com o braço, deliberadamente, empurrou e desequilibrou Lima, derrubando-o.

Outros casos

13'

É bem exibido o cartão amarelo a Douglão (falta sobre Gaitán)?

68'

Faltou segundo amarelo a Douglão, por falta sobre Witsel?

75'

Elderson comete mesmo penálti sobre Bruno César?

Jorge Coroado

-

A falta e o local da mesma de modo algum justificavam a exibição de cartão amarelo. Critério disciplinar distinto relativamente ao sucedido com Maxi (8').

-

Nesta falta, Douglão foi imprudente e derrubou o belga por trás. O cartão amarelo era o adequado e por arrastamento seria vermelho.

+

Elderson foi trapalhão e intempestivo na abordagem do lance, cometendo a falta que justificou a grande penalidade.

Pedro Henriques

-

Douglão rasteira de forma negligente Gaitán fora da área. Lance junto à linha de baliza e sem qualquer perigo para o jogo e sem motivo para sanção.

+

Douglão dá um pequeno toque que desequilibra Witsel e, embora à entrada da área, havia diversos jogadores bracarenses que podiam intervir no lance.

+

Elderson, ao entrar à bola, não pára o movimento e de forma negligente dá uma cabeçada em Bruno César e, com o corpo, acaba por derrubá-lo.

José Leirós

-

Douglão reclamou com razão, pois a falta que cometeu não era merecedora de cartão amarelo, nem o derrube nem o local.

-

Pesou o primeiro cartão amarelo, erradamente mostrado. Douglão devia ter visto amarelo (o segundo), pois deliberadamente derrubou e cortou jogada comprometedora.

+

Grande penalidade bem assinalada, pois depois de Bruno César cabecear a bola, Elderson cabeceou Bruno e ainda o empurrou, derrubando-o.

Apreciação global

Jorge Coroado

Alguns equívocos e critério díspar. Mas não interessa falar de arbitragem. Os miosótis serão lindos e os trevos de quatro folhas do relvado ajudarão as pessoas a coibir-se de comentar.

Pedro Henriques

Uma arbitragem positiva, num jogo de grande intensidade e de grau de dificuldade elevada, contando com uma boa colaboração dos assistentes.

José Leirós

Feliz nos jogos decisivos, uma vez mais cometeu erros, nos capítulos técnico e disciplinar. Os assistentes realizaram trabalho excelente.


Lances-chave

7' A custo, Quim dá uma sapatada na bola cruzada da esquerda por Capdevila. Na insistência, Bruno César obriga o guardião a sacudir para a frente, mas sem consequências.

10' Em contra-ataque, Lima conduz pela esquerda e, perto da esquina da área, toca para o corredor central, aparecendo Hélder Barbosa a chutar sobre a barra.

33' De livre direto em zona frontal à baliza de Artur, Hugo Viana atira de pé esquerdo, mas a bola ganha altura a mais.

44' Maxi Pereira solta-se na zona interior direita e visa a baliza, mas sem a colocação pretendida. Quim, após defesa incompleta, recolhe a bola.

45'+2' Em combinações na direita, Alan, a escassos metros da linha de fundo, acelera para encarar o duelo com Gaitán. Simulando o cruzamento de primeira, o capitão do Braga tira o adversário do caminho para depois centrar atrasado para Mossoró, que, na área, chuta rasteiro e força Artur a uma defesa junto ao relvado.

47' Douglão bate-se com Cardozo à entrada da área, mas atrapalha-se e falha o corte, seguindo a bola para as costas do brasileiro, onde surge Witsel. Douglão ainda recupera e, com a ajuda de Nuno André Coelho, dificulta a finalização do belga, que atira de pé esquerdo para Quim segurar.

53' Vigoroso arranque de Gaitán da esquerda para o meio. Desarmado a dois metros da área, a bola sobra para o tiro forte de Witsel, sobre a trave.

56' Outra vez a acelerar na esquerda, Gaitán dá sequência à jogada com um passe a desmarcar Rodrigo na área. O esquerdino atira na passada, e Quim responde com nova defesa.

61' Alan, à direita, cruza para Lima, que se antecipa a Luisão e remata de primeiro por cima do ferro.

62' Hugo Viana invade o meio campo contrário e puxa o pé esquerdo atrás, detonando uma bomba que assusta Artur.

66' Miguel Vítor cede a nível muscular e levanta a cancela a Lima no lado direito do Braga. O avançado arranca um cruzamento perfeito: Mossoró mergulha no meio da área, fugido aos centrais, mas erra o golo.

69' Bruno César, de livre direto, bate em jeito e a bola sai-lhe rente ao ângulo superior esquerdo da baliza de Quim.

75' Elderson comete falta sobre Bruno César na área do Braga. Penálti!

78' [1-0] Witsel faz de Cardozo (entretanto substituído) e usa o pé direito para enganar Quim, dando vantagem ao Benfica.

82' [1-1] Hugo Viana bate livre sobre a direita. A bola é puxada ao poste mais distante, Artur sacode, mas Elderson, em movimento frontal, empata o jogo.

90'+2' [2-1] Bruno César, com um tiro rasteiro na área, carimba a vitória do Benfica.


O Braga um a um
Viana aos tiros assusta a águia

Quim 6

Isento de culpas nos dois golos do Benfica, segurou bem os remates de Rodrigo (3' e 56'), Bruno César (7') e Maxi Pereira (44'). Cintilou ao defender, com as pernas, um perigoso remate cruzado de Witsel (47').

Miguel Lopes 6

Teve olho e pernas, enquanto Gaitán explorou o seu flanco. O seu grande erro foi facilitar num lançamento que só não foi golo graças a Douglão.

Douglão 5

Alternou a excelência com o sofrível. Condicionado por um amarelo (13'), deixou fugir Witsel, obrigando Quim a aplicar-se para evitar o golo. Redimiu-se em duas ações defensivas de nível superior.

Nuno A. Coelho 5

Mais concentrado e rápido do que o central brasileiro, chegou a ser uma agradável surpresa. Quando parecia acelerar para uma noite de gala, Gaitán deu-lhe o nó cego do lance do 2-1.

Elderson 3

O golo que marcou, em recarga a uma defesa de Artur, foi a exceção numa exibição desastrada. Imprevidente na abordagem a Bruno César, cometeu penálti (75'); depois, já nos descontos, deixou-se ludibriar por Gaitán, no lance do 2-1.

Custódio 6

Eficaz no desarme e muito preciso a distribuir jogo, quase sempre ao primeiro toque, oleou bem o meio-campo.

Hugo Viana 7

Com passes de longa distância e aberturas geométricas, fez do contra-ataque o trunfo principal da equipa e não parou de usar o seu perigoso pé-canhão, precipitando a recarga vitoriosa de Elderson após defesa incompleta de Artur.

Alan 5

Surpresa no onze, voltou menos veloz, mas com inspiração. Teve um pormenor delicioso ao sentar Gaitán com uma simulação junto à linha de fundo antes de cruzar para Mossoró.

Mossoró 6

Por entre "apagões" inexplicáveis, foi um quebra-cabeças, arrancando perigosos livres e lances geniais. De cabeça, falhou um golo fácil (66').

Hélder Barbosa 4

Vigiado por Maxi Pereira, raramente mostrou chama e argumentos.

Lima 5

Ensanduichado entre Luisão e Miguel Vítor, fez pela vida, interrompendo, porém, a série de oito jogos sempre a marcar.

Paulo César 4

Tentou meter velocidade no jogo, sem resultados práticos.

Nuno Gomes 3

Quando entrou, a equipa já não o conseguiu servir pelas alas.

Luís Alberto -

Entrou para segurar uma igualdade que viria a escapar.


Leonardo Jardim
"Nada acabou continua a luta"

Leonardo Jardim voltou a não querer admitir a candidatura ao título, mas mostrou que acredita nesse objetivo. "Nada acabou aqui: continua a luta dos três que estão na frente", sublinhou, garantindo que a equipa não se vai desmoralizar com a derrota. "Sabemos da nossa qualidade e demonstrámos o porquê da nossa classificação. Nunca nos damos por vencidos", frisou, revelando o que disse no balneário: "Fiquei satisfeito com o comportamento e atitude dos jogadores. Foi uma derrota, simplesmente isso. Agora vamos preparar outro jogo."

O próximo rival é o FC Porto, mas Jardim desvaloriza a questão: "É uma prova de regularidade. É mais um jogo, contra quem está na frente, mas queremos vencer. Todos até final são importantes." E já estabeleceu um objetivo para a receção aos dragões: "A derrota quebrou um ciclo vitorioso, mas agora queremos iniciar outro. Sabíamos que não ia durar para sempre, mas pelo que fizemos, não esperávamos perder."

Feliz com os jogadores, o técnico não gostou, porém, de sofrer o 2-1 nos descontos. "Temos de estar atentos até final. Sofremos quando o jogo estava controlado. O resultado mais ajustado era o empate", frisou sobre a reação das equipas ao 1-1, explicando a estratégia para a partida: "Não abdiquei do ataque; adaptámo-nos. Sabíamos que o Benfica ia ser muito forte nos primeiros 20'. Soubemos sofrer. Depois, como ninguém consegue manter aquela pressão, os espaços apareceram e a equipa mostrou a sua identidade."


Alan
"Faltou-nos calma"

De regresso à equipa após longa ausência, por lesão, Alan lamentou a "falta de calma" do Braga no fim, o que permitiu ao Benfica apontar o golo do triunfo nos descontos. Para o capitão bracarense, o empate teria sido o desfecho mais ajustado. "Fizemos um grande jogo, e o empate era o resultado mais justo. Foi um bom jogo entre duas grandes equipas, com bom futebol até ao fim", salientou o extremo.

Recusando falar da confusão final, que teve Quim como protagonista, Alan garantiu uma equipa motivada para vencer o FC Porto e revelou ainda que o conflito com Javi García "está esquecido": "São coisas que acontecem, e nem eu nem ele nos lembramos mais disso. Falámos lá dentro, cumprimentámo-nos no começo e no final do jogo. Somos profissionais e temos de dar um bom exemplo."

Mossoró
"Nem sempre o melhor ganha"

Mossoró classificou de "injusta" a derrota do Braga no Estádio da Luz e garante que a equipa vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para vencer o FC Porto no jogo da próxima jornada do campeonato. "É muito duro perder assim. Fizemos um grande jogo, mas o futebol é assim e nem sempre a melhor equipa ganha. Não conseguimos sair daqui com três pontos, mas saímos com uma grande lição: somos a melhor equipa e para a semana temos de ganhar. Vai ser outra final", afirmou o médio arsenalista.


António Salvador
"Braga tem mostrado que pode ser campeão"

António Salvador é taxativo: "Este foi um jogo entre duas grandes equipas de futebol e o Braga demonstrou porque está na posição que está", comentou o líder bracarense, considerando que "o resultado mais justo era o empate". Sem querer falar da arbitragem - o líder garante que "seria muito fácil fazê-lo" -, o presidente minhoto lembra que nas últimas épocas os arsenalistas provam ter capacidade para estar nos lugares cimeiros. "Não só neste ano, mas também noutros anos o Braga tem provado que pode ganhar os jogos e ser campeão. Não foi só neste campo, tem sido em todos os campos", atirou o responsável máximo dos bracarenses.

E já com a receção ao FC Porto no horizonte, António Salvador sublinha que "o objetivo é ganhar todos os jogos até ao final do campeonato". Quanto ao título, a ideia será "lutar para que o clube possa ficar na melhor posição possível".

Mossoró e Lima trocaram botas

Mossoró e Lima já tinham feito o aquecimento e a adaptação ao relvado, mas quando a partida ia começar, decidiram que algo não estava bem. Por isso, ainda antes do início do jogo decidiram trocar de botas.


Guerreiros do minho abrilhantaram jogo grande

Os adeptos do Braga aderiram ao apelo do clube e vieram em romaria até Lisboa para apoiar os seus guerreiros frente ao Benfica. Não encheram a zona das bancadas reservadas à claque visitante, mas ficaram perto disso, fazendo-se ouvir, e bem, ao longo de todo o encontro. Seriam cerca de 2500 os minhotos, e a equipa bem pode ter regressado a casa orgulhosa dos seus adeptos. Sete autocarros ficaram retidos nas portagens de Alverca para serem revistados pelas forças de segurança e chegaram um pouco atrasados ao estádio. A PSP preparou-se para um jogo de alto risco, mas tudo correu da melhor forma, sem incidentes dignos de registo.


Quim e Raul José foram separados

No regresso à Luz, Quim acabou o jogo de cabeça quente e foi tirar satisfações com Raul José, treinador adjunto do Benfica. O guardião bracarense afirmou que o referido episódio "não foi nada de especial", preferindo opinar sobre a jogada que deu a grande penalidade. "Dentro de campo não me pareceu. Mas já vi as imagens e acho que o árbitro tem razão", confessou o guarda-redes, comentando a receção de que foi alvo por parte dos benfiquistas: "Quando jogava aqui era assobiado. Por isso não estranhei. Tenho muito respeito pelo Benfica. Passei aqui seis anos muito importantes da minha vida e estive nos dois últimos campeonatos conquistados pelo Benfica".

E apesar de considerar que a tal grande penalidade de Elderson sobre Bruno César foi bem assinalada, o internacional português não encontra justiça no marcador. "De forma alguma o resultado me pareceu justo. Foi um jogo equilibrado e na segunda parte as melhores oportunidades foram do Braga", rematou.


Nuno Gomes ignorou Jesus

Lançado em campo por Leonardo Jardim para a ponta final da partida, Nuno Gomes teve a oportunidade de defrontar o Benfica no Estádio da Luz pela primeira vez na pele de "inimigo", depois de ter sido dispensado por Jorge Jesus. Mal terminou o jogo, o internacional português foi fortemente aplaudido pelos adeptos benfiquistas e saudado pelos ex-companheiros, tendo cumprimentado, à saída do relvado, o secretário-técnico, Shéu. Mesmo ao lado estava o treinador dos encarnados, que o jogador não viu ou simplesmente terá ignorado...

O JOGO

JotaCC

Dramático: Benfica derrota Braga em jogo de grande intensidade
Águia renascida de cesariana

Um golo perfeito de Bruno César no segundo minuto dos acréscimos devolveu ontem o Benfica à luta pelo título, quando tudo parecia perdido no final de um duelo de gigantes e o Sp. Braga parecia ter alcançado o objectivo de não perder esta primeira final.

O brasileiro realizou a melhor exibição com a camisola do Benfica, sofrendo a falta para penálti, que Witsel transformou no primeiro golo, e concluiu, com frieza e classe, uma soberba jogada de Gaitán, no flanco direito – ao fim de quase 300 minutos sem conseguir marcar.

O Braga tinha estado apenas 4' em desvantagem, empatando por Elderson (o jogador que cometera o penálti), muito oportuno a aproveitar uma defesa incompleta de Artur a um livre de Hugo Viana. Com golos no último quarto de hora, o jogo valeu pela segunda parte, de altíssimo nível competitivo, técnico e táctico, muito bem arbitrado e emotivo até ao fim. O Braga realizou uma excelente partida, reservado e defensivo na primeira parte, afoito e rápido no segundo tempo.

A primeira parte tinha sido decepcionante, com o Braga a defender muito atrás, tal como fizera o Chelsea a meio da semana, procurando sair em contra-ataque, explorando os adiantamentos de Maxi .

O Benfica sente muitas dificuldades em penetrar barreiras cerradas de nove homens atrás da linha da bola e não conseguiu construir qualquer ocasião, vendo até os seus cantos transformarem-se em ataques rápidos dos minhotos. E Artur esteve somente uma vez em apuros, à beira do intervalo, com Alan a libertar-se finalmente da amarra táctica de auxílio a Miguel Lopes que o bloqueou durante todo o primeiro tempo, para oferecer um remate frontal a Mossoró.


Guarda-redes do Sporting de Braga ouviu insultos e foi alvo de objectos atirados das bancadas
Quim: "Jogando aqui era assobiado. Já estou habituado"

O guarda-redes Quim, actual titular do Sporting de Braga e ex-jogador do Benfica, disse no final do jogo desta noite de sábado que não ficou impressionado com os insultos e com os objectos que foram arremessado das bancadas do Estádio da Luz em sua direcção. "Jogando aqui era assobiado. Já estou habituado", referiu antes de entrar no autocarro do seu clube.
Quantos aos incidentes com o treinador-adjunto do Benfica Raul José, visíveis nas imagens televisivas, Quim escusou-se a fazer comentários. "Não se passou nada", disse.

Na transmissão televisiva viu-se que Quim teve uma azeda troca de palavras com o membro da equipa técnica de Jorge Jesus, acabando por ser travado por colegas.

CORREIO DA MANHA



Pé Ligeiro

Domingo de descanso para os ´guerreiros´

Leonardo Jardim concedeu o domingo de folga aos seus jogadores para recuperaram do desgaste do jogo com o Benfica e também da viagem desde Lisboa, que devolveu a comitiva a Braga por volta das 4 horas da madrugada.

Sem casos clínicos resultantes do embate na Luz, o plantel começa segunda-feira, às 10.30 horas, a preparar a receção do FC Porto, jogo que se disputa sábado, às 20.30 horas, no Estádio Axa. A sessão será à porta fechada.

Ewerton, que foi convocado pela primeira vez desde que se lesionou no adutor direito, estará apto para jogar. O central não passou do banco de suplentes frente ao Benfica, mas com o FC Porto poderá perfeitamente ser uma das opções do treinador.

Rúben Amorim, Paulo Vinícius e Salino recuperam de lesões, enquanto Baiano faz treino sob vigilância, prevendo-se que durante a próxima semana já trabalhe sem condicionalismos.

ABOLA
BRAGA SEMPRE MAIS!