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Árbitros concordam com recurso a imagens para melhorar avaliação

Started by (S)oon(C)hampion(B)raga, 01 de July de 2011, 12:28

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(S)oon(C)hampion(B)raga

QuoteOs árbitros concordam com a utilização das imagens televisivas para avaliar o seu desempenho em campo, mas duvidam da capacidade de aplicação desta solução à generalidade dos jogos, pelo menos de forma equitativa. Esta é a reacção do sector da arbitragem à proposta que será nesta segunda-feira apresentada aos clubes na Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que pretende acabar com as discrepâncias verificadas nos relatórios dos observadores.

A ideia é simples e, em tese, agrada a todos: dirigentes, árbitros e, certamente, aos adeptos. Todos querem acabar de vez com o clima de suspeição no futebol português originado pelas discrepâncias entre a avaliação das arbitragens feita pelos observadores e o verdadeiro desempenho do juiz revelado pelas imagens televisivas, implacáveis na detecção de erros.

Com este objectivo, a Liga elaborou um projecto-piloto de avaliação mista, para ser aplicado a título experimental já esta temporada, que pretende minimizar o grau de subjectividade do observador nas bancadas, uma vez que este não tem recurso à televisão. Para tal, propõe-se a constituição de uma equipa de visionamento para observar as imagens recolhidas pelas câmaras nos estádios e, no final, a avaliação do árbitro terá em conta estes dois factores, numa proporção de 30/70 (imagens/observador), segundo o PÚBLICO apurou junto de fontes ligadas ao processo. Se tudo correr bem, a regra será aplicada a título definitivo a partir da temporada de 2012-13.

O problema é que só alguns jogos das competições profissionais são televisionados, sendo as restantes partidas filmadas apenas pelos clubes envolvidos, mas com muito menos meios, nomeadamente ao nível de câmaras disponíveis. E uma uniformização do processo implicaria custos insuportáveis para os clubes, como confirmou ao PÚBLICO Luís Guilherme, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).

"Já em 2003, numa altura em que eu era o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, fizemos uma experiência com um modelo rigorosamente idêntico, mas acabou por ser abandonado pelos clubes devido aos custos que implicava para ser aplicado de forma equitativa a todos os jogos", revelou o dirigente: "Para funcionar tem de ser feito da mesma forma para todos os árbitros estarem em igualdade de circunstâncias. É que um árbitro não pode ser avaliado por 26 câmaras e outro por apenas quatro."

A proposta da Liga não vai exactamente ao encontro desta expectativa, segundo o PÚBLICO apurou. Para já, a ideia é usar as imagens dos operadores nos jogos com transmissão televisiva e, em alternativa, socorrer-se das imagens captadas pelos clubes nos restantes. Um princípio rejeitado pela APAF. "Qualquer outro cenário que não seja a igualdade de meios de captação de imagens para todos os jogos não é equacionável. Nem os clubes iriam aprovar uma coisa destas, nem a Liga quereria comprar guerras com os árbitros", avisou Luís Guilherme, que ameaçou recorrer aos organismos internacionais do futebol, caso a medida seja nesta segunda-feira aprovada nestes moldes: "Não se pode classificar da mesma forma coisas diferentes."

Tal como Luís Guilherme, também o árbitro internacional Duarte Gomes concorda plenamente, "em tese", com o recurso às imagens captadas pelas câmaras para contribuir para uma mais justa avaliação do seu trabalho. "Os árbitros sempre defenderam esta ideia até pela fiabilidade da informação proporcionada pelas imagens televisivas, já que a informação in loco é tão falível para o observador como é para o árbitro", disse ao PÚBLICO.

Mas também o juiz da Associação de Futebol de Lisboa sublinhou a obrigação de equidade no processo: "Se houver câmaras em igualdade de circunstâncias nos estádios todos, que possam mais ou menos de forma uniforme avaliar a nossa performance, óptimo. Mas tem tudo a ver com os sítios onde se instalam as câmaras e com os próprios estádios, porque nem todos têm as mesmas condições."

Observadores já recorrem ao suporte televisivo

Muitos observadores dos árbitros já recorrem actualmente às imagens televisivas (directamente nos estádios, ou indirectamente através de alguém do exterior que os informe sobre algum lance polémico) para terem uma melhor percepção do que se passa disciplinarmente no campo e para o referirem no relatório, segundo o PÚBLICO conseguiu apurar. Uma situação que coloca também em causa a questão da equidade da avaliação do trabalho da arbitragem, pois grande parte dos jogos das competições profissionais não beneficiam de transmissão televisiva. "Actualmente, os observadores só estão autorizados a socorrer-se de imagens televisivas que vejam no estádio, caso o refiram no relatório. Outro cenário é ilegal, mas admito que possa acontecer", reconheceu Luís Guilherme.

@ http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1500344
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