NOTICIAS DO ENORME DO DIA 17/05

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Liga Europa: "É possível vencer", diz Domingos

O treinador da formação arsenalista acredita no sonho da vitória, apesar de considerar que o favoritismo do Futebol Clube do Porto "é muito grande". Domingos Paciência, em entrevista exclusiva ao site da UEFA, ressalvou que a inspiração e a motivação arsenalista são os grandes argumentos da equipa para medir forças com os dragões.

"Todos os jogos são uma grande motivação, principalmente frente aos adversários mais poderosos", começou por afiançar o timoneiro. "Os jogadores ficam mais motivados quando defrontámos grandes equipas, como o Liverpool, Dínamo de Kiev, ou mesmo o campeão polaco, o Lech. Considero que o esforço destes jogadores e a capacidade de trabalho que mostraram todos os dias está a reflectir-se nestes resultados", definiu.

O Futebol Clube do Porto é a equipa mais concretizadora da Liga Europa. Marcou 22 tentos em oito jogos.

A ligação de Domingos Paciência aos azuis e brancos é forte. O seu passado foi construído nos dragões, tendo mesmo, ao nível sénior, actuado durante uma década (1987 e 1997) com aquela camisola. "O Futebol Clube do Porto tem sempre equipas fortes e poderia estar a fazer uma boa época na Liga dos Campeões. Tem um plantel para a Champions League.

Da forma como decorreu a temporada, é natural que o Futebol Clube do Porto seja o grande favorito numa final, mas tudo se decide apenas num jogo", refutou o general dos guerreiros do Minho.

Para Domingo s Paciência é possível contrariar as expectativas. "Com a inspiração e motivação certas, podemos aproveitar uma das situações de golo que vamos criar. É isto que nos leva a acreditar que é possível vencer", salienta o técnico.

Na entrevista concedida ao site da UEFA, Domingos Paciência recordou ainda o golo de Custódio que permitiu ao Sporting Clube de Braga eliminar o Benfica e garantir a presença na final da competição. Esse tento representou uma "grande alegria".

"Era o que precisávamos naquele momento, dar confiança à equipa, e aquele golo podia tirar a confiança a uma equipa e galvanizar a outra. Acabámos por ser uma equipa muito inteligente em jogo, definimos bem os momentos, a forma de anular bem o Benfica e a nossa resposta, e senti que a equipa não ia sofrer golos porque estava muito concentrada", defendeu ainda Domingos Paciência, que hoje, já em Dublin, vai fazer a abordagem ao jogo, o desafio que encerra a sua aventura na capital do Minho.


Saída às 9.30h para Dublin

O voo que vai levar os guerreiros do Minho para Dublin parte às 9.30 horas do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
A partir das 18.45 horas está agendada a conferência de imprensa de antevisão, por parte de Domingos Paciência, sendo que a partir das 19.30 horas, a equipa arsenalista realiza o treino de adaptação ao palco do jogo. A final está marcada para amanhã, a partir das 19.45 horas portuguesas no Dublin Arena.


CORREIO DO MINHO

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Dublin teme tudo menos o futebol

Visita de Isabel II motiva maior operação de segurança da história da Irlanda. Protecção da final da Liga Europa perde importância.

As forças de segurança irlandesas contactadas por A BOLA vão desvalorizando as perguntas e garantindo que a final da Liga Europa, marcada para amanhã no Estádio Aviva, é apenas mais um jogo de futebol com medidas policiais corriqueiras. O facto do jogo ser entre equipas portuguesas não implicará medidas de excepção.

Naturalmente que se a final fosse entre FC Porto e Benfica outros cuidados seriam tomados. A polícia portuguesa foi contactada, como sempre acontece, reuniu-se com a irlandesa e cedeu pormenores sobre as claques das equipas.

Os problemas inicialmente temidos, contudo, que passavam por ver na capital da Irlanda as cenas de violência que nos últimos tempos estiveram associadas a os jogos entre águias e dragões, deixaram de estar no horizonte da polícia dublinense. Sobretudo porque há motivos de preocupação bem maiores: a visita da rainha Isabel II.

Será a primeira vez na história que um monarca britânico irá visitar a República da Irlanda, pois a última vez que tal soberano pisou o actual território da Irlanda, há mais de um século, toda a ilha, e não apenas a Irlanda do Norte, fazia parte do Reino Unido.

Isabel II chega hoje e estão previstas manifestações contra a Inglaterra por todo o país, sobretudo, claro, na capital. O clima de tensão entre britânicos e irlandeses é constante e há milhares de cartazes por Dublin protestando contra a presença da rainha inglesa no território, relembrando antigos massacres e guerras. A presença da rainha é vista por muitos irlandeses com desinteresse e desprezo pela herança britânica e temem-se provocações e até ataques terroristas na capital da Irlanda.

Dublin, sente-se, é uma cidade nervosa e ansiosa. E não é por causa da final da Liga Europa, longe disso. Esse evento, diz a polícia, é, nesta conjuntura, lateral e tem tudo para ser pacífico.


Meia equipa nas despedidas

Artur Moraes, Rodriguez e Sílvio com destino traçado. Paulão, Vandinho e Miguel Garcia acabam contrato e têm convites para sair. E há ainda Alan e Lima, jogadores com mercado.

É inevitável. O óptimo trajecto interno e externo do SC Braga atraiu a atenção dos principais clubes portugueses e de alguns emblemas estrangeiros e pode precipitar a debandada na equipa, pois são vários os jogadores que estão em fim de contrato e pretendem dar outro rumo às respectivas carreiras. Existem casos já perfeitamente definidos, como Artur Moraes e Sílvio, que rumam, respectivamente, ao Benfica e ao Atlético de Madrid. Rodriguez tem a sua situação, também, praticamente resolvida, faltando apenas assinar para se tornar jogador do Sporting.

A estas três saídas mais do que confirmadas juntam-se outros tantos casos que só nos próximos dias vão ver retirados o enorme ponto de interrogação que abraça os seus nomes. Paulão, Vandinho e Miguel Garcia acabam contrato e, neste momento, todos os cenários são possíveis. O central é disputado por alguns clubes e poderá estar inclinado a voltar ao Brasil, enquanto o capitão tem em mãos propostas da China e do Chipre, que permitiriam a assinatura de um bom contrato em termos financeiros numa altura adiantada da sua carreira. O lateral-direito também é um alvo apetecível, pois realizou uma boa época e pode sair sem custos. O mais provável, contudo, é que Garcia permaneça em Braga, embora, como o próprio disse publicamente, ainda não tenha avançado para a discussão dos valores para concretizar as conversações entretanto iniciadas.

Nesta fase turbulenta do mercado bracarense, há duas situações que não têm merecido tanta atenção mediática mas que poderão revelar-se negócios interessantes para os arsenalistas. Alan, por muitos considerado a estrela da equipa, tem clubes interessados no mercado árabe e a sua saída poderá proporcionar a entrada de uma verba interessante nos cofres do clube minhoto. Jogador em circunstâncias idênticas é Lima, que tem contrato e também equipas que o observam com muita atenção. Em qualquer destes casos, tudo passará pela negociação directa com o SC Braga.


Rumo ao sonho

Arsenalistas viajam esta manhã para a Irlanda. Em Dublin, seja qual for o resultado, vai escrever-se uma página de ouro na história do clube.

Rumo à Irlanda, rumo ao sonho. Com muita esperança na bagagem e doses elevadas de optimismo, a comitiva do SC Braga viaja esta manhã para Dublin, onde chegou depois de ter ganho com todo o mérito e indiscutível qualidade o direito de disputar a final da segunda mais importante competição de clubes do futebol europeu.

Um privilégio e uma página para ser escrita em letras de ouro na história do clube minhoto, que ultrapassou fortíssima concorrência para chegar à derradeira etapa de uma prova duríssima, à qual só as grandes equipas resistem.

O SC Braga é já um fenómeno de popularidade na Europa. Olheiros, observadores, comentadores e grandes figuras do futebol internacional já procuraram saber quais os segredos da formação de Domingos Paciência, que começou a encantar a Europa quando venceu categoricamente em Sevilha e deixou definitivamente o anonimato quando eliminou o Liverpool em pleno Anfield Road. Dínamo de Kiev e Benfica foram as vítimas mais recentes, com resultados que superaram todas as expectativas, mesmo as dos próprios adeptos e responsáveis, que nem nos melhores sonhos pensariam que seria possível atingir a final da Liga Europa.

A BOLA

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Domingos Paciência. O arcebispo tem fé no clero do Minho

O destino é Dublin, ali a norte de Braga, onde o sucesso de Domingos pode ganhar mais asas
"O respeitinho é muito bonito", costumam dizer os mais velhos aos mais novos. Na República da Irlanda, a máxima tipicamente portuguesa (sobretudo pelo "inho") não cola por estes dias. Nem mesmo pelos 11 anos de diferença que separam Domingos Paciência de André-Villas Boas. Favoritismos à parte, o treinador do Sp. Braga está na mesma Arena (de Dublin) que o do FC Porto e, mesmo que não leve o troféu da Liga Europa para a cidade do Minho, já entrou na história e será, certamente, respeitado na mesma conta e medida que o rival. Afinal, aos 42 anos, Domingos fará amanhã uma dupla inédita com o colega azul e branco (33), na final europeia com os técnicos mais jovens da história.

Apesar de curta, a experiência nos bancos (mais a que acumulou como jogador, no FC Porto, entre 1987 e 1997) já ensinou Domingos a não olhar só para o próprio umbigo. O vice-campeonato de 2009/10 e a final da Liga Europa 2010/11 até seriam suficientes para tal presunção, mas o antigo avançado não hesita em reconhecer o mérito alheio e, ontem, já disse que o FC Porto "tem mostrado ser uma equipa muito forte", descrevendo o adversário como uma equipa digna da Liga dos Campeões.

Nas palavras da entrevista que Domingos deu ao site da UEFA não há só uma dose de desportivismo, também há de inteligência, a necessária para livrar ainda mais o Sp. Braga de qualquer pressão. O mundo inteiro já diz que o FC Porto é favorito, atirando para cima dos campeões portugueses a responsabilidade da vitória. Domingos aproveita a embalagem da massa e canta em coro: "Numa final, e perante o que tem acontecido, é natural que se atribua um favoritismo muito grande ao FC Porto". Mas, afinal, depois o técnico bracarense recua um pouco e, com os fortes adversários que deixou pelo caminho na cabeça, vai lembrando que em Dublin "é só um jogo" e tudo "depende muito da inspiração e de outras situações". "E é isso que nos leva a acreditar que é possível", garante.

Se o favoritismo pende para o FC Porto, a vontade de ganhar não falta aos jogadores do Sp. Braga. Domingos também esteve em palcos europeus com a camisola dos dragões e garante que os seus jogadores "ficam mais motivados" quando enfrentam "grandes equipas". No momento mais importante da história do Sp. Braga, Domingos já deixou pelo caminho nomes como Liverpool. Antes de se mudar (certamente para Alvalade), o técnico quer deixar mais uma marca em Braga, conquistando o segundo troféu para o clube do Minho, que só ganhou a Taça de Portugal em 1966. Para o conseguir, a receita de Domingos é simples e curta, como a sua idade de treinador: "Com a inspiração e a motivação certas podemos aproveitar uma das situações de golo que vamos criar."


Mário Felgueiras. "A maior arma do Sp. Braga é o FC Porto ser favorito"

Foi com ele na baliza que a equipa de Domingos começou a fabulosa campanha europeia. Amanhã vai ver a final da Liga Europa em Inglaterra, com a selecção de sub-23
Já correu Portugal de norte a sul a defender balizas. De Viana do Castelo, onde aos seis anos já acompanhava o pai enquanto este fazia os relatos do Sport Clube Vianense, a Portimão, por onde passou em 2006/07. Com 14 anos não foi fácil deixar a família para viver quatro anos na Academia do Sporting, em Alcochete. Mas, depois do empréstimo dos leões ao Sp. Espinho, o salto para o Sp. Braga foi o maior que deu na carreira. Não vingou nos arsenalistas, nem com Jorge Jesus (2008/09), nem com Domingos Paciência nas duas épocas seguintes. Primeiro foi emprestado ao V. Setúbal e depois cedido ao Rio Ave. Já tinha as malas em Vila do Conde quando o Sp. Braga voltou a chamar por si. As lesões de Quim e Marcos atiraram-no para a 3.a pré-eliminatória da Liga dos Campeões a 28 de Julho de 2010, o dia em que o Sp. Braga começou a excelente campanha europeia. Prestes a embarcar para Inglaterra, onde verá a final da Liga Europa e onde quinta-feira joga a final do International Challenge Trophy com a selecção de sub-23, Mário Felgueiras, 24 anos, recorda ao i a experiência na Champions diante do "infernal" Celtic.

Já estava no Rio Ave quando foi chamado para voltar a Braga, e logo para a Liga dos Campeões.

É verdade, e na altura nem tive tempo para desfrutar. Foi tudo muito rápido, tudo muito em cima da hora, desde o momento em que o presidente falou comigo.

Foi António Salvador que lhe ligou para voltar a Braga?

Na pré-época, o Rio Ave fez um jogo contra o Sp. Braga e no final o presidente disse-me que iam tratar de tudo para poder regressar a casa. Como lhe disse, só depois é que tive tempo para tomar consciência das coisas que aconteceram, até da responsabilidade daqueles jogos.

Como viveu o ambiente da Champions?

Em Braga fiquei contente, porque estava na casa do meu clube com os nossos simpatizantes. No estádio do Celtic vivi uma sensação única e diferente. É um ambiente que poucas pessoas terão o prazer de desfrutar, só estamos habituados a ver na televisão como é tão infernal.

O que mais o impressionou?

A crença dos adeptos, porque mesmo com os 3-0 da primeira volta foram até ao último minuto sempre a cantar e a criar um ambiente infernal. Não tem nada a ver com o que se passa em Portugal, mesmo nada a ver!

Aqui assobia-se mais do que se canta?

Não, nem é bem por isso. Nos estádios que estão cheios assobia-se, a questão é que há muitos estádios vazios. A mim um estádio cheio e com esse ambiente dá-me uma motivação e permite-me uma concentração diferente.

Quando o Sp. Braga passou essa primeira eliminatória, a equipa já acreditava que era possível chegar tão longe?

Jogo após jogo, o Sp. Braga foi acreditando que era possível. Os jogos com o Celtic e com o Sevilha mostraram as capacidades da equipa. No futebol tudo é possível, era legítimo acreditarem e terem esse sonho.

Como é que se celebrou no balneário do estádio do Celtic?

Foi só festa, muita festa. Certamente eles terão festejado outras vezes com mais intensidade, mas aquela foi a primeira, foi o primeiro passo e foi vivido com muita alegria. Já naquela altura disseram que o Celtic era um osso duro de roer e a vitória também serviu de resposta a essas críticas.

Pelo menos nesses jogos foi uma aposta do treinador. Como é trabalhar com Domingos?

Comigo as coisas não aconteceram como desejaria, mas foram opções tomadas em conjunto. Mas o Domingos é sem dúvida um bom treinador e os resultados falam por ele.

É ele o obreiro deste sucesso?

Sim, claro, o treinador tem sempre uma grande fatia no bolo do mérito.

Que hipóteses tem o Sp. Braga contra o FC Porto?

O Sp. Braga tem uma arma que até pode ser um contra-senso, mas é o facto de o FC Porto ser considerado o grande favorito. Isso retira pressão ao Sp. Braga, que não tem nada a perder. Num lance de bola parada o golo pode entrar e o Sp. Braga também é muito forte nas suas transições e na defesa. É uma final, num campo neutro, tudo é possível.

E o que é que será mais difícil para o Sp. Braga?

Conter a euforia portista, o Falcao e o Hulk, claro!

i JORNAL

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Al-Rayyan quer juntar Vandinho a Moisés
CAPITÃO TERMINA CONTRATO

A Dublin Arena deve marcar a despedida de Vandinho do Sp. Braga. O capitão está inclinado a aceitar um convite do futebol árabe, sendo o Al-Rayyan, onde alinha Moisés, o mais bem posicionado para assegurar os seus serviços. Atacar o título na nova temporada é o objetivo do emblema do Qatar e o empresário Jorge Baidek está a intermediar o negócio. O agente brasileiro não representa o médio arsenalista, mas a boa relação entre ambos serviu de ponte para o antigo defesa levar dvd's de Vandinho na viagem que ontem terminou pelo Médio Oriente. Baidek, que em janeiro colocou Moisés no Al-Rayyan, segue agora até Dublin para assistir ao Sp. Braga-FC Porto.

Em final de contrato com os minhotos, o médio-defensivo recebeu luz verde de António Salvador para decidir o seu futuro, embora o presidente da SAD já lhe tenha oferecido a possibilidade de prolongar o vínculo. Mas, com 33 anos, o brasileiro quer mesmo assinar o contrato de uma vida e o mundo árabe chama-o.


Sinal verde
ESTÁ TUDO PRONTO EM DUBLIN

Azáfama. Neste caso, diga-se desde já, sem pressa e atrapalhação. A UEFA não facilita nestas coisas e tudo está controlado ao milímetro. Nem tudo, como se pode perceber no "momento" aqui ao lado, mas pronto...

Depois de uma grande final apenas bem assinalada pelos vários cartazes espalhados por Dublin, ontem estava já tudo a ser ultimado para o grande jogo. A rápida visita de Record à Dublin Arena não permitiu acesso apenas aos balneários, mas deu para saber um daqueles pormenores deliciosos, pois como os dragões vão jogar em casa (assim ditou o sorteio), o seu balneário tem jacuzzi (aquela coisa que faz bolinhas, disse-nos a simpática cicerone), enquanto o dos arsenalistas não. Uma questão de conforto ou talvez não...

Não há é forma de enganar. Isto é mesmo real. Os emblemas de FC Porto e Sp. Braga estão um pouco por todo lado, incluindo nos dois topos do palco, onde o relvado mais parece um autêntico espelho das próprias bancadas. Impecável o piso que hoje as equipas já vão calcar. O sinal é verde, pois claro, a cor da Irlanda e de uma final transformada no evento dos portugueses que começam a circundar as redondezas.

RECORD

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FC Porto e Braga à procura da glória

FC Porto e Sporting de Braga disputam a final da Liga Europa amanhã, pelas 19h45, na Arena de Dublin. A primeira final lusa que garante mais uma taça europeia para o futebol português. "Dragões" e "Guerreiros do Minho" são clubes amigos, mas ambos estão empenhados na glória europeia

FC Porto e Sporting de Braga vão esquecer quarta-feira a sólida amizade que os une, empenhados em conquistar a Liga Europa, em Dublin, na primeira final do velho continente totalmente portuguesa. Numa final tudo pode acontecer, mas os "dragões" recolhem, naturalmente, maior favoritismo: estão a fazer uma época memorável – campeões invictos, vencedores da Supertaça e ainda finalistas da Taça de Portugal -, têm maior experiência internacional e estão em forma.

Tudo isso confere à equipa de André Villas-Boas maior responsabilidade e pressão, um trunfo que os "guerreiros do Minho" podem aproveitar, como, aliás, o têm feito com mestria: que o digam os "favoritos" Celtic, Sevilha, Liverpool, Dínamo de Kiev e Benfica, todos colecionadores de títulos nas provas da UEFA e que caíram aos pés dos minhotos.

Esta época, os portistas venceram ambos os desafios entre si e na história triunfaram nas duas finais anteriores na Taça de Portugal e uma na Supertaça, mas uma final europeia é um desafio com um espírito diferente: esta é a oportunidade de uma vida para os "arsenalistas" fazerem história.

Duas Taça dos Campeões (1987 e 2004) e uma Taça UEFA (2003), sem esquecer duas Taças Intercontinentais e uma Supertaça Europeia, já moram no museu do FC Porto, enquanto o do Sporting de Braga procura o mais importante troféu dos seus 90 anos de história – só venceu uma Taça de Portugal.

O FC Porto tem como trunfos a maior experiencia internacional e a superior qualidade individual dos futebolistas, mas o Sporting de Braga já mostrou capacidade para se transcender, com uma capacidade ímpar de criar um todo de valor superior à soma das partes.

André Villas-Boas, discípulo de José Mourinho, está apenas a terminar a primeira época completa como treinador e quis o destino que fosse defrontar Domingos Paciência, o seu ídolo de menino no FC Porto e protagonista do melhor ciclo da longa história bracarense, na qual está determinado a ganhar um lugar imortal, antes de partir para o Sporting.

Tal como a maioria dos que acompanham o futebol, as casas de apostas atribuem favoritismo aos "dragões", mas é no campo que os portistas têm de mostrar a aparente superioridade: no percurso até Dublin, impressionaram, pelas 13 vitórias em 16 jogos, com 43 golos marcados, dois recordes lusos. Falcao (17 golos, recorde na Europa numa só época) e Hulk (oito) são as setas apontadas à baliza minhota, enquanto Guarín (cinco) tem sido um surpreendente desequilibrador do meio-campo e Helton mais seguro do que nunca na baliza.

O saudoso Matheus (já não faz parte do plantel) é o melhor marcador "arsenalista", com seis golos, seguido de Lima (cinco), especialista a marcar ao FC Porto: Alan brilha nas alas, Mossoró a construir, Vandinho é o "patrão" à frente da defesa, comandada pelo sólido guarda-redes Artur Moraes.

Os portistas estão desfalcados do lateral direito Fucile e do extremo Cristian Rodriguez, com o lateral esquerdo Emídio Rafael a juntar-se aos uruguaios no lote de indisponíveis. No Braga, apenas Vinícius está inapto.

Pinto da Costa tem como grande amigo no futebol António Salvador, mas os cúmplices presidentes têm agora interesses antagónicos, pois ambos querem segurar o sétimo título europeu que viajará para Portugal.

Sporting de Braga a um triunfo do conto de fadas

O Sporting de Braga, que nunca havia chegado sequer aos quartos de final em 12 participações europeias, está a um triunfo de conquistar a Liga Europa e escrever um autêntico "conto de fadas".

O conjunto minhoto tem sido a grande surpresa europeia de 2010/11 e um verdadeiro "tomba gigantes". Entre Liga dos Campeões e Liga Europa, os "Guerreiros do Minho" deixaram pelo caminho três campeões da Europa (Liverpool, Benfica e Celtic) e dois vencedores de outras provas europeias (Sevilha e Dínamo de Kiev). No total, os "arsenalistas" já cumpriram 18 jogos - um novo máximo nacional -, metade dos quais transformados em vitórias, as mais emblemáticas em Sevilha (4-3) e na receção ao Arsenal (2-0), Liverpool (1-0) e Celtic (3-0).

FC Porto fez um percurso demolidor

O FC Porto atingiu a final da Liga Europa depois de um percurso verdadeiramente demolidor, marcado por 13 vitórias, em 16 jogos, e 43 golos marcados, que foram dinamitando sucessivamente todos os adversários. Mais do que eliminar os adversários, o conjunto de André Villas-Boas massacrou-os, não precisando de mais do que a primeira "mão" para, praticamente, selar o apuramento para a fase seguinte. O Genk, no "play-off", e, após uma fase de grupos ultrapassada em quatro jornadas (de seis), o Sevilha, o CSKA de Moscovo, o Spartak de Moscovo e o Villarreal foram as vítimas do conjunto "azul e branco". Foi tal a superioridade dos "dragões" que os recordes começaram a tombar: de vitórias, com destaque para as oito em reduto alheio, aos golos. Na prática, o FC Porto mostrou que não é "deste" campeonato, mas da "Champions", onde já garantiu, com a conquista do 25.º título nacional, a presença na edição 2011/12 e como cabeça de série.

Domingos Paciência atribui  favoritismo grande ao Porto

O treinador do Sporting de Braga, Domingos Paciência, considerou ontem natural atribuir ao FC Porto "um favoritismo muito grande" para a final da Liga Europa, que se realiza amanhã, em Dublin. Em entrevista ao sítio oficial da UEFA, o técnico da equipa minhota notou que a turma orientada por André Villas-Boas "tem mostrado ser uma equipa muito forte" e que, não estando a disputar a Liga dos Campeões, "durante anos e anos esteve lá e é um clube" de "Champions". "Numa final, e perante o que tem acontecido, é natural que se atribua um favoritismo muito grande ao FC Porto, mas é um jogo só, depende muito da inspiração e de outras situações e é isso que nos leva a acreditar que é possível", disse.

O treinador lembrou o golo de Custódio, diante do Benfica, há menos de duas semanas, que selou o apuramento para a final da Liga Europa, e a "grande alegria" que representou. "Era o que precisávamos naquele momento, dar confiança à equipa, e aquele golo podia intranquilizar uma equipa e galvanizar outra. Acabámos por ser uma equipa muito inteligente em jogo, definimos bem os momentos, a forma de anular bem o Benfica e a nossa resposta, e senti que a equipa não ia sofrer golos porque estava muito concentrada", disse. O técnico destacou ainda a "capacidade de trabalho dos jogadores, empenho diário e a boa gestão da recuperação a seguir aos jogos", considerando que esses fatores tiveram "reflexo na boa condição da equipa neste momento".

Final mexe pouco com Dublin e o Sporting de Braga é o "culpado"

Com 15 quilos e 65 centímetros de altura, a taça da Liga Europa não passa despercebida na Câmara de Dublin, mas merece atenção reduzida, tal como o jogo da final, entre FC Porto e Sp. Braga, nos irlandeses. E um dos "culpados" é mesmo o Braga, porque deixou pelo caminho o Liverpool. Se os "reds" estivessem na final, a Arena de Dublin dificilmente teria lugares vazios amanhã, algo que parece uma inevitabilidade para Gerry Kelly, que até se mostra bem identificado com o "soccer". "Com uma equipa inglesa, o estádio estaria cheio, o Manchester City ou o Liverpool. Ambos estiveram nos oitavos de final e muita gente iria ver, especialmente o Liverpool, porque tem relações muito próximas, está apenas separado pelo Mar da Irlanda. Foi o Braga [que o eliminou], boa sorte. Merecem estar na final, mas penso que o senhor Falcao vai ter uma boa noite na quarta-feira. É o meu prognóstico", arrisca o guia. Descrevendo a Liga Europa como "uma espécie de competição B [europeia] de clubes", Gerry sabe que a final vai opor dois clubes de cidades vizinhas: "Separadas por... 100 km? Não? 50... meia-hora de comboio. FC Porto e Sporting de Braga, o favorito tem de ser o FC Porto, jogaram um futebol sensacional, mas diria que muita gente gostaria de ver ganhar o mais fraco". Gerry Kelly realça a "pouca expressão" do Braga, "sem desprimor", e lamenta os elevados preços dos bilhetes dos "packs" de viagem, "especialmente agora, que a Europa está a viver um momento difícil, nomeadamente Portugal e Irlanda".



Carballo dirige final

O árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo foi nomeado pela UEFA para arbitrar a final de amanhã da Liga Europa, entre o FC Porto e o Sporting de Braga, informou ontem a UEFA. Carballo será coadjuvado por Roberto Alonso Fernández e Jesús Calvo Guadamuro. O quarto árbitro oficial David Fernández Borbalán. Carlos Velasco Carballo vai estrear-se a arbitrar jogos de equipas portuguesas na final da Liga Europa. Nos 22 jogos das competições europeias que já dirigiu, o madrileno, de 40 anos, nunca se cruzou com equipas lusas e detém, no seu palmarés, como nota de maior destaque a nomeação para a primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, entre Schalke 04 e Manchester United, que os ingleses venceram por 2-0. Carballo, que chegou a internacional em 2005, dirigiu outros cinco jogos da "Champions" e um da Liga Europa.

Villas-Boas e Domingos levam todos os jogadores

Domingos Paciência convocou todo o plantel do Sp. Braga para a final da Liga Europa, diante do FC Porto. O técnico decidiu premiar o grupo de trabalho e trazer à capital irlandesa todos os jogadores, incluindo atletas lesionados e outros que nem sequer estão inscritos na UEFA. André Villas-Boas convocou 19 jogadores, com destaque para a integração de Moutinho e Fernando,mas todo o plantel do FC Porto também seguiu viagem. Hoje as duas equipas vão treinar no Arena de Dublin, palco do jogo. O FC Porto a partir das 18h00, e o Braga às 19h30. Antes do apronto, treinador e um jogador de cada equipa fazem a antevisão da final na habitual conferencia de imprensa

JORNAL DA MADEIRA

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O conto de fadas de Meyong

Neste conto, não há espaço para um castelo, para um príncipe ou para uns sapatos de cristal, mas tal como a principal personagem de "A Gata Borralheira", também Meyong atravessou uma fase atribulada antes de alcançar a alegria suprema. Tudo começou com a chegada de Elton ao Braga no começo da época. Apesar de ter sido o melhor marcador dos arsenalistas em 2009/10, com 13 golos, o camaronês perdeu espaço e acabou excluído dos inscritos na fase de grupos da Liga dos Campeões. Quase um ano depois, surge novamente numa posição de destaque e com hipóteses de ser utilizado na final da Liga Europa. Para isso muito contribuíram a saída de alguns concorrentes directos (Elton e Matheus) e ainda as boas exibições nos dois jogos das meias-finais desta competição, frente ao Benfica, nos quais foi aposta inicial no ataque.

Admirado por uns, incompreendido por outros, Meyong tem encarado todas as situações e sem mostrar descontentamento. A começar pelo número de oportunidades de que dispôs esta época; olhando para o número total de jogos efectuados (27), até parecem muitos, mas essa ideia desaparece quando se constata que, no somatório das competições, apenas foi titular em oito: duas vezes no campeonato, duas na Taça de Portugal e quatro na Liga Europa. Nos restantes 19, foi suplente utilizado, sendo que em nove só saltou do banco nos últimos 15 minutos. Não admira, por isso, que tenha uma média de 34 minutos por jogo.

Apesar de tudo, já marcou alguns golos. Foram quatro, os suficientes para ajudar o Braga a terminar o campeonato no quarto lugar. Por isso tem esperança de jogar amanhã, dia do último capítulo deste conto de fadas.


"É a recompensa por ter trabalhado muito"

Quando é confrontado com todas as sensações que experimentou esta temporada, da tristeza da exclusão da lista de jogadores inscritos na fase de grupos da Liga dos Campeões à alegria da presença na final da Liga Europa, Meyong mantém a humildade de sempre e recusa entrar em polémicas. "O futebol é mesmo assim. São coisas que acontecem", declarou o internacional camaronês a O JOGO minutos depois de eliminar o Benfica nas meias-finais da Liga Europa. Mas será que o avançado alguma vez imaginou estar a viver este sonho depois de tudo o que passou? "Como sou profissional, sempre trabalhei forte e acreditei nas minhas qualidades. Por isso, isto é a recompensa por ter trabalhado muito", afirmou, naturalmente satisfeito pela fase que atravessa e que espera que tenha continuidade em Dublin, pois deseja ver os bracarenses em festa no fim do encontro com o FC Porto. "Estou muito contente por continuar a ajudar o Braga. Sou muito acarinhado por todas as pessoas no clube e pelos adeptos e quero dar-lhes as maiores alegrias possíveis", referiu.


Glória após tantos obstáculos derrubados

O Braga bem merece pernoitar no castelo em que hoje vai dormir. Sonhar com a conquista da Liga Europa está ao alcance de todos, mas só uma equipa de verdadeiros guerreiros poderia chegar à véspera da final a pensar no assunto. Sobretudo depois de tantas noites mal dormidas, por culpa de batalhas dificílimas e obstáculos aparentemente inultrapassáveis. Se o futebol fosse o jogo da glória, o Braga merecia chegar à frente. Pelo menos pela capacidade de sacrifício.

O primeiro grande obstáculo foi encontrado ainda antes de a bola rolar. Com a necessidade de emagrecer o plantel e reduzir custos, a SAD "livrou-se" de sete jogadores. Como a UEFA só permite três inscrições adicionais no segundo período, ficou desde logo estabelecido, Aníbal à parte, que Domingos ficaria com 17 homens para lutar. Escolheu os mais importantes, mas sujeitos ao previsível: lesões e castigos que frequentemente encurtaram o grupo para números ainda mais assustadores. Na estreia, em Poznan, só havia 13 jogadores e um estava condicionado. Noutras ocasiões, 14, 15 ou 16, sempre com jovens do satélite Vizela na comitiva para que não se desse o ridículo de uma equipa não ter o banco cheio nas competições europeias.

O pior estava para vir e, ao fim de oito jogos, é impossível destacar qual o momento mais duro. Uns apontarão a neve e o gelo da Polónia, outros falarão da capacidade de sofrimento para defender vantagens, os mais atentos falarão das dificuldade em gerir objectivos altos entre duas competições. Mas para o grosso do grupo, o direito a sonhar conquistou-se naqueles 60 minutos com dez jogadores superados contra o Dínamo de Kiev, sem lateral-direito, defesa-central ou extremo-esquerdo. O JOGO recorda esse percurso tão sinuoso..


Cansaço de 331 dias e 54 jogos também vencido

De 21 de Junho, data do arranque da pré-época, até hoje passaram 331 dias de trabalho. Nenhum outro clube em Portugal teve um percurso tão longo, e também por isso deve ser dado mérito aos arsenalistas, que nem ao cansaço sucumbiram. Esta foi a época mais intensa de sempre - 54 jogos, contra os 48 de 2008/09 -, mas nisso o FC Porto tem mais do que se queixar: 57, pois jogou a Supertaça e chega à final da Taça de Portugal. Em dias de trabalho, os portistas perdem por semana e meia, uma vez que, por só terem uma pré-eliminatória europeia para disputar, começaram a época no início de Julho. Em determinada altura da época, aos bracarenses foi imputado o desgaste como forma de justificar alguns fracos desempenhos. Curiosamente, chegam a Maio bem melhor nesse parâmetro do que aconteceu, por exemplo, em Janeiro, mês mais intenso da época, com sete partidas disputadas.

Domingos dá favoritismo ao FC Porto, mas...

Crença é o que não falta ao Braga em vésperas da final da Liga Europa, e Domingos Paciência tratou de transmiti-la numa entrevista ao sítio da UEFA. O FC Porto é apontado como "favorito" pelo treinador bracarense, mas - nesta história teria sempre de ter um mas - isso não significa que vá ganhar o troféu. "O FC Porto sempre teve equipas muito fortes e neste momento tem uma equipa que se poderia dar bem na Liga dos Campeões; é um clube de Liga dos Campeões. Na final, e tendo em conta a forma como correu a época, é natural que seja o grande favorito, mas estamos a falar de uma final, é só um jogo", lembrou Domingos, convicto de que Lima e companhia poderão marcar a Helton.


Adeptos separados no aeroporto

O Braga deve até hoje esgotar os 3700 bilhetes que reservou junto da UEFA. Muito longe do número de adeptos portistas, mas nem por isso os irlandeses vão facilitar. Assim, os adeptos que cheguem ao aeroporto em voos charter serão separados por terminais diferentes, por forma a evitar a mistura. Os que cheguem em voos regulares também serão aconselhados a juntar-se aos restantes, que até terão transporte gratuito para a respectiva Fun Zone. Quando chegarem, já o Braga estará instalado. A viagem está marcada para as 9h30.


Contratação de Rodriguez por quatro épocas a oficializar

O central peruano Rodriguez, do Braga, será esta semana oficializado como reforço leonino para as próximas quatro temporadas, como O JOGO ontem adiantou, e vai transformar-se na segunda contratação do elenco para o futebol da Direcção de Godinho Lopes. Os termos do contrato que vai ligar o defesa-central, de 27 anos, ao Sporting foram acertados na semana passada entre a SAD verde e branca e o representante do atleta, Elio Casareto - que esteve em Lisboa para finalizar a contratação de André Carrillo (ver texto ao lado) e respectiva apresentação oficial -, mas a oficialização está condicionada pela presença do jogador na final da Liga Europa (amanhã com o FC Porto). Trata-se do primeiro reforço para a defesa leonina, que deverá sofrer bastantes mexidas.


O JOGO

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Comitiva já está no aeroporto

A equipa do SC Braga chegou há minutos ao aeroporto Sá Carneiro, no Porto, de onde partirá para Dublin pelas 9.30 horas, para jogar a final da Liga Europa contra o FC Porto.

Por questões de segurança e de logística, a comitiva entrou para o aeroporto a partir da porta VIP, longe das centenas de adeptos que esta manhã também embarcam rumo à capital irlandesa, em três aviões, para apoiar a equipa minhota.


«Já provámos que podemos ultrapassar grandes barreiras» - António Salvador

À chegada ao aeroporto Sá Carneiro, no Porto, o presidente do SC Braga mostrou-se confiante na deslocação a Dublin para jogar a final da Liga Europa frente ao FC Porto, isto apesar de considerar que o campeão nacional é favorito.

«O Braga tem um grupo de jogadores forte, mas sabemos que pela frente vai estar uma grande equipa. É a quinta final do Porto e, como tal, pode ser considerado favorito. Mas nós também já provámos que podemos ultrapassar grandes barreiras. Vamos para Dublin com confiança», disse António Salvador aos jornalistas, antes da partida para a capital da Irlanda.

A final da Liga Europa joga-se quarta-feira, às 20.45 horas, na Dublin Arena.

A BOLA

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Rodríguez já não escapa
CLUBE GARANTE UMA DAS PRIORIDADES DE DOMINGOS

André Carrillo foi o primeiro reforço apresentado pelos leões com vista à próxima temporada e, caso ninguém se chegue entretanto à frente, o senhor que se segue também pode ser um peruano. Isto porque, sabe Record, Alberto Rodríguez já tem praticamente tudo acertado com o clube.

O acordo entre a direção leonina e o central está perto de ser concluído, faltando apenas definir meros detalhes relacionados com a duração do vínculo contratual que El Mudo se prepara para assinar, estando ainda por estabelecer se o acordo será válido por 3 ou 4 épocas.


Mesquita Machado: «O Benfica foi a equipa mais fácil de ultrapassar»
edil de braga confia no triunfo sobre FC Porto

Para Mesquita Machado "ir à final já é uma grande vitória mas será ainda uma vitória maior se conseguirmos vencer a derradeira etapa".

Para o presidente da câmara de Braga, tal "não é impossível para quem ultrapassou já grandes equipas como o Dínamo de Kiev, o Liverpool e o Sevilha".

"Espero que esta final seja uma grande festa para o futebol português dentro e fora das quatro linhas", acrescentou.

"O Benfica foi a equipa mais fácil que o Sp. Braga teve para ultrapassar pois esta época não foi a equipa que foi na época anterior, quando foi campeão", referiu, quando questionado sobre o facto de anteriormente não ter mencionado a equipa da Luz.



Salvador: «Favoritismo tem de ser demonstrado dentro de campo»
líder bracarense promete equipa de luta

O Sp. Braga partiu na manhã desta terça-feira para Dublin, onde irá disputar a final da Liga Europa frente ao FC Porto.

António Salvador, presidente do Sp. Braga, sublinhou, antes da partida, que o FC Porto é o favorito para a final de quarta-feira, mas recusou-se a deitar a toalha ao chão.

"Existe uma equipa mais favorita que outra. Mas o favoritismo tem de ser demonstrado dentro de campo", admitiu António Salvador.

"Isto é um marco histórico para o Sp. Braga. Mas importante mesmo será ganhar a final, só assim poderemos fazer história", acrescentou.

No entanto, "nós já passámos grandes barreiras nas competições europeias e já mostrámos que podemos disputar qualquer jogo, independentemente do adversário. Vamos continuar a ganhar e é para isso que trabalhamos", concluiu.

O líder bracarense convidou presidentes de vários clubes para acompanharem a equipa, como é o caso de Carlos Barbosa, Paços Ferreira, Carlos Oliveira, Leixões, e António Silva Campos Rio Ave.

Marques Mendes, ex-presidente do PSD, outro dos convidados, falou também à comunicação social antes da partida para Dublin:

"Toda a gente sabe que sou benfiquista, mas como o meu clube não teve competência para chegar à final, quero que o Sp. Braga ganhe."



Agostinho Oliveira: «Só com muito esforço e querer a final será nossa»
dirigente confiante à partida para dublin
   
Agostinho Oliveira, diretor técnico de formação do Sp. Braga, mostrou-se confiante, esta terça-feira, antes da partida da equipa para Dublin, indicando que, apesar do FC Porto "ter uma grande equipa, numa final tudo é possível".

"Este jogo exige muito esforço e muito de querer da nossa parte. Só assim a final pode ser nossa", garantiu em declarações à RTP, dando o mote para o embate da Liga Europa diante do FC Porto, amanhã..


Muitos VIP com os bracarenses
rumo a dublin

A apresentadora televisiva Iva Domingues foi uma das figuras que integra a comitiva bracarense, a convite da SAD. Também viajam neste momento para Dublin diversos dirigentes de clubes da I e II ligas.

Carlos Barbosa, do Paços de Ferreira, António da Silva Campos, do Rio Ave, Isidoro Sousa, do Portimonense, António Regala, do Beira-Mar, Carlos Oliveira, do Leixões, e António Gomes, do Penafiel, são alguns desses dirigentes.

Os políticos Marques Mendes, Luís Campos Ferreira e Miguel Macedo, todos do PSD, também integram a comitiva, bem assim como Wender, antigo jogador do Sp. Braga, e o antigo árbitro Paulo Paraty. Carlos Brito, treinador do Rio Ave, também viajou com o Sp. Braga para Dublin.


RECORD

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Salvador: «Vamos para Dublin com confiança»

António Salvador admite o favoritismo do FC Porto nesta final europeia mas sublinha a confiança que a sua equipa apresenta. Os guerreiros deixaram esta manhã a cidade invicta com muito optimismo para o desafio de amanhã.

«O Sporting de Braga tem um grupo de jogadores forte, mas sabemos que pela frente vai estar uma grande equipa. É a quinta final do FC Porto e, como tal, pode ser considerado favorito», começou por dizer António Salvador no aeroporto Francisco Sá Carneiro, à partida da equipa para Dublin.

Contudo, o trajecto europeu que os arsenalistas têm vindo a fazer, aumenta a confiança dos minhotos: «Nós também já provámos que podemos ultrapassar grandes barreiras. Vamos para Dublin com confiança», sublinhou o presidente.

O Sporting de Braga tem agendado para o final da tarde o treino de adaptação ao relvado da Dublin Arena e antes, pelas 18h45, Domingos Paciência falará em conferência de imprensa.

ZEROZERO

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Guerreiros já estão em Dublin

O avião que transportou a comitiva bracarense desde o Porto já aterrou em Dublin.

À semelhança do que aconteceu ontem com o FC Porto, jogadores e equipa técnica não passarão pela zona de chegadas, estando um autocarro da UEFA na pista do aeroporto preparado para transportar os Guerreiros do Minho até ao hotel onde a equipa ficará instalada, numa localidade a cerca de 20 minutos do centro de Dublin.


«Esperamos esta última alegria» - Mesquita Machado

Mesquita Machado acredita num triunfo minhoto na final da Liga Europa. Presidente da Câmara Municipal de Braga diz que Benfica foi ao adversário «mais fácil» no percurso europeu dos bracarenses.

«Para uma equipa que eliminou Liverpool, Sevilha e Dínamo Kiev, gigantes do futebol europeu, é com mérito que está na final. Estou convencido de que vai ser uma grande festa do futebol português, as equipas vão dar o seu melhor», anteviu Mesquita Machado no aeroporto Francisco Sá Carneiro, antes de seguir viagem para Dublin.

«Esperamos esta última alegria, mas disputar a final é já uma grande vitória», frisou.

Questionado por que motivo não mencionou o Benfica no lote de equipas eliminadas pelos minhotos, Mesquita Machado disse ter feito referência às «três equipas mais fortes».

«O Benfica foi, se calhar, a equipa mais fácil que o SC Braga teve de defrontar, não foi o mesmo obstáculo da época passada», justificou ainda.


Benfiquista Marques Mendes recupera "costela" minhota

«Já que o meu clube não tem competência para chegar a uma final, aplico a máxima de que sou minhoto e por isso torço pelos minhotos». Foi desta forma desassombrada que Marques Mendes, benfiquista confesso, justificou o seu apoio ao SC Braga na final da Liga Europa com o FC Porto.

«Toda a gente sabe que sou benfiquista, mas já que o meu clube não tem competência para chegar a uma final, aplico a máxima de que sou minhoto e por nisso torço pelos minhotos. É um grande momento, é inédito uma final europeia entre equipas portuguesas. Na minha geração não voltará a acontecer», adivinhou Marques Mendes, em declarações prestadas aos jornalistas no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Questionado se deveria o futebol servir de exemplo para a política, aconselhou: «Não metam a política aqui». E explicou: «Esta final vai ajudar Portugal a recordar que somos bons no futebol. É pena não sermos bons no resto».


A BOLA