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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 24/11

Started by JotaCC, 24 de November de 2010, 07:33

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JotaCC



Golos de Matheus alimentam o sonho


Domingos Paciência apostou no mesmo 'onze' que perdeu o dérbi em Guimarães, ao passo que Wenger mexeu bastante, em relação à derrota no dérbi com o Tottenham, deixando de fora alguns craques (Arshavin e Van Persie nem viajaram e Nasri e Chamakh começaram do banco).

O duelo de "arsenais" começou monótono, sem emoção nem perigo junto das balizas, com o gigante londrino também a respeitar o sonho dos 'guerreiros' do Minho, e o gelo apoderou-se dos adeptos até à meia hora de jogo. Para trás, sem grande história ficou um livre aos 8 minutos de Luís Aguiar com Moisés a cabecear por cima, e um remate de Fàbregas, aos 18, com a mesma direcção do bracarense.

Era preciso mais, especialmente da parte do Sp. Braga, e um livre perigoso de Fàbregas, aos 30 minutos, quebrou finalmente o cubo de gelo na 'pedreira', após a palmada de Felipe. Do canto, novo susto para os 'guerreiros' com o central Djourou, a surgir solto ao segundo poste e a rematar às malhas. O Arsenal cresceu para o Braga, e aos 35 minutos valeu uma enorme saída dos postes de Felipe aos pés de Walcott. No mesmo minuto, em contra-ataque rápido, Lima colocou, finalmente, o guarda-redes inglês sobre aviso, num míssil que saiu ao lado.

À procura de um triunfo histórico, a equipa bracarense acordou finalmente, e aos 39 minutos ainda gritou-se golo nas bancadas, numa ilusão de óptica, quando Brendtner quase fazia na própria baliza, após canto de Luís Aguiar.

E os minutos finais antes do descanso voltaram a ser de algum sofrimento minho to, fruto de perdas de bola incríveis em zona proibida, sempre com Fàbregas na batuta do Arsenal.
Mesmo sem uma primeira parte para mais tarde recordar, tímida mas muito rigorosa e concentrada, o Sp. Braga manteve o sonho vivo para os segundos 45 minutos.

Tudo ou nada na segunda parte

E com a informação no placard da contagem de golos do Shakthar em Partizan, não restou aos 'guerreiros' outra atitude, senão, o tudo ou nada na segunda metade da partida. Matheus teve uma boa oportunidade aos 58 minutos, com a bomba sair às malhas laterais. Aos 61 minutos, a melhor oportunidade do Sp. Braga, com Luís Aguiar, em zona frontal e sem marcação, a desferir ao lado da baliza de Fabianski. O uruguaio podia ter feito melhor, depois do trabalho soberbo de Alan, pela direita.

Impaciente com o resultado, Arsène Wenger foi obrigado a lançar as estrelas do banco (Nasri, Chamakh e Carlos Vela, que tinha marcado dois golos na goleada de 6-0 em Londres), mas foi Domingos Paciência quem acabou por ser mais feliz com as substituições. Apesar de conservadoras, refrescaram o pulmão da equipa e trouxeram a magia nos pés. Foi dos pés de Elton que nasceu o primeiro golo de Matheus, com um passe longo divinal, deixando o extremo brasileiro sozinho no cara a cara com o guarda-redes do Arsenal, não falhando.

Já com os 'gunners' reduzido a dez (Eboué saiu lesionado), e com o Arsenal todo no ataque em busca da igualdade, o Sp. Braga teve ainda forças, arte e engenho para dar o xeque-mate, pelo inevitável Matheus, aos 93 minutos. Noite histórica.


CORREIO DO MINHO

JotaCC




Matheus e os euros alimentam o sonho

Parece conversa de FMI, mas não é. O futuro do Braga na Liga dos Campeões não precisa de mais nada para ser brilhante, mas pode tornar-se fantástico com a devida conjugação de alguns números. A vitória por 2-0 de ontem deixa o Braga orgulhoso de ter batido o Arsenal, mas a franzir o sobrolho ao défice no balanço entre golos marcados e sofridos: 5-9. Pior do que o 6-6 do Shakhtar, o que obriga a equipa portuguesa a cometer a proeza de vencer em Donetsk por 4-0, fechando a fase de grupo com seis golos marcados e nove sofridos - num campeonato a três com o Arsenal -, ganhando por um nessa batalha numérica com a equipa ucraniana. Impossível. Pelo menos, muito difícil. Complicado, vá lá.

Seja o que for, esta não é claramente uma situação para esgrimir com palavras, é a ditadura dos números a prevalecer, pois é ela que abre outra porta ao sonho bracarense de chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Para chegar a essa porta, a equipa de Domingos não precisa tanto de si, mas dependerá em excesso do Arsenal, que recebe o Partizan. Neste caso, o Braga terá de fazer "apenas" melhor resultado que os gunners, "proibidos" de ganhar aos sérvios, já que esse resultado os apura para a fase seguinte. Na pior das expectativas, o Braga corre o risco de somar 12 pontos e descer, ainda assim, à Liga Europa. Na época passada, o FC Porto de Jesualdo Ferreira seguiu para os oitavos com... 12 pontos.

Se aguentou até aqui esta maratona de números, então conheça por palavras como é que o Braga conseguiu a proeza de ganhar ao Arsenal e chegar à última jornada com hipóteses de apuramento. Antes, todavia, mais um número: o marcador electrónico do estádio exibia 35% de posse de bola para o Braga quando Elton, acabadinho de entrar, fez o longo passe que Matheus aproveitou para fazer o 1-0.

É verdade que o jogo teve uma história anterior aos golos, decorrendo no ritmo pausado que mais convinha ao Braga - alguém no seu perfeito juízo aceita uma partida rápida e taco a taco com o Arsenal? -, mas nada de épico. Pelo menos tão épico como os 10 minutos finais. Domingos Paciência quis, antes de tudo o mais, anular o meio-campo do Arsenal, daí que Vandinho tenha sido a sombra de Fàbregas. Acontece que o espanhol passou despercebido até ser substituído por lesão aos 68 minutos.

Esta relativa pasmaceira começou a definhar a milhares de quilómetros de Braga quando, em Belgrado, o Shakhtar marcou no terreno do Partizan e ultrapassou o Arsenal na tabela do Grupo H. Arsène Wenger, que até então pareceu pouco importado com o facto de pouco ou nada aproveitar o domínio avassalador ao nível da posse de bola, acusou o toque aos 55 minutos. Fez entrar dois habituais titulares - Nasri e Chamakh - na esperança de abater o Braga, mas acabou a ceder mais espaço aos jogadores de Domingos, que passaram a aparecer mais vezes junto da baliza à guarda de Fabianski. Esta tendência mantém-se quase 20 minutos e muda na parte final, de tal maneira que Domingos Paciência, conhecedor do avolumar da vitória do Shakhtar em Belgrado, tenta preservar antes de mais o empate no seu jogo. Por isso faz entrar Andrés Madrid, por troca com Luis Aguiar. O Braga estava preparado para o ataque final dos gunners e contava com um intratável Rodriguez, perfeito durante todo o jogo.

Foi então que apareceu o factor Matheus. Num minuto disputa a bola com Eboué, que sai lesionado do lance, e marca o 1-0; noutro (o último minuto) deixa a sua assinatura num golo espectacular que fecha o marcador e o jogo. Melhor? Impossível.

Braga, 2 - Arsenal, 0

Estádio Axa

Relvado em bom estado

Espectadores 14809

Árbitro Viktor Kassai (Húngria)

Golos

1-0 Matheus 83'

2-0 Matheus 90'+3'

Braga

Felipe, Miguel Garcia, Moisés, Rodriguez, Elderson, Vandinho (Hugo Viana, 90), Luís Aguiar (Andrés Madrid, 80), Leandro Salino, Alan, Lima (Elton, 81) e Matheus.

Treinador Domingos Paciência

(Suplentes: Artur, Aníbal, Sílvio, Andrés Madrid, Hugo Viana, Mossoró e Elton).

Arsenal

Lukasz Fabiansky, Johan Djourou, Sébastian Squillaci, Emmanuel Eboué, Kieran Gibbs, Denilson, Cesc Fàbregas (Samir Nasri, 69), Jack Wilshere, Tomás Rosicky, Theo Walcott (Carlos Vela, 76) e Nicklas Bendtner (Marouane Chamakh, 73).

Arsène Wenger

(Suplentes: Wojciech Szczesny, Bacary Sagna, Laurent Koscielny, Samir Nasri, Carlos Vela, Alex Song e Marouane Chamakh).

Cartões amarelos Emmanuel Eboué (38), Luís Aguiar (54), Denilson (70), Johan Djourou (74), Carlos Vela (77), Miguel Garcia (78) e Tomás Rosicky (84).


Arbitragem
Uma dúvida


Mais bem colocado, mas sem a ajuda da televisão, o árbitro húngaro terá cometido um erro em benefício do Braga quando, pouco antes do 1-0, perdoou um penálti cometido por Rodriguez sobre Vela, derrubado quando se preparava para ficar isolado.

De resto, uma arbitragem de Viktor Kassai sem outros erros, tendo dirigido a preceito a nível disciplinar e decidindo bem na aplicação da lei da vantagem.



O MOMENTO

83' [1-0]
O sucesso de Elton na sinfonia de Matheus

Há momentos de um jogo em que é justo pensar que a importância da táctica num resultado é pura retórica dos discursos de antevisão e balanço. O Braga não precisou de dominar na posse de bola nem sequer de criar mais oportunidades de golo para ganhar ao Arsenal. Precisou de ser seguro, é verdade, e de esperar que, desta feita, a sorte do jogo estivesse do seu lado. Ora, ontem teve isso tudo em apenas um minuto e muito por culpa de um jogador apenas, o que não deixa de ser sintomático numa partida em que o colectivo se destacava, até então, perante as individualidades. Vamos ao factos: dentro do minuto 83, Matheus está no lance que termina com a lesão de Eboué, que deixa o Arsenal reduzido a dez unidades, e é o destinatário da fantástica assistência de Elton que segundos depois o deixa isolado perante Fabianski e com tempo para marcar o golo que inicia a estupenda vitória do Braga.


Lances-chave

2´ O Arsenal começa ao ataque. Rosicky vai quase à linha de fundo cruzar, valendo Elderson a antecipar-se a Bendtner.

7' Lima assume a responsabilidade do primeiro remate do Braga. Defesa fácil de Fabianski depois de a bola perder velocidade no corpo de um defesa.

8´ Livre do lado esquerdo cobrado por Luis Aguiar e, na área, Moisés, sozinho, falha o tempo de salto e cabeceia mal. A bola sai muito por cima da barra.

15' Outra vez Rosicky a procurar a linha de fundo e a cruzar, desta feita com Moisés a afastar o perigo da área bracarense.

19' Bendtner leva os defesas-centrais consigo e abre espaço para Fàbregas entrar na área, mas rematar por cima da baliza de Felipe.

29' Walcott, em velocidade pura, ganha a todos e cruza. Mas ninguém das duas equipas chega à bola, que sai do outro lado, pela linha lateral.

32' Livre directo e frontal à baliza de Felipe, Fàbregas bate em jeito, o guarda-redes resolve com uma sapatada na bola. O Arsenal ganha um canto e não cria perigo.

35' Fàbregas desmarca Walcott, que quase chega à bola, valendo a saída corajosa de Felipe.

35' No mesmo minuto, a resposta do Braga com o carteiro do costume: Lima remata forte e um pouco ao lado da baliza. Há quem grite "golo", iludido pela bola a bater na rede lateral.

38' Livre género de canto mais curto que Luis Aguiar tenta marcar directo, valendo um defesa do Arsenal junto do primeiro poste.

58' Bom lance de ataque do Braga, com Lima a ter oportunidade de rematar, mas a preferir servir Matheus. O remate sai ao lado.

60´ Luis Aguiar, dentro da área, recebe a bola no peito e remata de pé esquerdo. Parecia que ia ser golo, mas a bola sai ao lado.

72' Boa jogada de ataque do Arsenal, com cruzamento de Rosicky para Bendtner que Moisés interrompe com corte pela linha de fundo.

76' Boa jogada individual de Gibbs, que passa por diversos jogadores do Braga, mas o cruzamento é mau e nada obtém.

77' Momento de sorte do Braga. Chamakh é solicitado dentro da área, ganha nas alturas a Miguel Garcia e serve Vela, que, já na área, depois de ultrapassar Rodriguez parece ser derrubado pelo peruano. O árbitro assinala simulação do mexicano.

83' Matheus faz o 1-0

90'+3' [2-0] O que era bom tornou-se óptimo com um alívio da defesa do Braga que o meio-campo do Arsenal não consegue interromper. A bola vai ter com Matheus, que, entre dois adversários, entra na área, faz gato-sapato de ambos e atira ao ângulo superior esquerdo. Um golaço.



A ESTRELA

Matheus 9
O chão treme com a pedalada deste furacão


Que pedalada nos 40 metros que correu antes de marcar cada um dos golos! Que a velocidade é a arma principal de Matheus, há muito que se sabe. Mas mantê-la intacta 83 minutos depois do jogo ter começado e tanto ter corrido para travar as subidas de Eboué ou para o tentar ultrapassar, é altamente meritório. Brilhante mesmo foi a calma frente a Fabianski no primeiro golo e a destreza técnica entre três "ingleses" antes de novo remate fulminante a matar o jogo. Há dias em que tudo corre bem


O Braga um a um
Matheus não ficou "Mudo"

FELIPE 7

Atenção máxima contra um colosso que só aos 35' criou uma oportunidade flagrante. Nesse lance foi expedito a sair aos pés de Walcott, tal como noutras ocasiões foi corajoso a sair da baliza. Nervos de aço após tantas críticas.

MIGUEL GARCIA 7

Surpresa na equipa titular, redimiu-se do autogolo de Guimarães aos 60', num corte arriscado e que tirou o pão da boca a Bendtner. A análise seria redutora se não se elogiasse a concentração e o pulmão com que seguiu Rosicky e, já agora, o acerto com que sempre meteu o pé.

MOISÉS 7

Grande jogo também do xerife, desta feita com menos visibilidade pois foi de Rodriguez a marcação. Imperial no ar e despachado a tirar a bola da zona perigosa, conseguiu chegar a tempo de aos 72', de carrinho, evitar que a bola chegasse a Bendtner quando a baliza ficaria aberta.

RODRIGUEZ 8

Quem é Bendtner? E Chamakh? Vela? Todos foram muito pequeninos junto do peruano que é mudo de alcunha e não precisa de falar para se impor com o toque de classe que uma defesa, muito prática na globalidade, exige. Vários cortes fundamentais, desarmes sublimes e até aberturas longas ao jeito de qualquer 10 de eleição. Sobram os elogios e merece apenas um reparo: faltou timing naquela entrada sobre Vela, que podia ter dado penálti...

ELDERSON 6

Alguns erros, felizmente sem comprometer, numa exibição muito encostada à retaguarda, tal a qualidade dos adversários. No essencial - defender - esteve bem.

VANDINHO 7

Aguiar e Salino que corressem atrás da bola, que o dia do capitão estava confinado à marcação a Fàbregas e, depois Nasri. Terrivelmente eficaz e talvez por isso o Arsenal não tenha conseguido jogar.

SALINO 7

Trabalhou imenso! A equipa é claramente outra com ele em campo, pois consegue alternar momentos de ataque organizado com transições rápidas sem nunca deixar de estar presente no processo defensivo. Muito solto e fantástico a guardar a bola.

AGUIAR 6

Combativo, empenhado e determinado. Faltou algum esclarecimento no último passe e mais calma aos 60', quando apareceu na marca do penálti só com Fabianski pela frente.

ALAN 7

Tem tarimba europeia. Carrilou a maior parte dos ataques arsenalistas. Alan foi como água a bater em pedra dura (Gibbs) e apesar não ter conseguido furar ajudou imenso a desgastar. Além disso, foi superinteligente a definir ritmos e a fechar o corredor.

LIMA 5

Superespontâneo, como prova aquele remate perigoso aos 35', às vezes até em excesso, pois os olhos colados na baliza impediram-no de ver as entradas dos colegas. O jogo foi de sacrifício.

MADRID 5

Entrou para reforçar a consistência com 0-0 e acabou quase como central depois do 1-0. Importante para ganhar vantagem numérica e física.

ELTON 7

A assistência para o primeiro golo de Matheus, a 30 metros, é digna do melhor Rui Costa. Tem fama de matador, mas ontem foi descomplicador. É que no segundo golo também é ele que luta pela bola e a deixa à mercê do furacão do Sergipe.

HUGO VIANA -

Não teve tempo.


Domingos Paciência
"Acreditar até ao final"

Ao contrário de Arsène Wenger, Domingos Paciência gostou do Braga, da forma como a equipa soube dar a volta às dificuldades da primeira parte e conquistar uma vitória que mantém o apuramento em aberto: "Temos de acreditar até ao final. Se o Shakhtar Donetsk chegou aqui e marcou três golos em 15 minutos, nós também o podemos fazer, na Ucrânia. Esta vitória foi muito importante, frente a um adversário de grande categoria. É um resultado histórico para o Braga".

"Tentámos, desde o primeiro minuto, anular o jogo do Arsenal, e foi isso que aconteceu. Depois, fomos eficazes nas duas oportunidades que tivemos", resumiu o treinador do Braga, embora admitindo que, na primeira parte, sentiu a equipa "com muita dificuldade na posse de bola", um problema já esperado, superado com o intervalo. "Na segunda parte, tudo mudou, perdeu o receio das transições, começou a ter mais posse de bola" e a eficácia de Matheus conduziu a um final feliz. "Parabéns a este público. Tinha pedido uma noite diferente das outras, e foi", agradeceu Domingos Paciência, que deixou sem resposta as críticas de Wenger ao Braga. "É um grande treinador, que me merece grande respeito, não quero comentar", escusou-se, mudando de atitude no penálti reclamado pelo francês, para recordar que o "choque" foi precedido de "fora-de-jogo".

Importante, agora, é levar o sonho da qualificação o mais longe possível, num grupo que se decidirá na última ronda. "Sabemos perfeitamente que tivemos dois jogos muito maus, em Londres, com o Arsenal e aqui com o Shakhtar", admitiu, sem perder a confiança em mais uma jornada histórica. Vencer, ontem, "foi importante": "A equipa e os adeptos mereciam esta vitória. Foi uma noite diferente de todas as outras. Esta equipa tem valor, carácter, e vamos provar isso, no próximo jogo". O grupo H está renhido: "Há a possibilidade de as três equipas terminarem o grupo com 12 pontos. O jogo com o Shakhtar, em Braga, e o facto de o Arsenal não ter ganho na Ucrânia podem decidir o grupo".


Matheus
"Marcámos quatro em Sevilha"

Matheus é o exemplo de que os milagres estão ao alcance do mais humilde. Muitas foram as vozes cépticas quanto à possibilidade de o Braga terminar o jogo com uma vitória sobre o gigante Arsenal. O certo é que Matheus e companhia acabaram com um largo sorriso pelo resultado que devolveu a esperança aos bracarenses.

Matheus ficou "muito feliz por ter marcado os dois golos" e tem razão quando diz que a façanha "só foi possível com a ajuda fundamental da equipa". O resultado fez história, mas terá ainda mais significado se a visita ao Shakhtar Donetsk correr bem. "Primeiro vamos saborear esta vitória e esquecer um pouco a Liga dos Campeões. E pensar nas possibilidades quando a equipa voltar à prova", disse Matheus crente de que "as coisas acontecem". "Nesse jogo vamos em busca do triunfo com quatro golos". "Se marcámos quatro golos em Sevilha também o podemos fazer na Ucrânia", alegou, estando já receptivo a proposta de renovação do contrato. "Espero pelo Braga ou por outro clube qualquer; quem faz bem o seu trabalho é sempre recompensado", concluiu.

Moisés quer renovar


Moisés está interessado em continuar no Braga no final desta época. "Fui chamado no princípio da temporada para falar disso. Tem-se dito que eu não quero renovar, mas não é bem assim. Temos que nos sentar à mesa e debater o assunto", explicou, na ressaca de um jogo muito conseguido por toda a equipa, especialmente pela defesa. "Afinal este sector não é assim tão mau como se fala e isso ficou provado hoje [ontem]." Agora é importante dar sequência à vitória. "Mantemos os níveis de confiança. Não se alterou nada. Não atravessamos uma boa fase na Liga, mas ainda vamos a tempo de a inverter", apontou, sublinhando "a postura diferente da demonstrada nos jogos anteriores", embora também frise que "as expulsões contra Rio Ave e Guimarães foram muito prejudiciais."

As contas do apuramento não são fáceis, mais Moisés acredita. "Temos de fazer o nosso trabalho. Acreditamos", fechou.

Luis Aguiar
"Golo à Maradona"


"Sim, um golo à Maradona", admitiu Luis Aguiar sobre o segundo golo do Braga, definido como "daqueles que o Matheus sabe fazer".

Entusiasmado, acredita no na passagem aos oitavos. "Continuamos a pensar que é possível continuar na Liga dos Campeões", admitiu o uruguaio que se despediu da fase de grupos por culpa do amarelo que o afasta do jogo na Ucrânia. Seja qual o resultado final, refere que "acabar com 12 pontos seria fantástico para a reputação do Braga", um estreante na Champions..


Fernando Couto
"Vitória histórica e vamos acreditar"

Fernando Couto, manager do Braga, exultou com o triunfo da equipa sobre o poderoso Arsenal. Após mais três pontos, o sonho está centrado na fase seguinte da Liga dos Campeões. "A atitude da equipa foi extraordinária e a vitória foi histórica", disse, de rompante, apontando o discurso ao futuro. "Vamos acreditar ser possível prosseguir na Liga dos Campeões. É que, apesar de não ser fácil, temos uma hipótese e temos de a agarrar", salientou num claro tom de esperança. Fernando Couto, em jeito de balanço antecipado, assegura que "a actual campanha do Braga foi muito positiva", mas "há que pensar no jogo de domingo contra o Nacional, e manter a mesma intensidade de jogo".


Melhor resultado que o Arsenal ou ganhar por 4 em Donetsk

Após a vitória sobre o Arsenal, de que precisa o Braga para seguir para os oitavos-de-final? Para começar, esperar fazer um resultado melhor do que o Arsenal na última jornada, embora não seja crível que os gunners não vençam, em casa, o Partizan. Partindo do princípio que os londrinos vencem, o Braga vê-se obrigado a fazer o mesmo em Donetsk e por 4 golos de diferença. Dessa forma, no campeonato a três, todos teriam 6 pontos, com o Arsenal beneficiando da melhor diferença de golos, logo apurado. A vitória por quatro tentos deixa o Braga com três negativos, contra os quatro negativos dos ucranianos. Refira-se que nenhuma equipa ficou fora dos "oitavos" da Champions com mais de dez pontos.

Campeonato a três

J V E D M-S (dif) P

1º Arsenal 4 2 0 2 12-5 (+7) 6

2º Shakhtar 3 2 0 1 6-6 (0) 6

3º Braga 3 2 0 1 2-9 (-7) 6


O JOGO

JotaCC

Braga é sétimo da época

É efémero, pois depende dos jogos de hoje, mas pelo menos por 24 horas já ninguém tira ao Braga a glória de ser sétimo classificado no ranking da UEFA 2010/11 e melhor equipa portuguesa. Os minhotos somam 11,72 pontos, fruto das três vitórias, do bónus pela entrada na fase de grupos e ainda uma percentagem do ranking de Portugal.


DISCURSO DIRECTO

"Enquanto houver pontos em disputa, temos de acreditar que no futebol tudo é possível. Vamos correr atrás do nosso objectivo. Uma vitória é sempre boa, mas quando acontece frente a um grande do futebol mundial é ainda melhor. O início não correu muito bem; errámos muitos passes, acabámos por dar a volta

Alan

Avançado

do Braga


"A felicidade é imensa, tanto da equipa como dos adeptos. Assim, o apuramento é matematicamente possível. Mostrámos que a nossa equipa é concentrada, muitas pessoas não acreditavam em nós - até falámos disso no balneário -, mas o grupo sempre acreditou. Somos uma boa equipa e temos qualidade

Lima

avançado

do Braga


"Conheci o Matheus no jogo de Londres e fiquei logo com a ideia de ser um atleta rápido e bom de bola, mesmo do jeitinho brasileiro. Neste jogo não fomos felizes porque sofremos dois golos em duas desatenções isto depois de termos controlado quase toda a partida. Resta apurar a equipa em nossa casa

Denilson

médio

do Arsenal




Setecentos furam a greve

A greve geral decretada para o dia de hoje, em Portugal, levou a que muitas companhias aéreas tenham cancelado os seus voos, nomeadamente as "low cost" (baixo custo), as preferidas dos adeptos ingleses. Ainda assim, cerca de 700 pessoas fizeram a ponte através do aeroporto galego de Vigo - duplicando a distância e os custos - para apoiar os gunners.



Pinto da Costa aplaudiu

Como é timbre em dias importantes, Pinto da Costa deslocou-se a Braga para apoiar o Braga. O presidente do FC Porto sentou-se ao lado de António Salvador e vibrou com os golos de Matheus. FC Porto e Braga têm estado próximos nos últimos anos e a prova são algumas transferências recentes como Alan, Diogo Valente, Hélder Barbosa ou Adriano.



CSKA não viu Sílvio

O CSKA de Moscovo estará, segundo a Imprensa da Rússia, interessado em contratar Sílvio ao Braga. Vai daí, o vice-campeão daquele país terá enviado um emissário a Braga para observar o lateral internacional português. Viagem perdida, pois ao contrário do que é habitual desde que ganhou o lugar ainda em Agosto, o jogador foi suplente.


Arsène Wenger
"Desapontado porque Braga não quis jogar"

Depois de ter humilhado o Braga, em Londres, com uma goleada, e de ter aguentado o nulo até aos últimos minutos do jogo, Arsène Wenger não imaginaria que as contas do apuramento do Arsenal pudessem ser baralhadas por dois golos de Matheus e admitiu a tremenda frustração pela derrota na Pedreira, com várias críticas à mistura. "Se jogarmos assim 10 vezes com o Braga, ganhamos oito ou nove, desabafou, preocupado, também, com as lesões de Eboué, que deverá "parar algum tempo" e de Fàbregas.

"Estou desapontado com este resultado. Defendemos bem, tivemos muita posse de bola e procurámos vencer", afirmou o treinador, lamentando que o Braga "não tenha querido jogar".

"Jogámos contra uma equipa que não quis jogar, que procurou as faltas e as perdas de tempo. Além disso, houve um penálti que não foi assinalado e que seria cartão vermelho", apontou, numa alusão a um lance sobre Vela, que valeu o amarelo ao avançado do Arsenal: "Não percebo como, com cinco árbitros, tudo isto passa em claro".


O JOGO

JotaCC

Braga bate Arsenal e ainda sonha com o apuramento

Braga viveu ontem, terça-feira, mais uma noite histórica, na epopeia em que a equipa minhota está a transformar a sua participação nesta Liga dos Campeões. Dois golos de Matheus, nos minutos finais da partida, valeram aos bracarenses uma fantástica vitória sobre o Arsenal.

Fabregas. Desta vez, o catalão não fez a diferença. Bem vigiado, terá pensado que lhe bastava passear a classe para ganhar, mas as contas voltaram a sair-lhe furadas em Portugal, depois do banho que também levou no jogo entre as selecções lusa e espanhola da semana passada. Wenger já deve estar arrependido de ter deixado Arshavin a descansar em casa.

Centrais do Braga. Moisés e Rodríguez estiveram simplesmente insuperáveis, apagando todos os fogos que as estrelas do Arsenal foram acendendo. De resto, todos os jogadores da equipa de Domingos Paciência cumpriram a missão a nível defensivo, mesmo os avançados, permitindo que, depois, o contra-ataque pudesse brilhasse na hora certa.

Centrais do Braga. Moisés e Rodríguez estiveram simplesmente insuperáveis, apagando todos os fogos que as estrelas do Arsenal foram acendendo. De resto, todos os jogadores da equipa de Domingos Paciência cumpriram a missão a nível defensivo, mesmo os avançados, permitindo que, depois, o contra-ataque pudesse brilhasse na hora certa.

O Braga aproveitou a oportunidade única. Foi assim que Domingos Paciência definiu, na véspera, esta partida, e só mesmo com uma exibição tão eficaz como a de ontem é que a equipa portuguesa tinha hipóteses de derrotar o Arsenal. Num jogo totalmente diferente do de Londres, os minhotos entregaram o domínio ao adversário, apostaram no contra-ataque na hora certa e surpreenderam os "gunners" em duas jogadas concluídas com grande classe por Matheus. A equipa de Arsène Wenger, que só forçou a sério no ataque quando percebeu que o primeiro lugar do Grupo H estava em risco, devido à fácil vitória do Shakhtar Donetsk sobre o Partizan, teve de se ajoelhar perante a velocidade do avançado brasileiro nos instantes finais do encontro. E de repente, as contas do apuramento ficaram mesmo em aberto...

Escaldada pela forma como foi goleada em Londres, a formação bracarense não teve vergonha de recuar, de chutar bolas para a frente ou para a bancada, e de ver os londrinos com quase 70% de posse de bola, durante quase todo o jogo. Impecáveis a defender, os minhotos anularam Fabregas, cujo rendimento esteve a anos-luz do que apresentou quando o Braga visitou o "Emirates", aguentaram o nulo até ao intervalo e partiram para uma segunda parte de categoria, que Matheus fez questão de abrilhantar. Antes dos golos, os adeptos da casa já se tinham levantado para festejar um disparo que devia ter sido certeiro de Luís Aguiar, tal a forma como o médio uruguaio surgiu solto à entrada da área para rematar. Essa oportunidade flagrante foi perdida, fazendo lembrar o jogo com o Shakhtar, mas seria compensada mais tarde.

O Arsenal avançou ainda mais no terreno no último terço do jogo, em busca daquela que seria a sua primeira vitória em Portugal, e que lhe permitiria depender apenas de um triunfo sobre o Partizan na última jornada para ficar em primeiro do grupo. Deu-se mal com a estratégia... O Braga, pelo contrário, foi feliz com as substituições feitas por Domingos, sobretudo a que rendeu Lima por Elton. Dois minutos depois de ter entrado, o avançado fez um passe soberbo para a primeira arrancada de Matheus rumo ao sonho de marcar para derrotar uma das melhores equipas da Europa. Nos descontos, o brasileiro repetiu a proeza, selando o resultado final e deixando o Braga a sonhar com os oitavos-de-final. Basta ganhar na Ucrânia e esperar que o Arsenal não vença o Partizan.



Matheus rende milhões

Matheus voltou a ser o homem dos grandes momentos e dos golos decisivos. O atacante apontou o sexto golo na presente edição da Champions e ajudou, sobremaneira, a garantir mais 800 mil euros para os cofres da administração bracarense.

Braga viveu uma noite inesquecível e Matheus foi o mágico da equipa lusa, tirando mais dois coelhos da cartola na milionária Liga dos Campeões. A veia goleadora surgiu logo na pré-eliminatória, com um golo ao Celtic, em casa, e dois ao Sevilha, um em cada partida, sendo, assim, determinante no épico e inédito apuramento para a fase de grupos. Eficaz, ajudou a sentenciar o triunfo (2-0) com o Partizan, e, ontem, na recta final da partida, colocou os adeptos em perfeito delírio, com dois golos plenos de oportunidade e técnica.

Com tanto protagonismo na montra dos "tubarões" não admira que, na reabertura do mercado, cheguem propostas à SAD bracarense, com os franceses do Lyon a surgirem na "pole-position" na cobiça sobre o jogador, fruto das várias observações que têm feito, assim como, numa segunda linha, os compatriotas do Lille. Aos 27 anos, o avançado que chegou ao futebol português em 2005, quando defendeu as cores do Marco, na Liga de Honra, vive a época de afirmação plena, depois ter sido emprestado pelo Braga, no primeiro ano de contrato, ao Beira-Mar e, na época seguinte, ao Vitória de Setúbal. "Estou muito feliz, não só pelos golos, mas também pela vitória. Há que saborear este momento, pois é um prémio para os jogadores", disse o atacante, que acredita numa proeza na Ucrânia, com o Shakhtar, na última jornada do grupo H. "Em futebol, tudo pode acontecer. Já marcámos quatro golos em Sevilha e podemos fazê-lo novamente". "Mas primeiros temos de centrar as atenções no campeonato, onde queremos recuperar posições na tabela", ressalvou, convicto.

Cofre cheio

Em Braga, espera-se agora que o bom momento se alargue à competição interna. Na aventura europeia, para já, só há motivos para sorrir, já que a terceira vitória na fase de grupos permitiu atingir a marca dos 11 milhões de euros, divididos por sete milhões de euros pela entrada na fase de grupos, dois milhões pelos direitos televisivos e os 2,4 milhões inerentes aos triunfos com Partizan e Arsenal.


JN

JotaCC

Crónica de jogo
Super-Matheus ajuda a manter o sonho vivo



Brasileiro fez os dois golos da vitória histórica sobre o Arsenal e adiou todas as contas do apuramento

O Sporting de Braga não vive um bom momento e poucos esperavam que, frente a um dos colossos do futebol europeu, conseguisse uma vitória histórica (2-0). Mas aconteceu. Aconteceu num jogo em que o Arsenal até foi melhor equipa, apesar de jogar com muitas das segundas linhas, mas em que os minhotos contaram com um super-Matheus no ataque.

O brasileiro marcou dois golos, o segundo de forma espectacular, com um sprint de cerca de 40 metros concluído com um remate fortíssimo. Dois momentos para ajudar a esquecer a goleada (6-0) que os bracarenses tinham sofrido em Londres. A noite só não foi perfeita porque da Sérvia surgiu a pior notícia possível: o Partizan perdeu com Shakhtar Donetsk e complicou as contas do apuramento. Foi o ponto negro numa noite histórica, em que o Braga voltou a não permitir uma vitória dos ingleses em território português. E o Arsenal fica agora obrigado a ganhar ao Partizan.

A paisagem do jogo ficou definida muito cedo. O Braga, como todas as equipas, estava avisado para a capacidade de posse e circulação de bola do Arsenal. Domingos tentou combater esse facto procurando dar a posse de bola ao adversário longe da sua área e tentando ganhar os lances quando a formação de Londres saía para o ataque.

O resultado foi um jogo com mais Arsenal. Elderson, o lateral esquerdo, que foi uma das piores unidades em Londres, até surgiu com confiança e a tapar muitas vezes uma das armas do adversário: o jovem Theo Walcott. Mas para a estratégia de Domingos funcionar era preciso um Leandro Salino noutra forma, um Alan mais participativo, outra tranquilidade de Vandinho como pivot defensivo e uma maior atenção de Luis Aguiar. Miguel Garcia, que recebeu um voto de confiança, depois do autogolo em Guimarães, também foi uma unidade menor. Tudo junto resultou numa equipa que nunca teve posse de bola o tempo suficiente para colocar homens na área adversária. A capacidade para sair rapidamente para o ataque também nunca se viu.

O Arsenal não foi a equipa expansiva do costume. Apresentou-se algo limitado. Por lesões e poupanças do treinador francês: Wenger resguardou, por exemplo, Van Persie ou Arshavin e deixou no banco Nasri e Sagna. Apostou em Fàbregas, um jogador que vem de uma lesão e está longe da melhor forma e que acabaria por pedir a substituição na segunda parte (67"), mas esteve sempre mais perto do golo, ganhando quase todos os duelos individuais. Salvava-se, nos bracarenses, o central Rodriguez, a dar uma elevada consistência ao sector defensivo.

Na segunda parte tudo se alterou. O Arsenal começou a cometer erros, ao contrário do que tinha acontecido na primeira metade, em que o único pecado que se lhe pode apontar é o facto de não ter acertado na baliza. E a grande oportunidade do jogo surgiu aos 59", num lance em que Matheus trabalhou muito bem e ofereceu uma excelente oportunidade a Luis Aguiar - o uruguaio não aproveitou quando tinha tudo para fazer muito melhor.

Depois, o árbitro foi generoso ao perdoar uma grande penalidade de Rodriguez sobre Chamakh, numa altura em que Domingos não parecia querer arriscar muito. Mas, aos 81", tirou Lima e colocou em campo Elton. Uma substituição que acabou por fazer uma diferença enorme. Aos 83", o brasileiro interceptou uma bola e lançou para as costas da defesa inglesa (desfalcada de Eboué, que entretanto saíra lesionado, o que deixou a equipa apenas com dez jogadores), Matheus recebeu e, perante a saída de Fabianski, atirou para o fundo da baliza.

O golo como que ampliou ainda mais a superioridade numérica do Braga, que naquela altura estava a ser mais incisivo. E a obra de arte surgiu ao cair do pano. Um golaço de Matheus. O brasileiro arrancou do meio-campo, bailou entre três defesas e puxou a bola para o pé esquerdo, arrancando um potente remate ao canto superior da baliza. Fabianski nada podia fazer.



A Figura

Matheus, mais do que apenas velocidade

Abriu o marcador e fechou-o com uma verdadeira obra-prima. E se, no primeiro golo, o passe de Elton foi um contributo magistral, no segundo todo o mérito lhe pertence. Matheus arrancou de forma impressionante ainda do seu meio-campo, puxou a bola paraa direita à entrada da área, depois para a esquerda e finalizou com classe. Aos 27 anos, Matheus Leite Nascimento, nascido na pequena localidade brasileira de Ribeirópolis, dificilmente será esquecido pelos bracarenses. Pela sua velocidade, técnica e, claro, pelos dois remates que ontem fizeram história.


Positivo|Negativo

Kieran Gibbs

O lateral esquerdo foi a melhor unidade do Arsenal. Defendeu e atacou e foi muito por sua culpa que os gunners foram superiores durante a maior parte do encontro.

Rodriguez

Foi um seguro de vida para Domingos Paciência. O peruano ganhou quase todos os lances aos avançados e foi um dos responsáveis pelo nulo que se registava ao intervalo.

Squillaci

Uma noite simplesmente para esquecer. O central francês cometeu demasiados erros para um jogador com a sua experiência e não está isento de culpas em pelo menos um dos golos.

Reacções

Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga


"Ganhar ao Arsenal é um resultado histórico. É uma vitória muito importante e é evidente que temos de acreditar que é possível [conseguir o apuramento para os oitavos-de-final]. Sabemos que a tarefa não é fácil, mas temos de acreditar. Não foi um jogo fácil. O Arsenal é uma grande equipa, todos sabíamos isso, mas soubemos ser eficazes e procurar da melhor forma os momentos de desorganização do adversário. Foi uma noite diferente de todas as outras, porque não é todos os dias que se vence o Arsenal. Acredito que esta equipa tem valor e carácter."

Matheus

Jogador do Sp. Braga



"Estou feliz por ter marcado e pela vitória. Em Donetsk não será fácil, mas tudo pode acontecer. Conseguimos fazer quatro golos em Sevilha, quem sabe se podemos fazê-lo outra vez?"

Arsène Wenger

Treinador do Arsenal


"Estou desapontado. Jogámos contra uma equipa que não quis jogar, que procurou as faltas e as perdas de tempo. Além disso, houve um penálti não assinalado. Temos de ganhar o próximo jogo. O Shakhtar torna-se favorito ao primeiro lugar do grupo."

PUBLICO

JotaCC

Vitória histórica mantém sonho vivo até ao fim



Sp. Braga joga na Ucrânia, na última jornada, ainda a lutar pelos 'oitavos'.

Mantém-se vivo o sonho do Sp. Braga em continuar na Liga dos Campeões. A vitória histórica dos minhotos, ontem, sobre o Arsenal (2-0), adiou todas as decisões do Grupo H para as partidas da última jornada desta inicial fase de grupos, que se joga a 8 de Dezembro e em que os minhotos se deslocam à Ucrânia para defrontar o Shakhtar, enquanto o Arsenal recebe o Partizan.

Neste momento, os ucranianos lideram o grupo com 12 pontos enquanto Arsenal e Braga seguem nos lugares seguintes com 9, embora os minhotos estejam em desvantagem em termos de goal-average devido à entrada desastrada em prova, quando perderam por 6-0 frente ao Arsenal, em Londres, e concederam nova derrota, em casa, frente ao Shakthar, por 3-0, antes de averbarem os dois triunfos frente ao Partizan que assinalaram a reviravolta no trajecto do Sp. Braga nesta Champions - já tem, recorde-se, a qualificação para a Liga Europa como mínimo assegurado.

Nas contas práticas do apuramento, e partindo do princípio que o Arsenal superará a equipa sérvia, os bracarenses terão de vencer o Shakthar por 4-0 para seguirem em frente na competição, num cenário amenizado se os londrinos escorregarem frente ao Partizan - aí, "basta" ao Sp. Braga fazer melhor resultado do que o Arsenal na última ronda para seguir para os oitavos-de-final.

A tarefa não se revela fácil para a equipa bracarense, mas Domingos Paciência, treinador dos minhotos, não esconde ambição de seguir em frente na Champions. "Continuo acreditar no apuramento. Tudo pode ainda acontecer e, por isso, não vamos esmorecer no objectivo de atingir esse sonho", disse no final da partida o treinador dos minhotos, considerando a vitória sobre Arsenal como um momento único para o clube: "Foi uma noite de sonho e diferente de todas as outras. Os adeptos e a equipa mereciam este triunfo", concluiu o técnico.

O apuramento para os oitavos--de-final poderá também fazer aumentar o êxito financeiro desta campanha europeia do Sp. Braga, que arrecadaria mais três milhões de euros para um bolo de receitas que ultrapassou já os dez milhões esta época.



figura do jogo

matheus

› Idade 27 anos

› Posição Avançado

› Marcar dois golos num jogo de Liga dos Campeões, ainda para mais quando o adversário se chama Arsenal, não está ao alcance de qualquer um e, por isso mesmo, o avançado do Sporting de Braga arrisca-se a ser uma das figuras da jornada europeia. Dois lances de grande classe do brasileiro, que revelou tranquilidade, técnica, velocidade e tremenda eficácia. Tem o mundo aos seus pés.

DN

JotaCC

Histórico: Vitória sobre Arsenal adia adeus à Champions
Minhotos lutam até ao último dia

Dois golos de Matheus deram ao Sp. Braga a terceira vitória na Liga dos Campeões, sobre o poderoso Arsenal. Traumatizado pela goleada (6-0) de Londres, e com o moral minado pelos maus resultados recentes, o Sp. Braga abordou o jogo de forma prudente, para evitar um descalabro madrugador como no Emirates. Assim, mesmo muito limitado pelas lesões, o Arsenal pôde estender a passadeira para o habitual carrossel de passes, com Rosicky e Fàbregas aos comandos.

Em relação ao primeiro jogo, a proximidade de Vandinho à dupla de centrais dava mais consistência à estrutura defensiva minhota. A falta de rotina de alguns jogadores dos gunners limitava-lhes a agressividade. E, até porque um ponto lhes chegava, a velocidade supersónica de Walcott poucas vezes era acompanhada pelos companheiros.

A tepidez da 1ª parte só foi quebrada por um livre frontal de Fàbregas e por uma boa saída de Felipe aos pés de Walcott, enquanto o Braga respondeu numa cabeçada de Moisés por cima e numa bomba de Lima ao lado.

Mas se a organização defensiva chegava para as escassas encomendas, a lentidão de Aguiar e Salino na saída para o contra-ataque obrigava Domingos a mudar algo no plano de jogo para a segunda parte, até porque o Shakhtar ganhava vantagem em Belgrado. Mas, à excepção de um remate perigoso de Luís Aguiar, aos 60', os argumentos e chama para ir além do empate ficaram guardados para os minutos finais, em que Matheus concluiu bem dois contra-ataques. A vitória do Shakhtar obriga o Sp. Braga a ganhar por quatro golos na Ucrânia para depender de si ou fazer melhor do que o Arsenal no último jogo frente ao Partizan.

"LIMPÁMOS A IMAGEM"

"É uma enorme satisfação porque limpámos a imagem do primeiro jogo [derrota em Londres por 6--0]. O apuramento está difícil, mas tudo pode acontecer", disse o técnico do Sp. Braga, Domingos Paciência, que ontem não contou com Sílvio (suplente não utilizado ).

O defesa, de 23 anos, está de malas feitas para reforçar o CSKA de Moscovo em Janeiro.

O clube do exército russo já chegou a um acordo de princípio com os arsenalistas para a transferência do jogador, que deverá proporcionar à SAD minhota um encaixe entre quatro e cinco milhões de euros.

FICHA DO JOGO

Liga dos Campeões-5.ª Jornada-23/11/2010

Estádio Municipal Braga - Assistência: 18000

Golos: 1-0 Matheus (83') 2-0 Matheus (90+3')

SP. BRAGA

Felipe, Miguel Garcia, Moisés, Rodríguez, Elderson, Vandinho (Hugo Viana 90'), Leandro Salino, Luís Aguiar (A. Madrid 80'), Alan, Lima (Elton 81'), Matheus.

Suplentes não utilizados: Artur, Mossoró, Sílvio, Anibal

Treinador: Domingos Paciência

ARSENAL

Fabianski, Emmanuel Eboué, Squillaci, Johan Djourou, Kieran Gibbs, Theo Walcott (Vela 77'), Denilson, Wilshere, Cesc Fàbregas (Nasri 69'), Thomas Rosicky, Nicolas Bendtner (Chamakh 74').

Suplentes não utilizados: Szczesny, Sagna, Koscielny, Song

Treinador: Arsène Wenger

Árbitro: Viktor Kassai (Hungria)

Disciplina: amarelos: Eboué (38'), Luís Aguiar (54'), Denilson (70'), Djourou (74'), Vela (77'), Miguel Garcia (78'), Rosicky (84')

Classificação do jogo: 6

CORREIO DA MANHA

JotaCC

Sp. Braga-Arsenal: estatísticas desmentem Arsène Wenger
Bracarenses marcaram dois golos em três remates (mas remataram mais)

s estatísticas da Liga dos Campeões provam que o jogo entre o Sp. Braga e o Arsenal não foi de facto um grande jogo. Mas provam mais do que isso: a formação de Domingos Paciência teve uma eficácia notável na finalização. Fez três remates à baliza... e marcou dois golos. Uma eficácias de 66,6 por cento, portanto.


De resto, as estatísticas contratariam também a ideia de Arsène Wenger de que o Sp. Braga só defendeu e o Arsenal foi a única equipa que quis ganhar. A verdade, dizem os números, é que o Sp. Braga rematou mais do que os londrinos: três remates à baliza bracarenses, contra apenas um da formação inglesa.

Se as estatísticas incluírem todos os remates, incluindo portanto os que não se dirigiram à baliza, o Sp. Braga continua a dominar. Os portugueses fizeram oito remates contra sete do Arsenal (dos quais seis não foram ao lado). De resto, o Arsenal teve uma posse de bola esmagadora (65 por cento), mas daí não criaram muito perigo.

Sp. Braga: sonho continua!

Como curiosidade, refira-se que Matheus confirma nos números a noite superior. Para além de ter feito os dois golos, o brasileiro é responsável por metade dos remates da equipa: quatro. No Arsenal, por outro lado, o mais rematador foi Fabregas, que rematou também por quatro vezes, uma delas enquadrada com a baliza.

Estatísticas do Sp. Braga-Arsenal:

Remates à baliza
Sp. Braga - 3
Arsenal - 1

Remates ao lado
Sp. Braga - 5
Arsenal - 6

Cartões amarelos
Sp. Braga - 2
Arsenal - 5

Faltas cometidas
Sp. Braga - 2
Arsenal - 5

Cantos
Sp. Braga - 2
Arsenal - 4

Foras-de-jogo
Sp. Braga - 0
Arsenal - 1

Posse de bola
Sp. Braga - 35 por cento
Arsenal - 65 por cento

MAIS FUTEBOL

JotaCC

Domingos prepara esta tarde a recepção ao Nacional

Ainda a respirar a atmosfera festiva decorrente da histórica vitória por 2-0 sobre o Arsenal, o Braga arranca esta tarde, às 15.30 horas, à porta fechada, com a preparação do jogo com o Nacional, que se disputa domingo, às 20.15 horas, no Estádio Axa.

Para a recepção aos insulares, Domingos não conta com Alan, expulso em Guimarães, e Luís Aguiar, que no clássico do Minho acumulou o quinto cartão amarelo. Refira-se que é a primeira vez que o uruguaio falha um jogo oficial do Braga desde que foi confirmado o seu empréstimo aos minhotos.

Em matéria de lesões, Paulo César é a grande dúvida. A recuperar de uma lesão na coxa esquerda, ainda não é seguro que o brasileiro possa ser utilizado com o Nacional.

Na sessão vespertina, o treinador vai ainda aferir do estado físico dos atletas utilizados com o Arsenal, sendo que Rodriguez apresentou algumas queixas durante o jogo com os londrinos, que, no entanto, não o impediram de finalizar a partida.


Jorge Sousa no Sporting-FC Porto (veja todas as nomeações)

O portuense Jorge Sousa foi nomeado pela Comissão de Arbitragem da Liga de Clubes para dirigir o clássico Sporting-FC Porto, de sábado, relativo à 12.ª jornada da Liga Zon/Sagres.

Esta temporada, o internacional de 35 anos, já dirigiu um encontro do FC Porto, diante do Rio Ave, a 29 de Agosto, sendo este o primeiro encontro que envolve o Sporting irá apitar esta época.

Até ao momento Jorge Sousa apitou 4 jogos na Liga Zon/Sagres, outros tantos na Liga Orangina e 1 na Bwin Cup. A nível internacional, dirigiu três jogos da Liga Europa e 1 para a qualificação do Euro 2012, entre a Letónia e a Geórgia.


Árbitros designados:

- 12ª jornada Liga Zon Sagres
V. Setúbal - Académica - Hélder Malheiro (AF Lisboa)
P. Ferreira - Olhanense - Hugo Miguel (Af Lisboa)
Marítimo - V. Guimarães - Carlos Xistra (AF Castelo Branco)
Sporting - Porto - Jorge Sousa (AF Porto)
Naval - Rio Ave - Duarte Gomes (AF Lisboa)
Portimonense - Leiria - Rui Silva (AF Vila Real)
Beira-Mar - Benfica - Bruno Paixão (AF Setúbal)
Braga - Nacional - Pedro Proença (AF Lisboa)

A BOLA

JotaCC

Sporting de Braga já amealhou mais de 12 ME

O Sporting de Braga já amealhou mais de 12 milhões de euros (ME) com a participação na Liga dos Campeões, mais de dois terços do orçamento do clube para o futebol nesta temporada.

Com a vitória (2-0) sobre o Arsenal, na terça-feira, a terceira na fase de grupos, que permite aos "arsenalistas" do Minho sonharem ainda com os oitavos-de-final da prova, os cofres bracarenses somam, só em prémios de jogos, 2,4 ME (a UEFA "paga" 800 mil euros por cada triunfo).

A este valor tem que acrescentar-se os 7,1 ME pela passagem à fase de grupos depois da equipa orientada por Domingos Paciência ter ultrapassado duas pré-eliminatórias contra clubes teoricamente mais fortes: os escoceses do Celtic e os espanhóis do Sevilha.

O Sporting de Braga "engordou" ainda a sua conta bancária em cerca de 2,5 ME pela divisão, com o Benfica, do valor do "market pool" para Portugal, que engloba transmissões televisivas e publicidade estática.

Desta forma, o clube presidido por António Salvador já amealhou, sem contabilizar com as receitas de bilheteira dos jogos caseiros ante Celtic, Sevilha, Shakhtar Donetsk, Partizan e Arsenal, cerca de 12 ME.

RTP

JotaCC

Sp. Braga já encaixou 12 milhões na Champions
Vitória sobre Arsenal aumenta receitas

O Sp. Braga já encaixou 12 milhões de euros na Liga dos Campeões, de acordo com as contas da Lusa. A vitória sobre o Arsenal, nesta terça-feira, permitiu ao clube amealhar mais 800 mil euros, o prémio por cada triunfo na prova.

Desse modo, só em valores obtidos em pontos conquistados, os minhotos somam já 2,4 milhões aos quais se devem acrescentar os 7,1 garantidos com a participação na fase de grupos.

A juntar a estes há ainda cerca de 2,5 milhões euros provenientes do «market pool» (valores que variam de país para país), que os bracarenses dividem com o Benfica, a outra equipa nacional em prova.

Sem contar com outras receitas (bilheteira, por exemplo), o Sp. Braga angariou 12 milhões de euros.

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