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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 08/11

Started by JotaCC, 08 de November de 2010, 07:32

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JotaCC

Sp. Braga desacertado para um Beira-Mar destemido

Do céu ao inferno. Das estrelas cintilantes da 'Champions' para um mar desnorteado no campeonato. Um ano e seis meses depois, o Sp. Braga voltou a perder na 'pedreira', frente a um Beira-Mar atrevido, que conquistou a primeira vitória fora de portas esta época. Desde Maio de 2009 - na altura com Jorge Jesus ao comando - que os arsenalistas não perdiam para o campeonato no Estádio Municipal.

Ontem, o desnorte foi de tal ordem que nem parecia a mesma equipa que em Belgrado fez tremer os sérvios. E até nem era. As alterações impostas por Domingos Paciência não funcionaram - Custódio, Aníbal e Hugo Viana foram titulares - e trouxeram ao de cima as debilidades de uma equipa que dá cartas na Europa, mas por cá perde terreno. E o escândalo só não foi maior, porque houve dois golos minhotos.

Os 'guerreiros' do Minho até entraram destemidos na partida, com Paulo César a arrancar a primeira jogada de perigo, logo aos cinco minutos. Vandinho isolou o brasileiro, mas, na cara de Rego, Paulo César permitiu a defesa. Depois, foi um desacerto quase total, que permitiu ao Beira-Mar crescer no jogo.

O primeiro susto aconteceu aos 17 minutos, após um cruzamento de Renan, Artur atirou por cima. Mais atrevidos, os aveirenses chegaram ao golo pouco depois. Na sequência de um livre de Artur, Tatu apareceu solto na área e cabeceou para o fundo das redes.

E, se o Sp. Braga estava perdido em campo, pior ficou. A equipa desorientou-se com o golo sofrido e não demonstrou a raça habitual para contrariar a desvantagem. Aliás, foi uma equipa apática a que se viu, sem alma e chama.

Com os passes a saírem errados e uma muralha a bloquear todos os remates arsenalistas, apenas Lima já perto do intervalo deu um ar da sua graça, mas o remate saiu às malhas laterais.
A apatia agravou-se na segunda parte, perante o segundo golo da formação de Aveiro. De novo de bola parada, Artur cobrou o canto na direita e Ronny cabeceou ao primeiro poste.

O desnorte ganhou proporções impensáveis quando o Ronny bisou na partida. Já com apenas dois defesas em campo - Aníbal foi preterido por Luís Aguiar e Custódio deu lugar a Meyong - foi tudo fácil para os aveirenses chegarem ao golo, num rápido contra-ataque de Ronny.
Antes, Elderson tinha falhado escandalosamente o golo, na recarga a remate de Hugo Viana defendido de forma incompleta por Rego.

Domingos apostou tudo para dar a volta à desvantagem e a reacção apareceu no último quarto de hora. Tavares travou em falta Matheus na área e, na conversão do penálti, Meyong reduziu. Já em cima do final, um tiro de Lima ditou o segundo golo bracarense. Insuficiente para calar o coro de assobios dos adeptos mal soou o apito final.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Pedreira em cacos

O dia 17 de Maio de 2009 dito desta forma pouco ou nenhuma curiosidade despertará no leitor, mas é por este passado que pode começar a história da bela vitória do Beira-Mar, que ontem tornou-se na primeira equipa a derrotar o Braga no Estádio AXA desde esse dia de Maio em que Quique Flores liderou um Benfica que bateu, por 3-1, o Braga de Jorge Jesus. São cerca de 18 meses, o que é muito tempo, 12 triunfos consecutivos e apenas um empate, agora atirados para a história pelo triunfo do Beira-Mar. Isso mesmo, por uma equipa que tem sido mais notícia por penhoras e cortes de electricidade, mas que ontem teve o gás necessário para chegar ao 3-0 e a presença de espírito para aguentar o ataque final do Braga. Como prémio termina a 10ª jornada com os mesmos 14 pontos do seu adversário de ontem.

Apresentadas as consequências, um passo atrás para a merecida referência às causas, sendo que neste parágrafo é Domingos Paciência que começa por merecer o protagonismo. Ora, parece óbvio que o treinador do Braga cometeu um erro de julgamento que merece tanto destaque como os elogios que recebeu após a vitória na Sérvia. Numa jornada em que os primeiros quatro classificados se defrontam, o Braga tinha ontem a oportunidade de ganhar terreno a alguns, ou até mesmo a todos, precisando para tal de vencer o Beira-Mar. Mas perdeu, porque a gestão do Braga revelou-se um flop, porque desde cedo pareceu um exagero deixar no banco Luis Aguiar e Matheus e ainda porque este duo sul-americano demorou demasiado tempo a entrar. O 1-0 de Leandro Tatu apareceu aos 25 minutos, Matheus entrou ao intervalo e Luis Aguiar apenas aos 55, já Ronny havia feito o 2-0.

É claro que a ausência de Sílvio afectou a profundidade do ataque bracarense - Custódio esforçou-se mas não tem nem uma característica de lateral-direito -, por isso mesmo reforça-se a ideia de que o Braga arriscou demasiado ao aumentar para quatro as alterações relativamente ao onze de Belgrado.

Quem não tem culpa nenhuma deste erro de julgamento é o Beira-Mar, que ontem nunca abandonou o 4x3x3 com que enfrentou o tal Braga invencível em casa desde Maio de 2009. É claro que esta saudável teimosia de Leonardo Jardim poder-lhe-ia ter custado a vitória, mas é mais pedagógico salientar que o Beira-Mar contribuiu para o espectáculo. Só depois de ver a vantagem reduzida para o mínimo é que a equipa de Aveiro meteu o autocarro diante da baliza de Rui Rego, porque até aí jogou sempre "olhos nos olhos". Sofreu o 3-1 num lance de contra-ataque e o 3-2 depois de ter estado perto de fazer o 4-1 num contragolpe. E se tudo isto parece pouco, então acrescente-se que após a saída de Hugo, aos 35', o Beira-Mar passou a jogar com um defesa-central de 21 anos que nunca jogara na I Liga, ou seja, Jaime, e outro de meros 22 anos que fez ontem o quarto jogo a titular.

Braga, 2 - Beira-Mar, 3

Estádio Axa em Braga

Relvado excelente

Espectadores 10969

Árbitro Jorge Sousa (AF Porto)

Golos 0-1 Leandro Tatu 25'; 0-2 Ronny 53'; 0-3 Ronny 69'; 1-3 Meyong (g.p.) 75' 2-3 Lima 90'

-
Braga

Felipe, Custódio (Meyong, 66), Aníbal (Luís Aguiar, 55), Rodriguez, Elderson, Vandinho, Hugo Viana, Mossoró (Matheus, 46), Alan, Paulo César e Lima.

Treinador Domingos Paciência

Suplentes: Artur, Léo Fortunato, Salino, Madrid, Luís Aguiar, Matheus e Meyong

Beira-Mar:

Rui Rego, Pedro Moreira, Yohan Tavares, Hugo (Jaime, 35), Renan, Djamal, Rui Sampaio, João Luiz, Leandro Tatu (Ruben Lima, 66), Artur (Wilson Eduardo, 80) e Ronny.

Treinador Leonardo Jardim

Suplentes: Oblak, Danilo, Ruben Lima, Wilson, Sérgio Oliveira, Jaime e Rui Varela).

-

Cartões amarelos Luís Aguiar (60'), Rui Sampaio (70'), Tavares (75') e Elderson (90'+1').


O Tribunal de O JOGO

A arbitragem de Jorge Sousa colheu a apreciação positiva dos especialistas d'O JOGO, que classificaram de "segura" e "sóbria a actuação do árbitro do Porto, não lhe descortinando equívocos que fossem lesivos para as duas equipas. Apenas um reparo (que para Paulo Paraty nem existiu), este mais da competência do seu assistente José Luís Melo ao errar no fora-de-jogo a Paulo César. E, se dúvidas houvesse no lance mais pertinente, Jorge Sousa esteve bem.

Momento mais complicado

88' O lance de Elderson deveria ser interpretado como atraso para o guarda-redes Filipe?

Jorge Coroado

+

Elderson estava pressionado e na precipitação tocou na bola com mais força, não se entendendo como atraso para Filipe, por ter segurado a bola.
Pedro Henriques

+

O árbitro interpreta que Elderson intercepta a bola com o objectivo de a cortar e não de a atrasar para o guarda-redes. Dou o benefício da dúvida à decisão do árbitro.
Paulo Paraty

+

Não se trata de um passe deliberado ao guarda-redes, apenas uma intercepção da bola, sendo que a bola ficou ao dispor do guarda-redes que a segurou com a mão.

Outros casos

29' Paulo César estava, de facto, em posição de fora-de-jogo?

45'+1' Jorge Sousa optou bem em apenas advertir Rodriguez pelo empurrão a João Luiz?

74' A acção de Tavares justificava a marcação de grande penalidade?

77' Houve razões para Luis Aguiar reclamar suposto desvio com a mão de João Luiz na área?

Jorge Coroado

-

Paulo César estava no limite em linha com o penúltimo defensor. O fora-de-jogo foi interpretado erradamente pelo assistente José Luís Melo

+

Rodriguez incorreu em comportamento antidesportivo, o cartão amarelo aplicava-se. Mas, porque havia terminado o jogo, e não havendo nada de mal, aceita-se que tenha feito apenas advertência.

+

Tavares não teve cuidado, foi precipitado e atropelou Matheus.

+

A bola ressaltou muito próxima embatendo na mão do jogador, pelo que não houve razões para marcar grande penalidade.

Pedro Henriques

-

Lance de difícil análise, mas pelas imagens Paulo César parece que não estava em fora-de-jogo.

+

Empurrão cometido por negligência passível de livre directo, mas sem qualquer imposição disciplinar.

+

Tavares com o corpo carrega e derruba o jogador do Braga dentro da área de penalidade.

+

A bola é que toca na mão de João Luiz, após ressalto de bola. Lance meramente casual, sem que tenha havido mão deliberada

Paulo Paraty

+

Sim, creio que o fora-de-jogo de Paulo César é evidente. Correcta imposição do árbitro-assistente

+

Jorge Sousa, que ainda não tinha exibido qualquer cartão amarelo, resolveu bem a situação ao chamar a atenção de Rodriguez, prevenindo assim comportamento excessivo do jogador.

+

Tavares rasteira claramente Matheus e nem tão-pouco consegue jogar a bola. Cartão amarelo é adaptado.

+

Creio que a bola nem sequer bate na mão do jogador do Braga, mas ainda que tivesse batido na mão seria uma situação casual e impossível de evitar.

Apreciação global
Jorge Coroado

Jogo simples, embora competitivo e emotivo pelo resultado, praticamente não se deu pela presença do árbitro que foi discreto e eficiente.

Pedro Henriques

Foi uma arbitragem com a imagem de marca de Jorge Sousa: serena, segura e assertiva, contando com excelente colaboração dos árbitros assistentes.

Paulo Paraty

Ao seu estilo, Jorge Sousa teve uma actuação muito sóbria, muito concentrada a que não foi alheio o perfeito entendimento de toda a equipa de arbitragem.


Lances-chave

6' Paulo César isolado na área, remata de primeira e Rui Rego defende.

15' Renan cruza para a entrada da pequena área, onde Ronny é batido por Rodriguez. A bola sobra para Artur que remata por cima.

20' Leandro Tatu lança a bola que isola João Luiz na área bracarense, valendo a saída de Felipe.

25' [0-1] Livre cobrado por Artur para dentro da área e Tatu, sem marcação, cabeceia para o golo.

51' Matheus faz um cruzamento-remate que falha a baliza

53' [0-2] Ronny amplia a vantagem com o golpe de cabeça, antecipando-se a Elderson, na sequência do canto de Artur.

58' Perdida incrível de Elderson, que à entrada da área e com Rui Rego deitado na relva atira por cima da barra.

59' Canto de Luis Aguiar e cabeceamento de Lima que Rui Rego resolve com um belo voo e agarrando a bola.

69' [0-3] Ronny pelo buraco da agulha, na verdade pelo meio das pernas de Felipe. Lance de contra-ataque com Artur a assistir para o brasileiro.

75' [1-3] Meyong engana Rui Rego e reduz de penálti assinalado para penalizar falta de Yohan Tavares slobre Matheus.

89' [2-3] Lima, do lado esquerdo do ataque, remata forte e cruzado, sem defesa para Rui Rego.


O Braga um a um
Crédito só mesmo no banco

Felipe 4

Sem ter levado qualquer frango, ficou a ideia que no primeiro e último golo aveirense podia ter feito mais. De resto, uma só defesa difícil.

Custódio 4

Não pode ser acusado de falta de esforço e deve justificar-se por se ter estreado numa posição que não é a sua. Falta-lhe velocidade para ser lateral.

Aníbal 4

Acusou a responsabilidade da estreia na equipa profissional. Não está ligado directamente a nenhum golo do Beira-Mar, mas teve várias indecisões que Rodriguez foi obrigado a disfarçar.

Rodriguez 5

Na falta de Moisés, teve dificuldades em coordenar uma defesa que nunca se entendeu. Por isso, desatou a apagar fogos e a resolver erros que não foram seus. Isto sem se prejudicar no cumprimento das suas funções.

Elderson 3

Batido no segundo golo, entregou a bola para o contra-ataque do segundo. Além disso, desperdiçou um golo de baliza aberta. Tem de ser penalizado, embora a exibição global até estivesse a ser agradável.

Vandinho 4

Entre uma defesa de recurso e um meio-campo também modificado, o brasileiro andou à deriva e nunca mostrou a qualidade nem rigor habituais a fechar o meio. João Luiz que o diga.

Hugo Viana 4

Bons passes, alguns remates contra a apatia, mas sem capacidade para acelerar o jogo nem fibra para segurar o miolo. Falta-lhe ritmo.

Alan 4

Não está num bom momento de forma. Raras vezes ultrapassou Renan e nas diagonais para o meio também não criou perigo. Quase marcava, de cabeça, sobre o apito final.

Mossoró 4

Estranhamente falhou na organização de jogo. E estava na posição do costume e com parceiros que conhece bem.

Paulo César 4

Foi dos avançados mais insistentes, mas sem qualquer efeito prático.

Lima 5

Mais um grande golo ("só" sabe marcar assim) a acender a chama da recuperação. Até à entrada de Matheus, não conseguiu render.

Matheus 4

Inconformado, mas inconsequente.

Luis Aguiar 5

Acrescentou vontade, garra e fulgor. Foi o dínamo que melhorou a equipa.

Meyong 5

Acrescentou presença na área e não tremeu quando marcou o penálti.


Domingos Paciência

"Tudo ao contrário"

O treinador do Braga não escondeu a desilusão com o jogo de ontem. "Não esperávamos o que aconteceu, para tristeza minha, dos jogadores e dos adeptos", começou por dizer Domingos Paciência. "Temos consciência que correu tudo ao contrário. Não é para isto que trabalhamos", continuou. A grande falha da equipa esteve, segundo explicou, "na finalização". "Podíamos ter marcado primeiro e na primeira vez que o Braga foi à nossa baliza fez golo", exemplificou. A verdade é que o Braga se apresentou bastante diferente da equipa habitual. Uma onda de azar que assola os arsenalistas e que Domingos lamenta. "Por minha vontade não tinha mudado. Foi a lesão do Paulão, o Sílvio que ainda esta manhã (ontem) apresentava temperatura alta, o Luis Aguiar com um problema também, o Matheus com uma fractura na mão...", enumerou, ainda que insistindo que tal não serve nem pode servir de desculpa para a derrota inesperada com o Beira-Mar. "Os jogadores que actuaram procuraram dar o melhor. Não estou, de maneira nenhuma, a desculpar-me. Mas as opções que tomei não foram por decisão minha mas sim por obrigação", encerrou.


Vandinho
"Se aproveitássemos o resultado era outro"

Vandinho apontou a ineficácia bracarense como causa para a inesperada derrota. "No futebol as oportunidades têm que se aproveitar. Foi o que fez o Beira-Mar. A nossa equipa não foi feliz", lamentou. "Se aproveitássemos as oportunidades que tivemos, o resultado seria outro. Acho que não acusamos cansaço. É como digo. Em futebol, quem não marca acaba por sofrer", insistiu.

O capitão assumiu a braçadeira também fora de campo e defendeu os colegas menos utilizados que ontem foram lançados num onze surpreendente. "Aqui, quando se perde, perdemos todos. Todos deram o seu melhor, mas infelizmente não conseguimos ganhar", começou, sem no entanto deixar de admitir o óbvio. "Lógico que o entrosamento ressentiu-se. Mas quem entra dá sempre o seu melhor e, para mim, quem teve oportunidade esteve bem", concluiu,

Agora, resta "levantar a cabeça." "O grupo é bom e vai conseguir", afiança.


Aníbal e Jaime jogaram pela primeira vez na Liga


Mais dois nomes constam, desde ontem, do quadro de jogadores utilizados nesta Liga ZON Sagres 2010/11: Aníbal e Jaime, jovens centrais de Braga e Beira-Mar, respectivamente. Aliás, esta foi mesmo a primeira vez em competições profissionais, pois embora já tivessem experimentado o banco de suplentes, só ontem foram chamados à acção.

No caso de Aníbal, a entrada no onze foi directa e resultou da preferência de Domingos Paciência em desfavor de Léo Fortunato. Acabou preterido aos 55' pois o Braga perdia por 0-2 e era preciso atacar. Já Jaime, beneficiou da lesão de Hugo aos 35'.

O caso de Custódio é bem diferente. O trinco é um dos mais experientes jogadores do Braga e tem 122 jogos no escalão maior, repartidos entre Sporting (95) e Guimarães (27). Este ano foi duas vezes suplente utilizado pelo Vitória, ainda antes da polémica transferência para o Braga, rival pelo qual se estreia mais de dois meses depois e numa posição que não é a dele, mas que Sílvio teve de deixar por estar gripado. Também saiu, mas aos 66'.


Braga sofreu 14 golos


O Braga está em dificuldades na Liga ZON Sagres e isso reflecte-se para além da situação classificativa. É que a equipa de Domingos Paciência passou ontem a ser a terceira defesa mais batida do campeonato, com 14 golos sofridos, menos três que as duas equipas mais vulneráveis na defesa, Naval e Portimonense, ambas com 17 golos consentidos. Recorde-se que a equipa bracarense acabou 2009/10 como melhor defesa, com 20 golos sofridos.


Hugo ovacionado em "casa"

Apesar de já ter voltado a Braga anteriormente, os adeptos continuam a dispensar um grande carinho a Hugo. Formado no clube, foi transferido para a Sampdória em 1997, mas a sua conduta deixou saudades. Por isso, 13 anos depois, uma ovação enorme num momento de azar, quando aos 35' saiu lesionado. Hugo apreciou e retribuiu.


Adeptos pediram Meyong

Meyong voltou a jogar na Liga ZON Sagres, o que não acontecia desde a segunda jornada, em Agosto, na deslocação a Setúbal. Curiosamente, Domingos Paciência chamou o avançado momentos depois de os adeptos pedirem a entrada do camaronês em campo. A reaparição ficou marcada por um golo de grande penalidade.



Gatuno, ouviu Jorge Sousa

O jogo decorrera com aparente tranquilidade para o árbitro Jorge Sousa - bem a assinalar a grande penalidade sobre Matheus -, mas complicou-se mesmo no final, quando a amostragem da placa com três minutos de descontos deixou os adeptos à beira de um ataque de nervos. Ouviram-se apupos e "gatuno" e até objectos voaram à saída da equipa de arbitragem


O JOGO

JotaCC


Sp. Braga continua sofrível a nível interno

O Beira-Mar conseguiu realizar uma boa exibição em Braga e só permitiu ao adversário reduzir nos últimos minutos

Uma exibição notável do Beira-Mar, em Braga, deixou claro que a equipa de Aveiro está alguns pontos acima dos concorrentes directos na luta pela manutenção. Não se acobardou, ganhou (2-3) e assustou o Sporting de Braga, que somou a segunda derrota consecutiva a nível interno.

Nunca se pensou possível um Beira-Mar com tanta autoridade e um Sp. Braga tão parco de recursos. A equipa de Domingos apenas se mostrou nos últimos 15", quando o Beira-Mar adormeceu à sombra da gorda vantagem de três golos.

O jogo da equipa de Aveiro lançou muitas dúvidas sobre a capacidade da equipa de Domingos Paciência para esta época. Nos primeiros minutos, os forasteiros deixaram uma mensagem clara: sabem defender, têm capacidade para realizar transições rápidas e conseguem aproveitar a mobilidade de jogadores como Artur, Leandro Tatu e Ronny. Uma atitude confusa para o Sp. Braga, que ficou ainda mais descaracterizado que aquilo que já estava depois das alterações no "onze" inicial promovidas pelo seu treinador - apostas em Hugo Viana, Custódio (adaptado a lateral-direito e sempre em dificuldades) e Aníbal na posição do central Moisés.

Há muito que não se via o Sp. Braga em tantas dificuldades para chegar à baliza adversária e travar o ataque adversário. O Beira-Mar impôs-se completamente no jogo. Fê-lo com qualidade e, entre outros, pela acção do excelente Artur.

O golo de Leandro Tatu, depois de um livre de Artur, foi a sequência natural daquilo que se via no relvado. O brasileiro, de 28 anos, que veio do Santa Clara, onde foi um dos melhores marcadores da Liga de Honra, continua a mostrar a sua veia goleadora.

Ao intervalo, Domingos tentou alargar a frente de ataque. Saiu Mossoró e entrou Matheus. Mas continuou a sofrer. Aos 52", o Beira-Mar estava a ganhar por 0-2. Mais um golo de bola parada, com Artur a marcar um canto e Ronny a saltar mais alto que todos os defesas. Domingos ainda fez sair Aníbal para colocar no meio Luís Aguiar. Mas pouco ou nada havia a fazer, apenas sofrer mais um golo. Mais uma assistência de Artur e conclusão de Ronny. A consolação surgiu, aos 75", num golo de Meyong de penálti e depois, aos 88", com um grande golo de Lima.

PUBLICO

JotaCC

Surpresa: Bracarenses derrubados em casa pelo Beira-Mar

O Beira-Mar mostrou aos mais cépticos que está disposto a ficar na Liga e derrubou o Sp. Braga (3-2). Leandro Tatu foi o primeiro a esburacar o orgulho dos minhotos com um golo de bola parada. E um 'bis' de Ronny fechou o recital aveirense, frente a um Sp. Braga que só despertou de um estado de letargia nos minutos finais.

Tatu é um mamífero que vive nas matas secas da América. Um animal rápido e astuto, que se protege dos predadores enrolando-se e formando uma bola de armadura impenetrável. Curiosamente, o Beira--Mar arrancou a primeira vitória fora de casa com estas armas e guiado pelo faro de um avançado com o mesmo nome.

A verdade é que o Sp. Braga, que entrou autoritário, nunca conseguiu perfurar a espessa armadura defensiva dos aveirenses e só marcou no fim porque o Beira-Mar cometeu um penálti infantil e foi surpreendido por um 'petardo' de fora da área de Lima (89').

Para trás, ficou uma série de investidas previsíveis do Sp. Braga à baliza aveirense e uma flagrante descoordenação no sector recuado dos minhotos, que acusaram o desacerto de Custódio e Aníbal, ontem a jogarem nos lugares dos indisponíveis Sílvio e Moisés. Diga-se que Meyong marcou o penálti e que Ronny brilhou sobretudo no segundo golo, apontado num contra-ataque rápido.


CORREIO DA MANHA

JotaCC

Beira-Mar derrota Sporting de Braga, que cai para o oitavo lugar

Invencibilidade em casa durava há ano e meio

Na ressaca da jornada europeia, os «arsenalistas» estiveram a perder por três golos, mas só conseguiram reagir nos últimos minutos.


O Beira-Mar quebrou a invencibilidade de quase um ano e meio do Sporting de Braga em casa, em jogos da Liga, ao vencer por 2-3 a equipa. Com este resultado, os bracarenses falharam o «assalto» ao terceiro lugar e caíram para a oitava posição, ultrapassados pelos aveirenses (agora sétimos).
O Sporting de Braga, que estreou no «onze» (a defesa direito) o jovem Aníbal, até começou bem, com uma abertura fantástica de Alan a isolar Paulo César, mas Rui Rego defendeu bem o remate rasteiro do avançado (seis minutos), tal como o «tiro» de Lima logo a seguir (oito). O Beira-Mar respondeu aos 18 minutos com uma boa oportunidade para marcar, mas Ronny não chegou por muito pouco a um centro de Renan da esquerda e, na ressaca, Artur rematou em jeito, mas ao lado.
Pouco depois (24 minutos), os visitantes adiantaram-se mesmo no marcador: livre a meio do meio campo «arsenalista» de Artur e Leandro Tatu, sem oposição, a cabecear para o fundo das redes.
Na segunda parte, Domingos fez entrar Matheus, mas foi o Beira-Mar a dilatar o marcador aos 52 minutos, com Ronny a saltar mais alto que toda a defesa minhota – órfã de Moisés - e a cabecear sem apelo após canto de Artur. Cinco minutos depois o Sporting de Braga só não reduziu devido a uma perdida incrível de Elderson: remate de Hugo Viana, Rego defendeu para a frente e o defesa esquerdo nigeriano, com a baliza escancarada, conseguiu a proeza de rematar por cima.
Aos 61 minutos, nova ocasião soberana para os minhotos, com Lima a rematar por cima a poucos metros da baliza, mas foi na de Felipe que, aos 69, entrou novo golo, o terceiro do Beira-Mar e o segundo de Ronny, novamente a passe de Artur (esteve nos três golos aveirenses), concluindo um rápido contra-ataque.
O jogo, contudo, ainda não tinha acabado e a equipa da casa quase recuperou até ao empate: reduziu aos 75 minutos, por Meyong, na transformação de uma grande penalidade, e aproximou-se ainda mais aos 88, através de um belo remate em arco de Lima. Já no último suspiro, foi Rego, com uma grande defesa, a impedir o empate após cabeceamento de Alan, na sequência de um dos muitos cantos a favor dos locais.

Mau momento. O Braga voltou a ter dificuldades após uma jornada europeia e somou a segunda derrota seguida no campeonato

PRIMEIRO DE JANEIRO