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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 24/10

Started by JotaCC, 24 de October de 2010, 08:14

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JotaCC

Crónica de jogo
Vitória do Sporting de Braga com superlativo absoluto sintético
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Olhanense marcou na parte chata do jogo. Mas a equipa de Domingos voltou do balneário na forma de um furacão e resolveu em três tempos

Um jogo "importantíssimo", sublinhara Domingos na véspera do encontro com o Olhanense. Mas os seus jogadores só assimilaram a mensagem depois de uma passagem pelo purgatório (pelo balneário).

Quando voltou ao balneário pela primeira vez, o Sp. Braga estava destroçado. Domingos foi às cabinas cabisbaixo, com ar de poucos amigos, evitando fitar o placard. 0-1. O excepcional Braga da temporada 2009/10 - aquele que chegara precisamente à oitava jornada sem ceder um único ponto - não fazia parte desta história. Cinco minutos antes, o corpo de Maurício saltara mais do que oito jogadores do Braga juntos. Estavam lá todos, numa linha imaginária, mas nenhum deles ocupou o espaço certo. O central, que marcara o primeiro golo da vitória na última jornada, frente ao Setúbal, encheu o peito de ar, fez um movimento firme e a bola só parou no fundo da baliza de Felipe.

Tinha feito pouco o guarda-redes do Braga, equipa que somava mais ataques, mais remates e mais cantos (seis). Mais bola nos pés também. Mas menos golos. A primeira parte começara mastigada (o primeiro remate em condições de se chamar remate aconteceu apenas aos 23") e o bolo alimentar andou às voltas na boca da equipa da casa até aos 27", momento em que Lima ensaiou um remate. Madrid, pontapé rasteiro, tentou pouco depois (30") e um livre directo (36") quase traía Moretto, que, por instinto, desvia para canto.

A segunda parte não teve nada a ver. Foi mais enérgica, mais atarefada. Em campo já estava outro Braga (já estava também Vandinho, que rendera Paulão), que teve 15 minutos para desfazer o nó que tinha na garganta. Mossoró passou a ser Mossoró, Lima voltou a ser Lima, Matheus voltou a jogar como Matheus.

Em menos de 18 minutos, o Braga fundiu as luzes do lado direito do placard e iluminou o lado esquerdo. Entre os 49" e os 63", as bancadas explodiram três vezes. Aos 49", o livre foi batido junto à linha de fundo para o remate de Mossoró que, cá atrás, à entrada da área, fez a bola passar por entre uma selva de pernas (1-1). Aos 56", uma triangulação rápida deixou Lima com espaço para cruzar entre a linha de golo e Moretto, que, mal colocado, introduz a bola na própria baliza com a perna esquerda. Aos 63", e depois de um momento inédito (Jardel, com uma chuteira na mão, cortou um golo feito com o pé descalço), o livre indirecto colado à pequena área termina com um pelotão de fuzilamento e com o golo de Lima.


Reacções

Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga

"Era importante vencer depois da Liga dos Campeões, mas sabíamos das dificuldades frente a uma equipa que está a fazer um belíssimo campeonato. Os meus jogadores estão de parabéns, a atitude e entrega foram coroadas com um bom resultado. O Olhanense fez um golo de bola parada e o resultado era injusto ao intervalo, apesar de não estarmos a fazer um grande jogo até então. Na segunda parte, os processos saíram com mais clareza e fomos justos vencedores."

Daúto Faquirá

Treinador do Olhanense


"Na primeira parte, apesar do domínio do Sp. Braga, soubemos controlar e ao intervalo disse aos meus jogadores que se mantivéssemos os níveis de vigilância teríamos todas as possibilidades de sair daqui com um resultado positivo ou mesmo a vitória, porque o Sp. Braga ia ter de correr riscos. Mas, ao contrário do que o Olhanense costuma ser, uma equipa concentrada, o primeiro golo foi muito consentido, o segundo resulta de uma perda de bola e o terceiro foi caricato. Perdemos por erros nossos."


PUBLICO

JotaCC

Sp. Braga: Herói de Sevilha ataca de novo!



O jogo era importantíssimo para uma lufada de ar fresco no campeonato, a exemplo da vitória contra o Partizan na Liga dos Campeões, os jogadores do Sp. Braga assumiram a responsabilidade, mas a primeira parte não correu de feição às hostes arsenalistas. Domingos geriu a equipa, poupando Vandinho e Paulo César, e apostando em Luís Aguiar e Mossoró, mas mantendo a táctica habitual 4x2x3x1. Os 'guerreiros' entraram a pressionar, mas encontraram pela frente um muro de betão algarvio montado por Daúto Faquirá. Bem organizada em campo, a equipa do Olhanense mostrou-se, praticamente, intransponível nos primeiros 45 minutos do jogo, apesar do Sp. Braga tentar furar por todos os lados. E quando vacilava a equipa, sobressaía Moretto entre os postes. Aos 35 minutos foi enorme a defesa do guarda-redes olhanense, a negar o golo a Aguiar (de livre) com um golpe de rins fantástico.
Apesar de água mole em pedra dura, o Sp. Braga tinha o jogo controlado, mas aos 40 minutos caiu um balde d'água fria na pedreira. Golo do Olhanense, na primeira vez que remataram à baliza de Felipe. Uma bola parada, com o antigo jogador bracarense Maurício a cabecear com êxito para o fundo das malhas.
No cair do pano para o intervalo, ficou a nítida sensação de pénalti a favor do Braga, com Maurício a travar com o braço, dentro da área de rigor, um cabeceamento de Elderson.
Injusto, muito felizardo, mas Olhanense foi para o descanso em vantagem.

Reviravolta na segunda parte


Para o segundo tempo, Domingos deixou no balneário Paulão (lesionado) e colocou Vandinho como central adaptado. A equipa não sentiu-se, pelo contrário, o capitão acrescentou motivação e solidez, e o Sp. Braga como que cresceu para uma segunda parte de luxo. Também ajudou o golo madrugador de Mossoró, logo aos 49 minutos, num livre executado por Aguiar 'à Camacho'.
A partir daqui, o Sp. Braga começou a derreter o muro de Olhão, com futebol rendilhado, de alto calibre e ataque total, numa exibição colectiva de sonho. E foi sem surpresa que aos 56 minutos surgiu a cambalhota no marcador, com Lima a ser feliz na finalização e apanhar Moretto a sair da baliza em contra-mão.
Sempre a carregar sobre o Olhanense, aos 63 minutos surgiu o golo da tranquilidade do Sp. Braga, num caso insólito. Livre indirecto na área visitante, a castigar Jardel, que cortou um lance sem bota, numa estirada que negou o golo a Matheus. Do livre, nasceu o 3-1, com Elderson a tocar e Lima a fuzilar.
Pareceu fácil, mas o Sp. Braga suou bastante a camisola nesta vitória merecida, categórica e sem margem para contestação.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Arsenalistas" chegaram ao intervalo a perder
Resolver na 2.ª parte

Um Sporting de Braga irreconhecível na 1.ª parte só conseguiu se desembaraçar do Olhanense, na 2.ª metade, somando três suados pontos. Os algarvios marcaram aos 40 minutos, com Paulo Sérgio a marcar um livre, pelo lado esquerdo, e Maurício, central do Olhanense, em posição duvidosa, cabeceou - de forma inapelável - para o fundo da baliza bracarense. O empate surgiu aos 49m. Luís Aguiar, num livre estudado, colocou a bola em Mossoró, na zona frontal, e este rematou de 1.ª para igualar o marcador. A "cambalhota" no marcador aconteceu aos 57m, depois de uma falha de Moretto, bem aproveitada por Lima. O 3-1, surgiu aos 63m, de novo por Lima, na sequência de um livre indirecto dentro da área, a fixar o resultado final.

JORNAL DA MADEIRA

JotaCC

Veneno de uso livre valeu ultrapassagem

Três cantos para o Braga nos primeiros quatro minutos e onze jogadores do Olhanense dentro da área em cada um desses momentos são imagens que valem mais do que mil palavras. Quem poderia ganhar este jogo senão a única equipa que o abordou nesse sentido? Apesar do óbvio e da folga que os números mostram, não foi tão simples quanto isso. E por isso mesmo é que esta é uma história que poderia ser contada em jeito de moral. O Olhanense foi o mau da fita - cínico, encolhido e mortal; o Braga fez papel de anjinho, mas subiu aos céus como prémio divino às qualidades que o futebol romântico deve premiar: crença, virtuosismo e trabalho. Muito trabalho. Tanto que dois dos golos resultam de várias experiências afinadas em laboratório ao longo dos tempos e ontem testadas sob a forma de um veneno letal. E assim também se compreende o porquê de tantos treinos fechados...

Daúto Faquirá acreditou que Domingos usaria dois pontas-de-lança e lançou mais um defesa-central: Mexer. O treinador do Braga não lhe fez a vontade e jogou com três médios, o que obrigou o central moçambicano a subir para um trinco que nunca foi. Como obstáculo funcionou; como mola de transição ofensiva não existiu. Sem qualquer jogada devidamente articulada que mereça ser contada, o Olhanense adiantou-se como qualquer vilão o faria: na traição. Falta que não existe, livre superiormente executado e golo no primeiro remate enquadrado.

Os quarenta minutos anteriores desmentiam que o filme pudesse ter outro desfecho. O Braga dominou sempre, mas sem lances de golo. A sobrepovoação defensiva do Olhanense só podia ser ultrapassada com mais gente na linha de fogo. Mossoró passou então para a direita, Alan virou à esquerda e Matheus colou-se a Lima, no tal figurino que o técnico do Olhanense previu por antecipação, mas não conseguiu parar quando chegou a hora da acção. E a prova é que nos cinco minutos até ao intervalo o Braga foi mais perigoso do que até então.

O regresso dos balneários trouxe exactamente os mesmos esquemas e atitudes. É verdade que de bola corrida dificilmente o Braga marcaria três golos. E também que o primeiro, de livre estudado, ajudou imenso a desfazer o nó. Mas as bolas paradas beneficiam quem mais ataca e, nesse contexto, só num milagre o Olhanense poderia beneficiar de outra. O empate foi a injecção de confiança que trouxe tudo o resto. Seguiram-se 20 minutos a lembrar o melhor Braga do ano passado. Mais dois golos (ambos do cada vez mais fantástico Lima), excelentes momentos e a terceira vitória consecutiva, naquela que já é a melhor série da época e eleva a equipa, à condição, para o segundo lugar onde terminou a época passada. O Olhanense já ficou para trás...

Braga-Olhanense, 3-1

21h15

ESTÁDIO AXA

RELVADO BOM

ESPECTADORES 11.305

ARBITRAGEM

Árbitro Artur Soares Dias [AF Porto]

Assistentes Bertino Miranda/João Silva

4ºÁrbitro Jorge Ferreira

GOLOS

[0-1] Maurício 40'

[1-1] Mossoró 49'

[2-1] Lima 56'

[3-1] Lima 62'

BRAGA

Felipe, Sílvio, Moisés, Paulão (Vandinho, 46), Elderson, Andrés Madrid, Luís Aguiar, Mossoró (Salino, 72), Alan, Lima (Hugo Viana, 83), Matheus.

TREINADOR DOMINGOS PACIÊNCIA

Suplentes não utilizados

Artur (GR); Aníbal(DC); Paulo César (AE); Elton (A)

Remates totais 13

Remates à baliza 4

Cruzamentos 12

Cantos 5

Faltas 16 Posse de bola 58%

AMARELOS

Vandinho 74'

VERMELHOS

Nada a assinalar

OLHANENSE

Moretto, João Gonçalves, Maurício, Jardel, Carlos Fernandes, Mexer (Djalmir, 75), Cadu, Vinícius (Rui Duarte, 46), Jorge Gonçalves (Lulinha, 83), Paulo Sérgio, Toy

TREINADOR DAÚTO FAQUIRÁ

Suplentes não utilizados

Ricardo Baptista (GR); Maynard (LD); Ismaily (LE); Yontcha (A)

Remates totais 8

Remates à baliza 1

Cruzamentos 5

Cantos 4

Faltas 10

Posse de bola 42%

AMARELOS

Paulo Sérgio 16'

João Gonçalves 51'

Jardel 62'

Maurício 81'

VERMELHOS

Nada a assinalar



MOMENTO

56' [2-1]
Felicidade de Lima premeia inteligência de Madrid


O Braga culminava 10 minutos de imensa confiança no seu futebol. Numa jogada entre brasileiros, Alan e Lima triangularam e foi o extremo que partiu para cima do defesa algarvio. Em vez da finta, deixa a bola nos pés de Madrid e entra para receber. Neste movimento, a defesa do Olhanense esquece-se da desmarcação de Lima, mas o médio Madrid é de uma inteligência espantosa e encontra o goleador bracarense. Quase na linha de fundo e praticamente sem ângulo para tentar o golo, o brasileiro faz um cruzamento/remate e engana Moretto. Depois de ter estado a perder, estava consumada a justa reviravolta no marcador.



Filme do jogo

26' Lima remata a uns 35 metros da baliza. A bola sai próxima dos ferros.

36' Gritou-se golo após livre de Luis Aguiar. Moretto fica à espera do cabeceamento de Matheus, mas a falha deste fez a bola cair-lhe em cima e o brasileiro quase dava um frango monumental.

40' [0-1] De livre, Paulo Sérgio coloca na área e Maurício salta mais alto que todos. Felipe não tem hipótese de reacção ao excelente cabeceamento.

43' Passe a rasgar a defesa de Luis Aguiar, para a entrada de Matheus. Mas Moretto faz bem a mancha e cede canto.

49' [1-1] Luis Aguiar simula que bate um livre para cima da área, mas opta por um passe rasteiro para a entrada da área, onde o pé esquerdo de Mossoró remata para golo.

56' [2-1] Golo de Lima.

60' Matheus recebe a bola em velocidade e, à saída de Moretto, desvia a bola e atira para a baliza. Jardel, num carrinho desesperado, evita o golo.

62' Novo livre estudado, este a cinco metros da baliza. Elderson ameaça passar para Luis Aguiar, mas escolhe Lima, que de primeira volta a somar.

70' Sílvio falha o calcanhar após cruzamento de Alan. Era lindo...

90+2' Carlos Fernandes, de livre directo, possibilita excelente defesa a Felipe.



A FIGURA

Lima 8
A confiança já acompanha a cotação: não pára de aumentar...


Começam a parecer trocos os 4,5 milhões de euros que o Braga estipulou como cláusula de rescisão do avançado, cuja cotação não pára de aumentar. E é compreensível. Afinal, está a atravessar uma fase tremendamente eficaz e nota-se que os seus índices de confiança estão bem elevados. Só assim se explica que, mesmo a uma distância considerável da baliza, tenha sido o primeiro a tentar bater Moretto (26'). Acabou por consegui-lo só na segunda parte, e logo por duas vezes, elevando para três o número de golos obtidos na Liga.



BRAGA UM A UM

Lima a guiar até Madrid

Felipe 6

Parou quase todos os remates efectuados à sua baliza. A excepção foi mesmo a cabeçada triunfal de Maurício.

Sílvio 6

Contam-se pelos dedos de uma mão os lances que perdeu para Jorge Gonçalves, mas são precisos mais para calcular as vezes que atacou. Aliás, aos 70' só não fez o 4-1 porque tentou empurrar a bola de calcanhar.

Moisés 6

Imponente pelo ar e pelo chão, foi uma verdadeira parede para Djalmir e Toy, que quase nem deram sinais de vida.

Paulão 5

Um problema físico detectado ao intervalo impediu-o de dar continuidade a uma boa exibição na segunda parte.

Elderson 5

Tentou redimir-se do erro cometido no golo do Olhanense - falhou na marcação a Maurício - e foi um dos grandes animadores da segunda parte. Notável o passe para Matheus (60') e a assistência para o 3-1.

Madrid 7

Está cada vez mais confiante e em clara ascensão. Posicionou-se quase sempre bem e, quando acertou o passe, acabou por fazer a diferença no encontro, como se viu no 2-1.

Luis Aguiar 7

Só lhe faltou um golo para coroar uma exibição grandiosa. Raçudo e dinâmico do primeiro ao último minuto, revelou grande visão de jogo no lance que deu o empate a Mossoró.

Alan 6

Foi um tormento para Carlos Fernandes, trocando-lhe as voltas por completo, ora com fintas em velocidade, ora com pormenores deliciosos. Quis dar um golo a Sílvio, mas este desperdiçou a oferta.

Mossoró 6

Muito amarrado pelos médios-defensivos do Olhanense na primeira parte, soltou-se após o intervalo e apontou o segundo golo da conta pessoal na Liga, curiosamente, na segunda vez em que foi titular.

Matheus 6

Não fosse a acção irregular de Jardel (60') e tinha obtido o golo que tanto fez por merecer, principalmente quando passou a jogar no meio.

Vandinho 5

Limitou-se a fazer o que Paulão já havia feito: anular com eficácia as investidas dos algarvios.

Salino 5

Trouxe maior velocidade ao meio-campo arsenalista.

Hugo Viana 4

Dez minutos tranquilos.


Domingos Paciência
"Atitude positiva deixou-me satisfeito"

Uma segunda parte de bom nível e alguma felicidade nos momentos cruciais foram, na óptica do treinador do Braga, a chave do triunfo da sua equipa.

"Depois da Liga dos Campeões, no início da semana, já sabia que tínhamos um jogo difícil perante uma equipa que está a fazer um belíssimo campeonato. E isso veio a confirmar-se, porque passámos por dificuldades, mas os meus jogadores estão de parabéns pela atitude positiva com que abordaram o jogo, acabando por fazer uma boa segunda parte, o que me deixou satisfeito, alcançando um resultado positivo", disse Domingos Paciência, visivelmente satisfeito, depois de ter passado por alguns momentos de angústia. "No primeiro tempo, contra a corrente do jogo, o Olhanense marcou um golo de bola parada. Sabíamos que o adversário iria apostar nesse tipo de lances, mas a verdade é que fomos para o intervalo em desvantagem, o que considero ter sido injusto. Depois, graças à atitude dos jogadores, os processos de jogo saíram com maior fluidez e o Braga, mais agressivo, acabou por ser um justo vencedor. Ao contrário do sucedido em alguns jogos anteriores, não deixámos de ter uma pontinha de sorte na forma como conseguimos marcar os golos, mas sem dúvida que os merecemos." Interrogado sobre as lesões que desde o início da época têm afectado o plantel, Domingos confessou que não é fácil encontrar explicações. "É verdade que nos temos debatido com problemas defensivos motivados por problemas físicos de alguns jogadores, quer dos centrais quer dos laterais. Felizmente, hoje [ontem] o Vandinho entrou e esteve excelente, provando que se adapta a qualquer posição. Mas há situações difíceis de explicar e que não se devem ao trabalho, que é igual para todos. Direi que haverá azar de alguns jogadores, casos do Rodriguez, do Paulão e do Miguel Garcia. Enfim, vamos ver se detectamos a origem do problema, mas trabalhamos para recuperar os que se encontram lesionados."


O JOGO

JotaCC

Mossoró com a mente no Benfica

Depois de ter marcado ao Partizan, o avançado Mossoró voltou a fazer o gosto ao pé. O brasileiro obteve o primeiro golo, que deu alento ao Braga para dar a volta ao resultado e alcançar uma vitória que acabaria por ser tranquila. "Foi importante ter marcado um golo, mas mais importante foi a conquista dos três pontos, pois as vitórias dão confiança para o futuro. Mais importante que o golo que marquei foi a vitória e por isso estou feliz", afirmou. O dianteiro reconheceu ainda que o Braga melhorou no segundo tempo. "A segunda parte foi muito diferente. Tivemos outra atitude e marcámos um golo logo a abrir que deu alento para o resto do jogo. Estava no sítio certo e marquei um golo importante para reagirmos ao resultado negativo", considerou. Os resultados mostram um Braga em crescendo e Mossoró reconhece que as "vitórias dão confiança e todos os resultados positivos vêm numa boa hora". O facto de o Braga ter ultrapassado o Benfica na classificação, não perturba o jogador. "O importante foi fazermos a nossa parte, que foi ganhar. Se o Benfica perder pontos melhor, mas estamos a subir de rendimento para pressionarmos os adversários", concluiu.



Lima
"Conversámos ao intervalo"

Lima foi a figura do jogo, ao concretizar dois golos que espelharam a superioridade do Braga. "Sinto cada vez mais confiança e estou muito satisfeito por ter vindo para um grande clube como é o Braga. As coisas estão a correr bem e sinto-me feliz neste grupo, que é fantástico. Sofremos o 1-0, a situação complicou-se, mas ao intervalo conversámos e a equipa, com muita determinação, conseguiu dar a volta ao resultado." Interrogado sobre o interesse que já desperta noutros clubes, comentou, num encolher de ombros: "Estou cá para ajudar o Braga e darei sempre o máximo pela equipa. O resto se verá...".



TRIBUNAL O JOGO

BRAGA 3 - OLHANENSE 1

Árbitro Artur Soares Dias

Assistentes Bertino Miranda e João Silva

A arbitragem da equipa liderada por Artur Soares Dias colheu uma opinião muito favorável por parte dos especialistas de O JOGO. Num jogo aparentemente tranquilo e sem qualquer caso polémico, as decisões do árbitro do Porto foram consideradas coerentes, exceptuando o fora-de-jogo mal assinalado a Lima, o mesmo que logo depois atraiu as atenções no lance do seu primeiro golo, sobretudo pela complexidade da movimentação do jogador do Braga.

MOMENTO MAIS COMPLICADO

56'

Lima esteve, em algum momento do lance, em posição irregular quando fez o 2-1?

OUTROS LANCES

40'

Houve alguma irregularidade no golo de Maurício?

45'

Maurício desviou a bola com a mão dentro da área?

54'

Lima encontrava-se de facto em fora-de-jogo?

60'

Foi bem assinalado o livre indirecto por Jardel ter jogado sem bota?

JORGE COROADO

56'POSITIVO

Lima estava correctamente posicionado, pois no momento do passe existia pelo menos mais um jogador adversário a validar-lhe a posição.

40' POSITIVO

No momento em que o livre é executado, Maurício estava em posição regular, mas fez movimentação a ludibriar a defesa bracarense.

45' POSITIVO

Não houve qualquer infracção por parte de Maurício. O cabeceamento é feito muito próximo, e o jogador não faz qualquer movimento irregular.

54' NEGATIVO

Lima não estava em posição de fora-de-jogo no momento do passe. Precipitação do assistente na indicação ao árbitro.

60' POSITIVO

Correctíssima a indicação do assistente Bertino Miranda. Os jogadores têm de estar devidamente equipados; Jardel jogou com a bota na mão.

APRECIAÇÃO GLOBAL

Soube impor-se convenientemente, ajuizando sempre de forma correcta, embora ludibriado por um ou outro jogador. Aos 18', deveria ter sido rigoroso numa conduta violenta por parte de um jogador do Olhanense.

PEDRO HENRIQUES

56' POSITIVO

Lima, nas duas vezes em que intervém na jogada, está sempre em jogo: na primeira estava em linha com a defesa do Olhanense, na segunda tem dois defesas entre ele e a linha de golo.

40'POSITIVO

No momento do passe que corresponde à execução de um livre, Maurício está em posição regular.

45' POSITIVO

Maurício leva com a bola no braço. O toque não é feito deliberadamente, é inesperado (à queima), e o braço está na posição normal.

54' NEGATIVO

Indicação incorrecta do árbitro assistente, pois Lima estava em posição regular.

60' POSITIVO

Jardel, ao jogar descalço, é correctamente sancionado com um cartão amarelo (comportamento antidesportivo) e a sua equipa punida com livre indirecto.

APRECIAÇÃO GLOBAL

Arbitragem plena de segurança, tranquilidade e competência, alicerçada numa boa condição física e contando com excelente colaboração dos assistentes.

PAULO PARATY

56' POSITIVO

Neste lance, em dois momentos poderia haver fora-de-jogo, mas avaliou bem o árbitro assistente ao deixar seguir Lima, sendo assim coerente com as suas dúvidas.

40' POSITIVO

Decisão correcta, quanto mais não seja porque, em situações destas, o assistente não deverá intervir. Creio, contudo, que Maurício parte depois da bola.

45' POSITIVO

Avaliar a intenção de Maurício é impossível. Há um movimento do braço, mas, quando a bola lhe bate na mão, o braço estava encostado ao corpo. Aceita-se a decisão.

54' NEGATIVO

Num jogo com muitos lances de difícil avaliação, creio que foi o único fora-de-jogo mal assinalado pelo árbitro assistente.

60' POSITIVO

Bem assinalado. O árbitro pune com cartão amarelo, ao abrigo da Lei IV (Equipamento dos jogadores). Esta situação merece estudo pela arbitragem, pois seria admissível outro enquadramento disciplinar.

APRECIAÇÃO GLOBAL

Num jogo correcto por parte dos intervenientes, mas com bastantes lances de difícil avaliação, a equipa de arbitragem teve uma actuação muito segura, coerente e positiva.



O JOGO

JotaCC

Braga dá a volta e vence Olhanense (3-1)


O Sp. Braga venceu, este sábado, o Olhanense (3-1), no Estádio AXA, na Cidade dos Arcebispos. A equipa de Domingos Paciência estava a perder (1-0) ao intervalo, mas uma segunda parte extremamente eficaz acabou por dar o triunfo aos arsenalistas.

Apesar da surpresa da desvantagem ao intervalo, graças a um golo de cabeça do gigante Mauricio, o Braga nunca perdeu o controlo do jogo, mas também não tinha tido qualquer acerto na finalização ao longo dos primeiros 45 minutos. Essa faceta acabou por ser corrigida no segundo tempo.

A mais valia-individual da equipa minhota salientou-se após o intervalo, com o Olhanense a ter de recuar devido à maior pressão exercida pelos da casa. O facto de os minhotos terem dado a volta ao resultado em apenas sete minutos - com um golo de Mossoró e outro com a colaboração de Moretto, guarda-redes do Olhanense - desmoralizou em muito os algarvios, que nunca mais se encontraram e viriam ainda a sofrer o terceiro, por intermédio de Lima.

O Braga está assim a recuperar a forma que evidenciou na época passada e que lhe deu o lugar de vice-campeão. Com este resultado, está no segundo posto, empatado com a Académica, que esta tarde venceu o Nacional, por 2-1.

JN

JotaCC

Liga: Exibição segura do Sp. Braga permitiu conquistar mais três pontos
Mossoró e Lima em triunfo cintilante

Os homens de Domingos Paciência dominaram o choque de um golo mal validado contra eles e só tiveram de esperar pelos rasgos de dois génios brasileiros: Mossoró e Lima. O primeiro desfez a vantagem que os algarvios traziam do tempo inicial e Lima garantiu um triunfo cintilante, apontando mais dois golos no espaço de 14 minutos.

A primeira parte só animou depois de Luís Aguiar testar os reflexos do guarda-redes Moretto num livre a queimar. O antigo guarda--redes do Benfica estava no sítio certo e empurrou o Olhanense de seguida para a frente, onde os algarvios arrancaram a falta que lhes permitiu abrir o marcador. Paulo Sérgio transformou o livre na esquerda e o central Maurício, aparentemente em posição irregular, deu a melhor resposta de cabeça, tramando o Sp. Braga, que defendeu na época de 2006/07. O árbitro Artur Soares Dias validou o golo e também deixou seguir um toque com o braço de Maurício, em plena área minhota.

Tudo mudou após o intervalo, com o golo de Mossoró, aos 49 minutos, após livre de Luís Aguiar.

Os bracarenses dominaram o choque inicial motivado por uma arbitragem deficiente e partiram para uma exibição mais segura e dominadora. O 'bis' do goleador Lima surgiu, por isso, com naturalidade. Uma vitória justa e incontestável dos pupilos de Domingos.

FICHA DE JOGO

LIGA - 8.ª Jornada

Estádio Municipal de Braga - Assistência: 13 000

SP. BRAGA: Felipe, Sílvio, Moisés, Paulão (Vandinho 46'), Elderson, Mossoró (L. Salino 72'), Madrid, Luis Aguiar, Alan, Lima (Hugo Viana 84'), Matheus.

Treinador: Domingos Paciência

OLHANENSE: Moretto, João Gonçalves, Maurício, Jardel, Carlos Fernandes, Cadu Silva, Mexer (Djalmir 76'), Vinicius (Rui Duarte 46'), J. Gonçalves (Lulinha 84'), Paulo Sérgio, Toy.

Treinador: Daúto Faquirá

Golos: 0-1 Maurício (41'), 1-1 Mossoró (49'), 2-1 Lima (57'), 3-1 Lima (63')

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto) 3

Disciplina: amarelos: Paulo Sérgio (17'), João Gonçalves (51'), Jardel (62'), Vandinho (74'), Maurício (81')

classificação do jogo 6

CORREIO DA MANHA

JotaCC

Sp. Braga dá a volta e triunfa

A equipa do Olhanense marcou primeiro com um golo perto do intervalo, mas a equipa da cidade dos arcebispos deu a volta ao marcador no regresso ao relvado e acabou por vencer. 3-1 foi o resultado final.

Corria o minuto 40 no cronómetro quando Maurício inaugurou o placard. De cabeça, o jogador do Olhanense colocou a sua equipa na frente.

Ainda houve quem reclamasse fora-de-jogo, e esse não foi o único lance a levantar polémica antes do intervalo. O mesmo Maurício viu a bola tocar-lhe no braço dentro da sua grande área, mas o árbitro mandou seguir.

No reatar da partida, Luís Aguiar serviu o brasileiro Mossoró que, em zona frontal, rematou de primeira para o fundo da baliza algarvia.

Depois do empate, o Sp. Braga não desacelerou e chegou à vantagem, ao minuto 57. Assistido por Mossoró, Lima rematou sozinho mas fraco na área do Olhanense e acabou por ser feliz e conseguir o golo, numa grande falha do guardião Moretto.

O mesmo Lima 'bisou', cinco minutos depois, na sequência de um livre indirecto, e fez o 3-1 com que a partida terminou.

SOL

JotaCC

Arrojo de Domingos compensado com reviravolta na segunda parte



Golos de Mossoró e Lima e contributo de Moretto, guardião dos algarvios, para o Braga

Depois de vencer na Taça de Portugal e na Liga dos Campeões, faltava a este Sp. Braga um triunfo convincente na Liga doméstica para completar a melhor série de jogos da época. Desengane-se, porém, quem pensa que a vitória chegou com naturalidade. O ramerrame da primeira parte favoreceu os algarvios, que quase em cima do intervalo se adiantaram pela cabeça de Maurício.

A perder ao intervalo, Domingos decidiu ser destemido, tal como havia indiciado no início da partida - juntou de início Márcio Mossoró (saúde-se o regresso à excelente forma do mais fantasista dos bracarenses) a Luís Aguiar, dotando de imaginação o meio-campo. Logo no reatamento deu-se a troca de Paulão, central pesadão, por Vandinho, centro-campista pendular, o que acentuou o domínio territorial dos minhotos. A devida recompensa surgiu minutos depois: primeiro num livre em que Luís Aguiar descobriu Mossoró, que rematou colocado à entrada da área; depois, com a entrada em cena da grande figura arsenalista neste início de época: Lima talvez quisesse cruzar, mas Moretto, com a insegurança do costume, acabou por desviar a bola para a sua baliza e dar um contributo determinante para a reviravolta bracarense. Ampliada logo de seguida... por Lima (claro está), que aproveitou um livre indirecto na área para sentenciar uma partida que serve ao Sp. Braga para ascender provisoriamente ao grupo do 2.º lugar.



figura do jogo
lima

› Idade 27 anos

› Posição Avançado

› Cada vez mais a grande referência do ataque bracarense, o ponta-de-lança brasileiro vindo do Belenenses é um perigo à solta sempre que visa a baliza contrária. Os golos chegaram na 2.ª parte para materializarem mais uma exibição de excelente nível.



DN

JotaCC

Sporting de Braga vence o Olhanense por 3-1

O Sporting de Braga venceu este sábado o Olhanense, por 3-1, em jogo da oitava jornada da Liga de futebol, disputado em Braga.
      
Vinte minutos de grande nível na segunda parte permitiram ao Sporting de Braga virar um resultado negativo e vencer o Olhanense (3-1), para ascender provisoriamente ao segundo lugar da Liga de futebol, a par da Académica.

A equipa da casa foi para o intervalo a perder, graças a um golo de Maurício (40), e, não se podendo dizer que o Olhanense fez muito para estar a vencer no final do primeiro período, o Sporting de Braga pouco mais fez.

Os minhotos até começaram bem o jogo, a encostar o adversário à sua área tendo conquistado três cantos nos primeiros quatro minutos da partida, mas de uma momento para o outro desaceleraram.

O jogo caiu num equilíbrio monótono, disputado muito a meio campo, e o primeiro remate com perigo da partida surgiu apenas aos 27 minutos, por Lima que desferiu uma "bomba" de muito longe, mas que passou muito perto dos ferros da baliza defendida por Moretto.

Pouco depois (30), Madrid também tentou de fora da área obrigando o guarda-redes brasileiro do Olhanense a defender com alguma dificuldade o que se repetiu aos 36 quando, de forma pouco ortodoxa, conseguiu desviar para canto um livre traiçoeiro de Luís Aguiar.

Seria, contudo, o Olhanense a adiantar-se no marcador aos 40 minutos: livre de Paulo Sérgio da esquerda e Maurício a cabecear sem oposição para o fundo das redes.

No reatamento, Vandinho surgiu no lugar de Paulão (saiu lesionado) no eixo da defesa e talvez inspirado pela presença do "capitão" a equipa partiu para 20 minutos avassaladores que lhe garantiu três golos.

Logo aos 50 minutos, empatou, por Mossoró, que rematou de pé esquerdo após passe atrasado de Luís Aguiar na conversão de um livre em jeito de canto curto e, sete minutos depois, consumou a reviravolta, com um grande contributo de Moretto.

Grande passe de Madrid a descobrir na área Lima, o guardião brasileiro, mal colocado, tentou cortar o centro do avançado, mas acabou por introduzir a bola na sua própria baliza.

Completamente transfigurado, o Braga quase voltou a marcar numa espetacular jogada de Elderson e Luís Aguiar, mas Jardel, com uma bota na mão, salvou "in extremis" (60).

Por ter cortado o lance descalço, o árbitro assinalou o respetivo livre indirecto, muito perto da pequena área, e se no segundo golo a receita funcionou, no terceiro também: passe atrasado de Luís Aguiar e remate rasteiro de Lima para o golo.

Até ao final, foi sempre o Braga a estar mais perto do quarto golo do que o Olhanense de reduzir.

Marcadores:

0-1, Maurício, 40 minutos.

1-1, Mossoró, 50.

2-1, Lima, 56.

3-1, Lima, 63.

Equipas:

- Sporting de Braga: Felipe, Sílvio, Moisés, Paulão (Vandinho, 46), Elderson, Andrés Madrid, Luís Aguiar, Mossoró (Salino, 72), Alan, Lima (Hugo Viana, 83), Matheus.

(Suplentes: Artur, Aníbal, Vandinho, Salino, Hugo Viana, Paulo César, Elton).
- Olhanense: Moretto, João Gonçalves, Maurício, Jardel, Carlos Fernandes, Mexer (Djalmir, 75), Cadu, Vinícius (Rui Duarte, 46), Jorge Gonçalves (Lulinha, 83), Paulo Sérgio, Toy.

(Suplentes: Ricardo Batista, Ismaily, Lulinha, Djalmir, Rui Duarte, Maynard, Yontcha).

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Paulo Sérgio (17), João Gonçalves (49), Jardel (61), Vandinho (74), Maurício (81).

Assistência: cerca de 12 000 espectadores.

SIC