NOTICIAS DO ENORME DO DIA 23/10

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Domingos Paciência: "Queremos chegar ao segundo lugar"


A recepção à Olhanense é tida como uma etapa de enorme importância na caminhada da liga portuguesa. Domingos Paciência não admite qualquer tipo de descompressão, realça porém a confiança que trouxe o triunfo na liga dos campeões e que essa motivação vai ser a rampa de lançamento para a equipa procurar o triunfo e o segundo lugar, embora de forma provisória.
"Descomprimir nunca", começou por referir o técnico. "Sabemos perfeitamente a responsabilidade deste jogo. Olhando para a classificação é fácil fazer a leitura actual: o Olhanense tem mais um ponto do que nós, está no terceiro lugar. Para nós é um um jogo importantíssimo, na medida em que jogando em casa, perante uma equipa que está a fazer um grande campeonato e que de modo algum nos vai facilitar a vida, temos que estar na máxima concentração, na máxima atitude, ou melhor, jogar nos limites para conseguir ganhar a este Olhanense, que tem provado ser uma equipa a fazer um excelente princípio de campeonato", acrescentou o treinador do Sporting Cube de Braga. "Portanto, nesta altura é importante a equipa saber que a responsabilidade deste jogo e para aquilo que pretendemos deste campeonato passa muito por este jogo", frisou ainda, salientando a importância de vencer e de dar sequência à vitória alcançada na passada terça-feira.
Ao nível do grupo de trabalho as indicações não podiam ser melhores na óptica de Domingos Paciência. "Acima de tudo sinto que os jogadores e toda a estrutura que está envolvida neste projecto tem grande vontade em querer ganhar e fazer com que a equipa tenha sucesso. É evidente que temos alturas em que o sucesso é alcançado com um bom rendimento, outras com menor rendimento, mas acima de tudo aquilo que vejo e que estou consciente é que os jogadores procuram fazer o seu máximo, saírem vencedores de cada jogo que têm pela frente. Há um esforço enorme e de certeza absoluta que é o mesmo que vai acontecer. Os jogadores vão pro-curar fazer o melhor, procurar ganhar o jogo, para alcançar o segundo lugar, mesmo que seja provisório, o que nesta altura é um grande objectivo para a equipa".
Acerca do adversário , perspectiva maiores dificuldades do que foram as sentidas no ano passado. "A Olhanense é uma equipa diferente daquela que nos visitou no ano passado. É uma equipa com mais maturidade, com mais experiência e já deu provas este ano. Basta olhar para a forma como jogou contra uma equipa grande. Tem jogadores com qualidade, com alguns anos já de primeira liga, portanto espero um Olhanense bem nas transições e se calhar por vezes baixar o bloco para jogar no erro e sair em velocidade. Portanto é esse o Olhanense de qualidade e bem orientado que vamos defrontar".

"Ainda é muito cedo para a reabertura de mercado"

A montra da liga dos campeões tem colocado alguns bracarenses na agenda e na órbita de outros emblemas europeus. A política do clube aponta sempre para a maximização dos recursos e nesse prisma eventuais saídas são vistas como reconhecimento.
Apesar disso, Domingos Paciência destaca que ainda falta muito para a reabertura do mercado de transferências e lança mesmo um aviso, salientando que "às vezes um jogo mau pode apagar tudo o que foi feito".
Normalmente o que acontece é que quando se chega a Dezembro faz-se um ponto da situação e uma análise individual a cada jogador. É natural que uns mais satisfeitos do que outros, uns com mais tempo de jogo do que outros, mas ainda é muito cedo para estarmos a pensar naquilo que vai acontecer em Dezembro, até porque há muitos jogos e também do momento, quer em termos de rendimento da equipa, quer em termos de classificação e objectivos que estão em causa nessa altura", começou por referir, mas possíveis saídas são bem-vindas: "Oxalá que isso aconteça". "Não é novidade nenhuma e isso é público, o que tem sido a política deste clube ao longo do mandato deste presidente que é rentabilizar ao máximo os seus activos e procurar ao máximo rentabilizar os seus jogadores. É evidente que é muito cedo ainda, mas se por algum motivo isso acontecer, é reconhecimento de quem está aqui a trabalhar e do próprio jogador". disse ainda, referindo-se mais concretamente às boas exibições e aos golos de Lima e Matheus.


CORREIO DO MINHO

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Domingos Paciência: «Oxalá isso aconteça»
assume que ficaria feliz se em janeiro fossem vendidos jogadores

Está lançado o isco! As estrelas do Sp. Braga não estão em leilão e muito menos em saldo, mas, preparem-se os interessados, pelo Axa aceitam-se propostas em janeiro. E foi o próprio Domingos Paciência a abrir a porta quando confrontado sobre eventuais saídas na reabertura de mercado. "Oxalá que isso aconteça", afirmou, sem hesitar, o treinador, passando a justificar uma afirmação que nunca é (nem será) bem aceite pela massa adepta. "A política deste clube é de rentabilizar ativos e se transferirmos algum jogador será um motivo de satisfação para quem está aqui a trabalhar e para o próprio. Mas ainda é cedo para se falar disso, até porque tudo depende do momento. Às vezes, um jogo mau apaga tudo de bom que se fez no passado."

Lima e Matheus têm sido os homens em maior destaque na corrida aos milhões da Champions. Domingos optou por não falar em casos concretos e até passou a bola para eventuais entradas. "Em dezembro é normal fazer-se uma análise interna do grupo. Há uns jogadores mais satisfeitos do que outros, uns que jogam mais do que outros. Faltam bastantes jogos e tudo dependerá da classificação da equipa e dos objetivos que teremos em mente", afirmou, desta vez, de forma bem mais evasiva.

Realidade

Recuperando a objetividade, o treinador concentrou-se no jogo do campeonato desta noite e assumiu um propósito, pelo menos para as próximas horas. "Não vamos facilitar, vamos jogar concentrados e nos limites. É importante que a equipa saiba a responsabilidade que temos de ter para chegarmos onde queremos. Seria bom ficarmos, nem que fosse de forma provisória, no 2.º lugar", referiu, quase em jeito de pedido ao grupo de trabalho, deixando, ao mesmo tempo, uma mensagem para jogadores, adeptos e público em geral: "Vamos continuar a crescer e temos obrigação de vencer."

Pela frente vai estar uma equipa do Olhanense candidata a usar o rótulo de sensação. Começou a época a travar em casa o V. Guimarães e até já se deu ao luxo de ir empatar a Alvalade. Avisos não faltarão, certamente, para os lados da cidade dos Arcebispos. "Descontrair? Nunca! Pela classificação atual é fácil fazer uma leitura: eles estão no 3.º lugar e têm mais 1 ponto do que nós. Teremos de ser muito fortes", projetou Domingos, antes de passar à fase dos elogios: "O Olhanense está mais maduro do que na temporada passada. Já deu provas de que entra em campo para discutir os jogos e estaremos atentos às transições rápidas."


RECORD

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Uma dupla no ataque à inédita terceira

Braga e Olhanense aspiram a uma vitória no jogo de hoje que lhes permita ascender ao segundo lugar, isto dependendo dos resultados dos jogos da tarde que podem alterar a classificação, o Académica-Nacional e o Setúbal-Guimarães. Se alguém o conseguir a vitória no AXA, somará o terceiro triunfo consecutivo, pela primeira vez esta época. É que, apesar das boas campanhas que ambos estão a realizar, há sempre algo que trava uma sequência desta natureza. Para o Braga, que já esteve cinco jogos sem derrotas, a obrigação é maior. Não só porque joga em casa, como porque faz parte de um grupo restrito de outra estaleca, que procura títulos e não apenas uma permanência segura no escalão maior. Além disso, tem uma dupla de ataque temível e que está a fazer furor lá fora. Lima e Matheus só têm um golo cada no campeonato, mas arrasam na Liga dos Campeões com quatro, três nas pré-eliminatórias e um na fase de grupos. A Europa está de olho neles e os algarvios também. Mesmo prevenidos, não é fácil parar uma dupla que junta rende mais do que de forma isolada.

21h15

Sport TV1

Estádio AXA

Árbitro Artur Soares Dias [AF Porto]

Assistentes Bertino Miranda e João Silva

Braga

Treinador

Domingos Paciência

84 Felipe GR

28 Sílvio LD

5 Moisés DC

3 Paulão DC

20 Elderson LE

88 Vandinho MD

22 Luis Aguiar MO

30 Alan AD

9 Paulo César AE

18 Lima AV

99 Matheus AV

-

1 Artur Moraes GR

48 Aníbal DC

23 Madrid MD

27 Custódio MD

45 Hugo Viana MO

25 Leandro Salino MO

8 Mossoró MO

11 Keita AV

85 Elton AV


Olhanense

Treinador

Daúto Faquirá

31 Moretto GR

18 João Gonçalves LD

3 Jardel DC

5 Maurício DC

13 Carlos Fernandes LE

16 Rui Duarte MD

15 Vinícius MD

14 Cadú MO

19 Jorge Gonçalves AD

23 Paulo Sérgio AE

99 Yontcha AV

-

51 Ricardo Batista GR

22 Maynard LD

30 Mexer DC

7 Ismaily LE

10 Lulinha MO

9 Toy AE

11 Djalmir AV



A ANÁLISE DE COROADO

Artur Soares Dias

AF Porto

31 anos

internacional Sim

nº de jogos 31

GRAU DE RISCO

MUITO DIFÍCIL

Difícil

Médio

NORMAL

árbitro (Pontuação 0 a 5)

Jogos anteriores 3,33

personalidade 3,50

controlo disciplinar 3,50

interpretação das leis e regulamentos 3,50

condição física 4,00

média 3,57

Surgiu esta temporada com forma apurada, personalizado, determinado e lúcido quanto a aspectos meramente técnicos. Na vertente disciplinar, sem cometer lapsos significativos, tal como maioria dos colegas, podendo ser mais rigoroso e cumpridor, enveredou por atitude mais pacífica e menos respeitadora do código de jogo. Movimenta-se próximo das jogadas, faz leitura adequada dos acontecimentos, é pronto na indicação da direcção para recomeço das partidas. Mantém contacto visual com os assistentes de forma constante com intuito de melhor controlar os acontecimentos. Na quinta jornada permitiu que barreiras fossem formadas por "centopeias" existentes em todo o país.

árbitros assistentes

Bertino Miranda (AF Porto)

João Silva (AF Porto)

Quem beneficia do apoio de Bertino Miranda sabe que metade das preocupações se desvanecem à partida. João Silva não apresenta a mesma capacidade do companheiro, mas não deslustra.


Em destaque

7
Vinícius

O médio, de 24 anos, é um dos elementos em maior evidência na boa campanha dos algarvios, sendo o único sobrevivente do trio do meio-campo que iniciou o campeonato, dado que Nuno Piloto, Fernando Alexandre e Delson recuperam de lesões. Mais recuado no terreno ou no vértice do triângulo da zona intermediária, Vinícius é um dos totalistas na equipa (soma sete jogos) e tem pautado as exibições pela regularidade e entrega total ao jogo.

630
Moisés

O defesa-central é, a par de Felipe, totalista em jogos do campeonato. Teve de repartir os 630 minutos que soma ao lado de Paulão ou Rodriguez e com laterais novos, por comparação com a época passada. A missão de segurar a defesa tem sido dura de cumprir, mas Domingos pode agradecer-lhe o facto de a casa não ter sido mais arrombada.

4
Relação privilegiada

Braga e Olhanense têm estreitado relações nos últimos meses, ao ponto de quatro jogadores terem nesse período jogado nos dois clubes. Ao adquirir Miguel Garcia, o Braga emprestou Yazalde. O avançado já saiu, mas ao Algarve chegou Fernando Alexandre, também cedido. E Rafael Bastos não ficou por outros problemas.



Invictos com o Olhanense há 61 anos

Desconte-se a Naval, que não sabe ainda o que é ganhar ao Braga em todo o seu historial, e o Olhanense aparece como a equipa que há mais anos não sabe o que é conseguir tal resultado contra os arsenalistas. É certo que algarvios e bracarenses se desencontraram várias épocas no escalão maior e, desde 1950/51, só jogaram cinco vezes. Dessas, o Braga ganhou quatro e empatou uma, logo a primeira. Passaram, pois, 61 anos desde o último triunfo olhanense.

Na época passada, o Braga ganhou 1-0 em Olhão e 3-1 no Estádio AXA.



Moisés ao lado do CR7 no onze ideal da champions

Moisés foi incluído pela UEFA na equipa ideal da terceira jornada da Liga dos Campeões. A distinção é um orgulho, principalmente pelos nomes que acompanham o bracarense. A saber: Casillas, Ivanovic, Diakhaté, Evra, Cristiano Ronaldo, Nasri, Jurado, Bale, Frei e Eto'o.



Custódio e Keita são novos numa lista sem Rodriguez

A estreia absoluta de Custódio (na foto) e o regresso de Keita após vários meses de ausência são as grandes novidades de uma convocatória de 20 jogadores da qual saiu Hélder Barbosa. Rodriguez foi poupado, pelo que Aníbal se volta a sentar no banco de suplentes.



Domingos Paciência
"Muito do que queremos passa por este resultado"

Mais sereno após duas vitórias consecutivas e seguramente mais leve depois de finalmente ter pontuado na Liga dos Campeões, o plantel do Braga não aproveitará a boa onda para adormecer. "Descomprimir, nunca", vincou Domingos Paciência logo a abrir uma conferência de Imprensa na qual se esforçou por passar uma mensagem que sensibilize os jogadores. "Sabemos a responsabilidade deste jogo. O Olhanense tem mais um ponto que nós, está a fazer um grande campeonato e não nos facilitará a vida. Temos de ter a máxima atenção, concentração e jogar nos limites. É importante que a equipa saiba que muito do que queremos no campeonato passa pelo resultado deste jogo", prosseguiu.

O treinador sente "toda a gente com uma vontade muito grande de ganhar" e assume que, a jogar em casa, o Braga tem essa "natural obrigação." Mesmo contra um adversário que se fechará, no seu entender, menos do que a maioria das equipas que visita o AXA. "O Olhanense já deu provas, quando jogou contra os grandes, de que quer discutir os jogos. Tem jogadores com muitos anos de Liga, e espero-os muito fortes nas transições, pois têm atletas rápidos", descreveu.

Numa semana em que Lima e Matheus saltaram para as capas dos jornais a propósito dos golos na Europa, o treinador recusou falar já da próxima janela de transferências. "Em Dezembro avalia-se. Tudo vai depender também do momento", explicou. Medo de os perder é que não tem. "Rentabilizar ao máximo os activos tem sido a política desta SAD", lembrou, para depois reforçar que muito pode acontecer: "Às vezes, um jogo mau apaga o que de bom foi feito..." 



Belgrado por 550 euros

Já está à venda o pacote de viagem para quem queira acompanhar a equipa na viagem a Belgrado para defrontar o Partizan. Assim, a viagem custa 550 euros para quem fique em quarto duplo e 620 para quartos singulares. Os programas incluem bilhete para o jogo e estadia de uma noite. O voo para a Sérvia é dia 2, às 9 horas. O regresso acontece no dia seguinte, logo após o jogo.



O JOGO

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Domingos: «Fizemos uma grande 2.ª parte»
técnico realça importância da vitória

O técnico do Braga, Domingos Paciência, realçou no final da partida deste sábado frente ao Olhanense, em que os bracarenses venceram por 3-1, a importância do resultado para as aspirações da equipa na Liga e elogia a "grande 2.ª parte" efetuada.

"Sabíamos que era importante vencer depois do jogo da Liga dos Campeões. Era um jogo difícil contra um adversário que tem estado bem na Liga. Os meus jogadores estão de parabéns, porque tiveram muito crer, vontade e fizeram uma grande 2.ª parte", destacou o técnico arsenalista.

Domingos afirmou ainda que "o resultado ao intervalo era injusto (o Braga estava a perder), apesar da exibição não ser a melhor. A 2.ª parte foi melhor e a vitória totalmente justa".

Sobre a onda de lesões que assola o plantel minhoto, Domingos reitera que "não é pelo trabalho desenvolvido, mas sim por azar dos jogadores".


RECORD

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«Arsenalistas» derrotam Olhanense e ascendem ao segundo lugar

O Sp. Braga derrotou, este sábado, o Olhanense, no Estádio AXA, por 3-1. Este resultado faz com que a equipa orientada por Domingos Paciência ascenda provisoriamente ao segundo lugar.

O Olhanense esteve em vantagem, após o golo de Maurício, aos 40 minutos, após a marcação de um canto. A reacção do Sp. Braga surgiu na etapa complementar. Aos 49 minutos, Mossoró recebeu o passe de Luiz Aguiar e empatou.

Aos 56 minutos, Lima entrou pela linha do fundo, rematou e Moretto acabou por desviar o esférico, com o pé, para dentro da baliza. Aos 64 minutos, a equipa «arsenalista» estabeleceu o resultado. Com o brasileiro Lima novamente em destaque ao apontar o golo da tranquilidade, após a marcação de um livre indirecto.


Domingos realça reacção dos seus jogadores

O técnico do Sp. Braga, Domingos Paciência, destacou a capacidade de reacção demonstrada pelos seus pupilos para darem a volta ao resultado e vencerem o Olhanense (3-1).

«Os meus jogadores estão de parabéns. Na primeira parte o adversário aproveitou um lance de bola parada para ganhar vantagem. Era um resultado injusto, mas na segunda parte os meus atletas procuraram e conseguiram dar a volta ao resultado», afirmou Domingos, em declarações à Sporttv.

A BOLA

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'Bracarenses' triunfam sobre Olhanense (3-1)

O Sp. Braga venceu hoje o Olhanense, por 3-1, na 8ª jornada da Liga Zon Sagres. Embora tenham saído para o intervalo a perder, com um golo de Maurício para a formação algarvia, os 'bracarenses' deram a volta ao marcador por Mossoró e Lima, que bisou no encontro.

À passagem do minuto 40', Maurício deu o golo para o Olhanense, decorrente de um pontapé de canto.

No segundo tempo os 'minhotos' reagiram e demonstraram maior vontade em vencer o encontro, repondo a igualdade no marcador ao minuto 50', por Mossoró, que recebeu um passe de Luiz Aguiar e fez o empate.

Lima cimentou a vantagem da formação 'bracarense', com dois golos. Aos 56' minutos o jogador entra pela linha de fundo e remata, com o guarda-redes algarvio Moretto a ajudar o esférico, com o pé, a entrar dentro da baliza da equipa de Olhão. Lima bisou no encontro, aos 63' minutos, dando tranquilidade à formação 'bracarense' e cimentando o resultado.

Nesta altura, os 'minhotos' ascendem provisoriamente ao 2º lugar da liga.

Ficha de Jogo

Jogo no Estádio Municipal de Braga.

Sporting de Braga - Olhanense: 3--1.

Ao intervalo: 0-1.

Marcadores:
0-1, Maurício, 40 minutos.
1-1, Mossoró, 50.
2-1, Lima, 56.
3-1, Lima, 63.

Equipas:
Sporting de Braga: Felipe, Sílvio, Moisés, Paulão (Vandinho, 46), Elderson, Andrés Madrid, Luís Aguiar, Mossoró (Salino, 72), Alan, Lima (Hugo Viana, 83), Matheus.

(Suplentes: Artur, Aníbal, Vandinho, Salino, Hugo Viana, Paulo César, Elton).

Olhanense: Moretto, João Gonçalves, Maurício, Jardel, Carlos Fernandes, Mexer (Djalmir, 75), Cadu, Vinícius (Rui Duarte, 46), Jorge Gonçalves (Lulinha, 83), Paulo Sérgio, Toy.

(Suplentes: Ricardo Batista, Ismaily, Lulinha, Djalmir, Rui Duarte, Maynard, Yontcha).


Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Paulo Sérgio (17), João Gonçalves (49), Jardel (61), Vandinho (74), Maurício (81).

Assistência: cerca de 12 000 espectadores.



O JOGO

[JotaCC]

Sp. Braga-Olhanense, 3-1 (crónica)
De fato de gala e pé descalço se veste um candidato[/b




E assim se ganha um jogo: com a fatiota aprumada de candidato ao título e o pé descalço. A imagem é o reflexo de um Braga de dupla face: chegou paupérrimo ao intervalo e acabou o jogo de notas a afunilarem os bolsos. Entre um e outro estado muito se passou, mas para já fica a conclusão essencial: a equipa de Domingos Paciência chega à vice-liderança embalada num grito de mudança. O Olhanense, equipa-sensação da Liga, podia ter ficado nos balneários a meio do jogo.

Vamos, então, ao pé descalço. Ao pé de Jardel, que num ápice virou de milagreiro adorado a irremediável acusado. Um corte de carrinho corajoso deixou a chuteira presa na relva e a meia sem o escudo protector. Acção ilegal, livre indirecto a favor do Sp. Braga e o fim de todas as dúvidas: aos 63 minutos Lima fazia o seu segundo golo e completava o terceiro acto de uma reviravolta urdida na mente de Domingos Paciência.

A perder por 0-1 no tempo de descanso, o treinador abdicou de um defesa central [Paulão], introduziu a alma mater do Sp. Braga [Vandinho] e sinalizou a ascensão ao pódio da Liga, lado a lado com a Académica de Coimbra. Em 18 minutos, os arsenalistas deram a volta a um cenário ingrato. Lima empatou, Mossoró fez o 2-1 e depois surgiu o tal pé descalço.

Confortável, o Sp. Braga vestiu a fatiota de gala e espalhou ares de superioridade.

Do miserabilismo à ostentação

É difícil, muito difícil, explicar a primeira parte do Sp. Braga. Sem ritmo, sem intensidade, sem criatividade e sem Vandinho. Tudo previsível, tudo a passo e lateralizado. Demérito evidente dos donos da casa, mas também mérito da equipa de Olhão. Bem preparada, muito concentrada, inflexível no processo defensivo e atrevida nas transições rápidas.

Os Destaques: Lima e Mossoró

Num lance de bola parada, Maurício subiu ao elevador da glória e cabeceou para o fundo das redes de Felipe. Por instantes, pensou-se que os algarvios terminariam com um deserto de 61 anos e voltariam a ganhar no Minho. A decisão corajosa de Domingos, ao apostar num 3x4x3, evitou que se fizesse história.

A etapa complementar trouxe uma atitude enfurecida, um orgulho ferido e três jogadores em claro destaque: Vandinho, Márcio Mossoró e o indomável Lima. Por vezes parece impossível defender, controlar, limitar este atacante brasileiro.

Primeiro de pé descalço, depois composto num fato de gala. Assim se vestiu por uma noite um candidato ao título


Domingos: «Podíamos ter feito mais dois ou três golos»
Sp. Braga-Olhanense, 3-1 (reportagem)

Domingos Paciência, treinador do Sp. Braga, considerou inteiramente justo o triunfo sobre o Olhanense e lamentou apenas ter ficado com mais um atleta da defesa lesionado. No caso, Paulão:

«Não fizemos uma grande primeira parte, é verdade. Perante um adversário muito fechado, tivemos dificuldades. Ainda por cima, sofremos um golo de bola parada. Não merecíamos estar a perder, ainda assim. Na segunda parte reagimos bem, fomos muito agressivos e merecemos o resultado que fizemos. Somos uns justos vencedores e podíamos ter feito mais dois ou três golos.»

A defesa continua a ter muitos lesionados. É uma limitação?
«Temos muitos problemas físicos com os jogadores da defesa. Vamos melhorar. Estas duas vitórias recentes vão trazer confiança. Hoje perdemos o Paulão e já estava sem o Rodríguez, o Léo Fortunato e o Miguel Garcia. Temos de arranjar forma de conseguir estabilizar e recuperar atletas para os próximos jogos.»



Lima e o interesse de outros: «Estou num grande clube»

Lima, avançado do Sp. Braga, que bisou na vitória sobre o Olhanense, analisa o resultado e o interesse de outros clubes, em declarações ao flash interview da Sport TV:

«Estou cada vez mais confiante, vim para um grande clube, o meu objectivo sempre foi ajudar o Sp. Braga, as coisas estão a correr bem, estou feliz, mas tenho de enaltecer o grupo também. A perder, conversámos no intervalo e quando este grupo se une é o que acontece. Hoje foi o Lima, mas sempre haverá alguém.»

[Sobre o interesse de outras equipas] «Encaro com naturalidade, o futebol é assim. O Sp. Braga está na Champions, é um clube grande e desperta interesse. Vou estar sempre tranquilo e fazer o meu trabalho em função deste clube. A filosofia do Sp. Braga passa por ter bons jogadores, vai haver sempre sondagens para todos, quem ganha é o clube e os jogadores ficam focados em fazer o melhor pelo Sp. Braga.»


Domingos fala em justiça, Faquirá em golos consentidos

Domingos Paciência e Daúto Faquirá, respectivamente, treinadores de Sp. Braga e Olhanense, analisam o resultado do jogo deste sábado, a contar para a 8ª jornada, em declarações ao flash interview da Sport TV.

Domingos Paciência:

«Era importante vencer depois da Liga dos Campeões, mas sabíamos das dificuldades frente a uma equipa que está a fazer um belíssimo campeonato. Os meus jogadores estão de parabéns, a atitude e entrega foram coroadas com um bom resultado. O Olhanense fez um golo de bola parada e o resultado era injusto ao intervalo, apesar de não estarmos a fazer um grande jogo até então. Na segunda parte os processos saíram com mais clareza e fomos justos vencedores.»

[Sobre as lesões e o regresso de Mossoró] «Já há algum tempo que temos problemas físicos na defesa. Mossoró mostrou que joga em qualquer posição e fez um belíssimo jogo.»

Daúto Faquirá:

«Temos tido alguns azares no miolo, estamos com algumas limitações, agora foi Vinicius. Na primeira parte, apesar do domínio do Sp. Braga, soubemos controlar e ao intervalo disse aos meus jogadores que se mantivéssemos os níveis de vigilância teríamos todas as possibilidades de sair daqui com um resultado positivo ou mesmo a vitória, porque o Sp. Braga ia ter de correr riscos. Mas ao contrário do que o Olhanense costuma ser, uma equipa concentrada, o primeiro golo foi muito consentido, o segundo resulta de uma perda de bola e o terceiro foi caricato. Perdemos por erros nossos, mas também aprendemos com estas situações, há que dar os parabéns ao Sp. Braga. Podíamos ter saído daqui com pontos, mas o importante agora é recuperar a equipa.»


Sp. Braga-Olhanense, 3-1 (destaques)
A patologia de Lima: obsessão pelo golo

Lima, obcecado pela baliza (e pelos golos)
Tem o mérito muito elogiável de só olhar para a baliza: bola no pé, visão projectada para o golo. Tentou uma e outra vez, sempre, à espera de repetir os pontapés fulminantes que já conseguiu no Dragão e diante do Partizan, por exemplo. Desta vez os seus golos não tiveram o espectáculo dos antecessores, embora tenham sido absolutamente decisivos. Poderoso fisicamente, rápido e cirúrgico na finalização. Há muitos olhos em cima de Lima e ele não se importa com tanta atenção.

Márcio Mossoró, um talento sebastiânico
Só faltou uma dose de nevoeiro e uma banda sonora apropriada: quando a equipa mais precisou, lá surgiu Mossoró, por entre a bruma da necessidade urgente. Pontapé certeiro, a beijar a relva e a servir de ansiolítico a uma crise precipitada pela desvantagem no marcador. É um jogador especial, de facto. Não só por ser bom de bola, mas também por não se encolher nos momentos de alarme. Sem a intensidade das noites de excelência, Mossoró conseguiu ser decisivo.


Maurício, a riscar os céus de Braga
Longas páginas escritas na história do futebol português, sempre no mesmo estilo impetuoso e autoritário. Impossível não sublinhar a óbvia semelhança com Carlos Mozer, tanto na forma de correr, como na abordagem agressiva a cada um dos instantes do jogo. Belo golpe de cabeça, lá nas alturas, a desfeitear Felipe e a colocar a nu alguma permissividade na defesa arsenalista. Quem tem Maurício sabe com o que pode contar: fiabilidade, regularidade, um forte pontapé e uma torre altiva nas bolas aéreas.

Paulo Sérgio, agitador das alas
Especialista na arte do contra-ataque, da saída rápida para a frente. Atravessa período de fulgor apreciável, bastante confiante no trato da bola e no jeito com que desafia cada um dos oponentes. Sem fazer uma exibição do outro mundo, teve o condão de preocupar regularmente os laterais do Sp. Braga. Parece ter qualidade para regressar a um patamar superior. O Olhanense agradece.

Vandinho, a alma mater
Domingos tentou preservá-lo fisicamente, mas a perder teve de o lançar à arena. Começou por ser uma espécie de pivô defensivo, à frente do único central sobrevivente pós-intervalo. Fundamental no aumento de fluxo ofensivo, fundamental na subida de produção, fundamental na vitória. É a alma mater deste Sp. Braga.

Moretto, fantasmas antigos
A noite infeliz não invalida a boa temporada que está a fazer. Em Braga, no entanto, pouco lhe saiu bem. Tem culpas evidentes no segundo golo e somou um conjunto de acções carregadas de insegurança. Os fantasmas do antigamente sussurraram-lhe ao ouvido.

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