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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 29/07

Started by nandes, 29 de July de 2010, 06:31

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nandes

UNS TÊM INVEJA DA NOSSA ASCENSÃO
OUTROS TÊM MEDO DA NOSSA AMBIÇÃO
SCB / BL

JotaCC

Noite mágica em Braga



Não houve o mítico hino da 'Champions', mas o som em pensamento encheu a alma de cada bracarense. O sonho passou a realidade. Num palco ao mais alto nível do futebol europeu e numa história que tem todos os ingredientes para continuar, depois de uma entrada triunfante no jogo da primeira 'mão' da terceira pré-eliminatória.

Verdadeiros 'guerreiros' e com uma atitude do tamanho do sonho, o Sp. Braga levou a melhor no duelo com o Celtic de Glasgow, ao vencer por 3-0, com golos de Alan, Elderson e Matheus.
E, se mais do que ganhar, Domingos Paciência tinha alertado que o importante era não sofrer golos, a verdade é que na bagagem para Glasgow vai uma grande dose de confiança e crença, depois de um triunfo bem confortável. E uma exibição brilhante. A noite foi mágica.

Com uma entrada a todo o gás e uma equipa personalizada num 4x3x3 à imagem da época passada - ao invés do sistema testado por Domingos nos jogo de pré-temporada - o Sp. Braga impôs desde cedo controlo na partida, dominou e não deu espaço aos escoceses para criarem perigo.

Com Lima soltou no ataque e Alan a brilhar nas diagonais, os arsenalistas foram os mais ofensivos em toda a primeira parte, com destaque para Paulo César, que atirou à figura de Zaluska, aos 17 minutos. Na recarga, Madrid rematou por cima. Estava d ado o aviso da tal atitude ofensiva que Neil Lennon temia.

O Celtic foi tentando equilibrar o jogo, mas uma infantilidade de Ki Sung Yeung, aos 24 minutos, ditou a história da partida. O médio cortou com a mão um cruzamento de Miguel Garcia e o árbitro não hesitou ao marcar grande penalidade a favor dos arsenalistas. Chamado a converter, Alan atirou em cheio para o fundo das redes. Um golo recheado de esperança para o jogo da segunda 'mão'. E a deixar em delírio os milhares de adeptos bracarenses nas bancadas.

O golo trouxe ainda maior raça aos 'guerreiros', que até podiam ter ampliado no minuto seguinte, por intermédio de Salino.
Coesa em termos defensivos, a equipa minhota aniquilou por completo as ambições do Celtic, que nunca conseguiu levar perigo à baliza de Mário Felgueiras. Um guardião mero espectador.

Na segunda parte, voltou a dar sempre mais Sp. Braga. Houve mais equilíbrio é certo, fruto de um Celtic defensivo quase a cem por cento, no entanto, os arsenalistas conseguiram furar a barreira após um canto de Matheus. Elderson apareceu solto e teve apenas de encostar para golo. O defesa estreou-se a marcar com a camisola do Sp. Braga.
A exibição de luxo encerrou com um toque de magia de Matheus. Um tiro na marcação de um livre. A elevar ainda mais o sonho da fase de grupos.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Um sonho no ponto de ebulição

Ainda faltam três jogos para que a Liga dos Campeões seja uma realidade, mas apenas 90 minutos para que se garanta a Europa pelo menos até ao final do ano, uma vez que o apuramento para o play-off da Champions garante, no pior dos cenários, a fase de grupos da Liga Europa. A goleada aplicada ao Celtic estava longe das melhores previsões, mas provou que as duas equipas, em três meses, não mudaram assim tanto: os escoceses são uma sombra do que foram no passado recente, os minhotos mantêm-se no topo do futebol português.

Há exactamente um ano, Domingos estreou-se num 4x2x4 depois de ter ensaiado maioritariamente o 4x3x3. Ontem deu-se o processo inverso: tal como previsto, jogou Madrid para que a equipa controlasse a partida. Ganhar era importante, e não sofrer golos também. O Braga foi, acima de tudo, uma equipa muito segura. Tanto que não foi raro ver Alan e Paulo César como médios-interiores. Lima é que sofreu, mas quem se importa com isso? Importante mesmo foi ter a bola no pé e longe dos canhões escoceses. Não é que eles a saibam tratar bem, mas no meio de tanto chutão algum podia sair transviado. Quase aconteceu no último minuto... no único remate enquadrado.

Os arsenalistas posicionaram-se muito perto uns dos outros, e as linhas de passe nunca foram superiores a um par de metros. A paciência que nunca faltou na época mais gloriosa do clube voltou a ser arma de arremesso. Se só uma equipa ataca em 90 minutos, só essa pode ganhar. O futebol puro é assim, e Domingos acredita nisso. Justamente, não tem sido abandonado à sorte que muitos insistem em imputar a esta equipa. O primeiro golo foi de penálti, o segundo depois de um canto ganho miraculosamente e o terceiro num momento de antologia. Sorte? Fé, crença, insistência e qualidade, respondemos nós. O Celtic, que na primeira parte rematou uma vez e muito por cima da baliza, é que nunca a poderia ter. Se estavam com medo do calor, então levaram um banho gelado e saíram vermelhos de vergonha por não terem criado sequer um lance de golo. É certo que o Braga lhes limitou as acções, mas estes escoceses não são apenas curto de processos. Essencialmente são toscos com a bola nos pés; apertados, não conseguiram fazer três passes seguidos. E foi nessa base que o Braga geriu as três vantagens de que dispôs: pressionou alto e a um ritmo muito elevado, ganhando a bola rapidamente para oscilar entre o contra-ataque e a posse da mesma. Em determinada altura, e face a tamanha superioridade, o Estádio AXA chegou ao ponto de ebulição que o treinador prometera no dia anterior.

Braga 3-0 Celtic


Estádio AXA

relvado excelente

12 295 espectadores

Árbitro Serge Gumienny (bélgica)

Assistentes Mark simons e Frank Bleyen>>4º árbitro L. colemonts

Treinador Domingos Paciência

24 Mário Felgueiras GR 6

15 Miguel Garcia LD 6

5 Moisés DC 7

2 Rodriguez DC 6

20 Elderson LE 7

23 Madrid MD 6

88 Vandinho MD 6

30 Alan AD a 90' 6

25 Leandro Salino MO 6

9 Paulo César AE 6

18 Lima AV a 65' 5

1 Artur GR

28 Sílvio LD

48 Aníbal DC

10 Hélder Barbosa AE d 90' 2

99 Matheus AV d 65' 8

11 Keita AV

19 Meyong AV

Golos

[1-0] 25' Alan, g. p.; [2-0] 75' Elderson; [3-0] 87' Matheus

amarelos 90' Leandro Salino

vermelhos Nada a assinalar.

Remates à baliza [6] Remates para fora [5] Cantos [2]

Faltas cometidas [16]

Nneil Lennon Treinador

24 Zaluskas GR 4

11 Cha Du Ri LD 4

22 Loovens DC 4

6 Hooiveld DC 4

21 Mulgrew LE 4

4 Juarez MD a 79' 5

18 Ki Sung-yueng MD 4

13 Maloney AD a 70' 4

8 Brown MO 4

16 Ledley AE 3

9 Samaras AV 4

47 Cervi GR

25 Rogne MD

17 Crosas MD

27 Murphy AE d 70' 5

10 Fortune AV

20 Pat Mccourt AV

49 James Forrest AV d 79' 3

amarelos 5' Mulgrew, 25' Ki Sung Yeung, 40' Hooiveld

vermelhos Nada a assinalar.

Remates à baliza [1] Remates para fora [2] Cantos [2]

Faltas cometidas [24]


Arbitragem
Pacificador sem mácula

Serge Gumienny nem sempre foi inteligente a dar a lei da vantagem, mas não prejudicou ninguém. No plano disciplinar, foi supercorrecto: mostrou os amarelos inevitáveis e tentou resolver sem admoestação as picardias entre adversários. O braço na bola de Ki Sung-yueng foi visto pelo auxiliar Frank Bleyen. E muito bem, por sinal. Há movimento no sentido da bola.



O Momento

88' [3-0]
Matheus sonha, puxa de magia e acorda o AXA para a realidade


A jogada resume-se em poucos caracteres. A magia do golo de Matheus é que não. Se a Champions é um sonho, ontem ficou bem mais perto depois de um golo que geralmente também só se marca a dormir. A falta do Celtic foi bem feita: longe da área e em posição lateral, como manda a lei. Matheus abeirou-se da bola e ninguém ousou desconfiar que não se tratasse de um cruzamento. Com meia equipa na área, até o guarda-redes Zaluska se desposicionou. E foi nesse instante que o brasileiro decidiu arriscar: largou uma bomba de pé esquerdo que rebentou no buraco da agulha e fez o AXA explodir. A temperatura aqueceu, e o terceiro golo é meio caminho andado para o play-off.



Lances-chave

18'

Contra-ataque do Braga. O primeiro cruzamento de Lima sai mal, mas Paulo César recupera a bola do outro lado, puxa para o meio e remata forte. Zaluska defende para a frente.

25'

[1-0]

Miguel Garcia cruza para a área, e a bola bate no braço de Ki Sung-yueng. O árbitro marca penálti; Alan, depois da paradinha, converte.

26'

Contra-ataque guiado por Paulo César, com Alan e Salino nas triangulações. O médio acaba por receber mal a bola e, à meia-volta, remata ao lado. Estava em excelente posição.

69'

Livre indirecto cobrado por Elderson. Moisés ganha a todos de cabeça, mas a bola sai ao lado do poste de Zaluska.

71'

Matheus finta Mulgrew pela direita e cruza direitinho à cabeça de Salino. Na pequena área, só com o guarda-redes adversário pela frente, o brasileiro falha o gesto.

75'

Com sorte, Madrid finta três. À quarta perde a bola, mas esta sobra para Alan, que, mesmo na linha de fundo, tenta o remate. Zaluska, com o pé, cede canto.

76' [2-0] Matheus bate um canto para a zona onde habitualmente aparece Moisés. Sem surpresa, o Xerife saltou bem alto e rematou para a baliza. Elderson apareceu à boca da baliza para confirmar o golo antes que algum escocês aliviasse.

81'

Primeiro remate perigoso do Celtic. Na ressaca de um cruzamento, a bola sobra para Loovens, que, de longe, atira a rasar o poste esquerdo.

88'

[3-0]

Livre directo para Matheus marcar um grande golo.

90+2' Falta favorável aos escoceses sobre a linha de meio-campo. Com dez bracarenses distraídos, Murphy vê Mário Felgueiras adiantado e atira para golo. O guarda-redes recompõe-se e, com uma grande defesa, cede canto.


A ESTRELA

Matheus 8
Furacão do Sergipe


Voltou a desempenhar na perfeição o papel de arma secreta a que Domingos Paciência tantas vezes recorreu durante a temporada transacta. E só precisou de 25 minutos para arrasar por completo a defesa do Celtic, bater o canto que resultou no 2-0, obtido por Elderson, e ainda marcar um golo. Perdão, um golaço!


O Braga um a um
Xerife dita a lei, Elderson aplica-a

Mário Felgueiras 6

Estreia tranquila como titular em jogos oficiais. A primeira defesa surgiu já no período de descontos.

Miguel Garcia 6

Mais solto que na época passada, não se limitou a defender (bem) e foi dele o cruzamento que resultou no penálti cobrado por Alan.

Moisés 7

É o culpado pelo facto de ninguém ter dado por Samaras no ataque do Celtic, ganhando-lhe quase todos os lances no jogo aéreo, aspecto no qual o grego é muito forte. Impecável.

Rodriguez 6

Face à opção dos escoceses de jogar pela esquerda, limitou-se a controlar os poucos adversários que surgiram no seu raio de acção. Por isso foi um dos primeiros a tentar empurrar a equipa para o ataque.

Elderson 7

Ganhou pontos na luta pela titularidade com uma exibição segura a nível defensivo e mostrou que pode ser um arma nos lances de bola parada, apontando, num canto, o golo que matou o Celtic. Alguém se lembrou de Evaldo?

Vandinho 6

Tem um sentido posicional incrível. Sabe perfeitamente que terrenos deve pisar e por isso fartou-se recuperar bolas, iniciando de imediato o ataque. Com ele, a equipa nunca perde o equilíbrio defensivo.

Madrid 6


Peçam-lhe para pressionar e para não largar os adversários que o argentino faz isso de forma exemplar. Só não lhe exijam que seja o primeiro construtor de jogo da equipa, porque aí ainda peca um pouco no capítulo do passe.

Alan 6

Mudou a época, mas o hábito para marcar manteve-se. Desta vez foi de penálti, mas na segunda parte até o podia ter sido em jogada corrida.

Salino 6

Aguerrido e lutador, agigantou-se perante adversários mais altos, não os deixando respirar. Nota-se, contudo, que não é um organizador de jogo.

Paulo César 6

Primeira parte de grande fulgor ofensivo, criando desequilíbrios e até tentando bater Zaluska (17'). Na segunda foi mais calculista e deu a Elderson a liberdade necessária para subir.

Lima 5

Lutou que se fartou com os centrais do Celtic e por isso acabou muito maltratado. Saiu (65') sem ter tentado o remate.

Hélder Barbosa 2

Entrou nos descontos.

Domingos Paciência
"Foi um bom passo mas jogo será difícil"

Cautela, pediu Domingos depois da goleada improvável ao Celtic. Mas o que há a temer depois de um resultado destes? No meio da euforia, a memória do treinador do Braga fez soar uma campainha. "No fim do jogo houve uma imagem que me assaltou: há uns anos, o Benfica ganhou por três e perdeu por três. Faremos tudo para que isso não aconteça", recordou Domingos Paciência já depois de ter explicado que eram os "longos anos de experiência como profissional de futebol" que sustentavam a "cautela" que pedia para o Celtic Park, mesmo quando todos em redor estavam rendidos a uma vitória da "organização". "Este foi o jogo que preparámos, limitando ao máximo a acção do Celtic. O Braga foi pressionante quando teve de ser, defendeu em bloco quando teve de defender, e essa organização garantiu um bom resultado." Num jogo "tão encaixado como este", a solução surgiu nas "bolas paradas", prémio para a "abordagem da equipa" a um desafio em que entrou sem favoritismo e do qual saiu obrigando o treinador dos bracarenses a conter os ânimos. Foi "um bom passo" para a Liga dos Campeões, admitiu Domingos Paciência, que quer para esta eliminatória um desfecho diferente daquele que teve o Benfica em 2007 no Celtic Park: "Não há por que festejar nem há tempo para dormir à sombra da bananeira."



Alan
"Estivemos em alto nível"

Alan foi o primeiro a abrir caminho a uma vitória determinante para o processo de continuidade do Braga na Liga dos Campeões, cabendo-lhe, portanto, uma fatia importante "num grande jogo". A capacidade concretizadora de Alan é um talento sobejamente reconhecido, inclusive, pelo Al Sharjah, que assistiu na bancada do AXA à exibição do brasileiro que o Braga agarrou com toda a força. Os árabes lutaram por ele, mas "a Direcção do Braga não chegou a acordo". "Sou profissional; estou no Braga de corpo e alma", disse Alan, sem qualquer resquício de pena por ter acabado por permanecer no Minho. Ontem, ajudou a equipa "a dar um passo importante", sugerindo para o próximo jogo na casa do Celtic que "se mantenha esta garra, união e dedicação para chegar lá e fazer um bom resultado". "Vamos correr atrás disso", garante, com a mesma convicção com que classificou de "alto nível" a resposta dada aos escoceses. "Eles até têm uma boa equipa", o problema é que o Braga, segundo Alan, fez com que a atitude do adversário fosse discreta.

Elderson
"Foi uma estreia bastante boa"

A estreia oficial de Elderson pelo Braga entrou para a galeria das inesquecíveis. O nigeriano esteve impecável a defender e ainda fez o gosto ao pé, empurrando os arsenalistas para um resultado gordo com os escoceses do Celtic. A satisfação no final do encontro era por isso natural. "Foi uma estreia bastante boa, até porque a equipa conseguiu um bom resultado. Felizmente consegui marcar um golo e fiquei muito feliz por isso", referiu o lateral-esquerdo, que ontem ganhou pontos aos adversários (Eduardo e Sílvio) na luta pela titularidade. No entanto, recusa a ideia de já ter conquistado o lugar. "Só penso em trabalhar todos os dias para melhorar. A escolha, deixo para o treinador", atirou, embora espere jogar em Glasgow, onde sabe que os bracarenses não terão vida fácil. "O segundo jogo não será fácil, porque o ambiente lá é complicado. De qualquer maneira, vamos lutar para alcançar um bom resultado", prometeu.

"Grande vitória. Estávamos tranquilos. Há um segundo jogo, num ambiente complicado, mas o Braga está preparado.

Moisés

"Estudámos o adversário, é uma grande equipa; mas jogamos para vencer com quem quer que seja. Dedico a vitória ao meu pai.

idem

"Grande exibição. Temos de estar concentrados durante a semana para concretizar o sonho no segundo jogo.

Vandinho

"A união do grupo superou o obstáculo. Estivemos numa noite muito boa, em que todos deram o seu melhor.

O JOGO



JotaCC

Receio por Paulo César

Em dúvida para esta noite de história devido a lesão, o esforço do brasileiro Paulo César e os cuidados do departamento médico foram visíveis mesmo antes do pontapé de saída. O aquecimento confirmou a presença no onze inicial, mas, ainda assim, foi assistido na coxa direita, junto do banco, imediatamente antes do início da partida.


De pé como campeões

Os bracarenses deram o máximo diante do Celtic, famoso pelo ambiente caseiro. A coreografia envolveu rolos de papel higiénico, leques ruidosos e, sobretudo, aplausos e gargantas afinadas na hora de receber a equipa com o hino que acompanhou o sonho da época passada: "Stand up for the champions" (levantem-se para os campeões).


Al Sharjah vê Alan

O negócio esteve quase feito: Alan, que esteve com um pé no Al Sharjah, equipa orientada por Manuel Cajuda, ficou no Braga, e, ontem, ilustrou a sabedoria da decisão com um golo que mereceu os aplausos de quem tanto o queria.



Embaixada portista com Salvador

António Salvador, presidente da SAD do Braga, teve no camarote principal do AXA importantes aliados na caminhada de sucesso dos últimos anos: Joaquim Oliveira, presidente do Conselho de Administração da Controlinveste, e Pinto da Costa, presidente do FC Porto. Por perto esteve, ainda, Antero Henrique, director-geral da SAD portista, da qual são oriundos alguns nomes-chave das últimas equipas do Braga, com destaque para Alan, Madrid ou, em anos anteriores, Renteria e Diogo Valente. O actual plantel de Domingos Paciência (antiga glória portista, como o director-desportivo, Fernando Couto) conta com Hélder Barbosa.


O JOGO

JotaCC

Crónica de jogo
Braga esmagou o Celtic e continua a caminhar para os milhões

Um golo na primeira parte e outros dois na segunda abrem à equipa portuguesa boas perspectivas de atingir o play-off da prova milionária


Uma tarja colocada pelos adeptos bracarenses na bancada pedia aos jogadores para "escreverem na história o sonho de uma vida". Alan, Elderson e Matheus fizeram-lhes a vontade e esmagaram o Celtic (3-0). Mesmo sem Mossoró, lesionado, a equipa de Domingos Paciência começa a mostrar que está novamente no topo e só uma catástrofe em Glasgow pode impedir os minhotos de continuarem a caminhada rumo à Liga dos Campeões. O resultado de ontem, para já, coloca o Braga com um pé no play-off de acesso à fase de grupos.

A partida, porém, não se afigurava fácil. Pela frente estava um dos clubes históricos nas competições europeias. Mas a equipa não se deu bem com as elevadas temperaturas e foi triturada. Apesar dos primeiros minutos, em que procurou dar a iniciativa ao adversário e desgastar os bracarenses. Sem grandes preocupações de tentar chegar à baliza de Mário Felgueiras e com o grego Samaras completamente perdido, incapaz de se soltar da marcação de Moisés e Rodríguez.

Mas o Braga, a jogar num 4x2x3x1, parecia ter em mãos um nó difícil de desatar. A boa exibição do lateral esquerdo Elderson, um jovem internacional nigeriano (22 anos) que veio substituir Evaldo e, logo aos 18", teve um bom remate que Zaluska defendeu para a frente, ou a capacidade de Andrés Madrid e Vandinho de filtrarem o jogo pareciam insuficientes para resolver o problema. Mesmo Alan, que, aos 30 anos, parece ser cada vez mais fundamental na equipa, era incapaz de criar verdadeiros desequilíbrios e nem a capacidade de Lima na frente de ataque, onde mostrou que pode ser um avançado muito importante na equipa, ajudou. Resultado: o Braga dominava, tinha mais futebol, mas não conseguia quebrar a segurança britânica.

Mas como acontece quase sempre nestas situações, a solução surge de onde menos se espera. Nasceu, aos 27", de um cruzamento de Miguel Garcia da direita e de um disparate do coreano Ki Sung-Yeung. O médio cortou a bola com a mão na pequena área e ofereceu uma grande penalidade, que Alan converteu. A ganhar, o Celtic desmoronou-se. A dupla constituída pelo coreano e pelo mexicano Juarez (este último chegou do Pumas, depois de uma passagem pelo Barcelona), que têm função de dar alguma criatividade e segurar a bola, como que se perdeu e Zaluska começou a ter problemas.

A segunda parte continuou a pertencer por inteiro ao Braga. O Celtic voltou a comprovar que, fora de portas, raramente consegue bons resultados. Os bracarenses, onde se nota que as rotações ainda não estão no máximo, conseguiram criar mais duas ou três oportunidades de golo. Não marcaram. E, logo depois, o golo aconteceu num lance insólito. Na sequência de um pontapé de canto de Matheus, na direita, Loovens deixou a bola passar e Elderson surgiu no meio das torres a empurrar para o fundo da baliza. Tudo arrumado? Ainda faltava um momento alto: Matheus, aos 87", transformou um livre do meio da rua num golo monumental. E deu ao Braga uma tranquilidade inesperada para o inferno da segunda mão, no Celtic Park.

Reacções

Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga


"É um passo importante. Acabou a primeira parte, neste momento estamos em vantagem, mas em futebol, quem facilita sofre com isso. Criámos desafios a nós próprios. Queremos ganhar, mas não andamos a provar nada a ninguém. Não se viu mais da equipa escocesa, porque o Braga levou o Celtic a fazer este tipo de jogo e tirou vantagem disso. Viram um Braga em bloco, que deu poucos espaços à equipa do Celtic, que pratica um futebol directo. Quando assim é, parece que os outros são menos bons, mas não, há que dar mérito ao que o Braga fez."

Alan

Sp. Braga


"Fizemos um grande jogo, mas sabemos que lá vai ser difícil. Temos de manter esta garra que temos. [O play-off] está ao nosso alcance. Demos um passo importante, agora vamos descansar, depois logo se vê. Eles têm uma boa equipa, mas nós estivemos em alto nível, estudámos bem a equipa deles e anulámos o seu jogo."



PUBLICO

JotaCC

Braga arrasa na Champions

O Braga escancarou, ontem, quarta-feira, as portas do playoff da Liga dos Campeões, ao bater o Celtic, por 3-0. Com três golos de vantagem e depois do que se viu, muito dificilmente os minhotos deixarão fugir o pássaro que têm na primeira mão desta terceira pré-eliminatória.

Foi uma arrancada na Europa verdadeiramente arrasadora, em mais uma noite "à Braga". Afinal, o Celtic mostrou já não ser  aquele papão que chegou a fazer tremer muitos adversários, e nem o Braga é aquela equipazinha que tinha deixado uma impressão negativa nos últimos jogos-treino. Pelo contrário, denotou já um ritmo razoável e, ontem, mostrou que é superior aos escoceses.

Depois, para gáudio de milhares de adeptos e satisfação, até, dos convidados do presidente António Salvador, como Pinto da Costa e Joaquim Oliveira, só para ver aquele golão de Matheus valeu a pena ir ao Estádio AXA. Os arsenalistas não foram apenas superiores, colectivamente, mas em todos os aspectos do jogo. Desta vez, foi feita justiça, até porque quem joga com medo e para o empate sujeita-se a ser goleado. Como aconteceu ao Celtic...

Na estreia europeia, três baptismos oficiais no onze arsenalista, para Elderson, Leandro Salino e Lima. De resto, Domingos Paciência apostou na estrutura que tanto sucesso deu na época passada. Os minhotos apresentaram um esquema que desenhava um 4-2-1-2-1, com um duplo-pivot defensivo, (Madrid e Vandinho), ficando a transposição ofensiva a cargo de Salino e Alan.

Penálti abriu caminho

Os escoceses não enganavam ninguém, apostando num jogo de contenção, deixando ao grego Samaras todas as despesas do ataque. Estava o jogo posto em sossego, quando o Braga abriu o marcador graças a...Kim Sung, que decidiu meter a mão à bola numa jogada inofensiva. Foi o assistente que deu o sinal ao árbitro para o penálti, que Alan converteu.

Se aconteceu, a previsível reacção do Celtic não passou do papel, ou, então, perder por poucos era positivo para os escoceses, a pensar no jogo de Glasgow. Mário Felgueiras fez a primeira defesa digna desse nome aos 65 minutos, altura em que Domingos substituiu o apagado Lima por Matheus.

De novo num lance de bola parada, desta vez um canto, o nigeriano Elderson beneficiou do desacerto defensivo do Celtic para fazer o segundo golo do Braga. Depois, surgiu o terceiro, do outro mundo, por Matheus, na transformação de um livre directo em que o guarda-redes escocês não ficou bem na fotografia. A noite europeia terminou em apoteose no Minho.

JN

JotaCC

Guerreiros do Minho ganham terreno



O Sp. Braga entrou da melhor maneira na 3ª pré-eliminatória da Champions, derrotando o segundo classificado da Escócia, o Celtic de Glasgow, por expressivos 3-0. Alan marcou o primeiro (g.p.), Elderson, um dos três reforços que Domingos lançou, dilatou o triunfo e Matheus confirmou a goleada a um minuto do fim. Só uma hecatombe na 2ª mão poderá impedir os minhotos de acederem aos play-offs.
O Sp. Braga demorou algum tempo a libertar-se dos nervos e só se soltou quando Elderson obrigou Zaluska a aplicar-se. Os bracarenses surgiram então mais afoitos, mais alegres, forçando o adversário a cometer um erro que lhe seria fatal. Alan transformou o castigo máximo e os minhotos passaram a dominar o terreno. Era uma questão de tempo para o 2º golo. Vieram mais dois, com o selo de Matheus: marcou o canto que Elderson meteu na baliza e facturou na marcação de um livre frontal. n m.r.d.

"O SP. BRAGA FEZ O JOGO QUE QUERIA"

"Acabou a primeira parte. Estamos em vantagem, mas, no futebol, quem facilita sofre com isso. Vamos continuar a trabalhar para passar à fase seguinte", disse Domingos Paciência. "O Sp. Braga fez o jogo que queria, sem dar grandes espaços ao Celtic. Há que dar mérito ao que os jogadores fizeram", acrescentou o técnico bracarense. "Espera-nos um ambiente difícil lá. Temos de estar preparados", concluiu.

FICHA DE JOGO

Champions– 3.ª Pré-Elom.

Estádio Municipal de Braga – Assistência: 12 295

SP. BRAGA: Mário Felgueiras, Miguel Garcia, Rodríguez, Moisés, Elderson, Vandinho, Madrid, Salino, Alan (H. Barbosa 90+1'), Paulo César, Lima (Matheus 66').

Treinador: Domingos Paciência

CELTIC: Zaluska, Cha Du Ri, Loovens, Hoovield, Mulgrew, Juarez (Forrest 80'), Brown, Ledley, Ki Sung-Yong, Samaras, Maloney (Murphy 71').

Treinador: Neil Lennon

Golos: 1-0 Alan (26' g.p), 2-0 Elderson (76'), 3-0 Matheus (88')

Árbitro: Serge Gumienny (Bélgica) 6

Disciplina: amarelos: Mulgrew (5'), Sung-Yong (25'), Hooiveld (41'), Loovens (59'), Salino (90+1')

Classificação do jogo 6


CORREIO DA MANHA

JotaCC

Braga demolidor vulgarizou Celtice tem eliminatória quase resolvida


Minhotos fizeram exibição de gala e apontaram três golos  nos momentos decisivos  da partida.

Estreia auspiciosa do Sporting de Braga na Liga do Campeões, com a vitória (3-0), frente ao Celtic de Glasgow, na primeira mão da 3.ª pré-eliminatória da competição.

Os minhotos protagonizaram uma partida de grande nível, praticamente sem falhas, sentenciando o desafio nos momentos decisivos, vulgarizando um adversário que se apresentou em Braga com um orçamento seis vezes superior.

A equipa de Domingos até nem disfarçou um nervosismo inicial dos grandes jogos, mas não demorou a protagonizar um futebol seguro, precipitando uma primeira parte pautada pelo equilíbrio, embora sem grandes oportunidades de golo junto às duas balizas.

Acabaram, no entanto, por ser mais felizes os portugueses ao aproveitarem um erro do adversário para se colocarem em vantagem, à passagem do minuto 25.

Na sequência de um cruzamento de Miguel Garcia, Ki Sung cortou o lance com a mão na área do Celtic, uma falta para castigo máximo, que Alan não desperdiçou, apontando o primeiro golo da história do clube na Liga dos Campeões. Na entrada para o segundo tempo, a equipa portuguesa até perdeu algum do fulgor da etapa inicial, dando então mais espaço e posse de bola aos escoceses, mas tentando depois explorar o contra-ataque.

Os pupilos de Domingos Paciência - que no final do desafio lembrou ainda faltarem "90 minutos e, por isso, não há motivos para festejar já" - voltaram a demonstrar astúcia num momento- -chave, e, aos 76 minutos, Elderson, na sequência de um canto, assinou o 2-0. Para finalizar a noite de gala do Sporting de Braga, um grande golo de Matheus, de livre, a mais de 30 metros da baliza, que praticamente terá decidido a eliminatória, que terá a segunda mão, na Escócia, daqui a uma semana.


DN