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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 10/05

Started by JotaCC, 10 de May de 2010, 07:36

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JotaCC

Sporting de Braga deu luta até ao fim



Agosto de 2009. Sporting de Braga é eliminado da Liga Europa pela formação sueca do Elfsborg. Mau jogo, mau resultado, más perspectivas de época.

Domingos Paciência tem de arrepiar caminho. Acabou por o fazer. Não foi teimoso. Teve a inteligência de verificar que não podia entrar com as suas ideias de imediato, tinha de dar tempo ao tempo. Acabou por o fazer. Teve o condão de alterar quando as condicionantes o exigiram. Não foi como o seu antecessor que não tinha plano B.

O Braga se 2009/2010 tinha plano A, B, e C. É verdade que a vitória no primeiro jogo do campeonato, diante da Académica, nos derradeiros minutos da partida, acabou por marcar a temporada como a marcou aqueles dois jogos com a formação sueca.

Os jogadores são os principais obreiros de temporada dourada, não de ouro, do Sporting de Braga mas os dirigentes, os que acompanharam de perto do trabalho quotidiano da equipa, os técnicos com Domingos Paciência à cabeça e os adeptos estão de parabéns.

O jogo de ontem era decisivo e o Braga entrou a procurar impor o seu jogo. Ao longo da primeira parte deu mais Braga, numa partida em que as duas equipas procuraram reduzir os espaços para o adversário construir o seu jogo ofensivo. Os arsenalistas tentaram desde logo assumir o jogo, criar situações para chegar ao golo.

O Nacional posicionou-se bem no seu meio campo tentando jogar no erro do adversário. Nem mesmo a lesão de um jogador influente no miolo dos madeirenses como Luiz Alberto alterou a sua filosofia de jogo. Aos doze minutos de jogo, Mateus ganha algum espaço na direita, cruzou e Meyong fez aquilo que menos sabe... falhar.

O Nacional acabou por equi librar a partida. Não só por mérito próprio como também pelo facto do Braga ver que só baixando um pouco as suas linhas é que poderia procurar mais espaço para fazer transições mais rápidas e chegar ao golo.

Na verdade, o Nacional pouco importunou Eduardo no decorrer do primeiro período e o Braga também não criou grandes oportunidades. Apenas, ao minuto trinta e sete é que, após um bom trabalho de Meyong, Paulo César falha de forma pouco usual: com a baliza à sua mercê toca com a sola da bota e falha o que parecia ser o golo certo.Entrou melhor a equipa do Nacional na segunda metade. A conseguir criar mais espaços, aproveitou um desposicionamento da defensiva do Braga para chegar ao golo por intermédio de Edgar. Reagiu bem o Sporting de Braga. Dois minutos após do golo, Luís Aguiar tem a possibilidade de fazer a igualdade. Sentiu-se ferido no orgulho do Sporting de Braga e foi para cima do seu adversário. Chegou ao golo por Renteria. Teve oportunidades para fazer mais golos, mas não foi capaz.

A partir dos 80 minutos, o jogo ficou completamente partido. As duas equipas procuraram vencer, os espaços abriram e os guarda-redes brilharam. O coração mandou mais que a cabeça.
Xistra que conduziu o jogo a seu belo prazer e apitou para o fim, correram algumas lágrimas entre adeptos e alguns jogadores como Eduardo, lágrimas de tristeza mas também de orgulho pela equipa, pelo clube, pelos adeptos e pela temporada realizada, pela luta desigual de Golias e David.

Desta feita o Golias venceu, mas fica a marca de, pela primeira vez, na história do futebol português, uma equipa, um clube, que não de Lisboa ou Porto, ter lutado até ao último minuto pelo título nacional.


'Este segundo lugar é um feito fenomenal', Domingos Paciência




Domingos Paciência confessou que acreditou no título nacional até ao fim, 'porque dentro do campo tudo é possível', mas não esqueceu de elogiar os seus jogadores e deixar críticas veladas ao Benfica.

"Acreditei sempre na possibilidade de sermos campeões, porque sei que lá dentro do campo tudo é possível. Não o conseguimos, mas este segundo lugar foi um feito fenomenal, lutando contra o melhor Benfica dos últimos trinta anos", começou por dizer Domingos, na conferência de imprensa após o empate com o Nacional da Madeira, que deixou o Braga na segunda posição da Liga de futebol.

E o treinador dos bracarenses não deixou de fazer críticas veladas ao novo campeão nacional: "Para mim, somos os campeões pela forma como estivemos no campeonato, porque este campeonato fica marcado por muitas situações que em nada abonam o futebol. O Benfica fez um terço do campeonato a jogar contra dez, enquanto nós tivemos dois jogos n essas circunstâncias".

Para Domingos Paciência, preparar a equipa para a nova época é agora o desafio do Braga: "Agora vamos preparar a próxima época, porque o futuro é continuar a fazer aquilo que foi feito esta época, porque há sempre mais para conquistar. Tenho mais um ano de contrato para cumprir e todos queremos tornar esta equipa ainda mais forte, mas há que melhorar o futebol português".

Finalmente, sobre o empate com o Nacional, reconheceu que a equipa não fez uma grande exibição, preferindo recordar que o Braga conseguiu o apuramento para as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões.

"O jogo do Nacional teve muitas emoções e por vezes não houve discernimento, mas o Braga sai de cabeça erguida do campeonato e agora há a preocupação de preparar a nova época onde estaremos também na Liga dos Campeões".

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Eduardo: «Estamos orgulhosos pois fizemos história»
REALÇA ÉPOCA BRILHANTE DO EMBLEMA

Eduardo foi um dos baluartes da época do Sp. Braga e, pese embora perder o título na última jornada, não escondeu o orgulho pelo trabalho desenvolvido.

"Fizemos tudo e era legítimo pensarmos no título. Pelo campeonato que fizemos, havia essa possibilidade e sempre dissemos que íamos acreditar até o fim. Não conseguimos, parabéns ao campeão, mas nós também estamos de parabéns", considerou o guardião, reforçando depois:"É um orgulho, pois fizemos história, mostrámos bom futebol, levámos as pessoas a acreditarem em nós e engrandecemos ainda mais este clube."

Lembrando que os minhotos ficaram à frente de FC Porto e Sporting, Eduardo realça, todavia, que a responsabilidade no futuro será a mesma. "Sabemos que para o ano vai ser complicado repetir uma época como esta, mas podem contar connosco", garantiu.

O guarda-redes, de 27 anos, pensa agora na Seleção Nacional. "Terminou este ciclo e vem aí o Mundial. Espero estar entre os eleitos do selecionador nacional e estar ao meu melhor nível para ajudar o país", adiantou, salientando depois que espera ser titular. "Acho que tenho legitimidade para pensar assim. A fase de apuramento correu-me bem, consegui demonstrar às pessoas que era capaz de estar à altura das responsabilidades e espero continuar a merecer a confiança do selecionador", concluiu.


Comitiva já está de regresso ao continente
EQUIPA SERÁ RECEBIDA ESTA SEGUNDA-FEIRA NA CÂMARA

O Sp. Braga já está de regresso ao continente português, depois de ter defrontado este domingo o Nacional na Madeira, no Funchal, disse à agência Lusa fonte oficial do clube.

A comitiva bracarense, que chegou a ponderar pernoitar na ilha da Madeira, devido às limitações no tráfego aéreo, nomeadamente do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, chegará às 2.30 à cidade de Braga.

A receção da equipa na Câmara Municipal, seguida de um almoço num restaurante da cidade, vai realizar-se esta segunda feira, depois de ter sido, momentaneamente, cancelada.


RECORD

JotaCC

Liga: Empate não serviu nenhuma das equipas
Sonho do Braga cai na Madeira

Fizeram tudo, lutaram, visaram as balizas adversárias, com especial ênfase para o ataque arsenalista, mas acabaram vergados no final dos 90 minutos. O Sp. Braga ficou a um pequeno passo de celebrar um título histórico, mas nada poderia fazer, mesmo que tivesse vencido, para evitar os festejos do Benfica.

Já o Nacional poderia ter alcançado o 5º e último lugar de acesso às competições europeias caso tivesse vencido, em função do triunfo do Marítimo frente ao Vitória de Guimarães.

Quanto ao jogo, foram os visitantes os primeiros a criar perigo, por intermédio de Meyong, numa altura em que a contenda parecia estar a ser de estudo mútuo. De resto, o Nacional nunca conseguiu importunar a formação bracarense no primeiro tempo, e seria mesmo Paulo César (37') o autor da maior perdida da 1ª parte quando, já com Bracali sentado, não acertou na baliza.

Chegou o intervalo e, com ele, uma nova dinâmica, bem mais apelativa para os espectadores. O Nacional surgiu mais forte, e Edgar Silva começou a ameaçar a baliza de Eduardo. Juliano seguiu-lhe o exemplo, até que Edgar Silva, respondendo bem a um cruzamento de Patacas, saltou mais alto do que Moisés e inaugurou o marcador.

A perder, Domingos mexeu logo na equipa e fê-lo acertadamente. Hugo Viana, acabado de entrar, serviu o também recém-entrado Rentería para o 1-1, num remate em que Bracali chegou a tocar no esférico. Até final, o Braga pressionou, e muito, chegou a enviar uma bola ao poste. Um resultado que acaba por penalizar as duas equipas.

DOMINGOS ESTÁ "ORGULHOSO"

"Saímos de cabeça bem levantada. Infelizmente não podemos fazer mais do que fizemos. Tenho um grande orgulho dos meus jogadores, dos adeptos fantásticos. Este campeonato fica marcado pelo sensacional Sp. Braga." Foi desta forma que Domingos Paciência fez o balanço da sua equipa na Liga.

No que diz respeito à luta que teve pelo primeiro lugar, o técnico recordou: "Existe uma grande diferença de orçamento, mas dentro de campo tentamos encurtá-la."

A equipa bracarense só viaja hoje para o continente, depois de a nuvem de cinza vulcânica ter impedido a partida do avião.

FICHA DE JOGO

LIGA - 30.ª Jornada

Estádio da Madeira - Assistência: 2652

NACIONAL: Bracali, Patacas, Halliche, Tomasevic, Nuno Pinto, Cléber, Luís Alberto (I. Todorovic 11'), Diego Barcellos, Amuneke (Juliano 35'), Edgar Costa (Thiago Gentil 63'), Edgar Silva.

Treinador: Manuel Machado

SP. BRAGA: Eduardo, Filipe Oliveira, Rodriguez, Moisés, Evaldo, Andrés Madrid (R. Bastos 78'), Alan, Luís Aguiar, Paulo César, Matheus (Rentería 53'), Meyong (Hugo Viana 53').

Treinador: Domingos Paciência

Golos: 1-0 Edgar Silva (51'), 1-1 Rentería (56')

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco) 5

Disciplina: amarelos: Moisés (80')

Classificação do jogo 5


Ataques a benfiquistas

Pancada na festa de Braga

Bastou aparecer uma bandeira do Benfica na Praça da República, em Braga, para que os ânimos se exaltassem de forma descontrolada.

A bandeira foi queimada e quando os dois agentes da PSP que aí se encontravam tentaram intervir começaram a chover garrafas, pedras e cadeiras da esplanada de um dos cafés. Logo então, dois carros com vidros partidos e duas pessoas feridas.

Minutos depois, chegaram reforços policiais, que só com recurso a disparos de balas de borracha conseguiram dispersar a multidão. Um grupo de adeptos do Braga invadiu a Casa do Benfica, na Avenida da Liberdade, destruindo o interior e partindo os vidros da fachada.

Mas o pior aconteceu à saída do túnel que atravessa a cidade, onde adeptos bracarenses partiram vidros, faróis e pára-choques em sete carros. Num deles encontrava-se uma família, com uma criança de sete anos, que ficou em estado de choque. A PSP demorou a controlar a situação.

CORREIO DA MANHA

JotaCC

Sporting de Braga já está de regresso

O Sporting de Braga já está de regresso ao continente, depois de ter defrontado o Nacional na Madeira, no Funchal. Deverá chegar à cidade pelas 2.30 horas.

A comitiva bracarense, que chegou a ponderar pernoitar na ilha da Madeira, devido às limitações no tráfego aéreo, nomeadamente do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, chegará às 02.30 horas à cidade de Braga.

Também a recepção da equipa na Câmara Municipal, seguida de um almoço num restaurante da cidade, vai realizar-se hoje, segunda-feira, depois de ter sido, momentaneamente, cancelada.  

O Sporting de Braga empatou com o Nacional (1-1), na última jornada da Liga de futebol, e terminou na segunda posição, melhor classificação de sempre do clube minhoto.  


Confrontos em Braga obrigam PSP a disparar (c/vídeo)

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1565387

Depois do fim do sonho "braguista", a Avenida Central de Braga foi palco de confrontos entre adeptos arsenalistas e PSP.

Os incidentes tiveram início quando uma adepta do Benfica, em atitude provocatória, passeou-se em frente à Arcada com uma bandeira do clube.

Os adeptos de Braga lançaram-se então a esta adepta e queimaram a sua bandeira. A PSP interviu logo de imediato, levando mesmo a confrontos entre os agentes e "arsenalistas".

Tudo durou uns 15 minutos. A PSP disparou tiros de pólvora seca e dispersou os adeptos com cacetetes. Por sua vez, a multidão arremessou pedras e garrafas contra a polícia de intervenção.

Os cafés do centro histórico viram voar cadeiras e mesas das esplanadas. A fúria estava centrada na excessiva violência da polícia. "Não era preciso esta violência da PSP", contava uma adepta do Braga com 16 anos, que foi agredida pela PSP, enquanto estava sentada com o seu namorado.

"Estamos aqui a festejar este feito inédito do nosso clube e vêm para aqui esses gajos provocar. Claro que há pessoas que ficam irritadas com isso e depois vem a polícia descarregar sobre nós como se fossemos marginais perigosos", contou um adepto do Braga.

À entrada da Avenida Central, adeptos do Braga aconselhavam os adeptos benfiquistas para não se deslocarem para aquela zona.

No espelho de água instalado em frente à Arcada, os cânticos anti-Benfica continuaram e a multidão entrou em delírio quando foi queimada uma enorme águia embalsamada, juntamente com cachecóis.

Também a Casa do Benfica em Braga não escapou à violência. O "ninho" da águia foi vandalizado e a bandeira roubada e queimada.

JN

JotaCC

Desilusão
Revolta e confrontos em Braga



Um misto de revolta e felicidade dominou o discurso de Domingos Paciência. O treinador do Sporting de Braga, depois de enaltecer a temporada da sua equipa - "mereciam ser campeões" -, mostrou-se muito crítico com o Benfica, considerando que os encarnados foram beneficiados, tendo passado "um terço da época a jogar contra dez".

"Acabo com muito orgulho e a cabeça bem levantada. Não podíamos fazer mais. É uma desigualdade muito grande. No orçamento e não só. O Benfica passou um terço deste campeonato a jogar contra dez. Fizemos um campeonato fantástico e quando assim é só posso dizer que marcámos a história do campeonato", disse Domingos Paciência passando depois aos elogios, "foi um orgulho estar à frente deste grupo fantástico".

Em Braga, o desfecho da Liga originou confrontos entre adeptos das duas equipas. A PSP foi mesmo obrigada a disparar, no centro da cidade, balas de borracha contra um grupo de adeptos dos arsenalistas que tentaram agredir um simpatizante do Benfica que passava na zona a festejar o título.

Outro grupo de adeptos vandalizou a Casa do Benfica, na Avenida da Liberdade, em Braga, tendo retirado do seu interior uma águia embalsamada que foi queimada perante o gáudio dos presentes.

Os simpatizantes do clube bracarense queimaram, ainda, várias bandeiras do clube lisboeta, partiram vidros de automóveis e agrediram alguns adeptos do Benfica que festejavam nas ruas.


Tensão
Arsenalistas traídos pelo nervosismo

Objectivos falhados para as duas equipas. O empate (1-1) não serviu os interesses nem do Braga nem do Nacional. Os arsenalistas acusaram a pressão e o golo madrugador dos encarnados e foram incapaz de exibir a eficácia que caracterizou o seu futebol ao longo do campeonato.

Demonstrando muito nervosismo falhou várias oportunidades e só no segundo tempo é que conseguiu chegar ao golo. Mas numa altura em que os madeirenses já tinham marcado. Mesmo assim, o empate em nada mancha a excelente época, a melhor de sempre do Braga, a qual acaba com o direito de disputar as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões.

O Nacional não conseguiu repetir o feito da época passada e ficou fora das competições europeias.

DN

JotaCC

Sem título nem europa no maior dos festivais

Passaram trinta minutos desde que o jogo terminou, mas o coração ainda treme ao recordar os últimos 45 minutos. A segunda parte do jogo que podia valer o título ao Braga foi absolutamente alucinante. Um verdadeiro hino ao futebol de ataque, uma velocidade que ainda agora nos cansa, um ritmo difícil de acreditar dez meses depois de ter começado a época que Braga nunca mais vai esquecer. Para terminar esta epopeia histórica só faltava um jogo assim: emocionante como poucos, inglório como nenhum outro. O Braga e o Nacional fartaram-se de atacar, mas saíram a chorar. Domingos disse que algo estava para acontecer. E aconteceu. Mais de dois mil corações resistirem ao frenesim em que a partida se transformou é um fenómeno que não acontece todos os dias.

Numa batalha em que o resultado só peca pelos números muito escassos, o Nacional acaba por ser o grande prejudicado pela ineficácia que deve ter surgido em forma de bicho que mordeu todos os atacantes. Isto não significa que o Braga tenha falhado menos golos. Pelo contrário. Mas mesmo que ganhasse não seria campeão. Já o Nacional, teve a Europa nos pés, mas chutou-a para canto. A contabilização de oportunidades flagrantes desperdiçadas não cabe neste relato. Foram imensas, para os dois lados, e só em 45 minutos. Houve períodos em que foi difícil respirar. Os golos do Rio Ave na Luz e do Marítimo em Guimarães reacenderam uma esperança que, à partida, era diminuta e fizeram deste um dos mais espectaculares jogos de todo o campeonato.

Apesar de os dois treinadores trazerem a lição táctica bem estudada, foi impossível a partir dessa altura segurar o coração. O meio-campo deixou de existir. O futebol passou a jogar-se apenas nas duas áreas. A superioridade dos avançados foi de tal forma gritante que ambos os treinadores terminaram com cinco homens plantados na área. E mesmo depois de o Benfica ter voltado à vantagem, Domingos fez questão de ganhar e terminar em grande uma época por si só enorme. A equipa não desistiu de vencer e fê-lo com uma força, uma crença, um ritmo e tanta alegria que quem não soubesse julgaria que nos últimos cinco minutos ainda discutia algo. Não discutia e os adeptos já o sabiam. Mas os lances de golo, nas duas balizas, não paravam de acontecer. Adivinhava-se a vitória, fosse de quem fosse. Inesperado mesmo foi este empate que não alegrou ninguém, mas justificou amplamente as palmas no final. Os nacionalistas nem ficaram para as ouvir. Mas os bracarenses saltaram. Nessa fase já faltava vida. Apesar do sentimento do dever cumprido, ir de férias sem um título, que também seria merecido, é inglório.


Nacional 1-1 Braga

Estádio da Madeira

relvado Bom

2652 mil espectadores

Árbitro Carlos Xistra (AF Castelo Branco)

Assistentes Luís Marcelino e Jorge Cruz

4º árbitro Vasco Santos

-
Nacional

Treinador Manuel Machado

1 Bracalli GR 6

2 Patacas LD 5

4 Halliche DC 5

33 Tomasevic DC 6

55 Nuno Pinto LE 5

8 Luis Alberto MD a 11' -

6 Cléber MD 6

11 Amuneke AD a 35' 3

18 Diego Barcellos MO 6

17 Edgar Costa AE a 64' 4

9 Edgar Silva AV 6

-

24 Elisson GR

22 Marco Airosa LD

3 Felipe Lopes DC

25 Todorovic MD d 11' 5

77 Thiago Gentil MO d 64' 4

88 Juliano MO d 35' 5

99 Pedro Oldoni AV

-

Golos [1-0] 50' Edgar Costa

amarelos nada a assinalar

vermelhos nada a assinalar

Remates à baliza [6] Remates para fora [8] Cruzamentos [16] Cantos [8]

Faltas [12] Posse de bola [48%]

Braga

Treinador Domingos Paciência

1 Eduardo GR 8

27 Filipe Oliveira LD 7

5 Moisés DC 5

2 Rodriguez DC 6

6 Evaldo LE 5

23 Andrés Madrid MD a 79' 6

10 Luis Aguiar MO 8

30 Alan AD 7

9 Paulo César AE 6

19 Meyong AV a 54' 5

99 Matheus AV a 54' 4

-

31 Kieszek GR

15 Miguel Garcia LD

3 Paulão DC

88 Vandinho MD

22 Rafael Bastos MO d 79' 6

45 Hugo Viana MO d 54' 6

81 Renteria AV d 54' 6

-

Golos [1-1] 57' Renteria

amarelos 80' Moisés

vermelhos nada a assinalar

Remates à baliza [7] Remates para fora [12] Cruzamentos [17] Cantos [3]

Faltas [13] Posse de bola [52%]


O Tribunal de O JOGO
Decisões difíceis na área

A bola entrou na baliza do Nacional mais vezes do que aquelas que o marcador regista e também houve quedas na área para ajuizar, num jogo tenso, mas no qual os nervos nunca levaram a melhor. As decisões não ge-ram unanimidade, mas as opiniões favoráveis estão em maioria.

Momento mais complicado

60' Renteria remata certeiro, mas o lance é anulado por fora-de-jogo. Boa decisão?

Jorge Coroado

+

Esteve certo o assistente, ao assinalar o fora-de-jogo. Renteria já se encontrava ligeiramente adiantado, no momento em que a bola lhe foi passada.
Rosa Santos

+

Renteria está fora de jogo, encontra-se em posição irregular. Bem decidido.
António Rola

-

Quando o jogador do Braga rematou à baliza, o seu colega que, posteriormente, rematou com êxito, encontrava-se em linha. Sendo um lance de difícil julgamento, perante as imagens, tenho de penalizar o árbitro assistente.


Outros casos

37' Luis Aguiar acerta na baliza, mas o lance é anulado por fora-de-jogo. Decisão correcta?

49' Ficou por assinalar grande penalidade de Rodriguez sobre Edgar Silva?

45'+1' O fora-de-jogo que trava o ataque de Meyong é bem assinalado?

90'+2' Nuno Pinto impede Filipe Oliveira de chegar à bola, na área. Penálti por assinalar?

Jorge Coroado

+

Esteve correcto o árbitro assistente na indicação ao chefe de equipa. Houve fora-de-jogo, inicialmente posicional, que passou a activo e, sendo assim, nada a apontar.

+

Não. O jogador do Braga encostou-se ao do Nacional e este, sentindo-o, deixou-se cair. Não houve motivo para penálti.

+

Meyong estava ligeiramente adiantado; é de referir que a cabeça, o tronco e as pernas são factores de avaliação. No caso, o jogador tinha o tronco para além do penúltimo defensor.

-

O defesa, com o braço esquerdo, agarrou o braço direito de Filipe Oliveira e empurrou-o, desviando-o da bola. Penálti por assinalar, pois foi notória a infracção.
Rosa Santos

+

Esteve bem o árbitro assistente na decisão que tomou.

+

Não há falta do jogador do Braga sobre o avançado do Nacional.

+

É bem assinalado o fora-de-jogo a Meyong.

+

Não vejo qualquer falta anormal do jogador do Nacional. Na minha opinião, o árbitro ajuizou bem.
António Rola

+

Perante o lance, que nos deixou algumas dúvidas, aceito que o árbitro assistente tenha dado indicação de fora-de-jogo, aceite pelo árbitro.

-

O jogador do Braga, ao saltar, apoiou-se no do Nacional. Como a falta foi dentro da área, ficou por sancionar penálti contra o Braga.

+

Sim. Meyong, quando a bola lhe foi passada pelo colega, estava em posição de fora-de-jogo.

+

Não. O jogador do Nacional tenta jogar a bola, antecipa-se ao adversário; não houve falta para grande penalidade.


Apreciação Global

Jorge Coroado

Não foi bem conseguida a prestação do árbitro. Falhou na vertente técnica. Procurou usar critério largo, mas faltou-lhe rigor.
Rosa Santos

Esteve bem, num jogo fácil, com um ou outro lance mais complicado, que analisou bem. Não complicou.
António Rola

Num jogo com alguma emoção, o árbitro não terá tido a melhor observância na questão técnica.



O Momento: 90'
Eduardo trava sonho do rival

O Braga já não podia ser campeão, mas o Nacional só dependia de si para chegar à Europa. Quando Diego se isolou, em posição frontal, depois de escapar em velocidade a Rodriguez, os madeirenses festejaram. Mas Eduardo saiu-lhe aos pés de forma brilhante e roubou-lhe o pão da boca. Ou a Europa dos pés, se preferirem.


Lances-chave

29'

Cruzamento de Evaldo. Meyong amortece com o peito para a entrada de Madrid. Já dentro da área e, em boa posição, atira ao lado.

37'

Excelente abertura de Alan para Meyong, que na pequena área senta Bracalli e assiste Paulo César. De baliza aberta, o brasileiro acerta mal na bola, que sai ao lado.

50'

[1-0]

Patacas cruza para a área, pouco depois de passar o meio-campo. Edgar Silva ganha a Moisés e, de cabeça, não dá hipótese a Eduardo.

57'

[1-1]

Hugo Viana desmarca Renteria, que remata na passada perante a saída de Bracalli.

62'

Filipe Oliveira assiste Hugo Viana. O médio remata em jeito, mas Bracalli estica-se e, brilhantemente, evita o golo.

64'

Remate de muito longe de Cléber para defesa fabulosa de Eduardo.

78'

Remate de Hugo Viana, fora da área, ao poste.

79'

Renteria tenta atirar de calcanhar para a baliza deserta, mas não acerta na bola.

86'

Alan isola Rafael Bastos, que atira ao lado.

88'

Voo de Eduardo nega golo a Todorovic.

89'

Rafael Bastos corre todo o campo. Finta três e, em esforço, frente a Bracalli, atira ao lado.

90'

Diego, isolado, remata contra Eduardo


A Estrela: Eduardo (8)
Mãos de ferro, nervos de aço e qualidade mundial

Fez três estiradas fantásticas, uma no chão e duas pelo ar, a evitar grandes golos de Juliano, Cléber e Todorovic. Se entre os postes foi brilhante, pelo ar não falhou um único cruzamento. Pelo chão roubou, aos 90', o golo a Diego e mostrou que além de intransponível a crença nunca se esgotou. Está em grande forma para o Mundial.



O Braga um a um
Aguiar acreditou

Filipe Oliveira 7

Foi um dos melhores arsenalistas. Seguramente o mais empreendedor da defesa, fez algumas boas assistências e envolveu-se na dinâmica ofensiva da equipa sem se esquecer que a principal missão era defender.

Moisés 5


Acaba por ficar ligado ao golo de Edgar Silva, pois perdeu o duelo lá no ar. Viu o único amarelo do jogo para evitar que um adversário se isolasse. Dois cortes providenciais.

Rodriguez 6

Pouco trabalho e total eficiência até aos 90' sempre que foi chamado a agir. Aí perdeu em velocidade para Diego e só Eduardo o salvou. Termina a temporada sem lesões e em excelente plano.

Evaldo 5


O único totalista entre os jogadores de campo arsenalistas ressentiu-se do esforço de toda a época. Já falta fôlego para fazer a diferença no ataque e, por isso, não se aventurou. Cá atrás, o seu flanco ficou fechado.

Andrés Madrid 6

Primeira parte impecável, com a segurança e qualidade de passe habituais. Na segunda o jogo foi tão veloz que não havia como mantê-lo em campo.

Luis Aguiar 8

De área a área, foi inesgotável em esforço e qualidade. Excelentes assistências, remates perigosos e uma força mental a carregar a esperança. Bem merecia a vitória e o golo que tanto procurou.

Alan 7

Foram dele os lances mais bonitos do jogo. Na primeira parte foi praticamente o único motor arsenalista. No segundo período repartiu louros, mas se não assistiu ninguém para golo, a culpa é dos ineficazes avançados.

Matheus 4

Irrequieto, mas pouco expedito no momento de decidir. Foi o avançado que menos perigo criou.

Meyong 5

Preso entre os centrais, teve apenas uma oportunidade para marcar. Bem a encontrar espaços e a assistir os colegas, foi substituído sem alcançar os 13 golos que lhe permitiriam ser o terceiro melhor marcador do campeonato.

Paulo César 6

Viu-se mais depois de o jogo partir e passar a ser jogado à velocidade que tanto gosta. Boas arrancadas e combinações interessantes a semearem pânico.

Renteria 6

Marcou logo depois de entrar e relançou as esperanças minhotas. Participou no assalto final e dispôs de mais duas oportunidades. Numa, tentou marcar de calcanhar.

Hugo Viana 6

Os avançados melhoraram muito com a sua entrada. Passes para as costas dos defesas foram em quantidades assustadoras e muitos resultaram em oportunidades flagrantes, como no golo que Renteria marcou. E possibilitou a Bracalli a defesa da tarde.

Rafael Bastos 6

Com tão pouco ritmo de jogo, quem diria que seria ele um dos impulsionadores do frenesim final. Conduziu imensos ataques e só falhou na conclusão.



Domingos Paciência
"Benfica jogou contra dez"

Um empate na Choupana acabou com o sonho do Braga em chegar ao título, mas não tirou o orgulho a Domingos Paciência por treinar um "grupo fantástico de jogadores. "Saímos de cabeça levantada e como verdadeiros campeões pela forma como estivemos na Liga, porque ela fica marcada por muitas situações que em nada abonam o futebol", afirmou o treinador dos arsenalistas, convicto que a equipa "não podia ter feito mais", até porque entre os dois primeiros classificados existiam algumas diferenças. "O Benfica chegou na frente [à última jornada], ganhou [ao Rio Ave], ganhou o campeonato, mas há uma desigualdade muito grande nos orçamentos. Além disso, fez um terço do campeonato a jogar contra dez, enquanto nós tivemos dois jogos nessas circunstâncias", sublinhou.

Independentemente do desfecho, Domingos considera que "o campeonato fica marcado na história do futebol português pelo desempenho de uma equipa sensacional: o Braga". "Dentro do campo o dinheiro não joga; é a qualidade, a disponibilidade e o profissionalismo dos jogadores que vale. Este segundo lugar foi um feito fenomenal, lutando contra o melhor Benfica dos últimos trinta anos", analisou o técnico, positivista em relação ao futuro. "Com esta forma de trabalhar, com esta estrutura, com este presidente e com estes adeptos, podemos continuar neste patamar e, se possível, melhorar", declarou, lamentando apenas o empate com o Nacional, "porque a vitória era merecida devido às situações que a equipa teve para fazer golo, algumas delas até de baliza aberta".



Eduardo
"Fizemos história"


Foi lavado em lágrimas que Eduardo se despediu da Liga. Quando Carlos Xistra deu por terminado o encontro com o Nacional, o guarda-redes do Braga estendeu-se no relvado a chorar e só se levantou amparado por Kieszek e Alan, pois acreditou até ao fim que "o Braga podia ser campeão". "Fizemos tudo e era legítimo pensarmos no título. Não conseguimos, parabéns ao campeão. Mas nós também estamos de parabéns", sublinhou o bracarense, "orgulhoso" pelo desempenho da equipa que "fez história, mostrou bom futebol, levou as pessoas a acreditar e a engrandecer ainda mais este clube". "Sabemos que para o ano será complicado repetir uma época como esta, mas podem contar connosco. O Braga é enorme e ficou à frente de FC Porto e Sporting", rematou.


Hugo Viana
"Sentimos orgulho"


Hugo Viana considerou que os jogadores do Braga estão "orgulhosos" pelo campeonato realizado. "Saímos com um sentimento de orgulho pelo campeonato realizado. Não fomos campeões, mas sentimo-nos como se o fôssemos. Se tivéssemos conseguido conquistar o título seria merecido, para um clube que não teve o orçamento tão avultado como o do Benfica", ressalvou. Sobre a possibilidade de ser chamado ao Mundial 2010, comentou: "Não acredito. Fiz uma boa época, mas, devido ao historial dos dois últimos anos, estava consciente que ia ter uma quebra física, como foi notório".


Vandinho
"Benfica foi justo campeão"

Vandinho, o jogador que mais tinta fez correr estes meses, comentou com desportivismo o final da Liga. "Estamos todos de parabéns pelo trabalho que fizemos, pois foi uma boa época. Quero dar os parabéns ao Benfica, que foi um justo vencedor", referiu o médio, vincando que "não é por um jogador que o Braga ganha ou perde".


O JOGO


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Marcelo dá 20 a Domingos

Satisfeito por ter "visto o Braga a disputar a Liga com o Benfica na última jornada", Marcelo Rebelo de Sousa deu "nota 20" a Domingos Paciência pelo trabalho realizado. "Foi o melhor treinador português este ano. O Jorge Jesus, que também é muito bom, com a mesma equipa, ficou em quarto/quinto lugar. O Paciência é melhor que ele", avaliou.


Encarnados provocaram

Os benfiquistas da Madeira também festejaram o título, mas escolheram o sítio errado para o fazer. Pouco depois de os bracarenses chegarem ao aeroporto, na esperança de poderem regressar ao continente, uma caravana passou a apitar em frente a esse sítio e provocou a indignação geral. A polícia teve de acalmar alguns.



Golos rivais festejados

Ironia das ironias, dois dos momentos mais festejados por adeptos de Braga e Nacional foram os golos dos rivais históricos. O Braga aplaudiu o golo do Guimarães para se vingar da festa nacionalista ao golo do Benfica. Mais tarde, os da casa celebraram o golo do Marítimo que os ajudava a lutar pela Europa. Tudo sem retorno.



Título não, festa sim

Braga viveu com ansiedade os derradeiros 90' da I Liga, mantendo a fé na conquista do título. Não o conseguiram, mas festejaram a presença na Liga dos Campeões.



Viagem pela madrugada

A nuvem vulcânica oriunda da Islândia fez com que o voo do Braga, no aeroporto do Funchal, atrasasse, mas não impediu o regresso do charter ao Porto. Hoje, pelas 12h00, o grupo de trabalho que assinou a melhor época de sempre do clube será homenageado numa recepção na Câmara Municipal de Braga e em que os adeptos prometem participação entusiástica.


O JOGO

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António Salvador: «Agradeço a Domingos pela excelente época»
PRESIDENTE ELOGIA TRABALHO REALIZADO PELO TREINADOR

O presidente do Sp. Braga, António Salvador, veio a público, esta manhã de segunda-feira, destacar a importância do trabalho realizado pelo técnico Domingos Paciência.

"Quero agradecer a Domingos pela excelente época realizada", declarou Salvador, durante uma receção na Câmara Municipal à equipa minhota. "Ao fim de sete anos tive um treinador que desde início comungou comigo a ideia de o Braga poder ser campeão", acrescentou o dirigente.

Segundo o líder do clube minhoto, Domingos foi perentório na primeira conversa que ambos tiveram no início da temporada: "Pode contar comigo, presidente", disse o técnico, assumindo a vontade mútua em levar o Sp. Braga ao título nacional.


Mesquita Machado: «Sonho festejar o título»
EQUIPA RECEBIDA NA CÂMARA DE BRAGA

A equipa do Sp. Braga foi esta segunda-feira recebida na Câmara Municipal local, onde recebeu os parabéns pela excelente temporada rubricada, que culminou com a obtenção do 2.º lugar na Liga Sagres, melhor classificação de sempre na história do clube.

Na ocasião, o presidente da edilidade, Mesquita Machado, não escondeu um desejo. "Há sonhos que temos direito a ter e eu tenho um, que é festejar o título. Este ano esteve quase. A equipa teve um comportamento brilhante, apesar das adversidades. O futebol ainda não é só trabalho dentro das quatro linhas, mas quando assim for, nós lá estaremos", disse.


RECORD

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Salvador agradece a Domingos pela "excelente época realizada"

O presidente do Sp. Braga, António Salvador, deslocou-se à Câmara Municipal, esta segunda-feira, e no seu discurso destacou a importância do trabalho realizado pelo treinador Domingos Paciência.

"Quero agradecer a Domingos pela excelente época realizada", disse o dirigente. "Ao fim de sete anos tive um treinador que desde início comungou comigo a ideia de o Braga poder ser campeão", acrescentou.


O JOGO

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Chegada calorosa com meio milhar de adeptos

A comitiva do Sp. Braga foi recebida esta madrugada em clima de euforia por cerca de meio milhar de adeptos no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, depois de cumprida a viagem que trouxe os arsenalistas da Madeira.

A espera foi longa - a chegada esteve prevista para as 00.30 horas, sendo que o avião aterrou duas horas depois - mas não impediu recepção apoteótica dos vice-campeões nacionais.

António Salvador e Domingos Paciência deixaram as instalações do aeroporto transportados em ombros por elementos da claque.

O empate com o Nacional (1-1) aliado à vitória do Benfica sobre o Rio Ave (2-1) impediu o Sp. Braga de cumprir o sonho de se sagrar campeão nacional. O inédito segundo lugar no campeonato mereceu, igualmente, os festejos da nação arsenalista.




«Futebol não depende apenas do trabalho nas quatro linhas» – Mesquita Machado

Presidente da Câmara Municipal de Braga e adepto confesso do Sporting local, Mesquita Machado diz que mantém «o sonho de ver o Sp. Braga campeão nacional», lamentando, ao mesmo tempo, que «o futebol ainda não seja resultante exclusivo do trabalho que se devolve dentro das quatro linhas».

«Há sonhos que temos direito a ter e eu tenho o sonho de ver o Sp. Braga como campeão da primeira Liga. Este ano esteve quase...», disse Mesquita Machado, esta segunda-feira, durante a recepção aos vice-campeões nacionais nos Paços do Concelho, enaltecendo «o brilhante comportamento» da equipa de Domingos Paciência ao longo da temporada, apesar das «adversidades que teve contra si».

«Infelizmente, o futebol ainda não é resultante exclusivo do trabalho que se devolve dentro das quatro linhas. Um dia há-de ser e, quando assim for, nós lá estaremos», prometeu.



Salvador diz que Domingos foi o primeiro treinador a querer lutar pelo título

O presidente do Sp. Braga, António Salvador, teceu esta segunda-feira rasgados elogios a Domingos Paciência, revelando que o treinador foi o primeiro com quem trabalhou no clube a «comungar da ideia» de lutar pelo título de campeão nacional.

«Não conseguimos chegar ao primeiro lugar. Foi sempre o nosso objectivo, ainda que muita gente tivesse considerado desde o início da época que seria uma utopia lutar por ele. Felizmente, ao fim de sete anos, tive um treinador que comungou comigo da ideia de lutarmos pelo título», afirmou o líder dos arsenalistas, durante a recepção promovida pela Câmara Municipal de Braga, na qual apontou à conquista do ceptro nacional já na próxima época.


A BOLA

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Sp. Braga recebido na Câmara Municipal com elogios a Domingos
Presidente do clube e da autarquia salientaram o «campeonato memorável» da equipa

Nesta terça-feira, o Sp. Braga foi recebido na Câmara Municipal da cidade, e António Salvador, presidente do clube, agradeceu a Domingos pelo excelente campeonato que a equipa realizou.

O dirigente máximo dos bracarenses não perdeu a oportunidade para felicitar a equipa pelo «campeonato memorável», que culminou com a melhor classificação de sempre na história do clube, com 71 pontos, menos cinco que o campeão Benfica.

«Não conseguimos o primeiro lugar, mas esse foi um objectivo desde o início. Muitos pensavam que era impossível, mas, ao fim de sete anos (desde que assumiu a presidência), houve um treinador que comungou comigo a minha ideia de ser campeão», referiu António Salvador.

De seguida tomou a palavra o presidente da autarquia, Mesquita Machado. «Este ano esteve quase, mas com este brilhante comportamento, com as adversidades que a equipa teve, porque infelizmente o futebol ainda não é resultado exclusivo do trabalho dentro das quatro linhas, os jogadores do Sporting de Braga foram uns campeões».

O ex-presidente dos «arsenalistas» declarou que o «Sp. Braga já não é um clube coitadinho e pequenino», e conseguiu a afirmação como um «clube grande». «Pelas circunstâncias que rodearam a Liga, vocês são uns verdadeiros campeões», disse o autarca, dirigindo-se aos jogadores bracarenses.

À cerimónia no Salão Nobre dos Paços do Concelho assistiram alguns adeptos que por vezes não conseguiram conter a euforia e interromperam com palmas e cânticos de apoio, sobretudo ao presidente do clube.

«Salvador, com a tua força, com a nossa fé, nós vamos vencer» e «campeões, campeões, nós somos campeões» foram os cânticos mais ouvidos nessas interrupções.

MAIS FUTEBOL

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António Salvador: «Espero ser campeão no Braga»

O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, elogiou o trabalho do técnico Domingos Paciência, referindo que foi o único treinador até ao momento «que comungou comigo a ideia de o Braga poder ser campeão».

O dirigente revelou o teor da primeira conversa que teve com Domingos paciência, garantindo que desde o início o treinador acreditou no título.

Já o presidente da Câmara Municipal de Braga, que recebeu hoje o clube minhoto, confessou que tem um sonho, comemorar o título nacional, ao mesmo tempo que criticou o futebol português.

«Há sonhos que temos direito a ter e eu tenho um, que é festejar o título. Este ano esteve quase. A equipa teve um comportamento brilhante, apesar das adversidades. O futebol ainda não é só trabalho dentro das quatro linhas, mas quando assim for, nós lá estaremos», afirmou Mesquita Machado.

DIARIO DIGITAL

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Sp. Braga: António Salvador crítica antecessores de Domingos Paciência



A equipa do Sporting de Braga foi recebida ao inicio tarde na Câmara Municipal da cidade minhota, pelo presidente Mesquita Machado.  Oportunidade para o presidente António Salvador dar uma bicada nos anteriores treinador do clube.

O segundo lugar conquistado na Liga Sagres, e que dá acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões, fez com que as portas da Câmara Municipal da Braga se abrissem ao clube presidido por António Salvador, que aproveitou para dar uma bicada nos anteriores treinadores do clube, quando dirigindo-se a Domingos Paciência, afirmou que finalmente teve um treinador que comungou com ele a vontade de lutar por ser campeão.

No discurso do presidente do Braga, nem por uma vez uma referência ao Benfica, muito menos as felicitações pelo título conquistado.





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Reacções à lista de convocados para o Mundial 2010
Liedson: "Portugal é favorito"


Liedson acredita que a Selecção pode regressar da África do Sul como campeã Mundial de Futebol. O avançado do Sporting, que integra a lista dos 24 chamados por Carlos Queiroz, afirma que "Portugal é favorito".

"O caminho é muito longo, mas temos possibilidades de sermos campeões. Sem dúvida que Portugal é favorito, temos uma equipa recheada de individualidades, que actuam em grandes clubes", disse o 'Levezinho', em declarações à Sport TV.

EDUARDO: "TEMOS DOS MELHORES JOGADORES DO MUNDO"

"Temos dos melhores do Mundo e isso faz de nós uma grande equipa com naturais ambições", afirmou Eduardo, guarda-redes do Sporting de Braga, chamado à selecção por Carlos Queiroz. 

O guardião dos bracarenses disse ainda que acredita na sua titularidade e sublinhou a importância do estágio na Covilhã para tornar o grupo coeso.

"Acredito que vou ser titular, por tudo o que fiz durante o apuramento e no meu clube. Temos um grupo unido e solidário. O estágio será muito importante, pois irá tornar o grupo coeso para nos unirmos e para preparar os jogos, observando os adversários".

HUGO ALMEIDA: "DEIXAR ADEPTOS ORGULHOSOS"

"Vou fazer tudo por tudo, como também de certeza os meus colegas, para que os portugueses fiquem orgulhosos pelo que fizermos na África do Sul", referiu Hugo Almeida, avançado do Werder Bremen e um dos mais utilizados pelo técnico da Selecção nacional durante a fase de qualificação para o Mundial.

EUSÉBIO FALHA HOMENAGEM AO BENFICA

O embaixador da Selecção portuguesa, Eusébio, marcou presença na cerimónia em que foram conhecidos os jogadores que vão representar Portugal na África do Sul, faltando, desta forma, à homenagem ao Benfica na Câmara de Lisboa.

"Hoje, como sabem, o Benfica foi recebido na câmara de Lisboa, mas eu pedi para estar aqui como embaixador pela bandeira Nacional", afirmou Eusébio da Silva, antiga glória do clube da Luz.

O Pantera Negra fez ainda questão de deixar um recado aos jogadores portugueses: "Quando entrava em campo não pensava em marcar, mas dizia sempre 'Estou aqui para ganhar!'".

MADAÍL: "TERCEIRO LUGAR NO RANKING NÃO CHEGA"

"É uma honra Portugal estar no terceiro lugar, mas isso não quer dizer nada, não chega. Apenas significa que, embora sejamos pequenos geograficamente, estamos a ser reconhecidos como uma das grandes potências do mundo do futebol. Vamos fazer o que pretendemos e procurar transformar ao máximo esse pódio em realidade", disse Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, antes da divulgação dos 24 convocados de Carlos Queiroz.

CORREIO DA MANHA