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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 28/03

Started by JotaCC, 28 de March de 2010, 07:57

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JotaCC

Imagem de campeão


Um golo feliz do central brasileiro Luisão, nos descontos da primeira parte, na sequência de um pontapé de canto, vergou ontem o Sp. Braga, na Luz, no jogo de cartaz da 24.ª jornada da Liga Portuguesa. Mercê desta vitória à tangente, o Benfica cimentou a liderança no campeonato, subindo para seis, os pontos de distância para o emblema bracarense. Apesar da infelicidade da derrota, a equipa arsenalista realizou um grande jogo, sobretudo na segunda parte, onde chegou a cheirar o empate, por várias ocasiões. As mais flagrantes aconteceram ao minuto 68, quando Moisés cabeceou ao lado da baliza de Quim, após um livre genial apontado por Luís Aguiar, e aos 74 minutos, num contra-ataque de Matheus, mas com o extremo a não ser mortífero no fuzilamento, tal como Paulo César na recarga. Até ao apito final do árbitro lisboeta, Pedro Proença, o Sp. Braga pressionou sempre na busca da igualdade, causou muitos calafrios aos adeptos encarnados, mas não conseguiu desfeitiar Quim. Mas ficou o registo de uma 'legião' minhota de grande carácter e que fez jus ao excelente campeonato que está a fazer, sendo o vice-líder.
O sonho do título sofreu um forte abalo, mas o Sp. Braga só tem que continuar a lutar, porque a guerra continua. É que desta batalha, resultou a vitória moral do Sp. Braga manter a vantagem no confronto directo com o Benfica, em virtude de ter ganho por 2-0, em Braga, na primeira volta.

Jogo táctico e luta até ao fim

Disposto a continuar a fazer história neste campeonato português, o Sp. Braga apresentou-se muito personalizado no estádio da Luz, com uma atitude e determinação soberba, e estrategicamente com a lição bem estudada por Domingos Paciência. Comandados pelos generais Moisés e Rodriguez, os 'guerreiros' do Minho conseguiram, na primeira parte, anular quase sempre os pontos fortes do Benfica, e depois, com as acelerações de Mossoró, Alan e Paulo César, deixar a 'águia' em sentido na sua defesa . O único lance infeliz foi o que permitiu ao Benfica fazer o golo da vitória, para lá da hora que Proença tinha dado de compensação. Deu um minuto e o jogo estendeu-se até ao golo do Benfica.

Lesão grave de Mossoró
Nos minutos iniciais da segunda parte, o Sp. Braga perdeu Mossoró, por grave lesão, que fracturou o perónio após uma entrada ríspida de um jogador do Benfica. Domingos Paciência foi obrigado a mexer no onze e arriscou tudo no ataque com as entradas de Matheus, Rafael Bastos e Luís Aguiar, mas a sorte do jogo protegeu a águia. É certo que o Benfica teve também várias oportunidades para 'matar' o jogo, mas Eduardo foi gigante e manteve sempre o Braga na discussão até ao fim...

Domingos Paciência: "Vamos lutar até ao fim"


Domingos Paciência criticou Jorge Jesus, mostrou felicidade pela exibição e abriu o balneário e a tristeza, devido à lesão de Mossoró.
"Estou a viver dois momentos distintos. Um de tristeza e outro de alegria. De tristeza pela lesão de Mossoró, que há suspeita de fractura e por aquilo que joga é um jogador que faz falta à equipa e ao futebol português", referiu.
Acerca da exibição destacou que "uma equipa que chega aqui e consegue fazer do Benfica, não diria normal, mas uma equipa com poucas oportunidades só tem que ficar feliz. Quanto ao golo já passavam quinze segundos depois da hora, mas não me vou amarrar a isso".
"Ainda há muito campeonato. São seis pontos. Ganhamos 2-0 na primeira volta, aqui perdemos por 1-0. Temos todas as condições para pensar que podemos continuar a lutar pelo título. Vamos lutar até ao fim", destacou.
Para Jorge Jesus, Domingos Paciência disse que "há um pai que todas as semanas diz que é um pai desta equipa. No ano passado andava a lutar pelo sétimo ou oitavo lugar. Fiquei magoado pelos jogadores. Estamos a fazer um trabalho honesto e há coisas que não caem bem".


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Talismã: Capitão do Benfica repete golo em confronto decisivo
Outra vez Luisão no jogo do título

Pelo segundo ano consecutivo, o Benfica venceu o Braga com um golo à beira do intervalo apontado por um defesa-central em lance de bola parada. Só que, desta vez, é um golo de Luisão, no antecipado jogo do título, a remeter para o que apontara há cinco anos frente ao Sporting e que valeu o último título encarnado. A história está a repetir-se.

O confronto entre os dois candidatos não foi famoso. Dominado pelas tácticas, pelo medo do erro e pelo respeito mútuo. Sétima vitória encarnada por 1-0, terceira das últimas cinco jornadas, talvez a exibição menos conseguida do Benfica em casa, e do Braga ficou a sensação de que deveria ter tido uma estratégia mais arrojada no primeiro tempo. O Braga mantém vantagem no confronto directo, mas isso deve valer pouco, com seis pontos de atraso.

A primeira parte foi muito táctica e parecia destinada a acabar a zeros, mas a pressão contínua do Benfica, traduzida em oito pontapés de canto, acabou por ser recompensada com um golo inesperado, já em tempo de compensação. Na pequena área, com um belo cruzamento de Carlos Martins, as torres do Benfica fizeram a diferença, após um longo jejum sem golos de bola parada: Javi ganhou no meio da área e Luisão aproveitou o ressalto.

Com Andrés Madrid muito recuado e com todos os médios assoberbados em tapar as linhas de passe, o Braga renunciou completamente ao ataque ao longo de todo o primeiro tempo. O Benfica não conseguia, por isso, ultrapassar a última linha, mas manteve a bola nos 40 metros do adversário.

Só depois das substituições, realizadas antes dos 60', o Braga transformou o seu jogo e se alongou até perto da baliza de Quim. Num livre de Aguiar, Moisés falhou o alvo por pouco e a Luz passou a viver em sobressalto, bem diferente da calma confiante do primeiro tempo. Aliás, a equipa também parecia contagiada, embora já com Aimar, pois não conseguia calibrar o último passe nem construir situações de finalização.

Para uma equipa com uma média de 20 remates à baliza nos jogos em casa, foi confrangedora a produção do ataque encarnado: oito remates, recorde negativo da temporada em casa, apenas um (Di María aos 53') em todo o segundo tempo.

ANÁLISE

POSITIVO

Líder Luisão


Luisão estreou-se no Benfica há sete temporadas com um golo de pé esquerdo frente ao Belenenses. Ontem marcou o seu 16.º na Liga em idêntico lance de oportunidade, marcando a diferença, como fazem os líderes.

NEGATIVO

Mossoró infeliz

Sacrificado à estratégia defensiva de Domingos, o brasileiro Mossoró voltou a ter uma noite para esquecer frente ao Benfica. Faltoso, quezilento, azarado, muito longe do Mossoró da 1.ª volta. 

ARBITRAGEM

Impecável

Actuação impecável de Pedro Proença, capaz de perceber as manhas dos jogadores e de conduzir sem sobressaltos. Calma impressionante e muito respeito por parte dos jogadores. Bem no lance de mão de Rodriguez.

BENFICA

LUISÃO DAS GRANDES NOITES

Quim – Duas defesas fáceis e um... susto pela cabeça de Moisés.

Maxi Pereira – Jogo com o Marselha deu-lhe asas. Paulo César que o diga.

David Luiz – Só ofuscado pela grande noite de Luisão.

Fábio Coentrão – Uma grande prova de solidez defensiva, ganhando o duelo com Alan.

Javi García –A terceira torre, à frente dos centrais, deu músculo ao meio--campo e ainda ficou ligado ao golo.

Ramires – Um grande passe para Cardozo desaproveitar. Amarrou Evaldo e deu soluções de ataque.

Carlos Martins – Um jogo sólido e seguro, marcado pelo lance infeliz da lesão de Mossoró, sem culpa.

Di María – O agitador habitual, mas desta vez com menos sumo.

Saviola – Movimentações inteligentes e a perdida mais flagrante (24').

Cardozo – Alguns apontamentos técnicos inesperados, mas uma lentidão exasperante na zona de remate.

Aimar – Faltou-lhe um pouco mais de precisão para aproveitar os espaços abertos no final do jogo.

Ruben Amorim – Ajudou a estabilizar.

Kardec –Sem tempo para evidência.

Luisão - Implacável a defender, confirmou a vocação para golos determinantes. O tempo dirá se é tão importante como o de 2005, ao Sporting. Prémio merecido para a grande forma.

SP. BRAGA

MOISÉS A UM PALMO DO CÉU

Eduardo – Um golo negado a Saviola, uma saída a soco falhada. Sem hipóteses perante Luisão.

Filipe Oliveira – Ia estragando a boa exibição com um atraso suicida.

Rodriguez – O complemento perfeito para Moisés. Perdeu-se a conta às vezes que deu o corpo (e o braço, num caso) às balas.

Evaldo – Ramires não o deixou subir e a equipa ressentiu-se.

Madrid – Esteve no sítio certo e deu equilíbrio ao meio-campo. Mas depois do golo isso já não chegava.

Mossoró – Assinou as poucas transições perigosas antes de se lesionar com gravidade.

Alan – Dois remates para as mãos de Quim.

H. Viana – Bom apoio a Mossoró na primeira parte, mas não esteve feliz nos livres e nos passes de ruptura.

Rentería – Muito esforço, pouca bola, nenhuma hipótese.

P. César – Teve mais trabalho a acompanhar Maxi do que o contrário.

Luís Aguiar – A sua entrada coincidiu com o despertar da equipa.

Matheus – Mais ameaçador do que Rentería.

R. Bastos – Energia a mais, lucidez a menos.

Moisés - Um grande jogo, e ficou às portas do céu, naquela cabeçada a rasar o poste, após livre de Luís Aguiar. A defender foi um colosso, com o bónus de não ter feito faltas.

FRENTE A FRENTE

DI MARÍA


Passes Certos: 7

Passes Errados: 3

Recuperações: 1

Faltas Sofridas: 4

Faltas Cometidas: 0

Remates: 1

Assistências: 0

Golos: 0

MINUTOS

29'. Cruza da esquerda e Eduardo sai mal à bola, mas ainda consegue atrapalhar o cabeceamento de Cardozo, ao lado.

53'. Remata forte de primeira, com Moisés a interceptar a bola com o peito, em resposta a um cruzamento alto de Ramires, da direita.

74'. Centra com conta e medida para Óscar Cardozo, que controla a bola mas não consegue ultrapassar Eduardo.

ALAN

Passes Certos: 2

Passes Errados: 1

Recuperações: 0

Faltas Sofridas: 2

Faltas Cometidas: 0

Remates: 1

Assistências: 0

Golos: 0

MINUTOS

43'. Boa execução técnica junto à linha lateral, acabando por sofrer falta de Fábio Coentrão.

67'. Sofre a falta que origina o cabeceamento perigoso de Moisés.

79'. Boa iniciativa individual pela esquerda, que acaba travada por David Luiz.

85'. Pouco solicitado na sua ala (direita), vem à esquerda rematar rasteiro para as mãos de Quim.

FICHA DO JOGO

LIGA - 24.ª Jornada - 27/03/2010

Estádio da Luz - Assistência: 63 979

Golos: 1-0 Luisão (45+2')

BENFICA

Quim, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Fábio Coentrão, Javi García, Ramires (R. Amorim 76'), Carlos Martins (P. Aimar 66'), Di María, Saviola (Kardec 88'), Cardozo.

Treinador: Jorge Jesus

SP. BRAGA

Eduardo, Filipe Oliveira, Moisés, Rodriguez, Evaldo, Andrés Madrid, Hugo Viana (R. Bastos 58'), , Mossoró (Luís Aguiar 52'), Alan, Paulo César, Rentería (Matheus 58').

Treinador: Domingos Paciência

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)

Disciplina: amarelos: Evaldo (9'), J. García (14'), P. César (53'), M. Pereira (82'), R. Amorim (89')

Classificação do jogo: 6

PROENÇA: INSÍGNIAS A DOMINGOS


O árbitro do encontro, Pedro Proença (Lisboa), entregou no final do jogo as suas insígnias FIFA ao treinador do Sp. Braga, Domingos Paciência e ambos abraçaram-se

MINUTO DE SILÊNCIO: JULINHO

Antes do início da partida foi guardado um minuto de silêncio a Julinho (ex- jogador do Benfica e herói da Taça Latina 1949/50) que morreu no passado dia 18 de Março, aos 90 anos

CARLOS QUEIROZ: NA BANCADA

Carlos Queiroz foi espectador atento do jogo de ontem. O seleccionador de Portugal esteve atento aos jogadores portugueses que podem ser chamados ao Mundial da África do Sul

"VITÓRIA FOI JUSTÍSSIMA"

Jorge Jesus entendeu que o Benfica foi melhor do que o Sp. Braga no jogo do título e que por isso mereceu a vitória. "Só poderia haver um vencedor hoje e seria o Benfica. A nossa vitória foi justíssima", disse o treinador, considerando que o triunfo até acabou por ser escasso. "Entrámos muito fortes na segunda parte e o Cardozo normalmente não falha tantas oportunidades, senão o resultado seria outro."

O técnico deixou palavras de elogio ao adversário –"O Sp. Braga e o Benfica são as duas melhores equipas da Liga" –, mas observou que os bracarenses não levantaram grandes problemas à sua equipa. "Não nos criaram grandes dificuldades ofensivas, com excepção de um remate de Hugo Viana e de um cabeceamento de Moisés na segunda parte."

Apesar de o Benfica ter via verde para o título, Jesus manteve-se prudente e não excluiu Sp. Braga e FC Porto dessas contas. "Não foi o xeque-mate pelo título. Aumentámos a pontuação. Tinha dito que não era o jogo decisivo. Temos uma posição que dá alguma segurança em termos pontuais. Podíamos jogar para dois resultados. Continuamos seguros com seis pontos de vantagem, mas não totalmente. Continua tudo em aberto para as três equipas. Estamos de parabéns."

O treinador foi confrontado com o sonho do título, mas diz que prefere sonhar acordado. "Só quando estiver decidido."

"SONHO NÃO ACABA AQUI"

"Mostrámos porque somos segundos. Matematicamente tudo é possível. Temos todas as condições e vamos lutar até ao final. O sonho não acaba aqui", disse Domingos Paciência após o apito final.

O técnico bracarense lamentou a infelicidade do médio do Sp. Braga Mossoró, que saiu lesionado depois de um lance com Carlos Martins: "É um momento muito triste ver um jogador [Mossoró] chorar no balneário com uma suspeita de fractura do perónio. É um atleta que faz falta ao futebol português."

Apesar da derrota, Domingos Paciência enalteceu o desempenho da sua equipa. "Estou feliz pela forma como viemos a este estádio jogar. O Benfica não teve grandes situações de golo e marcou num lance fortuito já muito depois da hora", afirmou o técnico, que lamentou o golo antes do intervalo, "que condicionou a estratégia" montada para o jogo.

"Foi uma partida equilibrada e penso que o resultado mais justo seria o empate", salientou o treinador dos minhotos.

A terminar, o técnico do Sp. Braga lançou farpas ao treinador encarnado, Jorge Jesus: "É difícil ouvir a meio da semana alguém dizer que é o pai desta equipa, mas quando estava no clube estava a lutar pelo sexto lugar e eu estou a lutar pelo segundo. As pessoas deviam pensar um pouco antes de dizer determinadas coisas. Os jogadores sentiram. Há coisas que não caem bem."

REACÇÕES

"Golo importante para o futuro, mas nada está decidido. Parabéns ao público maravilhoso", Luisão, Benfica

"Seis pontos é um pouco. Vamos lutar até ao fim. Estamos numa guerra e só dentro do campo poderemos vencê-la", Eduardo, Sp. Braga

"Vitória importante, mas que não afasta do rumo traçado. Temos de manter a qualidade até final", Ramires, Benfica

"Não somos uma equipa de coitadinhos. Tenho quase a certeza de que não jogo mais esta época", Mossoró, Sp.Braga

VIEIRA: "SOMOS O MAIOR E MAIS RICO CLUBE DO MUNDO"

Luís Filipe Vieira disse ontem que o Benfica é um clube sem igual à escala global. "As riquezas de qualquer clube são, antes de mais, as pessoas que o formam e desse ponto de vista posso garantir-vos que somos não só o maior, mas também o clube mais rico do Mundo", destacou o presidente do Benfica na inauguração da nova imagem da casa do clube em Viana do Castelo.

O responsável máximo do Benfica lembrou que o clube "ultrapassou a barreira dos 210 mil sócios" e destacou o espírito empreendedor e de inovação do seu elenco directivo. "Lideramos pela inovação das propostas que apresentamos, pela dinâmica que conseguimos dar aos nossos projectos, pela transparência que colocamos em cada proposta que apresentamos."

O presidente benfiquista mostrou-se ontem elogioso para com a equipa de futebol, não deixando de agradecer o apoio "incondicional" dos adeptos. "Esta equipa tem uma qualidade indiscutível, a nível nacional e a nível europeu. Mas muita da sua inspiração deve-se aos sócios e adeptos que a têm acompanhado, desde a primeira hora, por todos os estádios do País. Essa é uma riqueza de que poucos clubes se podem orgulhar", disse Vieira, confiante na conquista do título de campeão nacional. "Temos um excelente grupo de trabalho e um treinador determinado, e isso é algo que fomenta a nossa confiança. Mas uma coisa é o nosso optimismo, outra é o realismo com que temos de enfrentar os sete jogos que faltam."

Luís Filipe Vieira lançou ainda uma mensagem de união aos benfiquistas. "É imprescindível saber que vamos ter momentos em que as coisas podem não estar a correr como todos nós queremos e é nesses momentos que devemos apoiar ainda mais e mostrar o que nos torna únicos."

FESTA: TÍTULO NO DRAGÃO


Apesar de perder no confronto directo, os 6 pontos de vantagem do Benfica podem chegar para fazer a festa no Dragão (2 de Maio) se águias e minhotos não perderem pontos

INCIDENTES: CARGA POLICIAL

O Corpo de intervenção foi forçado a carregar sobre alguns dos adeptos do Sp. Braga que estiveram na Luz, por provocarem alguns desacatos no início da 2.ª parte

SAVIOLA: ARGENTINO OK


Bento Leitão (departamento médico do Benfica) recebeu o OK de Saviola a meio do aquecimento. O argentino esteve em dúvida devido a contusão na coxa esquerda

EDUARDO: PENÁLTIS

Eduardo e Kieszek, guarda-redes do Sp. Braga, estiveram a treinar penáltis no aquecimento. Em doze remates do guardião polaco, o n.º 1 da selecção nacional, defendeu 10

AUTOCARRO: VIDRO PARTIDO

Um dos 16 autocarros que transportaram adeptos bracarenses para o Estádio da Luz foi atingido num dos vidros por adeptos encarnados, antes do início da partida com o Benfica

O OLHAR DO ADEPTO

O RESULTADO É JUSTO?


BENFICA

Apesar de termos ganho, na verdade ficámos a perder. Em Braga, no Estádio Axa, fomos muito prejudicados pela arbitragem. Um golo mal anulado a Luisão, a expulsão injusta de Óscar Cardozo, enfim, uma panóplia de ilegalidades. Ontem, houve quem escrevesse direito por linhas tortas. Luisão, finalmente, marcou um golo ao Sporting de Braga, limpíssimo, tão limpo que nem Pedro Proença se atreveu a desdizê-lo. É verdade que ficou uma grande penalidade para marcar contra os visitantes. Mas disso já estávamos à espera. O futebol serve apenas para nos divertirmos. Foi precisamente o que ontem aconteceu. SLB, SLB, SLB! - Leonor Pinhão

SP. BRAGA

O Benfica é neste momento a melhor equipa portuguesa e o Sporting de Braga é a segunda. O Benfica teve quatro ou cinco oportunidades flagrantes para fazer golo e o Sp. Braga teve apenas duas ou três. A equipa de Domingos Paciência foi francamente melhor na segunda parte. Foi um jogo agradável com um vencedor totalmente justo e com o Sp. Braga a fazer um jogo equilibrado. O árbitro Pedro Proença fez uma boa arbitragem, embora aquele primeiro minuto de compensação da primeira parte tenha sido o mais longo de toda a minha vida. - Marcelo R. de Sousa


CORREIO DA MANHA

JotaCC

Crónica de jogo
Outra vez Luisão a deixar o título mais perto

Benfica derrota Sp. Braga por 1-0 e, a seis jornadas do fim da Liga, está mais perto de ser campeão

Numa certa tarde, no Estádio da Luz, Luisão saltava com Ricardo, então guarda-redes do Sporting, para responder a um livre de Petit. Até hoje, os adeptos de Benfica e Sporting discutem se foi ou não falta, mas a verdade é que foi golo e deu um título. Isto foi em 2005. Em 2010, o central brasileiro, no mesmo estádio, mas numa baliza diferente, marcou o golo que deu o triunfo aos "encarnados", por 1-0, sobre o Sporting de Braga e que poderá ter dado novo título.

Por muito que ambos os treinadores dissessem que este não era o jogo do título, ambos sabem fazer contas e ambos sabiam que uma vitória do Benfica, apesar do calendário complicado que ainda tem, com jogos com FC Porto e Sporting, tinha quase tudo para chegar ao fim em primeiro. Seis pontos de diferença num campeonato em que as distâncias têm sido tão curtas entre as duas equipas são pouco menos que irrecuperáveis.

Ao contrário do que acontecera no jogo em que se quebrou a invulnerabilidade frente aos "grandes", a tal derrota por 5-1 com o FC Porto, o Sp. Braga apresentou-se na Luz como uma equipa de expectativa, com a perfeita consciência de que o adversário o superava em dinâmica e valores individuais. Sem apostar demasiado no ataque, a formação minhota preferiu dar a iniciativa aos "encarnados" e concentrar-se em não deixar mexer muito as maiores fontes de perigo, essencialmente Di María, Saviola, Cardozo e Ramires. O Benfica agradeceu o domínio oferecido e posicionou-se com a atitude de quem queria resolver cedo o jogo.

A primeira meia hora foi de Di María, que fez o que quis de Filipe Oliveira e de Evaldo, consoante o flanco em que estava. Ainda se perde muito em queixas e simulações de falta, mas o extremo é um talento que desequilibra.

Um raro erro defensivo dos homens de Domingos Paciência quase deu o primeiro golo do jogo, aos 24". Filipe Oliveira tentou meter a bola em Eduardo, mas antes que esta lá chegasse foi interceptada por Saviola. Parecia até demasiado fácil para o argentino, mas o guarda-redes aproveitou uma atrapalhação do avançado para desviar com as mãos a bola dos pés do atleta do Benfica.

As iniciativas ofensivas do Sp. Braga eram esporádicas e limitavam-se a aproveitar o bom sentido posicional de Rentería e os livres de Hugo Viana. Por isso, cheirou sempre mais a golo do Benfica. E ele surgiu na sequência de um canto, após a bola ter chegado à área e sobrado para o defesa brasileiro, que só teve de a empurrar para a baliza.

O intervalo aconteceu logo a seguir e seguiu-se um episódio circense. Provocações entre os respectivos bancos, que meteu treinadores e outros elementos. Braços e bocas a mexeram-se muito. E quando era preciso regressar aos balneários, ninguém quis ser o primeiro entrar no túnel de acesso aos mesmos. Ficaram alguns minutos a olhar uns para os outros e, depois, os jogadores benfiquistas, contrariando o que ultimamente costumam fazer, lá se decidiram a entrar primeiro.

Depois do circo, voltou o futebol. O Benfica continuou como tinha começado, mais e melhor em tudo. O Sp. Braga acusava o golo, parecia não reagir e tudo parecia correr pelo pior quando o influente Mossoró sai lesionado aos 52" (suspeita de fractura do perónio). Mas a entrada de Luís Aguiar, primeiro, e de Rafael Bastos e Matheus, depois, foram o que os minhotos precisavam para reentrar na luta pelo resultado.

Enquanto Cardozo ia falhando em frente a Eduardo, o Sp. Braga aproximou-se com perigo da baliza de Quim. Depois de um primeiro ameaço aos 60", em que Matheus não conseguiu dominar na área um passe magistral de Aguiar, foi Moisés, aos 68", quem aproveitou uma saída em falso do guardião benfiquista para cabecear com perigo. O jogo subia de intensidade, mas o Benfica, com a calma de um campeão quase anunciado, manteve o Sp. Braga - desde ontem um quase ex-quase candidato - à distância.


Jorge Jesus

Treinador do Benfica


"Não está tudo decidido. Aumentámos a pontuação, mas como tinha dito antes deste jogo não era decisivo. Em termos pontuais, temos mais segurança. O Sp. Braga mostrou que é uma das melhores equipas deste campeonato. Mas aqui não teve oportunidades. Na segunda parte, entrámos muito fortes e o Cardozo falhou muito mais que o normal, caso contrário o resultado seria outro. Mas ainda temos dois adversários muito fortes: o Sporting e o FC Porto. Os jogadores do Benfica estiveram bem na estrutura que montámos."

Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga

"Estou triste porque existe a suspeita de que o Mossoró possa ter fractura do perónio e é daqueles jogadores que fazem falta ao futebol português. Mas estou contente porque chegámos aqui e conseguimos que o Benfica não tivesse grandes oportunidades. Conseguiu um golo fortuito. Vamos continuar a trabalhar. Matematicamente, ainda é tudo possível e saímos daqui a pensar em recuperar o primeiro lugar. Há uma pessoa que diz todos os dias que é o pai desta equipa, mas no ano passado, por esta altura, o Sp. Braga lutava pelo quinto lugar."


Golo do central volta a ser decisivo
Ricardo, Reina e Eduardo: os alvos preferidos

Desde que chegou em 2003/04 ao Benfica, Luisão não apresenta uma média de golos muito elevada. Anda na casa dos dois, três golos por época, normal para um central que sabe (bem) aproveitar o 1,92m de altura e impor-se no jogo aéreo, quer na sua defesa como na área adversária. O que faz temer este gigante é a precisão cirúrgica quando ataca.

Ricardo, Reina e, agora, Eduardo sofreram isso na pele. Três guarda-redes que saíram da Luz batidos pelo gigante "encarnado", cuja marca deixou feridas abertas e bem profundas nas suas equipas.

Ricardo sofreu de Luisão o golo que deixou o Benfica com o título à porta e arredou quase definitivamente o Sporting, corria a época 2004/05. A vitória foi por 1-0 e o título não escaparia mesmo à equipa de Trapattoni. Na época seguinte, foi o guarda-redes espanhol do Liverpool a cair derrotado pela mesma margem com um golo do defesa perto do final (84"). A segunda mão em Anfield confirmaria a profecia de Luisão e os reds ingleses seriam eliminados pelos "encarnados" portugueses nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Agora foi a vez de Eduardo. O guarda-redes do Sp. Braga e da selecção foi batido pelo central do Benfica e, se for como diz a carta de Luisão, o título não fugirá ao Benfica.

Este foi o terceiro golo do defesa na Liga (mantém-se a média) e marcou ainda um na Taça da Liga e outro na Liga Europa. E leva a braçadeira de capitão no braço. Parece estar bem entregue, para o homem que tem decidido os últimos títulos para o Benfica.

Anderson Luís da Silva nasceu em São Paulo, no Brasil, fez no dia 13 de Fevereiro 29 anos. A alcunha "Luisão" parece óbvia, devido à sua altura, bem como a sua posição no futebol (defesa central). Custou perto de um milhão de euros ao Benfica, depois de se ter mostrado na Juventus de São Paulo, onde começou (1999-2000) e ter sido transferido para o Cruzeiro (2000-2003). Vir para a Luz foi a primeira experiência - e única até ao momento - na Europa.

A seu lado na defesa do Benfica já passaram jogadores como Ricardo Rocha, Anderson, Miguel Vítor, Katsouranis, Sidnei e agora David Luiz. Mas o seu lugar parece intocável.

Só na seleçcão brasileira ainda não conseguiu ser titular absoluto como no Benfica. Leva mais de 40 internacionalizações e é indiscutível nos eleitos de Dunga para o próximo Mundial. O seu nome é dado muitas vezes como na lista dos maiores clubes da Europa. A marcar assim, pode ser que vá da África do Sul directamente para um deles.



Ficam a faltar seis jornadas para o fim
Um derby para cada e clássico para o Benfica

   
O apito final do árbitro Pedro Proença soou e a cabeça dos jogadores das duas equipas na Luz ficou automaticamente virada para o que resta do calendário. Faltam seis jornadas e ainda estão 18 pontos em disputa. À porta de benfiquistas e bracarenses estão dois derbies.

O Sp. Braga recebe já na próxima jornada o rival do Minho (V. Guimarães), enquanto o Benfica, depois da deslocação à Figueira da Foz, joga na Luz com o Sporting. No entanto, o calendário dos "encarnados" parece mais apertado que o dos "arsenalistas".

A eliminação do Marselha na Liga Europa carregou de jogos as duas próximas semanas da equipa de Jorge Jesus - são mais dois encontros, com o Liverpool, entre as partidas com Naval e Sporting. Entre o dia 1 de Abril (quinta-feira) e o dia 18, o Benfica faz cinco jogos. Recebe já na quinta-feira a equipa inglesa, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, antes do confronto com a Naval, na segunda-feira (dia 5). Depois segue-se a viagem a Inglaterra para a segunda partida com os reds de Liverpool (dia 8). Aqui valeu o acordo com o Sporting para o adiamento do derby, já que os "leões" concederam jogar a 26.ª jornada na terça-feira (dia 13). No domingo (dia 18), o Benfica vai até Coimbra defrontar a Académica.

E, caso consiga ultrapassar o Liverpool, terá outro encontro europeu quatro dias depois com o vencedor da eliminatória entre Valência e A. Madrid. Antes da deslocação ao Dragão para a penúltima jornada do campeonato.

Em Braga, mora uma equipa mais descansada. Sem os compromissos da UEFA, a equipa de Domingos conta apenas com a Liga e tem três deslocações fora do seu estádio (Leiria, Figueira da Foz e Madeira), equipas que na primeira volta em casa apenas perdeu pontos com a Naval (0-0).


PUBLICO

JotaCC

Domingos: "Vamos continuar a lutar até ao fim"


A derrota não afasta o Braga da corrida pelo título. Essa é a opinião de Domingos Paciência. Para o treinador dos minhotos, a exibição é o melhor tónico para continuar a sonhar.

"Vamos continuar a lutar até ao fim. Hoje [ontem] demonstrámos por que somos segundos e já liderámos. Estamos a seis pontos, faltam 18 e, matematicamente, ainda é muito possível", afirmou Domingos Paciência, ontem, na Luz.

O técnico mostrou-se "contente" pela "personalidade da equipa". "O Benfica só criou uma oportunidade, no atraso do Filipe Oliveira e, depois, marcou num golo fortuito", analisou.

Domingos Paciência mostrou-se agastado com as palavras de Jorge Jesus, treinador do Benfica e ex-técnico do Braga, que referiu ter sido ele a escolher os jogadores dos minhotos. "Parece que é o pai da equipa. Na época passada, por esta altura, o Braga estava a lutar pelo sexto lugar. Agora, luta pelo primeiro. Foi uma falta de consideração pelos jogadores e não caiu bem", acusou.

Mossoró com lesão grave

Entretanto, Domingos Paciência revelou que existe a suspeita de fractura do perónio de Mossoró. A confirmar-se, o brasileiro enfrenta uma paragem longa. "Encontrei o jogador a chorar no balneário. Estou triste por ele", confessou o treinador.


JN

JotaCC

Uma girafa armada em pernalonga

Seis pontos para seis jogos. Eis o que o Benfica terá de gerir até final da época se quer confirmar a tarja gigante que cobriu a bancada inferior de um dos topos do Estádio da Luz antes do início da partida de ontem e onde podia ler-se apenas "Benfica campeão". A vitória na partida frente ao Braga, segundo classificado, permitiu à equipa de Jorge Jesus tornar mais confortável a vantagem com que segue na frente da Liga mas não chegará para acabar desde já com todas as discussões. Não só porque até final da época a equipa lisboeta tem um calendário aparentemente mais complicado, ainda com FC Porto e Sporting pelo caminho, mas sobretudo porque, talvez por ter que gerir o entusiasmo entre a Liga Sagres e a Liga Europa, não mostrou ontem a sua versão avassaladora. O Benfica de ontem privilegiou a segurança, sobretudo depois de conseguir o seu golo numa bola parada, tal como em 2005 por intermédio de Luisão, e deixou o Braga ter a bola na última meia-hora.

O desafio de ontem teve vários ingredientes de um jogo do título, a começar pelo facto de ambas as equipas terem mostrado uma grande preocupação em não o perder. O Benfica apostava no seu esquema normal mas soltava menos gente para as ofensivas do que já se lhe viu, ao passo que o Braga transformava o seu habitual 4x2x3x1 num 4x4x2 com duas linhas (a de defesa e a de meio-campo) muito próximas, claramente a tentar evitar que os recuos de Saviola e os avanços de Martins, Di María e Ramires se tornassem mais perigosos. Com tanta preocupação na redução de espaços, foi normal que o jogo tenha começado morno: primeiro remate aos 10', fraco e de fora da área, por Maxi Pereira; segundo aos 26', num livre de Hugo Viana que passou inofensivo por cima da barra da baliza de Quim.

Havia mais Benfica do que Braga, ainda assim. Não só porque as acelerações de Di María causavam grandes dificuldades a Filipe Oliveira ou Evaldo, consoante o flanco em que o argentino caísse, mas também porque os alas bracarenses pegavam na bola muito longe do objectivo (a preocupação em fechar os corredores a tal obrigava) e isso, somado à lentidão de Hugo Viana na definição das transições atacantes, levava a que o Braga acabasse sufocado por uma boa pressão benfiquista. Renteria, a jogar como ponta-de-lança mais fixo (Mossoró trocava por vezes de posição com Paulo César) estava assim fora do jogo e era presa fácil de um quarteto defensivo encarnado em bom nível.

O jogo estava a transformar-se num jogo de erros. E aqui o Braga, embora cometesse poucos, fazia mais. O erro de Filipe Oliveira, a isolar Saviola com um passe atrasado, aos 24', foi compensado por uma boa saída de Eduardo, a desarmar o argentino antes do remate. Já a desatenção de Mossoró, quando se esgotava o minuto de descontos que Pedro Proença dera na primeira parte (ver "Momento") não teve emenda possível e acabou em golo de Luisão.

A ganhar, o Benfica pareceu vir para a segunda parte com a intenção de alargar a vantagem, mas uma vez que o não conseguiu em três bons lances quase consecutivos, todos pela direita, entre os 54 e os 56 minutos, fechou a loja ali: o último remate da equipa da casa foi aos 54', da autoria de Carlos Martins. Sucederam várias coisas. Primeiro, o Braga melhorou muito com as substituições. Não necessariamente com a perda de Mossoró, lesionado, mas sobretudo com as saídas do adormecido Viana e do ausente Renteria. Domingos voltou ao 4x2x3x1, com Luis Aguiar ao lado de Madrid e Paulo César, Rafael Bastos e Alan (este na esquerda) no apoio ao veloz Matheus. Depois, porque o próprio Benfica perdeu gás com a troca de um Martins muito dinâmico (e a pedir selecção) por um Aimar inseguro no passe e menos rigoroso posicionalmente.

Daí que, até final, o Braga tenha tido mais bola. Cardozo ainda chegou duas vezes a boas posições na área, mas em nenhuma delas dominou a bola em condições de finalizar. E os minhotos, a precisarem de um golo, bem podiam tê-lo feito aos 69', num livre de Luis Aguiar que Moisés, solto e em boa posição, cabeceou ao lado da baliza de Quim. Feitas as contas finais, a diferença foi também entre a capacidade de finalização dos dois capitães: no Benfica, Luisão foi Pernalonga depois de já ter sido Girafa em 2005; no Braga, Moisés falhou o alvo e caber-lhe-á agora liderar o grupo num objectivo mais difícil.

Benfica 1-0 Braga

Estádio da Luz

relvado bom

63 979 espectadores

Árbitro Pedro Proença (AF Lisboa)

Assistentes Tiago Trigo e Ricardo Santos

4º árbitro Carlos Xistra

Treinador Jorge Jesus

12 Quim GR 6

14 Maxi Pereira LD 6

4 Luisão DC 7

23 David Luiz DC 7

18 Fábio Coentrão LE 7

6 Javi García MD 7

8 Ramires AD a 76' 6

17 Carlos Martins MO a 66' 7

20 Di María AE 6

30 Saviola AV a 87' 5

7 Cardozo AV 5

13 Júlio César GR

27 Sidnei DC

25 César Peixoto LE

5 Rúben Amorim MD d 76' 5

10 Aimar MO d 66' 4

21 Nuno Gomes AV

31 Kardec AV d 87' 3

Golo

[1-0] 45'+2' Luisão

amarelos 14' Javi García, 82' Maxi Pereira e 89' Rúben Amorim

vermelhos Nada a assinalar

Domingos Paciência Treinador

1 Eduardo GR 6

27 Filipe Oliveira LD 4

5 Moisés DC 7

2 Rodríguez DC 6

6 Evaldo LE 5

23 Madrid MD 6

45 Hugo Viana MD a 58' 5

8 Mossoró MO a 51' 6

30 Alan AD 7

9 Paulo César AE 5

18 Renteria AV a 58' 4

31 Kieszek GR

15 Miguel García LD

3 Paulão DC

10 Luis Aguiar MO d 51' 6

22 Rafael Bastos MO d 58' 4

99 Matheus AE d 58' 5

19 Meyong AV

amarelos 9' Evaldo, 53' Paulo César

vermelhos Nada a assinalar


O Tribunal de O JOGO

Sem motivo para penáltis na área do Braga

Num jogo intenso e difícil de dirigir, o árbitro, no cômputo geral, protagonizou uma actuação positiva e sem influência no resultado, na opinião do painel de juízes do Tribunal de O JOGO. Em dois lances capitais na área bracarense, o árbitro lisboeta, segundo o mesmo painel, agiu bem ao não assinalar mão na bola de Rodriguez nem falta sobre Cardozo. Quanto ao golo de Luisão, é obtido de forma legal.

Momento mais complicado

85'

Há motivo para grande penalidade por alegada mão na bola de Rodriguez?

Jorge Coroado

+

Não. A bola rematada a curta distância e com força foi embater na mão direita de Rodriguez que, pelo movimento efectuado, não tinha como colocar o braço direito noutra posição.

Rosa Santos

+

Não. A bola foi rematada muito perto do jogador do Braga e este, quando se encontrava em queda, a bola tocou-lhe na mão de forma subtil e sem razão para qualquer falta.

António Rola

+

Não. A bola bate, de facto, na mão de Rodriguez mas não vejo intenção dele em jogar a bola com a mão. Decisão correcta do árbitro.

Outros casos

4'

Filipe Oliveira cometeu alguma infracção técnica sobre Di María?

6'

Cardozo estava em posição irregular no momento do passe de Saviola?

45'+2'

Golo de Luisão é precedido de alguma irregularidade?

67'

Há falta para grande penalidade de Rodriguez sobre Cardozo?

Jorge Coroado

-

Não houve infracção de Filipe Oliveira, que jogou somente a bola e só o teatro de Di María obrigou a que o árbitro assinalasse falta inexistente.

-

Precipitação do árbitro-assistente que erradamente assinalou fora-de-jogo, apesar de o jogador estar em posição legal.

+

Não houve qualquer irregularidade de Luisão que precedesse o golo obtido. Esteve correcto e atentíssimo o árbitro.

+

Não há qualquer infracção justificadora de contestação. A jogada foi limpa e, de parte a parte, nada existiu passível de infracção.

Rosa Santos

-

Não existe falta de Filipe Oliveira mas é altura de Di María deixar certos teatros de lado, porque não levam a lado nenhum.

-

No momento do passe o jogador do Benfica estava em posição regular. Má análise do árbitro-assistente.

+

Não há irregularidade. A bola bate nos joelhos do Luisão, que está em posição legal. Em relação à polémica com os descontos, o árbitro decidiu bem.

+

Não há qualquer falta de Rodriguez sobre Cardozo na área. Bem o árbitro em ter deixado seguir o lance.

António Rola

-

Não. Filipe Oliveira só jogou a bola, não cometendo qualquer infracção.

-

Não. Cardozo encontrava-se em posição legal e com grandes probabilidades de criar perigo para a baliza adversária. Sendo assim, um erro grave do árbitro-assistente.

+

Não. A bola cabeceada por Javi García embateu no joelho de Luisão e este, em posição legal e sem ter cometido infracção, obteve um golo limpo.

+

Não. Cardozo manifestamente já ía cansado e em perda de força e, ao sentir ligeiro toque do adversário, caiu sem que tenha existido qualquer falta.

Apreciação global

Jorge Coroado

Em jogo intenso, confirmou excelente momento de forma, apesar de um ou outro lapso sem influência. Já deve ter percebido quão importante é a discrição.

Rosa Santos

Num jogo difícil de dirigir, o árbitro teve alguns erros de pormenor, ao não aplicar a lei da vantagem e ao deixar-se envolver em lapsos técnicos e disciplinares. Não deixou, acima de tudo, fluir o jogo.

António Rola

Um jogo muito falado durante a semana mas na verdade os jogadores provaram ser profissionais. Jogaram o jogo pelo jogo e isso facilitou o trabalho do árbitro, pelo que considero arbitragem positiva.


Lances-chave

10' Primeiro remate do jogo, da autoria de Maxi Pereira, mas fraco, de longe e com o pé esquerdo. Foi na sequência de um canto marcado para trás por Di María.

21' Boa tabela entre Ramires e Saviola deixou o brasileiro já dentro da área, sobre a direita, em condições de arrancar um bom cruzamento. Mas a bola foi cruzada para a linha lateral oposta.

24' Distracção de Filipe Oliveira, que fez um passe atrasado demasiado fraco e por isso mesmo captado por Saviola, que se isolou perante Eduardo. Mas, com tudo para fazer golo, o argentino adiantou demasiado a bola e permitiu que o guarda-redes a captasse numa saída arrojada.

26' Hugo Viana, de livre lateral, visa a baliza em vez de cruzar, mas a bola saiu muito alta.

29' Excelente trabalho de Coentrão na recuperação da bola e no passe para Di María, que cruzou para o espaço entre Eduardo e Cardozo. Os dois fizeram-se à bola e esta acabou por sair pela linha de fundo, impelida pelo atacante benfiquista.

32' Livre lateral de Cardozo batido para a baliza, para defesa à segunda de Eduardo.

38' Maxi Pereira ganhou uma bola dividida junto à lateral-direita e cruzou de imediato para um cabeceamento de Saviola que bateu Eduardo mas saiu ao lado.

41' Alan combinou com Madrid e, já na área, de pé esquerdo, chutou para defesa de Quim.

45+2' [1-0], por Luisão.

54' Saviola lançou Ramires pela direita, este cruzou largo para um vólei de Carlos Martins, de pé esquerdo, mas contra o corpo de Moisés.

55' Desta vez foi Ramires quem lançou Maxi Pereira, outra vez na direita do ataque benfiquista. O lateral foi à linha de fundo, cruzou, mas Cardozo chegou demasiado tarde para encostar.

60' Primeiro sinal de Luis Aguiar. Marcou um livre desde o meio-campo para as costas da defesa benfiquista, onde surgiu Matheus, que porém não dominou da melhor forma, permitindo a recuperação de David Luiz.

66' Livre de Luis Aguiar, fraco, para defesa de Quim.

69' Melhor ocasião de golo para o Braga. Luis Aguiar bateu um livre na esquerda, a bola chegou ao segundo poste, onde Moisés, completamente só, cabeceou a centímetros do poste mais distante.

75' Após um remate de Matheus contra Luisão, Paulo César captou a bola e em boa posição chutou contra um adversário. No canto, batido por Luis Aguiar, surgiu mais uma vez Paulo César a cabecear ao lado.


HISTóRIA do jogo

O técnico falou no final com Pedro Proença, que o elogiou e lhe entregou uma recordação

Domingos recebeu insígnias da FIFA

O golo de Luisão deixou frustradíssima a comitiva do Braga. Os protestos não se fizeram esperar e, no fim do jogo, Domingos até se dirigiu a Pedro Proença. O árbitro de Lisboa respondeu e entregou o emblema que trazia ao peito com as insígnias da FIFA ao técnico bracarense. Este, satisfeito pelo gesto, prometeu "guardá-lo com grande consideração", frisando que as "palavras elogiosas" de Proença ficam no segredo.

Ainda assim, queixou-se de descontos em demasia na primeira parte: "É um grande árbitro. Agora, há lances que podem mudar o jogo. Esteve muito bem, pena os 14 ou 15 segundos", referindo-se ao golo do Benfica - apontado exactamente sete segundos depois dos 46 minutos previstos pelo árbitro.

Se no fim do jogo tudo acabou da melhor forma, pois Jesus até fez questão de cumprimentar vários jogadores do Braga e o director-técnico, Rui Casaca - a excepção foi Raul José, que provocou o banco do Braga -, ao intervalo os ânimos ficaram exaltados. Miguel Cardoso, adjunto de Domingos, e Rui Casaca insurgiram-se contra o golo e pouco depois até apanharam um susto, pois um dos vidros atrás do banco partiu-se, com um adepto a saltar em direcção a Jorge Jesus, tendo depois sido escoltado por Rui Costa para o balneário.

Pedro Proença apitou para o intervalo, altura em que Jesus se "picou" com Paulo César, com o seu preparador-físico, Mário Monteiro, Javi García e Carlos Martins a continuarem na mesma onda. Por isso, até a polícia ajudou o técnico a deixar o relvado. Ao contrário do que tem sucedido, desta feita foi o Braga a aguardar que o Benfica recolhesse ao balneário.



O Braga um a um
Moisés imperial quase apagou a Luz

Eduardo 6

Nada podia fazer no golo. De resto, esteve excepcional. Sobretudo aos 24' quando deixou a baliza e atirou-se aos pés de Saviola. Apenas um erro nas saídas a cruzamentos.

Filipe Oliveira 4

Apanhar Di María pela frente é como sair a fava e o lateral foi incapaz de o travar. Nervoso, fez um passe disparatado que deixou Saviola na cara de Eduardo.

Moisés 7

Fantástica exibição. Deu o corpo às balas e efectuou dezenas de cortes, tirando "o pão da boca" aos encarnados. Dispôs da melhor ocasião da equipa, num cabeceamento que saiu a milímetros do poste.

Rodriguez 6

Se o Braga sofreu apenas um golo deve-o à dupla de centrais. Pelo chão ou pelo ar foram poucas as bolas que perdeu ou os lances em que permitiu remates.

Evaldo 5

Viu um amarelo muito cedo e isso condicionou-lhe os movimentos. Subiu pouco porque o Benfica não deixou.

Madrid 6

Obrigou ao erro fruto da pressão que exerceu. Excelente postura táctica, actuando muitas vezes como quinto defesa.

Hugo Viana 5

Desastrado nas bolas paradas e no passe. Compensou tarefas defensivas, sobretudo no apoio a Filipe Oliveira.

Mossoró 6

Teve a dupla tarefa de apoiar Renteria e de construir jogo. Saiu cedo demais com suspeitas de fractura do perónio. Um azar tremendo para um dos melhores dos minhotos.

Alan 7

Até ao último fôlego foi quem mais procurou encostar o Benfica às cordas. Dois bons remates colocaram Quim à prova.

Paulo César 5

Correu pouco para trás, criando desequilíbrios defensivos. Apareceu duas vezes na área encarnada, demorando tempo a mais para rematar.

Renteria 4

Ganhou um ou outra falta, mas perdeu praticamente todos os lances disputados.

Luis Aguiar 6

Entrou bem na partida e foi perigoso nas bolas paradas.

Matheus 5

Mais móvel do que Renteria, deu outras preocupações aos centrais do Benfica. Aos 60' devia ter sido mais lesto a rematar.

Rafael Bastos 4


Domingos Paciência
"Com Jesus esta equipa lutava pelo 5º lugar!"

A reclamação de "paternidade" que Jesus "tem feito" sobre a actual equipa do Braga ficou na cabeça de Domingos, que, mesmo depois de ver a diferença pontual para o primeiro aumentar, não quis deixar de dar a resposta ao homólogo. Aliás, Domingos até foi o primeiro a puxar o assunto, ainda na zona de entrevistas rápidas da Sport TV.

"Parece que há um pai que aparece todas as semanas a reclamar a paternidade desta equipa. A verdade é que dizer isso uma vez tudo bem, agora, duas, três, quatro e cinco vezes é um exagero. No ano passado, esta equipa com os mesmos jogadores andava a lutar pelo 5º, 6º e 7º lugares. Não cai bem. É uma falta de consideração pelos jogadores. Vivemos uma época distinta, os jogadores sentem isso. Temos feito um trabalho honesto e de grande valor. Estamos a tentar levar o Braga longe", atirou.

O técnico minhoto reconheceu que as contas do título "ficaram mais difíceis", mas "não há razões para desistir": "Estou contente pela personalidade que demonstrámos. Fizemos do Benfica, não uma equipa vulgar, mas uma formação que não conseguiu criar grandes oportunidades de golo. O golo foi fortuito, não sei se foi aos 45', 46' ou 47'. Já passavam 15 segundos do tempo de descontos, mas o árbitro não sabia que iria surgir golo daquele lance, nem é uma desculpa para o insucesso."

Acrescentando que o Braga mostrou "o porquê do segundo lugar e de tanto tempo a liderar", Domingos lembrou que "matematicamente o título é muito possível, pois há jogos difíceis para as duas equipas". "O sonho não acaba aqui, o resultado justo era o empate. Não vi situações em que o Benfica pudesse chegar ao golo", sustentou, lamentando a lesão de Mossoró: "Estamos tristes! Os jogadores estão a chorar. É um jogador que faz falta ao futebol português e ao espectáculo."




O JOGO

JotaCC

Mossoró perde época e atira-se a Di María

Carlos Martins lesionou gravemente Mossoró, mas este não culpa o colega pela fractura do perónio direito de que se suspeita e lhe vai custar o resto da época. O que doeu mesmo foram as provocações dos benfiquistas. "O Benfica está a dar uma de inocente e vítima, mas é a equipa que mais insulta os adversários. Um amigo meu que joga noutra equipa diz que também foi assim contra eles", acusou. Di María é, segundo o criativo bracarense, o pior de todos: "Passou o jogo a fazer biquinho, mandar beijinhos, atirar-se para o chão e a virar o árbitro contra nós. Eu tenho esposa e não quero os beijos dele."

O exemplo vem de quem manda. "É antidesportivo. Até a equipa técnica está sempre a provocar e a fazer jogo extra. Têm uma grande equipa e não havia necessidade", nota, queixando-se de o golo ter sido marcado fora de hora. "No ano passado, Jorge Jesus foi o primeiro a falar do árbitro. Quero ver agora", desafiou, antes de expressar que continua a acreditar no título de campeão.

Moisés desvaloriza exibição das águias

Moisés lamentou que o golo do Benfica tenha surgido depois do tempo de compensação. "Jogámos de igual para igual e o resultado justo seria o empate, até porque o Benfica não nos causou muitas dificuldades. Marcou o golo mais de um minuto depois do tempo extra e é bom frisar isso. No primeiro canto o árbitro já tinha dito que ia acabar e ainda deu outro", referiu, garantindo um Braga na luta "até ao fim". Posição partilhada por Eduardo. "Seis pontos são pouco, mas em caso de igualdade ficamos na frente. Estamos envolvidos numa guerra para a qual não temos força, excepto dentro de campo e essa ninguém nos tira."


Carlos Freitas
"Paternidade deve-se apenas a quem está cá"


Carlos Freitas desculpou Carlos Martins pela "entrada perigosa" que lesionou Mossoró e elogiou o Braga pelo "desempenho em casa de uma equipa que está a fazer a melhor Liga das últimas 30 épocas". Mas o assunto do dia era outro. Como responsável de contratações, fez questão de negar que Jorge Jesus seja o pai desta equipa, como este realçou. "No ano passado foi ele, eu e o presidente. Este ano a paternidade deve-se apenas a quem está cá [no Braga]. Estamos a fazer a melhor época de sempre e há muito mérito de Domingos", vincou.

Di María também mereceu reparos. "Tem um talento tremendo, mas não precisa de fazer este papel. Se houvesse rigor, ele não acabaria o jogo", concluiu, reparando também no "golo fora do período".



Silêncio por Julinho

Antes do início do encontro, guardou-se um minuto de silêncio em memória de Julinho, antigo jogador do Benfica - marcou o golo da conquista da Taça Latina em 1950 - que faleceu recentemente. Nos ecrãs gigantes do Estádio da Luz passou um filme de homenagem e das bancadas, incluindo da afecta ao Braga, ouviram-se aplausos.

"Mind games" até ao fim

Jorge Jesus só ontem de manhã divulgou os convocados e Domingos Paciência respondeu de outra forma: mandou os 18 jogadores à disposição aquecer, para confundir o homólogo benfiquista. Um bocadinho de atenção permitia, contudo, perceber que os suplentes eram todos aqueles que não vestiam coletes.

Queiroz na bancada

O seleccionador nacional, Carlos Queiroz, voltou ontem a marcar presença no Estádio da Luz. O técnico já tinha assistido ao encontro com o Marselha (1-1) e voltou ontem a tirar notas de um outro elemento, com especial atenção para Fábio Coentrão, não raras vezes apontado como hipótese para lateral-esquerdo. Rui Alves, candidato à presidência da Liga, também esteve na Luz.

Eduardo "benzeu" as redes

Eduardo pisou ontem o relvado da Luz cerca de uma hora antes do encontro, ainda de fato e gravata - tal como os restantes convocados do Braga -, para se deslocar às duas balizas e fazer uma espécie de reza. Depois, a caminho do túnel de acesso aos balneários, saudou os adeptos bracarenses e ainda trocou impressões com alguns... benfiquistas.

Meia europa na catedral

Foram 14 (!) os clubes que ontem pediram acreditação para o embate dos encarnados com o Braga. Liverpool, Chelsea, Manchester United, Everton, Blackburn, Inter, Atlético de Madrid, Celta de Vigo, Ajax, Feyenoord, Bayer Leverkusen, Sporting, Olhanense e Rio Ave não quiseram perder a chance de tirar notas sobre os jogadores de ambas as equipas.

300 bilhetes devolvidos voaram logo de manhã

O Benfica enviou para Braga um total de 320 ingressos e os minhotos acabaram por devolver 300. Estas três centenas de bilhetes voaram na Luz logo na manhã de ontem, mas ainda assim foram muitos - quase 3 mil, lá está - os adeptos bracarenses presentes na Catedral.


O JOGO