No início de 2003, António Salvador assumiu a presidência do Sporting de Braga. De temperamento difícil e com ideias que depressa entraram e conflito com a mediocridade que caracteriza a política de gestão da esmagadora maioria dos clubes portugueses, ninguém lhe deu importância. Contrato Jesualdo Ferreira e o 14º lugar desse ano alargou o sorriso hipócrita dos invejosos. Hoje, grandes à parte, obviamente, com cinco presenças consecutivas na UEFA, assina um feito apenas reclamado pelo fabuloso V. Setúbal dos anos 60.
O que merece relevo, porém, não é a fantástica vitória sobre os ingleses do Portsmouth, mas a consolidação do Braga europeu e a conquista de um estatuto que coloca em patamar imediatamente abaixo de Benfica, FC Porto e Sporting. O Boavista desapareceu; O V.Guimarães, sem envergadura, nem organização, nem dirigentes, perdeu a corrida e só disfarça essa inferioridade através da simplória rivalidade minhota. o Marítimo, apesar das generosas ajudas financeiras e do Governo da Madeira, é o que se vê: não sai do mesmo sítio. Todos os outros que apregoam grandezas no passado vivem agrilhoados a dívidas, vaidades e incompetências.
Por Fernando Guerra in ABOLA (25/10/2008)
Quote from: Rvben on 25 de October de 2008, 14:05
No início de 2003, António Salvador assumiu a presidência do Sporting de Braga. De temperamento difícil e com ideias que depressa entraram e conflito com a mediocridade que caracteriza a política de gestão da esmagadora maioria dos clubes portugueses, ninguém lhe deu importância. Contrato Jesualdo Ferreira e o 14º lugar desse ano alargou o sorriso hipócrita dos invejosos. Hoje, grandes à parte, obviamente, com cinco presenças consecutivas na UEFA, assina um feito apenas reclamado pelo fabuloso V. Setúbal dos anos 60.
O que merece relevo, porém, não é a fantástica vitória sobre os ingleses do Portsmouth, mas a consolidação do Braga europeu e a conquista de um estatuto que coloca em patamar imediatamente abaixo de Benfica, FC Porto e Sporting. O Boavista desapareceu; O V.Guimarães, sem envergadura, nem organização, nem dirigentes, perdeu a corrida e só disfarça essa inferioridade através da simplória rivalidade minhota. o Marítimo, apesar das generosas ajudas financeiras e do Governo da Madeira, é o que se vê: não sai do mesmo sítio. Todos os outros que apregoam grandezas no passado vivem agrilhoados a dívidas, vaidades e incompetências.
Por Fernando Guerra in ABOLA (25/10/2008)
Eu gosto deste gajo!!! ;D
Está tudo dito, somos ENORMES!
Já somos um clube com dimensão europeia. Nos ultimos 5 anos estivemos presentes na pre-eleminatoria da taça uefa sendo que nos ultimos 3 conseguimos alcançar a fase de grupos . Já batemos o pé a gigantes do futebol europeu , nunca nos intimidados em palco algum. Para além dos denominados 3 grandes somos o unico clube nacional com capacidade para se bater de igual para igual nas comeptições europeias! 100% SCB
Quote from: Rvben on 25 de October de 2008, 14:05
No início de 2003, António Salvador assumiu a presidência do Sporting de Braga. De temperamento difícil e com ideias que depressa entraram e conflito com a mediocridade que caracteriza a política de gestão da esmagadora maioria dos clubes portugueses, ninguém lhe deu importância. Contrato Jesualdo Ferreira e o 14º lugar desse ano alargou o sorriso hipócrita dos invejosos. Hoje, grandes à parte, obviamente, com cinco presenças consecutivas na UEFA, assina um feito apenas reclamado pelo fabuloso V. Setúbal dos anos 60.
O que merece relevo, porém, não é a fantástica vitória sobre os ingleses do Portsmouth, mas a consolidação do Braga europeu e a conquista de um estatuto que coloca em patamar imediatamente abaixo de Benfica, FC Porto e Sporting. O Boavista desapareceu; O V.Guimarães, sem envergadura, nem organização, nem dirigentes, perdeu a corrida e só disfarça essa inferioridade através da simplória rivalidade minhota. o Marítimo, apesar das generosas ajudas financeiras e do Governo da Madeira, é o que se vê: não sai do mesmo sítio. Todos os outros que apregoam grandezas no passado vivem agrilhoados a dívidas, vaidades e incompetências.
Por Fernando Guerra in ABOLA (25/10/2008)
haja alguém, em portugal, que reconheça o sporting clube de braga como o 4 grande, eu só quero uma coisa, é que o Salvador fique pelo Braga durante muitos e muitos anos, pois em equipa que ganha, não se mexe...
http://wwwbragablog.blogspot.com
Alguém tem de começar a ver a realidade, finalmente alguém começa a abrir os olhos.
Será cada vez mais normal isto acontecer se o Braga continuar a fazer a carreira que tem feito.
Quando hoje li este artigo na BOLA caíram-me os olhinhos ao chão!!
Tive que ler de novo para ter certeza que "tinha lido bem"...
Os meus parabéns ao jornal A BOLA
Sp. Braga de duas caras
[ 2008/10/24 | 11:25 ] Luís Sobral
A vitória do Sp. Braga sobre o Portsmouth foi um dos melhores resultados de equipas portuguesas na Europa nos últimos tempos.
Embora o adversário não seja famoso na Europa, é um dos bons clubes do melhor campeonato do mundo e possui diversos internacionais, além de um treinador experiente. Mais do que a vitória, impressiona a clareza dos números, no limiar da goleada.
Esta vitória sublinha a excelência dos bracarenses na Europa, ao mesmo tempo que acentua o contraste com a campanha doméstica.
Sabe-se que Jorge Jesus tem muitos e bons jogadores, embora necessite de fazer uma equipa, coisa que não se compra no supermercado. A campanha na Europa tem permitido ao treinador comprar o tempo de que necessita para acertar o passo na liga portuguesa, mas todos sabemos que o principal objectivo deve ser esse, por muito interessante que o brilharete na UEFA possa parecer.
Se conseguir replicar em Portugal o que tem feito na Taça UEFA, o Sp. Braga alcançará sem problemas um lugar que lhe garanta a continuidade na Europa, na próxima época.
P.S.: Esta época o calendário tem protegido as equipas portuguesas que andam na Europa. Antes da primeira jornada da Liga dos Campeões descansaram, agora jogaram na Taça (com boa dose de suplentes) no fim-de-semana anterior à ronda europeia. As paragens são desagradáveis para a liga portuguesa, mas acredito que ajudem os treinadores a preparar melhor os confrontos da UEFA. Só é pena que a Federação tenha agendado um jogo com o Brasil logo na semana anterior à quinta jornada da Liga dos Campeões e terceira da fase de grupos da Taça UEFA. Estas incongruências são difíceis de entender.
in maisfutebol
desejo que esta perfomance que temos tido nos jogos da UEFA, tenham continuidade para de uma vez por todas a europa tenha mais respeito por nós e pelos clubes de Portugal, estou com uma fé que este ano o nosso Braga vai-nós dar grandes alegrias.
Quote from: Rvben on 25 de October de 2008, 14:05
(...)O V.Guimarães, sem envergadura, nem organização, nem dirigentes, perdeu a corrida e só disfarça essa inferioridade através da simplória rivalidade minhota. (...). Todos os outros que apregoam grandezas no passado vivem agrilhoados a dívidas, vaidades e incompetências.
Por Fernando Guerra in ABOLA (25/10/2008)
Finalmente alguém exprime de forma cabal aquilo que eu já ando a dizer há muitos anos!
Jogos europeus do Braga nos últimos 5 anos
2008/2009 UC G Sporting Braga Por Portsmouth FC Eng 3-0
2008/2009 UC R1 Sporting Braga Por Petrzalka Bratislava Svk 4-0 2-0
2008/2009 UC Q2 Sporting Braga Por Zrinjski Mostar Bos 1-0 2-0
2007/2008 UC R3 Werder Bremen Ger Sporting Braga Por 3-0 1-0
2007/2008 UC G Sporting Braga Por Red Star Belgrade Srb 2-0
2007/2008 UC G Aris Thessaloniki Gre Sporting Braga Por 1-1
2007/2008 UC G Sporting Braga Por Bayern München Ger 1-1
2007/2008 UC G Bolton Wanderers Eng Sporting Braga Por 1-1
2007/2008 UC R1 Hammarby IF Swe Sporting Braga Por 2-1 0-4
2006/2007 UC R4 Sporting Braga Por Tottenham Hotspur Eng 2-3 2-3
2006/2007 UC R3 Sporting Braga Por AC Parma Ita 1-0 1-0
2006/2007 UC G Sporting Braga Por Grasshoppers Zürich Sui 2-0
2006/2007 UC G Sevilla Esp Sporting Braga Por 2-0
2006/2007 UC G Sporting Braga Por Slovan Liberec Cze 4-0
2006/2007 UC G AZ Alkmaar Ned Sporting Braga Por 3-0
2006/2007 UC R1 Sporting Braga Por Chievo Verona Ita 2-0 1-2
2005/2006 UC R1 Red Star Belgrade Srb Sporting Braga Por 0-0 1-1
2004/2005 UC R1 Hearts FC Sco Sporting Braga Por 3-1 2-2
Quote from: karon on 25 de October de 2008, 19:32
Quote from: Rvben on 25 de October de 2008, 14:05
(...)O V.Guimarães, sem envergadura, nem organização, nem dirigentes, perdeu a corrida e só disfarça essa inferioridade através da simplória rivalidade minhota. (...). Todos os outros que apregoam grandezas no passado vivem agrilhoados a dívidas, vaidades e incompetências.
Por Fernando Guerra in ABOLA (25/10/2008)
Finalmente alguém exprime de forma cabal aquilo que eu já ando a dizer há muitos anos!
Não é nada fácil encontrar jornalismo 100% honesto!
Parabéns pela coragem de não ter medo de dizer a verdade!
Lamento dizer, mas este lampião do Fernando Guerra é tudo menos honesto.
E por aqui me fico.
Quote from: duke on 26 de October de 2008, 01:19
Lamento dizer, mas este lampião do Fernando Guerra é tudo menos honesto.
E por aqui me fico.
Eu também concordo, aliás até considero que esta honestidade, funciona mais como uma boa acção para expiação dos pecados. Mas que é verdade, isso nem se questiona, se calhar será a única crónica honesta e imparcial em toda a sua carreira jornalística ( se não for, serão todas bem vindas ).
Pois, pode ter feito esta cronica só para a bola dar a parcer que nao anda "ao colo" com os 3 estarolas e que de vez enquando até dá importancia aos que realmente sao grandes.
Quote from: antimouros on 25 de October de 2008, 22:53
Jogos europeus do Braga nos últimos 5 anos
2008/2009 UC G Sporting Braga Por Portsmouth FC Eng 3-0
2008/2009 UC R1 Sporting Braga Por Petrzalka Bratislava Svk 4-0 2-0
2008/2009 UC Q2 Sporting Braga Por Zrinjski Mostar Bos 1-0 2-0
2007/2008 UC R3 Werder Bremen Ger Sporting Braga Por 3-0 1-0
2007/2008 UC G Sporting Braga Por Red Star Belgrade Srb 2-0
2007/2008 UC G Aris Thessaloniki Gre Sporting Braga Por 1-1
2007/2008 UC G Sporting Braga Por Bayern München Ger 1-1
2007/2008 UC G Bolton Wanderers Eng Sporting Braga Por 1-1
2007/2008 UC R1 Hammarby IF Swe Sporting Braga Por 2-1 0-4
2006/2007 UC R4 Sporting Braga Por Tottenham Hotspur Eng 2-3 2-3
2006/2007 UC R3 Sporting Braga Por AC Parma Ita 1-0 1-0
2006/2007 UC G Sporting Braga Por Grasshoppers Zürich Sui 2-0
2006/2007 UC G Sevilla Esp Sporting Braga Por 2-0
2006/2007 UC G Sporting Braga Por Slovan Liberec Cze 4-0
2006/2007 UC G AZ Alkmaar Ned Sporting Braga Por 3-0
2006/2007 UC R1 Sporting Braga Por Chievo Verona Ita 2-0 1-2
2005/2006 UC R1 Red Star Belgrade Srb Sporting Braga Por 0-0 1-1
2004/2005 UC R1 Hearts FC Sco Sporting Braga Por 3-1 2-2
Falta aqui o jogo contra o sivassepor não deixa de ser um jogo da uefa e para as competições europeias.
Afinal o jornaleco voltou ao normal
"1Parece que um grupo muito especial de adeptos portistas fez uma espera aos jogadores, após a derrota com o Leixões, e, entre outros desacatos, atacou o carro de Cristian Rodriguez, numa triste repetição do episódio sucedido há anos com Co Adriaanse. Não vale a pena tecer grandes considerações sobre o assunto, porque ele é pacífico: este é o futebol que vamos tendo, aqui e lá fora, e é por isso que há cada vez menos gente decente a frequentar o futebol. Diga-se, porém, e em abono da verdade, que as claques organizadas não são apenas um cancro do futebol, mas o reflexo de uma sociedade sem valores. A «coragem cívica» das multidões organizadas em gangues de intervenção é o contraponto exacto da falta de coragem individual. Sozinhos, os portugueses não se atrevem a nada; em bando, atrevem-se a tudo.
Uma das demonstrações da falta de coragem individual é a renúncia à capacidade crítica contra os poderes instalados. A multidão do Dragão, justamente irritada com o que vai vendo, é capaz de fazer esperas aos jogadores, assobiar a equipa e acenar com lenços brancos contra o treinador. Mas ninguém, individualmente, se atreve a levantar a voz e assinar por baixo uma crítica aos verdadeiros responsáveis: a administração do clube, que, ano após ano, vende os melhores para comprar camionetas de jogadores de terceira categoria, com isso destroçando a equipa, arruinando o clube e prestando um péssimo serviço ao futebol português — que exporta para a Roménia, Chipre ou equipas nacionais sem projecção, os jovens valores formados nas escolas, em benefício de sul-americanos de ocasião, que proporcionam negócios rentáveis a quem não devia.
Quando uma simpática e persuasiva funcionária do FC Porto me telefonou em Agosto, lembrando que eu ainda não havia renovado o meu dragon seat, eu respondi-lhe, meio a sério, meio a brincar, que, constatando o esforço titânico que a administração estava a fazer para vender o Quaresma a qualquer preço (como viria a suceder), eu perguntava-me para quê renovar o lugar no Dragão: para ver Adelino Caldeira a fazer cruzamentos de letra ou Pinto da Costa a marcar golos de trivela?
A razão pela qual o FC Porto desta época é o que está à vista é simples, tremendamente simples: porque, como aqui o escrevi há semanas para grande escândalo de outros observadores para quem há gente e coisas intocáveis, é que este FC Porto é a pior equipa da década, pelo menos. A geração que ganhou a Liga dos Campeões em 2003, foi destroçada, e, da que se lhe seguiu, já só restam Lucho e Lisandro. Mas Lucho, que havia começado a época em grande, entrou em crise psicológica e não tem quem pegue na equipa em vez dele, e Lisandro está em guerra surda com a SAD — que é capaz de pagar 200.000 euros por mês ao Cristian Rodriguez (apenas 50.000 a menos do que Quaresma foi ganhar para o Inter), é capaz de pagar alguns 50.000 a jogadores que nem na Segunda B teriam lugar, é capaz de pagar uns trinta ordenados a jogadores para brilharem noutros clubes, mas não tem dinheiro para pagar ao Lisandro o que ele acha que merece. Talvez o Lisandro esteja a exagerar, mas quando os maus exemplos vêm de cima, porque não aproveitar, quando se é um dos raros ali que fazem a diferença?
É fácil, facilíssimo, atirar as culpas para cima do treinador: é sempre assim, quando não se sabe gerir. Eu acho que Jesualdo tem feito o melhor que pode, com equipas que, de ano para ano, são cada vez piores. E, como já aqui o disse, tirando erros pontuais às vezes incompreensíveis — como a insistência no Mariano González ou essa fatal tendência dos treinadores portugueses para mudarem a equipa toda e renunciarem ao ataque, de cada vez que têm um jogo difícil pela frente — Jesualdo só pode, eventualmente, ser culpabilizado por ter sido cúmplice ou testemunha silenciosa dos negócios que desmantelaram a equipa e a puseram a falar castelhano e a jogar um futebol que depende da inspiração de não mais do que dois ou três jogadores.
À vista de todos, a este FC Porto falta, para começar, um guarda-redes a sério e é incrível que não o tenha. Todas as equipas que conheço devem vitórias e resultados aos guarda-redes: não me lembro, desde que Adriaanse reformou Baía, de um só jogo em que se possa dizer que o FC Porto ficou a dever o resultado ao guarda-redes. Depois, falta-lhe um lateral-esquerdo de categoria internacional, até para libertar o Fucile para a direita, onde ele é bem melhor do que Sapunaru. E mais uma vez é incrível como é que, tendo comprado 13 (!) defesas-esquerdos nos últimos dez anos, não se comprou um único que desse garantias. Falta-lhe, a seguir, pelo menos dois grandes médios de ataque, que libertem o Raul Meireles para o lugar de trinco (onde, entre os cinco vindos este ano, não há um só que preste!) e libertar o Lucho (enquanto lá está...) do peso de ter de carregar em exclusivo a equipa para a frente. E falta-lhe, para terminar, dois extremos a sério, pois que só tem um e Jesualdo nem sequer gosta de apostar nele: o Candeias. Borda fora foram, além do Quaresma, o Pittbull, o Vieirinha, o Alan, o Hélder Barbosa, o Diogo Valente. É preciso ir às compras em Dezembro, mas calma: não vale a pena ir já a correr reservar um charter para a América do Sul. Há muita gente aí, emprestada, que deve ser mandada voltar para casa e, embora eu duvide, se possível, trocada por uma dúzia de inutilidades que por lá andam.
Com esta equipa, não vale a pena alimentar ilusões nem agitar lenços brancos. Não vale a pena caírem em cima do treinador, porque nem Mourinho conseguia fazer daquilo uma equipa a nível europeu. E, depois, também manda a verdade que se diga, que Jesualdo não tem tido sorte. O Dynamo de Kiev não fez nada para merecer ganhar no Dragão: fez tanto como o Sporting fez para merecer ganhar em Donestk. Com a mesma sorte do Sporting (aquele remate de Lucho ao poste, por exemplo), o FC Porto teria ganho ao Dynamo e com justiça. E com a sorte que o Benfica teve contra a Naval, teria ganho, ou pelo menos empatado, com o Leixões e não se estaria agora a falar em crise. Mas as coisas são o que são e estamos todos habituados a ver o FC Porto a superar erros de arbitragem e bolas ao poste. Foi o que fizemos em Alvalade, contra o Sporting e contra Lucílio Baptista e aí escreveu-se que estava de volta o FC Porto dos últimos anos. Não estava e logo se viu. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A fórmula actual é simples: em dia de inspiração de Lucho e Lisandro, o FC Porto ganha; em dia de desinspiração deles, não ganha, porque não há ali ninguém mais que tenha categoria para desequilibrar um jogo.
2No momento em que escrevo, não sei o desfecho do Braga-Estrela da Amadora, mas, ao ler que Jorge Jesus afirmou que este jogo era mais difícil do que o confronto com o Portsmouth, dá-me ideia de que estava já a preparar os adeptos para um fracasso e a desresponsabilizar os seus jogadores, por antecipação. Ele lá sabe, melhor do que ninguém, o que a equipa pode ou não dar. Agora, há uma coisa que, francamente, já enerva como desculpa: que é a do cansaço do jogo europeu a meio da semana (ainda para mais, jogado em casa e sem necessidade de viagens). Nunca percebi porque razão as equipas ditas pequenas se batem tanto por um lugar europeu, quando depois, na época seguinte, vivem a queixar-se do cansaço dos jogos europeus a meio da semana. E também nunca percebi porque é que o cansaço há-de atacar mais os pequenos do que os grandes: alguém se lembrou de justificar as más exibições de FC Porto, Sporting e Benfica, nesta jornada, com o cansaço do jogo europeu?
in abola"
Ja andamos mesmo a incomodar,agora esse tone ja sabe o resultado de ontem...
É isso mesmo, agora o MST já ficou a saber o resultado! >:( Deve ter ficado chateado com tanto Braga esta semana! ;D
Quote from: Rvben on 28 de October de 2008, 19:29
É isso mesmo, agora o MST já ficou a saber o resultado! >:( Deve ter ficado chateado com tanto Braga esta semana! ;D
Ele que meta uma rolha e... que vá festejar as derrotas do seu clube!
Mas este tone percebe alguma coisa de futebol?
quem esta contra tudo e contra todos, tem alguma credibilidade?
ainda vai morrer sozinho a falar para as borboletas ?
tenho pena que se escreva tanta merd a neste pais.
Quote from: Zezinho 3005 on 28 de October de 2008, 19:01
Afinal o jornaleco voltou ao normal
"1Parece que um grupo muito especial de adeptos portistas fez uma espera aos jogadores, após a derrota com o Leixões, e, entre outros desacatos, atacou o carro de Cristian Rodriguez, numa triste repetição do episódio sucedido há anos com Co Adriaanse. Não vale a pena tecer grandes considerações sobre o assunto, porque ele é pacífico: este é o futebol que vamos tendo, aqui e lá fora, e é por isso que há cada vez menos gente decente a frequentar o futebol. Diga-se, porém, e em abono da verdade, que as claques organizadas não são apenas um cancro do futebol, mas o reflexo de uma sociedade sem valores. A «coragem cívica» das multidões organizadas em gangues de intervenção é o contraponto exacto da falta de coragem individual. Sozinhos, os portugueses não se atrevem a nada; em bando, atrevem-se a tudo.
Uma das demonstrações da falta de coragem individual é a renúncia à capacidade crítica contra os poderes instalados. A multidão do Dragão, justamente irritada com o que vai vendo, é capaz de fazer esperas aos jogadores, assobiar a equipa e acenar com lenços brancos contra o treinador. Mas ninguém, individualmente, se atreve a levantar a voz e assinar por baixo uma crítica aos verdadeiros responsáveis: a administração do clube, que, ano após ano, vende os melhores para comprar camionetas de jogadores de terceira categoria, com isso destroçando a equipa, arruinando o clube e prestando um péssimo serviço ao futebol português — que exporta para a Roménia, Chipre ou equipas nacionais sem projecção, os jovens valores formados nas escolas, em benefício de sul-americanos de ocasião, que proporcionam negócios rentáveis a quem não devia.
Quando uma simpática e persuasiva funcionária do FC Porto me telefonou em Agosto, lembrando que eu ainda não havia renovado o meu dragon seat, eu respondi-lhe, meio a sério, meio a brincar, que, constatando o esforço titânico que a administração estava a fazer para vender o Quaresma a qualquer preço (como viria a suceder), eu perguntava-me para quê renovar o lugar no Dragão: para ver Adelino Caldeira a fazer cruzamentos de letra ou Pinto da Costa a marcar golos de trivela?
A razão pela qual o FC Porto desta época é o que está à vista é simples, tremendamente simples: porque, como aqui o escrevi há semanas para grande escândalo de outros observadores para quem há gente e coisas intocáveis, é que este FC Porto é a pior equipa da década, pelo menos. A geração que ganhou a Liga dos Campeões em 2003, foi destroçada, e, da que se lhe seguiu, já só restam Lucho e Lisandro. Mas Lucho, que havia começado a época em grande, entrou em crise psicológica e não tem quem pegue na equipa em vez dele, e Lisandro está em guerra surda com a SAD — que é capaz de pagar 200.000 euros por mês ao Cristian Rodriguez (apenas 50.000 a menos do que Quaresma foi ganhar para o Inter), é capaz de pagar alguns 50.000 a jogadores que nem na Segunda B teriam lugar, é capaz de pagar uns trinta ordenados a jogadores para brilharem noutros clubes, mas não tem dinheiro para pagar ao Lisandro o que ele acha que merece. Talvez o Lisandro esteja a exagerar, mas quando os maus exemplos vêm de cima, porque não aproveitar, quando se é um dos raros ali que fazem a diferença?
É fácil, facilíssimo, atirar as culpas para cima do treinador: é sempre assim, quando não se sabe gerir. Eu acho que Jesualdo tem feito o melhor que pode, com equipas que, de ano para ano, são cada vez piores. E, como já aqui o disse, tirando erros pontuais às vezes incompreensíveis — como a insistência no Mariano González ou essa fatal tendência dos treinadores portugueses para mudarem a equipa toda e renunciarem ao ataque, de cada vez que têm um jogo difícil pela frente — Jesualdo só pode, eventualmente, ser culpabilizado por ter sido cúmplice ou testemunha silenciosa dos negócios que desmantelaram a equipa e a puseram a falar castelhano e a jogar um futebol que depende da inspiração de não mais do que dois ou três jogadores.
À vista de todos, a este FC Porto falta, para começar, um guarda-redes a sério e é incrível que não o tenha. Todas as equipas que conheço devem vitórias e resultados aos guarda-redes: não me lembro, desde que Adriaanse reformou Baía, de um só jogo em que se possa dizer que o FC Porto ficou a dever o resultado ao guarda-redes. Depois, falta-lhe um lateral-esquerdo de categoria internacional, até para libertar o Fucile para a direita, onde ele é bem melhor do que Sapunaru. E mais uma vez é incrível como é que, tendo comprado 13 (!) defesas-esquerdos nos últimos dez anos, não se comprou um único que desse garantias. Falta-lhe, a seguir, pelo menos dois grandes médios de ataque, que libertem o Raul Meireles para o lugar de trinco (onde, entre os cinco vindos este ano, não há um só que preste!) e libertar o Lucho (enquanto lá está...) do peso de ter de carregar em exclusivo a equipa para a frente. E falta-lhe, para terminar, dois extremos a sério, pois que só tem um e Jesualdo nem sequer gosta de apostar nele: o Candeias. Borda fora foram, além do Quaresma, o Pittbull, o Vieirinha, o Alan, o Hélder Barbosa, o Diogo Valente. É preciso ir às compras em Dezembro, mas calma: não vale a pena ir já a correr reservar um charter para a América do Sul. Há muita gente aí, emprestada, que deve ser mandada voltar para casa e, embora eu duvide, se possível, trocada por uma dúzia de inutilidades que por lá andam.
Com esta equipa, não vale a pena alimentar ilusões nem agitar lenços brancos. Não vale a pena caírem em cima do treinador, porque nem Mourinho conseguia fazer daquilo uma equipa a nível europeu. E, depois, também manda a verdade que se diga, que Jesualdo não tem tido sorte. O Dynamo de Kiev não fez nada para merecer ganhar no Dragão: fez tanto como o Sporting fez para merecer ganhar em Donestk. Com a mesma sorte do Sporting (aquele remate de Lucho ao poste, por exemplo), o FC Porto teria ganho ao Dynamo e com justiça. E com a sorte que o Benfica teve contra a Naval, teria ganho, ou pelo menos empatado, com o Leixões e não se estaria agora a falar em crise. Mas as coisas são o que são e estamos todos habituados a ver o FC Porto a superar erros de arbitragem e bolas ao poste. Foi o que fizemos em Alvalade, contra o Sporting e contra Lucílio Baptista e aí escreveu-se que estava de volta o FC Porto dos últimos anos. Não estava e logo se viu. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A fórmula actual é simples: em dia de inspiração de Lucho e Lisandro, o FC Porto ganha; em dia de desinspiração deles, não ganha, porque não há ali ninguém mais que tenha categoria para desequilibrar um jogo.
2No momento em que escrevo, não sei o desfecho do Braga-Estrela da Amadora, mas, ao ler que Jorge Jesus afirmou que este jogo era mais difícil do que o confronto com o Portsmouth, dá-me ideia de que estava já a preparar os adeptos para um fracasso e a desresponsabilizar os seus jogadores, por antecipação. Ele lá sabe, melhor do que ninguém, o que a equipa pode ou não dar. Agora, há uma coisa que, francamente, já enerva como desculpa: que é a do cansaço do jogo europeu a meio da semana (ainda para mais, jogado em casa e sem necessidade de viagens). Nunca percebi porque razão as equipas ditas pequenas se batem tanto por um lugar europeu, quando depois, na época seguinte, vivem a queixar-se do cansaço dos jogos europeus a meio da semana. E também nunca percebi porque é que o cansaço há-de atacar mais os pequenos do que os grandes: alguém se lembrou de justificar as más exibições de FC Porto, Sporting e Benfica, nesta jornada, com o cansaço do jogo europeu?
in abola"
Ja andamos mesmo a incomodar,agora esse tone ja sabe o resultado de ontem...
Por acaso li hoje este texto...
É daqueles casos em que ao ver uma pessoa credivel com espaço num jornal desportivo para colocar todas as frustrações que vão no âmago, só por esse único motivo, a credibilidade...já entra no patamar da razoabilidade um urinol ao contrário. Ficaria horas e horas, com um sorriso de orelha a orelha a contemplá-lo...o urinol :P parabéns ao criativo Marcel Duchamp.
Quanto MST, só tenho a dizer que as tripas à moda do Porto quando ficam estragadas, provocam diarreira verbal :'(
este gajo nunca recuperou daqueles 3 que levou no Dragão, não sei porquê mas desde essa data o homem tem sempre que falar no nome do Braga e sempre para dizer mal, aquele homem cada vez que fala saem kg de MER D A daquela boca... Sinceramente nao conheço pessoa mais insuportavel que este individuo.
Quote from: Zezinho 3005 on 28 de October de 2008, 19:01
Afinal o jornaleco voltou ao normal
"1Parece que um grupo muito especial de adeptos portistas fez uma espera aos jogadores, após a derrota com o Leixões, e, entre outros desacatos, atacou o carro de Cristian Rodriguez, numa triste repetição do episódio sucedido há anos com Co Adriaanse. Não vale a pena tecer grandes considerações sobre o assunto, porque ele é pacífico: este é o futebol que vamos tendo, aqui e lá fora, e é por isso que há cada vez menos gente decente a frequentar o futebol. Diga-se, porém, e em abono da verdade, que as claques organizadas não são apenas um cancro do futebol, mas o reflexo de uma sociedade sem valores. A «coragem cívica» das multidões organizadas em gangues de intervenção é o contraponto exacto da falta de coragem individual. Sozinhos, os portugueses não se atrevem a nada; em bando, atrevem-se a tudo.
Uma das demonstrações da falta de coragem individual é a renúncia à capacidade crítica contra os poderes instalados. A multidão do Dragão, justamente irritada com o que vai vendo, é capaz de fazer esperas aos jogadores, assobiar a equipa e acenar com lenços brancos contra o treinador. Mas ninguém, individualmente, se atreve a levantar a voz e assinar por baixo uma crítica aos verdadeiros responsáveis: a administração do clube, que, ano após ano, vende os melhores para comprar camionetas de jogadores de terceira categoria, com isso destroçando a equipa, arruinando o clube e prestando um péssimo serviço ao futebol português — que exporta para a Roménia, Chipre ou equipas nacionais sem projecção, os jovens valores formados nas escolas, em benefício de sul-americanos de ocasião, que proporcionam negócios rentáveis a quem não devia.
Quando uma simpática e persuasiva funcionária do FC Porto me telefonou em Agosto, lembrando que eu ainda não havia renovado o meu dragon seat, eu respondi-lhe, meio a sério, meio a brincar, que, constatando o esforço titânico que a administração estava a fazer para vender o Quaresma a qualquer preço (como viria a suceder), eu perguntava-me para quê renovar o lugar no Dragão: para ver Adelino Caldeira a fazer cruzamentos de letra ou Pinto da Costa a marcar golos de trivela?
A razão pela qual o FC Porto desta época é o que está à vista é simples, tremendamente simples: porque, como aqui o escrevi há semanas para grande escândalo de outros observadores para quem há gente e coisas intocáveis, é que este FC Porto é a pior equipa da década, pelo menos. A geração que ganhou a Liga dos Campeões em 2003, foi destroçada, e, da que se lhe seguiu, já só restam Lucho e Lisandro. Mas Lucho, que havia começado a época em grande, entrou em crise psicológica e não tem quem pegue na equipa em vez dele, e Lisandro está em guerra surda com a SAD — que é capaz de pagar 200.000 euros por mês ao Cristian Rodriguez (apenas 50.000 a menos do que Quaresma foi ganhar para o Inter), é capaz de pagar alguns 50.000 a jogadores que nem na Segunda B teriam lugar, é capaz de pagar uns trinta ordenados a jogadores para brilharem noutros clubes, mas não tem dinheiro para pagar ao Lisandro o que ele acha que merece. Talvez o Lisandro esteja a exagerar, mas quando os maus exemplos vêm de cima, porque não aproveitar, quando se é um dos raros ali que fazem a diferença?
É fácil, facilíssimo, atirar as culpas para cima do treinador: é sempre assim, quando não se sabe gerir. Eu acho que Jesualdo tem feito o melhor que pode, com equipas que, de ano para ano, são cada vez piores. E, como já aqui o disse, tirando erros pontuais às vezes incompreensíveis — como a insistência no Mariano González ou essa fatal tendência dos treinadores portugueses para mudarem a equipa toda e renunciarem ao ataque, de cada vez que têm um jogo difícil pela frente — Jesualdo só pode, eventualmente, ser culpabilizado por ter sido cúmplice ou testemunha silenciosa dos negócios que desmantelaram a equipa e a puseram a falar castelhano e a jogar um futebol que depende da inspiração de não mais do que dois ou três jogadores.
À vista de todos, a este FC Porto falta, para começar, um guarda-redes a sério e é incrível que não o tenha. Todas as equipas que conheço devem vitórias e resultados aos guarda-redes: não me lembro, desde que Adriaanse reformou Baía, de um só jogo em que se possa dizer que o FC Porto ficou a dever o resultado ao guarda-redes. Depois, falta-lhe um lateral-esquerdo de categoria internacional, até para libertar o Fucile para a direita, onde ele é bem melhor do que Sapunaru. E mais uma vez é incrível como é que, tendo comprado 13 (!) defesas-esquerdos nos últimos dez anos, não se comprou um único que desse garantias. Falta-lhe, a seguir, pelo menos dois grandes médios de ataque, que libertem o Raul Meireles para o lugar de trinco (onde, entre os cinco vindos este ano, não há um só que preste!) e libertar o Lucho (enquanto lá está...) do peso de ter de carregar em exclusivo a equipa para a frente. E falta-lhe, para terminar, dois extremos a sério, pois que só tem um e Jesualdo nem sequer gosta de apostar nele: o Candeias. Borda fora foram, além do Quaresma, o Pittbull, o Vieirinha, o Alan, o Hélder Barbosa, o Diogo Valente. É preciso ir às compras em Dezembro, mas calma: não vale a pena ir já a correr reservar um charter para a América do Sul. Há muita gente aí, emprestada, que deve ser mandada voltar para casa e, embora eu duvide, se possível, trocada por uma dúzia de inutilidades que por lá andam.
Com esta equipa, não vale a pena alimentar ilusões nem agitar lenços brancos. Não vale a pena caírem em cima do treinador, porque nem Mourinho conseguia fazer daquilo uma equipa a nível europeu. E, depois, também manda a verdade que se diga, que Jesualdo não tem tido sorte. O Dynamo de Kiev não fez nada para merecer ganhar no Dragão: fez tanto como o Sporting fez para merecer ganhar em Donestk. Com a mesma sorte do Sporting (aquele remate de Lucho ao poste, por exemplo), o FC Porto teria ganho ao Dynamo e com justiça. E com a sorte que o Benfica teve contra a Naval, teria ganho, ou pelo menos empatado, com o Leixões e não se estaria agora a falar em crise. Mas as coisas são o que são e estamos todos habituados a ver o FC Porto a superar erros de arbitragem e bolas ao poste. Foi o que fizemos em Alvalade, contra o Sporting e contra Lucílio Baptista e aí escreveu-se que estava de volta o FC Porto dos últimos anos. Não estava e logo se viu. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A fórmula actual é simples: em dia de inspiração de Lucho e Lisandro, o FC Porto ganha; em dia de desinspiração deles, não ganha, porque não há ali ninguém mais que tenha categoria para desequilibrar um jogo.
2No momento em que escrevo, não sei o desfecho do Braga-Estrela da Amadora, mas, ao ler que Jorge Jesus afirmou que este jogo era mais difícil do que o confronto com o Portsmouth, dá-me ideia de que estava já a preparar os adeptos para um fracasso e a desresponsabilizar os seus jogadores, por antecipação. Ele lá sabe, melhor do que ninguém, o que a equipa pode ou não dar. Agora, há uma coisa que, francamente, já enerva como desculpa: que é a do cansaço do jogo europeu a meio da semana (ainda para mais, jogado em casa e sem necessidade de viagens). Nunca percebi porque razão as equipas ditas pequenas se batem tanto por um lugar europeu, quando depois, na época seguinte, vivem a queixar-se do cansaço dos jogos europeus a meio da semana. E também nunca percebi porque é que o cansaço há-de atacar mais os pequenos do que os grandes: alguém se lembrou de justificar as más exibições de FC Porto, Sporting e Benfica, nesta jornada, com o cansaço do jogo europeu?
in abola"
Ja andamos mesmo a incomodar,agora esse tone ja sabe o resultado de ontem...
Nem sabem a volta ao estômago que ler isto me deu.Este tipo de gajos eram tão bem apanhados por cá,não pra violência mas só pra lhe mandar uns recadinhos pra ver se da próxima já tem mais respeito.
Essa da equipa pequena que se queixa do cansaço a época toda então.Será que este energúmeno tem consciência que vamos em 5 épocas seguidas na europa e que somos dos clubes que mais tem dado pontos a Portugal??Pontos que mantem o seu querido clube se calhar nas competições europeias.E depois diz que nunca se justifica os resultados dos grandes com o cansaço.Não??!!Estes gajos não aprendem mas pode ser que no fim da época engulam alguns sapos bem amargos.
Ora toma e embrulha! 5 dedos por aí acima!
OS NOSSOS GUERREIROS VÃO DAR COM ***** NA CARA MUITA GENTE
100%BRAGA :D
Esse gajo éum imbecil! lol
Ele que meta um guarda chuva onde eu cá sei e que o abra la dentro! :-* :-* :-*
Quote from: Zezinho 3005 on 28 de October de 2008, 19:01
Afinal o jornaleco voltou ao normal
"1Parece que um grupo muito especial de adeptos portistas fez uma espera aos jogadores, após a derrota com o Leixões, e, entre outros desacatos, atacou o carro de Cristian Rodriguez, numa triste repetição do episódio sucedido há anos com Co Adriaanse. Não vale a pena tecer grandes considerações sobre o assunto, porque ele é pacífico: este é o futebol que vamos tendo, aqui e lá fora, e é por isso que há cada vez menos gente decente a frequentar o futebol. Diga-se, porém, e em abono da verdade, que as claques organizadas não são apenas um cancro do futebol, mas o reflexo de uma sociedade sem valores. A «coragem cívica» das multidões organizadas em gangues de intervenção é o contraponto exacto da falta de coragem individual. Sozinhos, os portugueses não se atrevem a nada; em bando, atrevem-se a tudo.
Uma das demonstrações da falta de coragem individual é a renúncia à capacidade crítica contra os poderes instalados. A multidão do Dragão, justamente irritada com o que vai vendo, é capaz de fazer esperas aos jogadores, assobiar a equipa e acenar com lenços brancos contra o treinador. Mas ninguém, individualmente, se atreve a levantar a voz e assinar por baixo uma crítica aos verdadeiros responsáveis: a administração do clube, que, ano após ano, vende os melhores para comprar camionetas de jogadores de terceira categoria, com isso destroçando a equipa, arruinando o clube e prestando um péssimo serviço ao futebol português — que exporta para a Roménia, Chipre ou equipas nacionais sem projecção, os jovens valores formados nas escolas, em benefício de sul-americanos de ocasião, que proporcionam negócios rentáveis a quem não devia.
Quando uma simpática e persuasiva funcionária do FC Porto me telefonou em Agosto, lembrando que eu ainda não havia renovado o meu dragon seat, eu respondi-lhe, meio a sério, meio a brincar, que, constatando o esforço titânico que a administração estava a fazer para vender o Quaresma a qualquer preço (como viria a suceder), eu perguntava-me para quê renovar o lugar no Dragão: para ver Adelino Caldeira a fazer cruzamentos de letra ou Pinto da Costa a marcar golos de trivela?
A razão pela qual o FC Porto desta época é o que está à vista é simples, tremendamente simples: porque, como aqui o escrevi há semanas para grande escândalo de outros observadores para quem há gente e coisas intocáveis, é que este FC Porto é a pior equipa da década, pelo menos. A geração que ganhou a Liga dos Campeões em 2003, foi destroçada, e, da que se lhe seguiu, já só restam Lucho e Lisandro. Mas Lucho, que havia começado a época em grande, entrou em crise psicológica e não tem quem pegue na equipa em vez dele, e Lisandro está em guerra surda com a SAD — que é capaz de pagar 200.000 euros por mês ao Cristian Rodriguez (apenas 50.000 a menos do que Quaresma foi ganhar para o Inter), é capaz de pagar alguns 50.000 a jogadores que nem na Segunda B teriam lugar, é capaz de pagar uns trinta ordenados a jogadores para brilharem noutros clubes, mas não tem dinheiro para pagar ao Lisandro o que ele acha que merece. Talvez o Lisandro esteja a exagerar, mas quando os maus exemplos vêm de cima, porque não aproveitar, quando se é um dos raros ali que fazem a diferença?
É fácil, facilíssimo, atirar as culpas para cima do treinador: é sempre assim, quando não se sabe gerir. Eu acho que Jesualdo tem feito o melhor que pode, com equipas que, de ano para ano, são cada vez piores. E, como já aqui o disse, tirando erros pontuais às vezes incompreensíveis — como a insistência no Mariano González ou essa fatal tendência dos treinadores portugueses para mudarem a equipa toda e renunciarem ao ataque, de cada vez que têm um jogo difícil pela frente — Jesualdo só pode, eventualmente, ser culpabilizado por ter sido cúmplice ou testemunha silenciosa dos negócios que desmantelaram a equipa e a puseram a falar castelhano e a jogar um futebol que depende da inspiração de não mais do que dois ou três jogadores.
À vista de todos, a este FC Porto falta, para começar, um guarda-redes a sério e é incrível que não o tenha. Todas as equipas que conheço devem vitórias e resultados aos guarda-redes: não me lembro, desde que Adriaanse reformou Baía, de um só jogo em que se possa dizer que o FC Porto ficou a dever o resultado ao guarda-redes. Depois, falta-lhe um lateral-esquerdo de categoria internacional, até para libertar o Fucile para a direita, onde ele é bem melhor do que Sapunaru. E mais uma vez é incrível como é que, tendo comprado 13 (!) defesas-esquerdos nos últimos dez anos, não se comprou um único que desse garantias. Falta-lhe, a seguir, pelo menos dois grandes médios de ataque, que libertem o Raul Meireles para o lugar de trinco (onde, entre os cinco vindos este ano, não há um só que preste!) e libertar o Lucho (enquanto lá está...) do peso de ter de carregar em exclusivo a equipa para a frente. E falta-lhe, para terminar, dois extremos a sério, pois que só tem um e Jesualdo nem sequer gosta de apostar nele: o Candeias. Borda fora foram, além do Quaresma, o Pittbull, o Vieirinha, o Alan, o Hélder Barbosa, o Diogo Valente. É preciso ir às compras em Dezembro, mas calma: não vale a pena ir já a correr reservar um charter para a América do Sul. Há muita gente aí, emprestada, que deve ser mandada voltar para casa e, embora eu duvide, se possível, trocada por uma dúzia de inutilidades que por lá andam.
Com esta equipa, não vale a pena alimentar ilusões nem agitar lenços brancos. Não vale a pena caírem em cima do treinador, porque nem Mourinho conseguia fazer daquilo uma equipa a nível europeu. E, depois, também manda a verdade que se diga, que Jesualdo não tem tido sorte. O Dynamo de Kiev não fez nada para merecer ganhar no Dragão: fez tanto como o Sporting fez para merecer ganhar em Donestk. Com a mesma sorte do Sporting (aquele remate de Lucho ao poste, por exemplo), o FC Porto teria ganho ao Dynamo e com justiça. E com a sorte que o Benfica teve contra a Naval, teria ganho, ou pelo menos empatado, com o Leixões e não se estaria agora a falar em crise. Mas as coisas são o que são e estamos todos habituados a ver o FC Porto a superar erros de arbitragem e bolas ao poste. Foi o que fizemos em Alvalade, contra o Sporting e contra Lucílio Baptista e aí escreveu-se que estava de volta o FC Porto dos últimos anos. Não estava e logo se viu. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A fórmula actual é simples: em dia de inspiração de Lucho e Lisandro, o FC Porto ganha; em dia de desinspiração deles, não ganha, porque não há ali ninguém mais que tenha categoria para desequilibrar um jogo.
2No momento em que escrevo, não sei o desfecho do Braga-Estrela da Amadora, mas, ao ler que Jorge Jesus afirmou que este jogo era mais difícil do que o confronto com o Portsmouth, dá-me ideia de que estava já a preparar os adeptos para um fracasso e a desresponsabilizar os seus jogadores, por antecipação. Ele lá sabe, melhor do que ninguém, o que a equipa pode ou não dar. Agora, há uma coisa que, francamente, já enerva como desculpa: que é a do cansaço do jogo europeu a meio da semana (ainda para mais, jogado em casa e sem necessidade de viagens). Nunca percebi porque razão as equipas ditas pequenas se batem tanto por um lugar europeu, quando depois, na época seguinte, vivem a queixar-se do cansaço dos jogos europeus a meio da semana. E também nunca percebi porque é que o cansaço há-de atacar mais os pequenos do que os grandes: alguém se lembrou de justificar as más exibições de FC Porto, Sporting e Benfica, nesta jornada, com o cansaço do jogo europeu?
in abola"
Ja andamos mesmo a incomodar,agora esse tone ja sabe o resultado de ontem...
pois,mas no final do jogo de ontem comeu muitos sapos...
http://wwwbragablog.blogspot.com
Quote from: sagg on 28 de October de 2008, 21:34
Quote from: Zezinho 3005 on 28 de October de 2008, 19:01
Afinal o jornaleco voltou ao normal
"1Parece que um grupo muito especial de adeptos portistas fez uma espera aos jogadores, após a derrota com o Leixões, e, entre outros desacatos, atacou o carro de Cristian Rodriguez, numa triste repetição do episódio sucedido há anos com Co Adriaanse. Não vale a pena tecer grandes considerações sobre o assunto, porque ele é pacífico: este é o futebol que vamos tendo, aqui e lá fora, e é por isso que há cada vez menos gente decente a frequentar o futebol. Diga-se, porém, e em abono da verdade, que as claques organizadas não são apenas um cancro do futebol, mas o reflexo de uma sociedade sem valores. A «coragem cívica» das multidões organizadas em gangues de intervenção é o contraponto exacto da falta de coragem individual. Sozinhos, os portugueses não se atrevem a nada; em bando, atrevem-se a tudo.
Uma das demonstrações da falta de coragem individual é a renúncia à capacidade crítica contra os poderes instalados. A multidão do Dragão, justamente irritada com o que vai vendo, é capaz de fazer esperas aos jogadores, assobiar a equipa e acenar com lenços brancos contra o treinador. Mas ninguém, individualmente, se atreve a levantar a voz e assinar por baixo uma crítica aos verdadeiros responsáveis: a administração do clube, que, ano após ano, vende os melhores para comprar camionetas de jogadores de terceira categoria, com isso destroçando a equipa, arruinando o clube e prestando um péssimo serviço ao futebol português — que exporta para a Roménia, Chipre ou equipas nacionais sem projecção, os jovens valores formados nas escolas, em benefício de sul-americanos de ocasião, que proporcionam negócios rentáveis a quem não devia.
Quando uma simpática e persuasiva funcionária do FC Porto me telefonou em Agosto, lembrando que eu ainda não havia renovado o meu dragon seat, eu respondi-lhe, meio a sério, meio a brincar, que, constatando o esforço titânico que a administração estava a fazer para vender o Quaresma a qualquer preço (como viria a suceder), eu perguntava-me para quê renovar o lugar no Dragão: para ver Adelino Caldeira a fazer cruzamentos de letra ou Pinto da Costa a marcar golos de trivela?
A razão pela qual o FC Porto desta época é o que está à vista é simples, tremendamente simples: porque, como aqui o escrevi há semanas para grande escândalo de outros observadores para quem há gente e coisas intocáveis, é que este FC Porto é a pior equipa da década, pelo menos. A geração que ganhou a Liga dos Campeões em 2003, foi destroçada, e, da que se lhe seguiu, já só restam Lucho e Lisandro. Mas Lucho, que havia começado a época em grande, entrou em crise psicológica e não tem quem pegue na equipa em vez dele, e Lisandro está em guerra surda com a SAD — que é capaz de pagar 200.000 euros por mês ao Cristian Rodriguez (apenas 50.000 a menos do que Quaresma foi ganhar para o Inter), é capaz de pagar alguns 50.000 a jogadores que nem na Segunda B teriam lugar, é capaz de pagar uns trinta ordenados a jogadores para brilharem noutros clubes, mas não tem dinheiro para pagar ao Lisandro o que ele acha que merece. Talvez o Lisandro esteja a exagerar, mas quando os maus exemplos vêm de cima, porque não aproveitar, quando se é um dos raros ali que fazem a diferença?
É fácil, facilíssimo, atirar as culpas para cima do treinador: é sempre assim, quando não se sabe gerir. Eu acho que Jesualdo tem feito o melhor que pode, com equipas que, de ano para ano, são cada vez piores. E, como já aqui o disse, tirando erros pontuais às vezes incompreensíveis — como a insistência no Mariano González ou essa fatal tendência dos treinadores portugueses para mudarem a equipa toda e renunciarem ao ataque, de cada vez que têm um jogo difícil pela frente — Jesualdo só pode, eventualmente, ser culpabilizado por ter sido cúmplice ou testemunha silenciosa dos negócios que desmantelaram a equipa e a puseram a falar castelhano e a jogar um futebol que depende da inspiração de não mais do que dois ou três jogadores.
À vista de todos, a este FC Porto falta, para começar, um guarda-redes a sério e é incrível que não o tenha. Todas as equipas que conheço devem vitórias e resultados aos guarda-redes: não me lembro, desde que Adriaanse reformou Baía, de um só jogo em que se possa dizer que o FC Porto ficou a dever o resultado ao guarda-redes. Depois, falta-lhe um lateral-esquerdo de categoria internacional, até para libertar o Fucile para a direita, onde ele é bem melhor do que Sapunaru. E mais uma vez é incrível como é que, tendo comprado 13 (!) defesas-esquerdos nos últimos dez anos, não se comprou um único que desse garantias. Falta-lhe, a seguir, pelo menos dois grandes médios de ataque, que libertem o Raul Meireles para o lugar de trinco (onde, entre os cinco vindos este ano, não há um só que preste!) e libertar o Lucho (enquanto lá está...) do peso de ter de carregar em exclusivo a equipa para a frente. E falta-lhe, para terminar, dois extremos a sério, pois que só tem um e Jesualdo nem sequer gosta de apostar nele: o Candeias. Borda fora foram, além do Quaresma, o Pittbull, o Vieirinha, o Alan, o Hélder Barbosa, o Diogo Valente. É preciso ir às compras em Dezembro, mas calma: não vale a pena ir já a correr reservar um charter para a América do Sul. Há muita gente aí, emprestada, que deve ser mandada voltar para casa e, embora eu duvide, se possível, trocada por uma dúzia de inutilidades que por lá andam.
Com esta equipa, não vale a pena alimentar ilusões nem agitar lenços brancos. Não vale a pena caírem em cima do treinador, porque nem Mourinho conseguia fazer daquilo uma equipa a nível europeu. E, depois, também manda a verdade que se diga, que Jesualdo não tem tido sorte. O Dynamo de Kiev não fez nada para merecer ganhar no Dragão: fez tanto como o Sporting fez para merecer ganhar em Donestk. Com a mesma sorte do Sporting (aquele remate de Lucho ao poste, por exemplo), o FC Porto teria ganho ao Dynamo e com justiça. E com a sorte que o Benfica teve contra a Naval, teria ganho, ou pelo menos empatado, com o Leixões e não se estaria agora a falar em crise. Mas as coisas são o que são e estamos todos habituados a ver o FC Porto a superar erros de arbitragem e bolas ao poste. Foi o que fizemos em Alvalade, contra o Sporting e contra Lucílio Baptista e aí escreveu-se que estava de volta o FC Porto dos últimos anos. Não estava e logo se viu. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A fórmula actual é simples: em dia de inspiração de Lucho e Lisandro, o FC Porto ganha; em dia de desinspiração deles, não ganha, porque não há ali ninguém mais que tenha categoria para desequilibrar um jogo.
2No momento em que escrevo, não sei o desfecho do Braga-Estrela da Amadora, mas, ao ler que Jorge Jesus afirmou que este jogo era mais difícil do que o confronto com o Portsmouth, dá-me ideia de que estava já a preparar os adeptos para um fracasso e a desresponsabilizar os seus jogadores, por antecipação. Ele lá sabe, melhor do que ninguém, o que a equipa pode ou não dar. Agora, há uma coisa que, francamente, já enerva como desculpa: que é a do cansaço do jogo europeu a meio da semana (ainda para mais, jogado em casa e sem necessidade de viagens). Nunca percebi porque razão as equipas ditas pequenas se batem tanto por um lugar europeu, quando depois, na época seguinte, vivem a queixar-se do cansaço dos jogos europeus a meio da semana. E também nunca percebi porque é que o cansaço há-de atacar mais os pequenos do que os grandes: alguém se lembrou de justificar as más exibições de FC Porto, Sporting e Benfica, nesta jornada, com o cansaço do jogo europeu?
in abola"
Ja andamos mesmo a incomodar,agora esse tone ja sabe o resultado de ontem...
pois,mas no final do jogo de ontem comeu muitos sapos...
http://wwwbragablog.blogspot.com
E mail desse "imbecil"? Não há?