superbraga.com

Ca esta mais um artigo que nos engrandece.


O crescimento de um guerreiro burguês

Artigo por Ricardo Costa em Agosto 25, 2010

Calma. Respirar, jogar, lutar e crescer. Correr por um sonho, por uma oportunidade que não se desperdiça com duas tretas, deixar tudo em campo, sentir o suor escorrer pelo rosto, antes de ser recompensado. Chamam-lhes guerreiros. Os Guerreiros do Minho, uma legião, vinda dos tempos antigos para se adaptar na modernidade: com raça, com querer, com enorme vontade de triunfar. Jogando pela certa, com riscos, sim, mas calculados, não pretendendo um passo maior do que a perna, uma ambição sem limites capaz de deitar tudo por terra, a aproximação aos grandes cada vez mais forte. O Sp.Braga não procura um título, um oásis num deserto, conquistado para enfeitar o currículo. Ganhou, faz-se a festa, esquece-se o futuro e emoldura-se esta vitória para a imortalidade: não. Isso seria um fogacho, um aparecimento repentino, nada efectivo. O que o Sp.Braga quer realmente é ser um grande. Com calma. Respira, joga, luta e cresce.

O Braguinha era um clube simpático. Capaz de se colocar nos primeiros lugares, capaz de disputar uma vaga europeia, capaz de alguns belos resultados. Ficava por aí. Sempre lhe faltou um clique para despertar e tentar afirmar-se, distanciando-se dos outros, dos tais pequenos onde estava inserido, para chegar ao topo. Já era burguês. Tinha historial, jogadores e resultados. Mas como qualquer burguês, situados ali numa posição intermédia, que nem é carne nem é peixe, interessa chegar à nobreza. Aos principais, aos que mandam, os que reúnem as atenções, que são o verdadeiro máximo da pirâmide. Aí, se bem com algumas intromissões de Boavista e Vitória de Guimarães, procurando a sua afirmação, estão os grandes. Dominam, conquistam, gerem. Entre si, ano após ano, discutem o título nacional e a representação europeia na Liga dos Campeões. Há excepções, sim, mas não passa disso: excepções a uma regra antiga.

Um burguês quer subir pelo seu mérito, pelas qualidades que possui, mantendo-se trabalhador para o resto da vida. Entra a lógica do capitalismo, do maior rendimento, para se fixar no cimo. Chegar ao topo, escalando a pirâmide a partir da base, é difícil. Mas bem pior do que isso, num jeito de missão impossível, é continuar, intrometer-se, juntar-se e, ao fim de um certo tempo, terminar com distinções: começou pobre, foi crescendo e amealhando resultados, chegou ao topo. Não por um ano, não por um momento, não por um espaço curto. Chegou e ponto. Está lá, faz parte do grupo, mostrou a sua fibra. O caso do Sp.Braga é assim. Não querendo sucesso imediato mas raro, sendo mais um a entrar em queda livre depois de subir mais alto do que nunca, cresce a cada dia, soma resultados que o engrandecem, exibições que o suportam, feitos alcançados que o colocam ao lado dos três grandes. Para passar a ser um deles.

O Sp.Braga foi vice-campeão, manteve grande parte do seu plantel, mesmo tendo perdido peças importantes, abriu horizontes para uma nova disputa até final no campeonato e garantiu um lugar na Liga dos Campeões. São feitos de grande. A adesão do público é cada vez maior, a cidade confunde-se com o clube e apoia-o, o Braguinha está enterrado de vez para dar lugar aos Guerreiros do Minho, representantes de uma região, lutadores incansáveis defendendo as cores portuguesas, colocando a fasquia cada vez mais elevada e exigindo cada vez mais a si próprios. Mesmo que ninguém o assuma. António Salvador, o principal obreiro do crescimento do Sp.Braga, não se coloca em bicos de pés, chamando a si as atenções, afirmando-se como quatro grande, como equipa que será campeã. Assume o desejo. É isso. No seu interior, por certo, saberá ser possível. Só que fica lá dentro apenas. Sob pena de ser mal-sucedido.

É mais um conceito burguês: o trabalho é a melhor forma de afirmação social. O Sp.Braga, para ser considerado um grande, não precisa de o anunciar aos sete ventos, gritar para todos os cantos do Mundo, encher o peito e dizer que nada deve aos grandes. Tem que o mostrar. Sem fazer ondas, sem se elevar, sem perder-se em confusões desnecessárias. O Sp.Braga quer ser grande, joga como um grande, luta pelos mesmos objectivos e equipara-se. Está ainda em crescimento, vai queimando etapas, sempre com a cabeça bem assente nos ombros e os pés pregados ao chão. Esse é o objectivo. Todos sabem que é, só poderia ser, o clube vive a sua melhor fase. Mas não é assumido declaradamente? E é preciso? Não, nada, porque a cobrança seria maior, a pressão também, o Sp.Braga teria de se tornar numa máquina. Assim, como quem não quer a coisa, como quem é outsider, ainda é capaz de surpreender.

Surpreender, como quem diz..., porque de surpresa tem pouco. É quase como uma telenovela, cheia de suspense e mistério, uma verdadeira caixinha de surpresas prometida, mas que afinal termina com um herói feliz da vida e um vilão, depois de muito se rir, arruinado. O Sp.Braga cresce, tem capacidade para subir ainda mais, largou o grupo em que estava para se aventurar numa corrida de perseguição os grandes. Está a ter sucesso, consegue lucrar, intromete-se na luta do título, faz com que seja olhado de outra forma para o futuro, além de ganhar dimensão europeia. Domingos Paciência tem mérito, soube manter e subir os níveis da equipa, superou a prova de fogo, conseguiu ser importante no crescimento do clube. Todos os treinadores foram, António Salvador sempre se apresentou como líder, empreendedor e competente, para que fosse possível. O Sp.Braga cresceu, ganhou um novo estatuto e continua em evolução. Sempre.

http://www.futebolportugal.com/2010/08/opiniao-o-crescimento-de-um-guerreiro-burgues/ (http://www.futebolportugal.com/2010/08/opiniao-o-crescimento-de-um-guerreiro-burgues/)

SIMPLESMENTE ESTRONDOSO!

Podia-se criar um topico para se colocarem todos estes artigos, estou tb a lembrar-me dos textos do MEC ;)

"É mais um conceito burguês: o trabalho é a melhor forma de afirmação social. O Sp.Braga, para ser considerado um grande, não precisa de o anunciar aos sete ventos, gritar para todos os cantos do Mundo, encher o peito e dizer que nada deve aos grandes. Tem que o mostrar. Sem fazer ondas, sem se elevar, sem perder-se em confusões desnecessárias"

Acho que muitos dos "novos-braguistas" (chamemos-lhes assim) deviam interiorizar esta parte.
Claro que agora é mais fácil estar do lado do Braga, pois é um clube vencedor e com sucesso, mas nunca se deve ceder à arrogância ou ao desprezo e desrespeito pelos concorrentes, apenas porque, neste momento estamos por cima. O Braga é Enorme sim, mas Enorme, acima de tudo, no trabalho e na humildade.

FANTÁSTICO !!!

muito bem, mesmo!  ;D

BRAGA (L)

Quote from: Lateralus on 05 de September de 2010, 04:51
"É mais um conceito burguês: o trabalho é a melhor forma de afirmação social. O Sp.Braga, para ser considerado um grande, não precisa de o anunciar aos sete ventos, gritar para todos os cantos do Mundo, encher o peito e dizer que nada deve aos grandes. Tem que o mostrar. Sem fazer ondas, sem se elevar, sem perder-se em confusões desnecessárias"

Acho que muitos dos "novos-braguistas" (chamemos-lhes assim) deviam interiorizar esta parte.
Claro que agora é mais fácil estar do lado do Braga, pois é um clube vencedor e com sucesso, mas nunca se deve ceder à arrogância ou ao desprezo e desrespeito pelos concorrentes, apenas porque, neste momento estamos por cima. O Braga é Enorme sim, mas Enorme, acima de tudo, no trabalho e na humildade.

Concordo.

Bombástico.

Grande artigo. Parabéns ao autor.

Para um braguista ler isto é motivo claro de satisfação.

Quote from: Lateralus on 05 de September de 2010, 04:51
"É mais um conceito burguês: o trabalho é a melhor forma de afirmação social. O Sp.Braga, para ser considerado um grande, não precisa de o anunciar aos sete ventos, gritar para todos os cantos do Mundo, encher o peito e dizer que nada deve aos grandes. Tem que o mostrar. Sem fazer ondas, sem se elevar, sem perder-se em confusões desnecessárias"

Acho que muitos dos "novos-braguistas" (chamemos-lhes assim) deviam interiorizar esta parte.
Claro que agora é mais fácil estar do lado do Braga, pois é um clube vencedor e com sucesso, mas nunca se deve ceder à arrogância ou ao desprezo e desrespeito pelos concorrentes, apenas porque, neste momento estamos por cima. O Braga é Enorme sim, mas Enorme, acima de tudo, no trabalho e na humildade.

Essa frase é perfeita pois transmite a humildade de todos quer no campo, quer nas bancadas, quer na sede, ou seja, estamos a ganhar, mas estamos a ganhar porque a nossa humildade nos obrigado a olhar todos os adversários com respeito sejam eles quem foram.
Nós adeptos também temos sido e temos de continuar a sê-lo, pois a humildade é imprescendível para nos mantermos no lugar que consigamos atingir.

E agora, cá estamos nós embrunhados nos panos da Champions!
Têm sido grandes feitos, noites onde o sono não aparece, onde nada é mais importante naquelas horas.
E é verdade, anda tudo maluco com o Braga, uns a tomar-lhe o gosto, outros meio aziados.
Este BRAGA provoca, ninguém lhe fica indiferente!
O nosso Enorme deixa marca por onde passa! E a maior felecidade, é tudo isto ser merecido, sem embustes, nem calunias, ou qualquer impostura pelo meio. O mágico clube cresceu, em todos os sentidos e direções, sem presunção ou vaidade, eramos e seremos sempre humildes e trabalhadores, pois foi assim que cá chegamos.
E agora, cá estamos nós embrunhados nos panos da Champions!

Mas... isto agora é assim? Todos os dias há novos artigos sobre o nosso crescimento, o nosso actual estado? ;D

Quote from: Carvalhinha on 05 de September de 2010, 15:40
Mas... isto agora é assim? Todos os dias há novos artigos sobre o nosso crescimento, o nosso actual estado? ;D

O Braga está na moda agora  :D

Desde pequeno que ouço dizer, após conhecerem verdadeiramente o Braga, quer cidade quer clube ficam a gostar, nunca mais esquecem

Parabéns ao autor deste artigo. Notável.

Mais uma evidencia.

Director de Bancada

Braga é 'grande'
Tendo como ponto de partida o Braga-Sevilha de há oito dias, o jogo da 2ª mão do play-off da Liga dos Campeões desta semana correu um pouco melhor do que o primeiro.

26 Agosto 2010
Nº de votos (2) Comentários (1) Por:Francisco Penim (fpenim@cmjornal.pt)


41,8% de share médio para um jogo internacional do Braga é mais um argumento para colocar o clube na fasquia dos 'grandes'. O Braga parece já ser 'grande' e garantir audiências fortes.

A RTP 1 é a televisão que aproveita a embalagem e a audiência dos dois jogos ajudou, em muito, o canal a vencer outros tantos dias. Isto também reforça a teoria que é à RTP 1 que mais falta fazem os jogos de futebol, que mais beneficia dos mesmos e que os trabalha segundo uma lógica que parece faltar à TVI, por exemplo. É preciso continuar a seguir tudo com atenção.

15,9%

Foi o resultado de share de 'Passione' de terça--feira na SIC.


;)

  Fantástico artigo. Ilustra, muito bem, o que devem ser (são) as aspirações do ENORME.
Saudações Braguistas!

Faz bem ao ego ler tantos textos elogiosos em relação ao clube e à equipa. Estamos num momento alto, histórico mesmo. A presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, com as dificuldades de acesso que hoje se colocam aos clubes portugueses, é algo de praticamente inimaginável até há não muito tempo.

Mas tanto elogio arrisca que as pessoas se deixem embriagar. Já li aqui alguns avisos nesse sentido e com razão. É bom não esquecer como chegámos até aqui e ter noção da nossa realidade. Basta relembrar que ainda há pouco cedemos ao menos cotado dos candidatos ao título os nossos dois melhores laterais! É verdade que nunca estivemos tão próximo dos clubes que dominam de forma crónica o futebol nacional. Mas não deixamos por isso de ser 'outsiders'! Ainda há diferenças notórias e é bom que as pessoas tenham consciência disso. O facto de o clube e a equipa terem conseguido de forma regular mascarar essas diferenças não significa que elas não existam. O caminho não pode pois ser diferente do que foi até aqui. Humildade, vontade, empenho. Para estarmos a um nível superior temos apelar à superação de todos, seja no campo, seja fora dele, na gestão, procurando todos os dias melhorar e reconhecendo os erros, o que não é fácil porque o sucesso tende a fazer esquecer o que não esteve tão bem.

Guerreiros, sim... aburguesados é que não...

Quote from: Pedro Ribeiro on 06 de September de 2010, 11:32
Faz bem ao ego ler tantos textos elogiosos em relação ao clube e à equipa. Estamos num momento alto, histórico mesmo. A presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, com as dificuldades de acesso que hoje se colocam aos clubes portugueses, é algo de praticamente inimaginável até há não muito tempo.

Mas tanto elogio arrisca que as pessoas se deixem embriagar. Já li aqui alguns avisos nesse sentido e com razão. É bom não esquecer como chegámos até aqui e ter noção da nossa realidade. Basta relembrar que ainda há pouco cedemos ao menos cotado dos candidatos ao título os nossos dois melhores laterais! É verdade que nunca estivemos tão próximo dos clubes que dominam de forma crónica o futebol nacional. Mas não deixamos por isso de ser 'outsiders'! Ainda há diferenças notórias e é bom que as pessoas tenham consciência disso. O facto de o clube e a equipa terem conseguido de forma regular mascarar essas diferenças não significa que elas não existam. O caminho não pode pois ser diferente do que foi até aqui. Humildade, vontade, empenho. Para estarmos a um nível superior temos apelar à superação de todos, seja no campo, seja fora dele, na gestão, procurando todos os dias melhorar e reconhecendo os erros, o que não é fácil porque o sucesso tende a fazer esquecer o que não esteve tão bem.

Guerreiros, sim... aburguesados é que não...

  Penso que a palavra "burguês" foi, no artigo, aplicada com outro sentido. O sentido "daquele que aparece do burgo, logo ... do povo, e não no sentido de "burguesia superior " que pisa tudo e todos (ao estilo dos 3 Burgueses do Futebol Português).
É por isso que aprovo, totalmente o artigo.
  Saudações Braguistas!
 

Quote from: Vicente Repas on 06 de September de 2010, 11:41

Quote from: Pedro Ribeiro on 06 de September de 2010, 11:32
Faz bem ao ego ler tantos textos elogiosos em relação ao clube e à equipa. Estamos num momento alto, histórico mesmo. A presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, com as dificuldades de acesso que hoje se colocam aos clubes portugueses, é algo de praticamente inimaginável até há não muito tempo.

Mas tanto elogio arrisca que as pessoas se deixem embriagar. Já li aqui alguns avisos nesse sentido e com razão. É bom não esquecer como chegámos até aqui e ter noção da nossa realidade. Basta relembrar que ainda há pouco cedemos ao menos cotado dos candidatos ao título os nossos dois melhores laterais! É verdade que nunca estivemos tão próximo dos clubes que dominam de forma crónica o futebol nacional. Mas não deixamos por isso de ser 'outsiders'! Ainda há diferenças notórias e é bom que as pessoas tenham consciência disso. O facto de o clube e a equipa terem conseguido de forma regular mascarar essas diferenças não significa que elas não existam. O caminho não pode pois ser diferente do que foi até aqui. Humildade, vontade, empenho. Para estarmos a um nível superior temos apelar à superação de todos, seja no campo, seja fora dele, na gestão, procurando todos os dias melhorar e reconhecendo os erros, o que não é fácil porque o sucesso tende a fazer esquecer o que não esteve tão bem.

Guerreiros, sim... aburguesados é que não...

  Penso que a palavra "burguês" foi, no artigo, aplicada com outro sentido. O sentido "daquele que aparece do burgo, logo ... do povo, e não no sentido de "burguesia superior " que pisa tudo e todos (ao estilo dos 3 Burgueses do Futebol Português).
É por isso que aprovo, totalmente o artigo.
  Saudações Braguistas!
 

Sim, eu percebi. Não estava a criticar o artigo. Apenas a chamar a atenção para que nós, adeptos (bem como os próprios dirigentes e profissionais do clube) não nos deixemos embriagar pelos elogios que agora surgem em catadupa... Eles rapidamente desaparecem com as derrotas. É por isso preciso trabalhar para continuar a ganhar. Não precisamos agora mudar a fórmula. Temos de saber quem somos, como chegamos até aqui e ser fieis a essa história. Os elogios não nos devem fazer crer que somos algo para lá do que somos. Temos de saber gerir o sucesso - coisa a que não estamos habituados (pelo menos, a esta dimensão). É apenas para isso que chamo a atenção e não estou propriamente a criticar o artigo. Afinal, é também para obtermos reconhecimento exterior que trabalhamos!

E sim, é verdade, usei o termo aburguesado num outro sentido. Propositadamente...

Quote from: Pedro Ribeiro on 06 de September de 2010, 11:51

Quote from: Vicente Repas on 06 de September de 2010, 11:41

Quote from: Pedro Ribeiro on 06 de September de 2010, 11:32
Faz bem ao ego ler tantos textos elogiosos em relação ao clube e à equipa. Estamos num momento alto, histórico mesmo. A presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, com as dificuldades de acesso que hoje se colocam aos clubes portugueses, é algo de praticamente inimaginável até há não muito tempo.

Mas tanto elogio arrisca que as pessoas se deixem embriagar. Já li aqui alguns avisos nesse sentido e com razão. É bom não esquecer como chegámos até aqui e ter noção da nossa realidade. Basta relembrar que ainda há pouco cedemos ao menos cotado dos candidatos ao título os nossos dois melhores laterais! É verdade que nunca estivemos tão próximo dos clubes que dominam de forma crónica o futebol nacional. Mas não deixamos por isso de ser 'outsiders'! Ainda há diferenças notórias e é bom que as pessoas tenham consciência disso. O facto de o clube e a equipa terem conseguido de forma regular mascarar essas diferenças não significa que elas não existam. O caminho não pode pois ser diferente do que foi até aqui. Humildade, vontade, empenho. Para estarmos a um nível superior temos apelar à superação de todos, seja no campo, seja fora dele, na gestão, procurando todos os dias melhorar e reconhecendo os erros, o que não é fácil porque o sucesso tende a fazer esquecer o que não esteve tão bem.

Guerreiros, sim... aburguesados é que não...

  Penso que a palavra "burguês" foi, no artigo, aplicada com outro sentido. O sentido "daquele que aparece do burgo, logo ... do povo, e não no sentido de "burguesia superior " que pisa tudo e todos (ao estilo dos 3 Burgueses do Futebol Português).
É por isso que aprovo, totalmente o artigo.
  Saudações Braguistas!
 

Sim, eu percebi. Não estava a criticar o artigo. Apenas a chamar a atenção para que nós, adeptos (bem como os próprios dirigentes e profissionais do clube) não nos deixemos embriagar pelos elogios que agora surgem em catadupa... Eles rapidamente desaparecem com as derrotas. É por isso preciso trabalhar para continuar a ganhar. Não precisamos agora mudar a fórmula. Temos de saber quem somos, como chegamos até aqui e ser fieis a essa história. Os elogios não nos devem fazer crer que somos algo para lá do que somos. Temos de saber gerir o sucesso - coisa a que não estamos habituados (pelo menos, a esta dimensão). É apenas para isso que chamo a atenção e não estou propriamente a criticar o artigo. Afinal, é também para obtermos reconhecimento exterior que trabalhamos!

E sim, é verdade, usei o termo aburguesado num outro sentido. Propositadamente...

  OK! Estou a ver que estavas a "fornecer" prudência e caldos-de-galinha. Assim sendo, sem a mínima dúvida que assino por baixo (de cruz).
  Saudações Braguistas!

  Excelente texto, mais uma prova de que contra tudo e contra todos, sempre humildes e lutadores, conseguimos aos poucos, conquistar o nosso espaço. Não eramos pequenos antes e agora não nos tornamos imbativeis, mas já existe um respeito maior pela instituição S.C.Braga, e isso não tem preço.

    Saudações Bragvistas e Força Braga olê...

Este e´ um comentario de um simples adepto do Porto num site de desporto, que certamente faria corar mtos jornaleiros.

Braga consolida crescimento...
Enviado por artenigma a 25 de Agosto de 2010, às 11:12.

Grande resultado, enorme feito, fantástico Braga!
Talvez não tenhamos bem noção do que os "Gverreiros" acabaram de conseguir. Apesar da euforia dos bracarenses e da alegria de todo um país (ou quase todo – o director do Record, por exemplo, não achou nada de especial), poucos terão ainda tido tempo para pensar na dimensão do que o Braga conseguiu e no que isto lhe pode valer para o futuro. Mais do que um resultado, mais do que uma presença na Champions, o apuramento de ontem foi talvez o passo mais decisivo para a consolidação de um projecto que visa elevar o clube minhoto a 4º grande do futebol português. E isso, a continuar no caminho que Salvador & Co. traçaram, acabará naturalmente por acontecer no dia em que o Braga, seja este de Domingos seja outro qualquer, se sagre campeão nacional de futebol.

Este Braga é mesmo um caso sério e não pára de crescer. As boas prestações, nos últimos anos, não eram obra do acaso. Não dependiam de Jesualdo, não dependiam de Jesus, como este sucesso todo não dependerá um dia de Domingos. Apesar do excelente trabalho destes treinadores, especial e essencialmente o do actual técnico, é o clube que conquista um estatuto maior a cada dia que passa. Perante os seus adeptos, perante os outros adeptos e perante – como acontece precisamente hoje – todo um país que até, parte dele, nada quer saber de futebol. Mas lê jornais e vê noticiários na TV e este Braga, mais do que nunca, é hoje figura central em toda a comunicação social.

Garantia de reforço no apoio ao investimento, estes milhões da Champions ajudarão o clube a subir mais uns degraus. Os grandes embates da competição que aí vem, qualquer que sejam os resultados, colocarão ainda o Braga nas bocas da Europa. Na Liga Zon, poderemos ter novamente a equipa a lutar pelo pódio ou pelo título até ao fim. E o clube vai crescendo até um dia ser campeão. E todos nós, que hoje aplaudimos e nos emocionamos com este tipo de feitos, daremos por nós mais tarde a torcer para que o Braga perca a cada jornada que passa porque passou a ser um concorrente directo. Porque, ao contrário do Boavista que nos iludiu, Salvador faz crescer o Braga grão a grão e de forma progressiva.

Termino com os parabéns ao meu ídolo de infância, Domingos Paciência. Aquele que me fazia ir ao Estádio das Antas de cara pintada tantas vezes que hoje, doente pelo Porto, me posso orgulhar de ser a cara da capa nº100 da Revista Dragões (sim, o golo do Madjer teve uma foto mais pequena do que a minha nessa capa histórica). Talento, superação, confiança, equilíbio, organização... este Braga tem tudo e muito o deve ao génio do seu treinador. Aquele que ontem "baixou as calcinhas" a muito fala barato da nossa praça e os enrabou um por um. Lindo!

E fica quase tudo dito porque de futebol, de Limas, Sílvios e Matheus, já todos falaram ontem na abordagem ao jogo e não vale a pena repetir. Eu hoje, passada a alegria do momento, só consigo pensar no bolo que cresce a cada dia que passa. E que rico bolo se está a fazer na cidade de Braga!
Abraço,
JC

Agora de um anonimo benfiquista.........

ESTE BRAGA É GRANDE - Jogo épico em Sevilha.
---  Sei que muitos benfiquistas, infelizmente, não concordarão com este post, mas por uma questão de justiça e porque nós benfiquistas somos diferentes e temos a capacidade de reconhecer méritos alheios, com a vantagem de  não sermos movidos por ódios, fiz este post merecido e justo sobre o Braga, com muita pena que eles não tenham essa mesma capacidade.

   Foi um Braga de grande capacidade e categoria aquele que se apresentou nesta pré - eliminatória da Liga dos Campeões com o Sevilha, em que este segundo jogo foi simplesmente épico, é daqueles jogos que irá perdurar para sempre na memória dos adeptos arsenalistas, (os quais aliás estão de parabéns, tal o incondicional e espantoso acompanhamento e apoio à sua equipa), não só pela sua importância histórica, como também pelo modo como foi obtida a vitória e pelo jogo fantástico a que se assistiu.
   É certo que este Sevilha ainda não será aquele que irá disputar a Liga espanhola, a sua condição física ainda não é a melhor, uma vez que a sua pré - época começou mais tarde e só no próximo fim de semana começa o campeonato, mas disso o Braga não teve culpa.
    Domingos foi extremamente inteligente nos dois jogos ao saber tirar proveito deste facto, primeiro jogando na posse de bola e na contenção e depois alargando a frente de ataque para fazer o xeque - mate no adversário e olhem que é preciso ter coragem, para com um Braga, em Sevilha, na sua primeira substituição, tirar um médio e colocar um avançado e goste-se ou não, Domingos provou ser um treinador de grande capacidade.
   Infelizmente, sei que por questões várias, alguns benfiquistas havia que não estavam a torcer pelo Braga, eu estava, por várias razões: 1º por o considerar um clube português, 2º pela arrogância demonstrada pela estrutura do Sevilha, jogadores incluídos, com o sorteio, 3º achei que foi a vitória da humildade sobre a arrogância e finalmente porque julgo ser muito bom e importante para o futebol português a presença de 2 equipas nacionais na Champions League.
   Parabéns ao Braga, teve muito mérito e mostrou que desde há uns anos a esta parte tem crescido e na minha modesta opinião, em termos qualitativos, é já mais e melhor equipa que o Sporting, facto esse que aliado ao gozo que o Porto lhes vai dando e que eles parecem gostar, deveria deixar os sportinguistas mais preocupados do que em relação ao jantar entre Bettencourt e Luís Filipe Vieira.

O texto está, como todos concordamos, muito bom e elogioso para com o SC Braga.

PS: Não se repararam, na descrição do autor, no link que aqui puseram: "Sobre o Ricardo Costa:
Um rapaz de dezassete anos, apaixonado por futebol, mais a vê-lo do que a praticá-lo, apesar de algumas tentativas, decidiu que quer ser jornalista desportivo". Parece-me importante e eu sigo diariamente o blog pessoal deste puto, onde normalmente tem destas palavras sobre o nosso ENORME!

Deixo, pela curiosidade que o outro artigo despertou, mais um comentário (um excerto) escrito pelo mesmo autor, no seu blog pessoal - http://futebolespt.blogspot.com/2010/08/liga-zon-sagres-analise-da-jornada-3.html (http://futebolespt.blogspot.com/2010/08/liga-zon-sagres-analise-da-jornada-3.html)

"O Sp.Braga vive em estado de graça, quer transportá-lo para outra realidade na tentativa de o prolongar, sentindo o gosto das conquistas para se manter igual, sem altos e baixos, na procura de se consolidar, seja na Europa ou em Portugal, como equipa de valor. Depois de Sevilha, da História e de uma noite memorável que não mais se apagará, aconteça o que acontecer daqui em diante, encontrou o Marítimo pelo caminho. Um adversário complicado por tradição, ferido no orgulho, derrotado nas duas primeiras jornadas e no playoff europeu, jogando o seu futuro, sobretudo Mitchell Van der Gaag, em busca de uma vitamina que quebre o pessimismo. Colocou obstáculos, atrapalhou e impediu que o Sp.Braga deslumbrasse. Mas a equipa bracarense foi melhor, mais incisiva, superiorizou-se. E conseguiu ganhar. Marcou por Sílvio, herói improvável mas em emergência, num pontapé sensacional. Tudo o resto é secundário."