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Ventos de Leste

O SC Braga deu um passo grande com destino ao fim de linha na sua participação na Liga Europa desta época, ao perder na Pedreira frente à AS Roma por 0-2.

O poderio italiano era reconhecido à partida, o que lhe conferia algum favoritismo na eliminatória, reforçado, na minha opinião, pelo facto de ser treinado por um português, conhecedor profundo da realidade bracarense. Paulo Fonseca, o tal treinador luso, regressava a um local onde foi feliz, mas agora como adversário, depois de já o ter feito na sua passagem pelo Shakhtar Donetsk (Ucrânia).

O árbitro veio da Roménia e mostrou, com a sua pobre atuação, que os ventos de Leste não trouxeram nada de positivo. Diria mesmo que um jogo destes merecia um árbitro melhor e mais competente. Não vou colocar as culpas da derrota no fraco trabalho do juiz romeno, mas que este ajudou a desequilibrar ainda mais as coisas não tenho dúvidas. A forma como abordou os lances iniciais de Galeno, o primeiro amarelo (mal) mostrado a Esgaio, que viria a ser expulso numa imprudência de segundo amarelo mais tarde, ou o penalti do tamanho do estádio que ele deixou passar em claro, além de outras decisões dúbias, sempre em prejuízo luso, são uma boa ilustração do desempenho menor do árbitro.

Depois de ver o romeno apitar mal, dei por mim a pensar que os árbitros portugueses não são tão fracos como se diz, mas que as suas atuações menores se devem ao facto de atuarem inúmeras vezes condicionados por um sistema miserável, que define promoções e/ou despromoções ou chegadas a internacionais, e que impede o desenvolvimento do futebol em Portugal.

O SC Braga entrou mal na partida, sofreu um golo cedo e outro na parte final, que ditaram o resultado, num jogo onde a produção ofensiva e a eficácia, nas poucas oportunidades criadas, estiveram ausentes, o que ajuda a explicar o score negativo registado. A viagem a Roma representa agora uma tarefa hercúlea, se na mente dos jogadores estiver a vontade de inverter o rumo da eliminatória. Mas no futebol, a palavra impossível não faz sentido neste contexto.

O jogo 150 bracarense na Europa já faz parte do passado e hoje já existe, na Pedreira, um jogo muito importante para a liga portuguesa, frente ao Tondela. Uma centena e meia de jogos nas competições europeias é bastante interessante e se atendermos a que a esmagadora maioria ocorreu nas últimas duas décadas ficamos com uma noção clara de como cresceu este SC Braga.

O que agora se pede à equipa é que se levante energicamente e reaja com uma vitória, tão necessária no contexto atual. Por cada Gverreiro tombado, levanta-se uma Legião, pelo que o tempo reativo requer uma resposta competente e eficaz dos comandados de Carlos Carvalhal.

A partir daqui, faço votos para que os jogadores sejam Gverreiros e lutem, sem complexos, por um lugar no pódio, que dá acesso à CL na próxima temporada. Mas é bom que o grupo tenha consciência de que essa luta, pelos três primeiros lugares, vai muito ara além das quatro linhas e o sistema tudo fará para dificultar a tarefa. Assim, não espero ver “jogadores” até ao fim da época, mas sim “Gverreiros autênticos”, que não tenham vergonha de ser ambiciosos no que resta da temporada.

Uma nota de destaque para a goleada (4-1) dos Sub-23, obtida frente à B SAD, que recoloca a equipa nos trilhos dos êxitos. As contas, desta fase, far-se-ão no final, como convém.

Uma palavra final para a SIC, que em semana europeia deu mais uma demonstração cabal de discriminação, ao ignorar que o SC Braga também jogava nas competições europeias, com demonstração pública de regozijo  pela “façanha” de um dos responsáveis (João Abreu). Nada que espante, mas há limites para tudo, incluindo para a (in)decência.

In zerozero.pt

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