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Venha um colosso europeu

Terminou a fase de grupos da Liga Europa, que esta época se jogou a um ritmo alucinante devido à pandemia de COVID19 e as suas consequências. Tive a honra de estar presente no jogo inaugural frente ao AEK, na única partida com algum público presente. O balanço global é positivo e só lamento aquele golo sofrido frente ao Leicester, depois de esgotados os descontos concedidos, que impediu que o SC Braga ficasse em primeiro lugar. Mesmo assim, considero que a prova realizada foi muito boa, com quatro vitórias, um empate e uma derrota, em Inglaterra, tendo a equipa marcado catorze golos e sofrido dez (sete deles frente ao Leicester). Os confrontos frente aos gregos do AEK e aos ucranianos do Zorya foram de sucesso total, mostrando um SC Braga crescido a nível europeu.

O jogo de despedida desta fase de grupos trazia à Pedreira o Zorya, com a equipa de Carvalhal a jogar pela vitória no seu jogo e a esperar que algo corresse mal a Leicester. A primeira condição aconteceu com naturalidade, mas a segunda não e isso impediu a obtenção do primeiro lugar, que estava em disputa. Com um calendário alucinante, Carlos Carvalhal viu aqui uma janela de oportunidade de descansar os jogadores mais utilizados e dar tempo de jogo aos menos utilizados. O técnico não foi de modas e mudou nove jogadores em relação ao jogo anterior, da liga portuguesa, com destaque natural para a estreia absoluta do menino Zé Carlos na lateral direita, cujo jogo realizado e a vitória por 2-0 obtida pela equipa perdurarão nas suas melhores memórias. Faltou descansar Galeno, mas a lesão longa de Moura complicou esta gestão. Uma referência individual para Ricardo Horta que, com o golo marcado escassos segundos depois de ter entrado no relvado, passou a ser o melhor marcador de sempre nas provas da UEFA, superando Paulinho, que desta vez ficou em branco. Confesso que fiquei admirado pelo facto de Carlos Carvalhal ter deixado no banco vários miúdos da formação, mas a explicação cabal surgiu depois na análise que o técnico fez ao jogo e o regulamento das competições, no ponto 7 do artigo 51º, refere que “um jogador que tenha participado num jogo da equipa principal poderá ser utilizado pela equipa B exclusivamente na primeira fase da prova, com exceção das três últimas jornadas dessa fase”. Assim, Schurrle, Bruno Rodrigues, Hernâni ou Vítor Oliveira, não puderam ser estreados a nível europeu, sob pena de terminarem a época prematuramente, em função de um regulamento que neste aspeto roça a demência.

Descido o pano sobre a fase de grupos, a Legião do Minho aguarda serenamente o sorteio da próxima segunda-feira, onde tem pouca escolha possível, face aos nomes dos clubes envolvidos, quer nos primeiros classificados, quer nos quatros cabeças de série provenientes da Champions League. Assim, espero que este sorteio coloque no caminho do SC Braga um colosso europeu, entre Manchester United, Tottenham, Arsenal, Milan, Roma, Nápoles ou Ajax. Destes adversários escolhia o primeiro, tal como o técnico bracarense. Claro que desportivamente existem adversários teoricamente mais acessíveis, como o Brugge ou o Dínamo de Zagreb.

Na próxima segunda-feira, o SC Braga regressa ao Jamor, uma semana depois de ali ter perdido com a B SAD, para defrontar o Olímpico do Montijo, do terceiro escalão, para a Taça de Portugal. Acredito que o treinador Carlos Carvalhal constitua um onze inicial em função das suas opções, levando em consideração o cansaço acumulado de alguns jogadores, uma vez que atualmente existem rigorosas avaliações fornecidas pela constante monitorização feita aos atletas. Pensando num jogo de cada vez, convém lembrar que o SC Braga recebe na próxima quinta-feira o Estoril, onde inicia a defesa do título de Campeão de Inverno.

 

In zerozero

Foto O Mundo Braguista

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