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VAR(IAÇÃO) DO COSTUME

O Jamor voltou a receber o jogo entre Sporting e SC Braga, no futebol feminino. As Gverreiras do Minho contaram com forte apoio nas bancadas, dos muitos braguistas que fizeram mais uma longa viagem, e responderam à altura, num jogo que se previa equilibrado e decidido por pormenores. O que não se antevia é que os pormenores chegassem da arbitragem.

A final feminina decorria sob o signo do equilíbrio, com o SC Braga sempre melhor ao longo do jogo. Já depois do minuto oitenta chegou o golo bracarense e todos os festejos justificados de uma final. A equipa de arbitragem validou o golo, mas o VAR, que esteve pela primeira vez no futebol feminino, anulou mal o golo, aplicando mal o protocolo, que recomenda a sua intervenção apenas em situações claras e inequívocas, o que não acontecia neste caso. Sabendo que no futebol não se pode analisar frame a frame ou o fora de jogo ao milímetro, ninguém pode dizer de forma segura e honesta que havia fora de jogo no golo, pelo que a decisão da arbitragem deveria prevalecer, por se tratar, no limite, de uma situação duvidosa e o golo anulado talvez decidisse a final. Sobre a utilidade do VAR, concordo com as ideias expressas por José Mourinho que referia que a sua intervenção no futebol fosse confinada à correção de erros grosseiros e não de detalhes, após várias repetições. Deste modo, estão a matar o VAR e a essência do futebol, quando se festeja um golo, que é anulado muito tempo depois em lances que não são claros. O “acho que” não pode servir para tomar decisões, numa cultura crescente do “achismo”, cada vez mais em moda em Portugal. Na final do Jamor, voltou a haver VARiação do costume, de uma ferramenta que em vez de ser útil tem servido para beneficiar os clubes do sistema. O sentimento de injustiça de uma derrota, que chegou no prolongamento, ficou espelhado nos rostos dos adeptos braguistas e nas lágrimas das jogadoras minhotas, que mereciam a alegria da vitória, em função do seu superior desempenho. As constantes decisões erradas da arbitragem, em vários jogos decisivos, colocam a dúvida de saber se vale a pena todo o esforço do clube no contributo que tem dado para a evolução do futebol feminino em Portugal. Um Gverreiro nunca desiste, pelo que fica o meu apelo para a vontade ainda maior de conquistar a supertaça, como um prémio da melhoria considerável que o SC Braga sofreu desde a chegada da equipa técnica liderada por Miguel Santos.

A preparação da nova época está em marcha acelerada, no futebol masculino. Depois das saídas confirmadas de André Horta, Danilo e Jefferson, além de J. C. Teixeira, aguarda-se que no futuro próximo saiam mais dois ou três jogadores, de modo a manter o equilíbrio financeiro, que se exige. Há vários nomes que podem sair, mas o melhor mesmo é aguardar pelas confirmações oficiais. O SC Braga já contratou, para a próxima época, Eduardo, por cinco épocas e Ailton, por empréstimo com cláusula de opção, que chegaram do Estoril. Do Rio Ave chegou João Novais que, depois de uma grande época, se vinculou por cinco épocas. Outra boa notícia foi a renovação de Paulinho que, vindo de uma época de afirmação que surpreendeu tudo e todos, se tornou num dos valores em quem os adeptos confiam para tentar chegar ainda mais alto na próxima temporada. Brevemente serão conhecidos mais nomes que integrarão o grupo que estará às ordens de Abel Ferreira na próxima época, sendo desejável que o plantel fique definido o mais cedo possível. Em Braga já se trabalha de forma séria e afincada para preparar a nova época, visando a melhoria dos resultados globais.

Os juniores A receberam, na Cidade Desportiva, o novo campeão Benfica. Os arsenalistas encheram-se de brio e venceram por 1-0, mantendo o desejo de terminar no pódio deste escalão, uma vez que o título ficou definido na jornada anterior.

No futsal o SC Braga/AAUM apurou-se para as meias-finais, onde vai encontrar o Benfica, depois de eliminar o FC Azemeis. A confirmação chegou, no segundo jogo, sob forma de goleada por 7-0 e agora é preciso ambição para o que falta. Existe uma consciência geral de que será difícil, mas o impossível não entra no léxico de um Gverreiro do Minho.

A fase de renovação das cadeiras já começou e espera-se um aumento de lugares anuais adquiridos, dadas as vantagens oferecidas pelo clube. O Comandante Abel Ferreira, numa recente entrevista televisiva, lançou um desafio aos adeptos para que a média de quinze mil nas bancadas seja uma realidade no futuro próximo. 

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