O SC Braga deslocou-se à Bulgária com o propósito de corrigir o desaire sofrido em Braga perante o Ludogorets. Depois de um primeiro tempo amorfo, seguiu-se uma segunda parte bastante melhor, altura em que os búlgaros chegaram à vantagem, com alguma injustiça. As mexidas do treinador deste jogo, Vítor Castanheira devido ao castigo do treinador principal, levaram a equipa a mostrar uma vez mais a sua crença e a sua competência, em busca da igualdade, que chegou com inteiro mérito pela cabeça de Fransérgio. Este resultado, aliado ao empate sofrido na Turquia pelo Hoffenheim nos descontos frente ao Basaksehir, deixa bem encaminhado o apuramento para a fase seguinte. Mas é preciso manter concentração elevada neste objetivo.

Na liga portuguesa, o SC Braga deslocou-se a Alvalade, para defrontar o Sporting, depois de uma viagem desgastante à Bulgária e do pouco tempo disponível entre os dois jogos. A nomeação de Carlos Xistra gerou desconfiança nas hostes braguistas, uma vez que esta época já tinha apitado os jogos do SC Braga contra o Benfica e Porto, surgindo agora em Alvalade. Não se entende esta escolha, pois não era certamente a única opção disponível e muito menos o melhor árbitro. O juiz albicastrense tem um histórico negativo em jogos dos arsenalistas, incluindo o péssimo jogo que esta época fez na luz, que recomendava algum bom senso de quem nomeia, arredio na opção tomada.

Quanto ao jogo, o primeiro tempo foi bem jogado e o nulo ao intervalo premiava o desempenho das duas equipas. O segundo período foi mau de mais em termos de arbitragem, com Carlos Xistra a mostrar uma vez mais que apitar jogos não será, certamente, a sua vocação maior. Os erros maiores, além da dualidade de critérios na amostragem de cartões, na minha opinião, são os seguintes: erro grave na anulação de um golo ao SC Braga, uma vez que Fransérgio marcou legalmente, numa precipitação inaceitável do árbitro ao apitar antes de a bola entrar, o que inviabilizou a correção pelo VAR, de um lance que abria a contagem; um penálti não assinalado de Battaglia sobre Danilo, quando o jogo estava em branco; expulsão perdoada a André Pinto, por segundo cartão amarelo, nos descontos, quando o resultava estava 1-2;  não recorrer ao VAR para corrigir a sua decisão de marcar grande penalidade no último lance do jogo, uma vez que havia no lance uma irregularidade, facilmente visível, momentos antes. Com tantas incidências, os leões chegaram à vantagem, mas os Gverreiros do Minho, com mudanças competentes na equipa por parte do treinador ao longo do jogo, revelaram uma crença e uma classe que lhes permitiu dar a volta ao marcador, com golos de Dyego Sousa e Danilo. Para a história fica este empate 2-2, numa partida em que Xistra voltou a ser a infeliz “figura de cartaz”, castigando a equipa dos Gverreiros do Minho, superiormente comandada por Abel Ferreira. Com arbitragens assim, ninguém se consegue intrometer na luta do título, por isso é hora de a família braguista construir uma “união de revolta”, pelos prejuízos que nos causam, que nos permita ser cada vez mais fortes. Mas, é bom que se saiba que vão ter de contar connosco.

A equipa B do SC Braga conseguiu a terceira vitória consecutiva, ao vencer no terreno do Cova da Piedade. Desejo que outras vitórias se sigam, de modo a permitir um trabalho sobre vitórias que ajuda certamente estes jovens a crescer mais rapidamente.

Ricardo Ferreira, em época de boa gestão física, foi convocado pela primeira vez para seleção A de Portugal, com toda a justiça, como eu previ há uns tempos atrás. O central, se mantiver o nível, pode ser um dos eleitos para o próximo Mundial de 2018, sonho que se mantém vivo para jogadores como Paulinho, ou Marafona se recuperar na segunda parte da época, atendendo ao seu desempenho desportivo. Uma referência também para mais uma chamada de Xadas para os sub21, por parte de Rui Jorge, que premeia o talento enorme que o atleta tem revelado.