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Um mercado forte, sem mexer muito

A época passada em Braga foi atípica, com a utilização de cinco treinadores, ainda que Abel Ferreira tenha saído sem qualquer jogo oficial realizado, mas sendo importante na definição do plantel. Seguiram-se os nomes de Sá Pinto, Rúben Amorim, Custódio Castro e Artur Jorge, que finalizou a época em grande, antes de ingressar, em seguida, na jovem equipa de sub23. O saldo foi amplamente positivo, se atendermos a que foi conquistada a Taça da Liga, com o brilho que o pleno de vitórias proporcionou e o terceiro lugar obtido, o que significou de imediato o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa e, com isso, uma planificação mais pensada da nova época, que agora está em marcha.

Foi no contexto acima descrito que Carlos Carvalhal, em conjunto com a estrutura, planificou a construção do novo plantel, onde se registaram as saídas de Eduardo, que terminou a carreira, Palhinha, que regressou ao Sporting, Trincão, que ingressou no Barcelona (e na seleção A de Portugal) e Diogo Viana, que foi pouco utlizado. Houve, também, o empréstimo dos jovens Sanca e Fabiano, à Académica, e de Samuel, ao Almeria, de Espanha. Entraram no novo plantel Zé Carlos, um jovem lateral direito, André Castro, cuja integração parece completa, Al Musrati, que vive dias felizes em Braga, Iuri Medeiros, que tem uma grande chance de se afirmar em definitivo, Guilherme Schettine, que está onde queria estar desde há muitos meses, e Nico Gaitán, um internacional argentino que dispensa apresentações e de quem muito se espera. Todas as mexidas aconteceram de modo natural e atempado, pelo que a parte final do fecho do mercado não trouxe indesejáveis alterações de última hora, ainda que Paulinho tenha sido vergonhosamente assediado e aliciado pelo Sporting, que o queria contratar, sabendo o que ainda deve em Braga relativo à mudança inesperada, à altura, de Rúben Amorim da Pedreira para Alvalade. Registo com agrado que, com exceção do pagamento em cinco anos da jovem promessa espanhola Abel Ruiz, proveniente do Barcelona, o SC Braga não andou a comprar cegamente, adiando pagamentos para mais tarde, o que traria sempre problemas, se atendermos a que quem deve tem que pagar, pelo menos se for “pessoa de bem” e o contexto pandémico atual aconselha cautelas.

Sobre os rumores de mercado, destaco aqui dois nomes, por razões diferentes. O iraniano Taremi chegou a ser pensado em Braga, caso a previsível saída de Paulinho acontecesse. Ora, como tal não se sucedeu, o jogador saiu na mesma do Rio Ave, mas seguiu para o Porto. O outro nome que refiro é de Lucas Veríssimo, um central brasileiro do agrado bracarense, mas que passou para números proibitivos, devido à concorrência de outros emblemas, teoricamente, de maior poderio financeiro. Este jogador acabou por não chegar a nenhum clube português, mesmo que nos próximos meses ele “ingresse” diversas vezes em clubes portugueses, pelo menos à luz daqueles programas que fazem de conta que falam do mercado de transferências do futebol. Haja matéria para falar de nada diariamente nas televisões.

O treinador Carlos Carvalhal já disse publicamente que a maior surpresa positiva que encontrou no plantel foi Paulinho, cuja qualidade é superior ao que observara de fora. O técnico referiu, ainda, que David Carmo foi outro jogador que o surpreendeu, algo que Rui Jorge tem ignorado nas convocatórias de sub21 de Portugal. Mas a qualidade deste jovem central será premiada, mais tarde ou mais cedo.

Em resumo, o SC Braga esteve forte no marcado, mesmo sem mexer muito no seu plantel, pelo que o grupo que Carlos Carvalhal dispõe augura dias felizes aos braguistas e é capaz de animar a época em Portugal.

In zerozero.pt

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