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Um balanço provisório

A temporada 2020/2021 já tem onze jogos disputados, o que possibilita um balanço provisório e de grande relatividade, pois o tempo pode alterar o que aqui deixo como opinião sobre a carreira, ainda curta, do SC Braga nas diversas competições e na globalidade.

Na liga portuguesa, o SC Braga ocupa, no momento em que escrevo este artigo, o segundo lugar, que espero ver confirmado depois do jogo deste domingo à noite contra o Farense, com todo o respeito. Não quero deixar, de modo algum, a ideia de qualquer sobranceria, que é sempre má conselheira, e a equipa, acredito eu, estará consciente disso mesmo. Se este cenário se confirmar, a situação atual é muito boa e fica apenas um travo amargo daquela derrota imerecida contra o Santa Clara, em que nem um golo válido foi conferido. Se o campeonato fosse um jogo em que fosse possível eliminar uma jornada e repeti-la, seria essa certamente, pois os açorianos saíram de Braga a voar com três pontos caídos do céu. A outra derrota ocorreu no Dragão e para ela muito contribuíram os erros individuais de Raúl Silva e Tormena, nas grandes penalidades cometidas, ou a meia dúzia de centímetros que permitiram ao VAR impedir o 2-0, na altura ao espanhol Abel Ruiz, que tudo poderia ter mudado. Mas como factos ficam os registos de duas derrotas iniciais e cinco vitórias consecutivas a seguir, que incluem as difíceis deslocações a Guimarães e à Luz, pelo que o saldo desta competição é positivo, a carecer de confirmação futura, como eu espero.

Na Taça de Portugal, o SC Braga venceu na Trofa por 2-1, num jogo que se transformou num grau de dificuldade superior ao esperado, mas que acabou com a justa passagem bracarense à eliminatória seguinte, onde os Gverreiros do Minho se deslocarão ao recinto do Olímpico do Montijo, que curiosamente ganhou o direito a estar presente nesta eliminatória ao vencer em Vila Verde por 2-3. Uma vez mais apelo à seriedade competitiva do grupo, de modo a evitar dissabores desnecessários, pois desta vez o sorteio não foi inimigo.

A Taça da Liga terá uma eliminatória em dezembro e o apuramento já está garantido neste momento, com a certeza de jogar em casa também assegurada. Resta saber qual o adversário a defrontar, que dependerá do desfecho da oitava jornada da liga portuguesa, ainda incompleta. O triunfo arsenalista no jogo a disputar no seu estádio, frente aos algarvios do Farense, permite receber o primeiro classificado da segunda liga, mas há outros cenários possíveis, que não passam disso mesmo por agora. O objetivo maior de defender o seu título foi conseguido, apesar das duas derrotas com que o SC Braga entrou na liga portuguesa, o que valoriza ainda mais o percurso até aqui efetuado.

Por fim, a fase de grupos da Liga Europa está dentro do expectável e se a normalidade imperar deverão apurar-se no grupo G as melhores equipas do grupo, Leicester e o SC Braga, não custando reconhecer que os ingleses são mesmo os mais fortes. As duas vitórias iniciais, em casa frente ao AEK e fora frente ao Zorya, abriram boas perspetivas de apuramento para a fase seguinte, mas esse apuramento ainda carece de confirmação, pois uma derrota e um empate na dupla jornada frente ao Leicester apenas permitiu somar um ponto na classificação. Fica alguma amargura pelo facto de o empate para o Leicester, na última quinta-feira, ter acontecido já para além do período de descontos que o árbitro concedera, num jogo que foi mesmo uma grande propaganda ao futebol. Neste jogo, em especial, carecem de análise e correção alguns erros individuais cometidos, que não se recomendam em alta competição. À atenção de Carlos Carvalhal, em quem confio.

Globalmente, considero a época positiva, ainda que, com alguma sorte e mais competência em alguns momentos, as coisas pudessem estar ainda melhores. Espero que o tempo confirme uma boa época.

Uma nota final triste para a morte surpreendente de Vítor Oliveira, que foi jogador e treinador do SC Braga, numa semana em que o mundo futebol chorou a partida de Maradona. Que descansem em paz.

In zerozero

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