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UM ACORDO POSITIVO

A partir de hoje este será o espaço onde semanalmente irei dar as minhas opiniões sobre a atualidade do SC Braga. Só excecionalmente e se o contexto pedir é que opinarei sobre outras coletividades ou seleções. Sobre o que for escrito, procurarei ser isento, sabendo que as minhas opiniões poderão ser, várias vezes, diferentes das opiniões dos leitores. Assim, faço votos para que esta relação com o jornal Diário do Minho, que me habituei a acompanhar ao longo dos anos, seja duradoura e saudável, de modo que os leitores sintam algo de útil nas palavras escritas.

Inicio então com o tema da semana bracarense, que é o “caso Amorim”. Passou algum tempo desde a assinatura e validação do acordo a que os dois clubes chegaram, representados pelas respetivas equipas jurídicas, pelo que já se pode ver melhor, depois de ter assentado a poeira que pairava no ar. O tempo costuma ser bom conselheiro em várias situações e evitar reações a quente pode ajudar a uma boa sanidade mental.

Tinha escrito publicamente sobre este assunto e defendi, nessa altura, que findo o prazo legal estipulado deveria o SC Braga avançar com queixas formais à FIFA e demais entidades competentes. Quando soube que sobre o limite do prazo estipulado para um pagamento da dívida os dois clubes iam reunir através dos seus representantes jurídicos a minha apreensão foi grande, ainda que me deixasse algo sossegado o facto de a última palavra decisória caber sempre aos dois presidentes.

Após muitas horas de negociações, creio que a solução encontrada defende o interesse bracarense, afinal o clube lesado nesta história, ao contrário do que se fazia passar pela comunicação social, em especial das televisões, onde a influência dos dois clubes é claramente desequilibrada a favor dos leões. Assim, a minha emoção dir-me-ia que o SC Braga deveria avançar com queixa formal e ir para os tribunais, mas a razão diz-me que este foi um acordo positivo, que salvaguarda o pagamento integral da dívida reconhecida pelo clube devedor, no espaço de tempo que é, por certo, inferior ao que qualquer batalha jurídica nos tribunais determinaria. Afinal, Rúben Amorim, que teve um reinado curto mas intenso, em Braga, quase se torna no treinador mais caro da história do futebol nesta mudança do Minho para Lisboa, se juntarmos aos valores conhecidos o IVA já pago ao estado pelo clube leonino. Resta-me esperar que desta vez as gentes de Alvalade cumpram com aquilo a que se comprometeram neste acordo, sendo que, desta vez, o documento de admissão de dívida não dará azo a dúvidas.

 

In Diário do Minho de 10.09.2020

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