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Tabuleiro de xadrez

O SC Braga recebeu e venceu o Boavista por 2-1, num triunfo tão difícil como justo, ante um adversário que tem valor, apesar de já ter conhecido melhores dias.

O jogo da Pedreira, disputado a meio da semana, fazendo lembrar as competições europeias, tinha a comandar o tabuleiro de xadrez um "Velho Mestre”, Jesualdo Ferreira, que regressava a Braga na qualidade de visitante, mas com muita experiência acumulada. Mas do outro lado estava um "Mestre mais novo", capaz de mover as suas peças gverreiras com competência, a ponto de fazer xeque-mate no jogo e deixar a pantera com os mesmos pontos com que iniciara a partida.

Os meus destaques deste encontro são Nico Gaitán, do lado bracarense, que mostrou índices capazes de o tornar num reforço de luxo para o que resta da temporada, ao que acrescenta o perfume do seu futebol, e Léo Jardim, na baliza axadrezada, que está a fazer uma boa época e evitou por diversas vezes que a bola entrasse na sua baliza.

A análise global ao SC Braga, distante no tempo, permite concluir que a equipa se aproxima agora daquela que proporcionou grandes espetáculos nesta temporada, o que agrada sobremaneira ao universo braguista, que espera a confirmação das consideráveis melhorias no futuro próximo.

O adversário que se segue em Braga, apenas quatro dias depois, é o líder Sporting, que já teve uma vantagem gorda na liderança, mas que emagreceu bastante com os três empates registados nos últimos quatro jogos, apesar de a estrelinha da fortuna continuar ao lado dos leões, como se viu na forma como chegou ao empate frente à B SAD, no último encontro que disputou. Espero que o stock da sorte leonina se tenta esgotado, com tantos momentos em que com ela foram bafejados.

A legião de adeptos "braguistas" será bastante superior ao habitual, em frente ao ecrã, uma vez que portistas e benfiquistas (ainda que estes de forma menos evidente) irão torcer pelo insucesso dos leões, mesmo que isso signifique o sucesso arsenalista, cujo êxito provoca algum desconforto. Não se pode ter tudo e ver o líder perder é, por agora, um desejo de muita gente.

Uma nota para a Superliga europeia, que foi apresentada por emblemas de peso, mas que teve uma vida curta, devido à desistência de vários dos seus (supostos) fundadores, que não resistiram à revolta dos adeptos. O aparente fim de linha de uma coisa que não chegou a ser mostrou que, afinal, o dinheiro ainda não compra tudo, nem manda em tudo e que o povo unido jamais será vencido. Espero que este sinal claro dado pelos adeptos de vários clubes, numa demonstração de força e de querer surpreendentes, seja lido e entendido pelos que pensam que o futebol não precisa de cumprir as funções que elevaram a sua existência para os níveis de popularidade altos, existentes em todo o mundo.

O futebol foi, é e será um desporto do povo e para o povo, pelo que só faz sentido com ele, ainda que a pandemia tenha provocado uma pausa nessa relação de proximidade entre adeptos e clubes. Mas o normal triunfará em breve, apesar da incompreensível obsessão dos nossos governantes contra a presença dos adeptos nos estádios de futebol, protegidos, distanciados e ao ar livre. Há razões que a razão desconhece.

Uma nota final para a alegria dos jovens que agora regressam aos treinos, nas várias modalidades, com alguma competição no horizonte. Espero que a pandemia e o comportamento irresponsável das pessoas não façam reverter esta situação, que tão graves danos, a vários níveis, tem causado na população mais jovem e no desenvolvimento do desporto de todos e para todos.

 

In zerozero.pt

Foto SC Braga

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