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SIMPLESMENTE MISERÁVEL

Miserável. Este seria o adjetivo que eu escolheria para classificar o plano de segurança delineado pelo comando da polícia de Guimarães e/ou o comando distrital. As forças de segurança, cumprindo ordens de quem elaborou o plano de acompanhamento dos adeptos braguistas até à “cidade berço”, prestou mais um péssimo serviço público ao país, a trazer à memória o incompetente trabalho verificado num SC Braga vs Benfica para a Supertaça, disputado em Aveiro, num tempo não muito distante.

O percurso dos autocarros que transportaram os adeptos desde Braga deveria demorar meia hora, sensivelmente. Pasme-se que, saindo de Braga às 19h30, os adeptos entraram no estádio de Guimarães pouco antes das 22 horas. A polícia não foi capaz de garantir a chegada dos arsenalistas em tempo útil e em segurança, parando toda a caravana na autoestrada cerca de cinquenta minutos, com a alegação de haver pessoas nas rotundas que colocavam em causa a segurança. Mas ninguém avisou a polícia que chegariam ao jogo de Guimarães mais de trinta autocarros provenientes de Braga? O clube bracarense reagiu oficialmente ao mau planeamento inicial, do comando da polícia de Guimarães, do percurso a efetuar pelos seus adeptos e em resposta o plano foi alterado, para pior. Claramente para pior. Parar a caravana quase uma hora em plena autoestrada, deixar depois os adeptos a uma distância considerável e a percorrer ruas com muitas varandas, culminando com a entrada no estádio já com meia hora de jogo disputada é o vergonhoso cartão de visita da viagem de ida a Guimarães.

O mau trabalho policial começou com a chegada do autocarro com a equipa do SC Braga, que foi apedrejado nas imediações do estádio, o mesmo acontecendo ao carro do Presidente António Salvador.

Depois de terminado o jogo e findo o suposto período de evacuação das ruas do percurso, que mediava entre o estádio e os autocarros, os adeptos regressaram aos autocarros, com objetos arremessados das varandas e outros lados, como era expectável para todos menos para a polícia, e que atingiram alguns adeptos, além de um elemento da autoridade. Em seguida, os autocarros em vez de entrarem na via rápida de acesso à autoestrada Guimarães-Braga, foram direcionados para Fafe e aí entraram na autoestrada que os levaria a Braga por Famalicão. Não leu mal, pois foi mesmo por Famalicão, o que me fez chegar a casa às impensáveis 2h30 da madrugada. “Enganamos aqueles tipos”, terão pensado os responsáveis por tão surreal plano de segurança. Esta demonstração de medo e impotência perante as supostas ameaças à segurança por parte da polícia é um sinal de fraqueza inequívoco e de uma “pobreza franciscana” de quem elaborou tal plano, que preocupa seriamente a sociedade. Que vergonha. Simplesmente miserável.

O jogo teve a morte de um adepto vitoriano, o que é de lamentar, como se lamenta a eventual lentidão no socorro exigido no momento. Há vida para além do futebol e é bom que todos entendam isso.

A Liga Portugal, através dos seus responsáveis, não pode dizer em público que foi aberto, ou vai ser, um inquérito à vergonhosa entrada tardia dos adeptos braguistas no recinto do jogo, apenas para a “fotografia”. Isto que se passou é demasiado grave e tem que ter consequências, quer nas autoridades responsáveis pela segurança, quer no clube que organizou (mal) o jogo, quer ainda nos adeptos que se portam mal. Este jogo passa uma imagem de “Faixa de Gaza” à cidade de Guimarães, por causa do comportamento condenável de alguns adeptos. Felizmente conheço muita gente que não se revê nestes comportamentos desviantes. Esses adeptos devem ser “caçados” um a um e devidamente castigados, com os clubes a que são afetos a terem obrigação de os identificar e ajudar a banir do futebol, assim como do desporto em geral. Um dia destes não se pode repetir. Nunca mais!

O jogo terminou empatado 1-1, o que acaba por passar para segundo plano, em função das lamentáveis incidências em que esteve envolvido. O que podia ter sido uma festa promocional de futebol acabou por ser um encontro negro por causa dos acontecimentos negativos. O destaque, após o jogo, vai para a evidente superioridade bracarense na atualidade, cuja personalidade e presença em campo não teve correspondência no resultado, pois o golo de classe de Claudemir, que fez uma exibição tremenda, não chegou para vencer. Mesmo assim, o SC Braga é a única equipa invicta em Portugal e lidera justamente.

À Legião do Minho faço o apelo para que se una ainda mais em torno da equipa, pois parece haver qualidade suficiente no grupo de trabalho para lutar por objetivos maiores no futuro próximo.

A taça da Liga joga-se nesta terça-feira, com o SC Braga a receber o Nacional. O apuramento para a final four de Braga é um objetivo claro a atingir. Boa sorte, SC Braga.

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