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SEM SORTE, SEM ARBITRAGEM E SEM PONTOS

A segunda jornada da liga portuguesa será uma das mais negras da época para o SC Braga, depois da derrota por 0-1 frente ao Santa Clara. Pelo menos assim espero. Os açorianos nunca tinham ganho em Braga e apenas por uma vez tinham empatado, mas este jogo foi negativamente marcante para os arsenalistas, manchando uma história de sucesso até aqui verificada. Mas vamos a uma análise mais fina.

O primeiro tempo foi apático e sonolento, o que viria a dar uma parte de avanço aos insulares, que aproveitaram a primeira vez que chegaram à baliza bracarense, de modo casual, para marcar o único golo do jogo. Perdão, o único golo válido do jogo. Antes, porém, Moura, isolado, e Paulinho, num remate negado pelo guardião adversário, podiam ter dado a vantagem minhota, o que não aconteceu. Com uma formação algo confusa, e agindo devagar, o golo do empate minhoto surgiria, por André Horta, mas Rui Costa invalidaria, deixando todos boquiabertos com tão surreal decisão. Pela segunda jornada consecutiva os bracarenses viram um golo invalidado, com a agravante de neste caso nem a tecnologia defender o juiz da partida. O árbitro Rui Costa tem diversos episódios negativos com o clube bracarense e merecia ser estudado, pois não é nada fácil estar tantas épocas desportivas no escalão maior atendendo à gritante falta de competências para a função. Pela importância dos lugares do pódio nesta época prevejo que muitas decisões erradas surgirão contra o SC Braga, enquanto outras beneficiarão os adversários diretos, como já se viu nesta jornada.

O segundo período começou com duas alterações e certos equívocos da equipa desfeitos, o que permitiu mostrar um jogo de sentido único dos Gverreiros do Minho, que construíram oportunidades suficientes para ganhar folgadamente um jogo que perderiam com algum infortúnio, bem evidente nas bolas que foram devolvidas pelos ferros da baliza adversária ou no lance caricato em que Ricardo Horta impede, involuntariamente, que uma bola entre na baliza, além de outras chances flagrantes que foram desperdiçadas. Uma nota negativa para aquilo a que o treinador açoriano chamou de estratégia, com uma equipa de tração traseira, realçando o antijogo que é habitual nas suas equipas, mas que foi premiada pelo triunfo obtido, ainda que reconhecesse que o SC Braga não merecia perder este jogo.

O resultado, surgido sem sorte e sem arbitragem, deixou-me triste, pois a equipa continua sem pontos, mas a segunda parte mostrou que a vitória pode acontecer em qualquer jogo, face à qualidade mostrada. O caminho é este, mas é preciso que todos ofereçam à equipa o seu esforço e quem não o quiser fazer que ceda o lugar a outro. O plantel tem qualidade suficiente para deixar de lado alguns eventuais amuos e colocar em campo jogadores que sintam cada momento da equipa como seu também. Aos adeptos apenas peço que deixem o treinador trabalhar e colocar em prática as suas ideias que, a curto prazo, darão os resultados que todos almejamos. Em breve estaremos juntos nas bancadas, corrigindo esta discriminação surreal feita ao futebol pelas entidades (ir)responsáveis.

In Diário do Minho de 01-10-2020

Foto SC Braga

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