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Sábado de emoções

O futebol em Braga aconteceu, na jornada vinte e dois da liga masculina, numa agradável tarde de sábado sem chuva, com a Alameda do Estádio a proporcionar uma fan zone aos adeptos, havendo, assim, condições para que a deslocação em família fosse uma realidade, na receção ao Paços de Ferreira. Mas, vamos por partes, pois existe outra história antecedente para contar.

Vou, neste artigo, deixar aqui a minha visão sobre um sábado de emoções, vividas na Bracara Augusta. Tudo começou pela manhã, numa ida rara ao 1º de maio, para assistir ao confronto feminino entre SC Braga e SL Benfica, para a Taça de Portugal. Está velhinho e degradado o estádio que tanto simbolismo tem e que está classificado como património nacional, a pedir intervenção urgente, sob pena de se tornar, em breve, num amontoado de ruínas. A este propósito, existe um projeto arrojado de intervenção por parte do SC Braga, que aparentemente não agradou à edilidade bracarense, e que contém uma remodelação moderna do estádio e uma transformação da zona da cidade envolvente, algo que é bem visto por muitos braguistas, face ao facto de a Pedreira se ter transformado num obstáculo grande para miúdos e graúdos de idade frequentarem aquelas bancadas. Mas como na vida tudo pode mudar repentinamente, nenhuma decisão é perene e as posições de hoje podem não ser as de amanhã.

Voltando ao jogo feminino da prova rainha, o Benfica surgia em Braga com um destaque pontual na liga que lhe conferia o estatuto de melhor equipa, ainda que no lado oposto estivesse um opositor com bons valores, que promete lutar pela conquista das taças em disputa, uma vez que a liga parece uma miragem, face ao distanciamento existente. As Gverreiras do Minho não foram de modas e brindaram as benfiquistas com uma goleada de 4x0, num jogo à moda do futebol de rua, em que mudava aos dois e acabava aos quatro. Assim, foi com uma exibição de gala e um resultado que impõe respeito aos adversários que o SC Braga eliminou a equipa da águia, que veio da capital à “província” ver algo mais do que um passeio matinal. Este triunfo retumbante reforça o ânimo e a crença bracarenses, que estavam abalados com os recentes resultados da liga portuguesa, deixando no ar a promessa de bons ventos no futuro próximo.

A tarde do mesmo sábado trouxe o Paços de Ferreira à Pedreira e o público não ficou indiferente ao convite do bom horário para assistir ao jogo, comparecendo em bom número, numa boa jornada de promoção do futebol, que bem necessitado está face aos desequilíbrios existentes entre os diferentes competidores e às péssimas demonstrações bem recentes, que complicam sobremaneira quem pretende valorizar o espetáculo como algo vendável. É urgente que se castigue, com critérios uniformes e sem olhar ao símbolo de cada clube envolvido, de modo a alterar a imagem negativa que as pessoas do futebol várias vezes se “esforçam” por mostrar ao mundo, o que se lamenta. O Paços chegou a vencer ao intervalo, sem ter feito muito por isso, mas esse é o lado do futebol onde a lógica não impera muitas vezes. Uma boa segunda parte arsenalista, com contributo forte das alterações introduzidas e alteração da disposição em campo, em aliança com a vibração do público nas bancadas, permitiu a remontada no marcador, com dois golos de Ricardo Horta, que foi, uma vez mais, a luz que iluminou o caminho do sucesso, bem à maneira de um grande Capitão. Acabou por triunfar a vontade e o querer, sobre a forma irritante de retardar cada lance por parte do adversário, mostrando que, afinal, às vezes ainda se consegue alguma lógica no mundo da bola.

O triunfo obtido permite, desde logo, preparar o regresso à Liga Europa, onde o SC Braga se desloca à Moldávia, já na próxima quinta-feira, para defrontar o Sheriff. O desejo da legião é que o jogo europeu dê continuidade ao que de bom foi feito, especialmente na segunda parte frente aos castores.

Uma nota final para o futsal e para o SC Braga/AAUM que se apurou para a eliminatória seguinte da Taça de Portugal, ainda que para isso tenha sofrido bastante, dado que o apuramento só aconteceu na marcação de pontapés da marca de grande penalidade, pois nem o prolongamento foi capaz de alterar esse empate a quatro golos que se registava no fim do tempo regulamentar. Foi mesmo um dia de emoções fortes, na Legião do Minho.

 

 

In zerozero de 13-02-2022

 

Foto SC Braga

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