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Resposta grande ao contexto difícil

Os objetivos desportivos do SC Braga foram atingidos até ao momento na sua totalidade, pois a equipa continua a jogar em todas as frentes, por mérito próprio. O caminho parece correto, apesar de algumas contrariedades que ninguém queria ver. Ainda nada foi ganho, como o grupo tem consciência, e o sucesso dá imenso trabalho, mas todos parecem estar preparados para isso.

O caminho bracarense continuou com o jogo do Bessa, onde a tradição diz que os arsenalistas sentem muitas dificuldades. Mas desta vez a deslocação traduziu-se numa vitória clara de 4-1, números que até podiam ser mais desnivelados e que não deixam dúvidas a ninguém. Este êxito foi construído à base de um coletivo forte, representa uma resposta grande da equipa ao contexto difícil atual, mesmo que as individualidades sejam determinantes na definição dos lances que definem os jogos.

A somar às habituais dificuldades frente a este adversário, em Braga surgiram quatro casos de COVID entre os jogadores, além do fisioterapeuta Francisco Miranda, também ele uma peça importante no grupo de trabalho. Assim, as ausências de Tormena, Bruno Viana, David Carmo e André Castro juntaram-se à de Galeno, por lesão, o que diminuiu as opções do treinador, possibilitando inclusive as estreias de Rolando e Bruno Rodrigues e o regresso de Gaitán, de onde sobressai a união como dado positivo.

As expectativas para 2021 são animadoras, mesmo com esta razia impeditiva do plantel, que há de passar em breve. O próximo jogo será em Alvalade, no segundo dia do novo ano, e reveste-se de elevada importância, pelo que o contexto adverso em que surge requer mais uma resposta exigente da equipa. Esperemos que os casos de COVID e de lesões fiquem por aqui, numa luta que já parte desigual.

No SC Braga é difícil definir um sistema de jogo como os analistas gostam, porque a equipa apresenta dinâmicas diferenciadas nos vários momentos do jogo e isso deve-se ao trabalho profícuo do treinador e da sua equipa técnica. Mas o mais importante é que as alterações, umas vezes forçadas e outras por opção, têm tido uma resposta competente dos jogadores e a resposta coletiva em campo tem sido positiva, como se observa no percurso até agora efetuado.

Eu também digo, como o treinador Carlos Carvalhal, que "a minha equipa joga muito" e promete fazer coisas boas. Não tem havido o reconhecimento da imprensa em geral, o que eu lamento, mas não me surpreendo, devido às “amarras” existentes no sistema. Aliás, da comunicação social só espero que acabem com este circo permanente de transferências de jogadores, especialmente para clubes sem dinheiro e cheios de dívidas, que num país decente já tinham falido, como existem vários exemplos por esta Europa fora.

Este foi o primeiro ano que escrevi para o Diário do Minho, um jornal que me habituei a apreciar desde há muito tempo e confesso que é um prazer escrever aqui sobre o SC Braga. Espero que seja uma relação duradoura.

Bom ano de 2021 a todos, com votos reformulados de um rápido regresso dos adeptos aos estádios, pois o futebol sem eles não é a mesma coisa.

 

In Diário do Minho de 31-12-2020

Foto SC Braga

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