Terminou com sucesso uma semana exigente do SC Braga, que teve três jogos em sete dias, todos eles com grau de dificuldade elevado, sendo o ciclo de dois que analiso nesta crónica o mais exigente e que teve uma resposta competente da equipa. A situação na liga merece preocupação especial dos adeptos, dada a escassa pontuação e a pouco habitual posição ocupada na tabela classificativa, que motiva o “massacre” continuado da comunicação social portuguesa, sedenta de sublinhar os aspetos negativos e de omitir os positivos.
Na última quinta-feira, o SC Braga recebeu o Beşiktaş, da Turquia, na condição de líder do seu grupo. A vitória obtida por 3-1 cimentou essa liderança e deixou o apuramento a uma curta distância de um ponto, que até pode nem ser necessário se o Slovan não vencer na Turquia, na próxima jornada, quando o SC Braga receber, ao mesmo tempo, o Wolves, treinado pelo português Nuno Espírito Santo. Paulinho, por duas vezes e Wilson Eduardo marcaram os golos da vitória arsenalista, mas o público presente viu os turcos chegarem ao empate de modo frio, na invernosa noite da Pedreira, numa das raras incursões atacantes, algo que tem acontecido frequentemente à equipa nesta fase. A reação da equipa ao imerecido empate chegou com dois golos, além de algumas chances claras desperdiçadas, que valeram o resultado final. Na Europa, a equipa de Ricardo Sá Pinto tem estado a um nível muito elevado, só não tendo o pleno de vitórias porque Bruno Viana marcou, de modo infeliz, na própria baliza o golo do empate do Slovan na Pedreira, já muito perto do fim. Na Europa a equipa está bem e recomenda-se.
Na liga portuguesa, o SC Braga deslocou-se a Guimarães, menos de 72 horas depois do jogo europeu, para defrontar o grande rival minhoto, Vitória Sport Clube, no dérbi mais apaixonante que o país conhece. Os vimaranenses seguiam quatro pontos à frente dos bracarenses, pelo que era urgente encontrar o caminho dos triunfos e corrigir esta situação. Cientes da importância do jogo e munidos de uma paixão sem limites, os adeptos trataram de esgotar os bilhetes disponíveis e de encher muitos autocarros, rumo ao D. Afonso Henriques. Nota de destaque positivo para o bom trabalho da polícia neste jogo, que colocou os adeptos braguistas atempadamente e sem incidentes no estádio, tal como exigira a direção do Sporting Clube de Braga. A equipa, desta vez, correspondeu em campo ao apoio imenso chegado das bancadas, durante o tempo todo e que criou um ambiente arrepiante à sua volta. Os Gverreiros do Minho entraram fortes e concentrados no jogo, tendo desperdiçado duas oportunidades claras, por Paulinho e Ricardo Horta, antes de chegar ao golo inaugural, por intermédio do ponta de lança português. O jogo seguiu até ao intervalo debaixo do controlo arsenalista. Hugo Miguel, o árbitro do encontro, perdoou a expulsão ao médio Al Musrati, após uma entrada violenta sobre André Horta, que poderia ter tido consequências graves no médio português. Foram diversas as situações em que os vimaranenses recorreram à dureza para travar a evidente supremacia bracarense. O segundo tempo evidenciou ainda mais a superioridade do SC Braga, perante um adversário incapaz de qualquer reação e que viu, ainda, a vantagem ser ampliada para dois golos, por intermédio de Galeno, a estrela do momento em Braga. Os comandados de Sá Pinto realizaram uma boa exibição coletiva, sem os habituais erros defensivos e concretizando algumas das chances criadas, que valeram um triunfo tão claro como justo. Espera-se agora que este resultado seja capaz de conduzir a equipa a novos triunfos, de forma a chegar aos lugares cimeiros da classificação, repondo alguma normalidade.
Segue-se uma pausa nas competições, devido aos trabalhos das seleções, que pode permitir algum descanso e a preparação adequada dos próximos embates. A equipa já percebeu que tem que ser melhor do que os adversários para ganhar, o que não acontece com diversas coletividades.
Algumas notas para assinalar o regresso aos triunfos dos sub23, por 2-1 frente ao D. Aves. A equipa B continuou a série vitoriosa, depois de vencer no terreno do S. Martinho por 4-2, com Gonçalo Gregório a marcar mais dois golos, algo que parece fácil neste jogador. A equipa de sub19 viu o seu jogo em Paços de Ferreira adiado, devido ao mau tempo. A equipa de sub15 terminou a primeira fase a golear no Vianense por incríveis 10-0.
Jordan Santos foi eleito melhor jogador do mundo de futebol de praia, um assunto que voltarei a abordar no próximo artigo.