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Prenda de aniversário

O SC Braga celebrou, oficialmente, esta semana, o seu aniversário 101. Está “velhote” este pujante clube, como demonstram a sua avançada idade e a performance ao longo das últimas épocas.

A fase que a equipa atravessava neste novo ano civil era negativa, depois de um empate frente ao Famalicão e uma derrota frente ao Marítimo, ambos na Pedreira, algo que deixou entristecidos os adeptos braguistas, parecendo que tudo estava colocado em causa. Felizmente, nestas alturas, estão à frente da equipa pessoas que acreditam no processo, pelo que este não é colocado em causa por dois resultados adversos e inesperados.

Assim, foi imbuído de um sentimento negativo que os adeptos encararam a visita a Alvalade, onde se esperava um mar de dificuldades, na sequência dos hábitos dos leões em todos os jogos, com reforço para os que se disputam em casa, e só um grande SC Braga poderia sair de Lisboa com um triunfo. Ora, este rol de sentimentos adversos parecia pedir um adiamento da celebração do aniversário para o mês seguinte, afinal, indo de encontro à teoria da versão que defende, com fundamento, que o clube faz anos em fevereiro. Mas a vida não para e, por isso, ao longo da última semana a celebração da efeméride foi uma realidade, ficando o clube à espera que a sua equipa principal pudesse oferecer uma prenda que alegrasse as almas braguistas.

A reação à adversidade destes dois primeiros jogos de 2022 foi forte, pois Alvalade viu Rúben Amorim perder pela primeira vez um jogo nas competições internas e logo frente à sua anterior equipa. Com franqueza, eu preferia ter ganho a Supertaça em vez deste jogo, mas já que tal não foi possível, este triunfo é bastante saboroso, pois foi coroado com uma remontada, conseguida na segunda parte, depois de ao intervalo o resultado ser a vantagem leonina, ainda que por margem tangencial. Mas a reação dos Gverreiros do Minho surgiu e contou com algumas oportunidades desperdiçadas, tal como aconteceu com o Sporting. Em primeiro lugar, com a ajuda do VAR que alertou o árbitro Hugo Miguel que, por sua vez, só assinalou a grande penalidade que deu o empate depois de visionar as imagens. Acredito que lhe tenha custado, mas lá marcou, porque uma das imagens era clara. Já no alargado período de oito minutos de descontos, os Gverreiros do Minho viram a felicidade, que faltou noutros jogos, sorrir pelo pé direito do jovem francês Gorby, que marcou assim o seu primeiro golo na equipa principal e logo de uma importância extasiante para o grupo. Foi a altura de festejos coletivos por um momento que a equipa soube procurar, de modo a oferecer uma prenda a condizer com o aniversário do clube, que nem a agressão a Ricardo Horta, com uma garrafa, conseguiu pôr fim.

Apesar de ter ganho a partida, não queria deixar de fazer o reparo ao árbitro Hugo Miguel que, depois de corrigir bem um lance por alerta do VAR, a barreira no lance de livre indireto dentro da área leonina estava, sensivelmente, a metade da distância que os regulamentos determinam e que o período de descontos foi excessivo e abusivamente alargado, antes do apito final.

A vitória no reduto do leão foi importante, mas já pertence ao passado. Há vida para além dos merecidos festejos aniversariantes e, claro, deste triunfo saboroso, pois jogos importantes se avizinham. Além disso, a equipa técnica de Carlos Carvalhal tem um desafio suplementar de trabalhar estes meninos que vão saindo do berço da sua formação, de modo que momentos como os vários golos de Vitinha e Roger, ou este de Gorby, ou, ainda, a afirmação de Bruno Rodrigues e Moura sejam replicados com sucesso no futuro próximo.

Parabéns, SC Braga, pelo aniversário e por, finalmente, quebrar esta onda de resultados negativos frente ao Sporting, que é uma grande equipa que acredita no processo que a levou a conquistar com justiça a liga da época passada.

Uma palavra final para a Senhora Amélia Morais, adepta amplamente conhecida como Melinha, que as câmaras deixarão de filmar futuramente nos estádios, por razões de saúde. Daqui, faço votos para que tenha dias tranquilos na sua vida, tal como a sua permanente boa disposição do passado o exige.


In zerozero

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