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Pedido de isenção

O futebol português caminha alegremente em direção ao abismo e as decisões, urgentes, tardam em aparecer, como ilustra bem a centralização dos direitos televisivos, que permitirá uma distribuição de receitas mais equitativa, agora deliberada, mas só entrará em vigor daqui a vários anos.

A pandemia tem agravado a saúde financeira dos clubes. Perdão, tem piorado a doença, pois saúde financeira nos clubes na atualidade é uma miragem. Não admira, por isso, que os clubes recorram a estratégias diferenciadas capazes de angariar receitas que permitam satisfazer os pagamentos de rotina, que não desaparecem por um simples estalar de dedos. O que é importante é que essas receitas extraordinárias não coloquem minimamente em causa o futuro a curto, a médio e a longo prazo.

Digamos que não está fácil a vida dos clubes que se viram privados de receitas regulares, que ajudavam no cumprimento de obrigações, embora não as resolvessem, pois a maioria (ou totalidade) dos clubes não é autossuficiente a partir das receitas ordinárias. 

A situação agrava-se proporcionalmente ao prolongamento da ausência de adeptos nos estádios, que parece já ter muitos anos, mesmo que na realidade seja “apenas” um. E o regresso não se vislumbra no horizonte, o que muito “ajuda” nesta morte lenta que o futebol vive, definhando a cada dia que passa.

A competição sénior continua e cada jornada que passa significa o estreitar da margem de erro dos clubes, pelo que os golos e as vitórias darão cada vez mais trabalho. Espero eu que essas (pequenas) conquistas se fiquem apenas pelo trabalho.

A Pedreira será o palco do maior duelo da jornada, com o SC Braga a receber um Benfica que tem estado distante das expectativas inicialmente criadas. O jogo é importante para as duas equipas, uma vez que se trata de terceiro e quarto classificados. O histórico recente tem sido favorável aos bracarenses (ainda que o saldo do balanço global penda para os lisboetas) que chegam a este confronto vindos de duas vitórias nesta época, na Luz para a Liga e em Leiria, na meia final da Taça da Liga. Recomendava o bom senso que para o melhor jogo se nomeasse o melhor árbitro, que é Artur Soares Dias, mas o conselho de arbitragem voltou a colocar-se a jeito, ao designar João Pinheiro, que pertence à AF Braga, mas cuja inclinação para o “encarnado” é sobejamente conhecida. Num contexto de tanta importância deste jogo desejo que o árbitro seja feliz e se mostre à altura das exigências. Neste momento só me ocorre fazer um pedido de isenção do árbitro e que, no final, seja avaliado com uma prestação positiva. Que este desejo se torne realidade.

A preparação deste encontro começou na segunda-feira, em Famalicão, onde um penalti que não se vê nas imagens foi marcado a favor do SC Braga e deu o empate, na altura. Ora, se a Cidade do Futebol tiver outra imagem que mostre a existência da falta deveria torná-la pública e se isso não acontece o lance deveria ter sido corrigido pelo VAR. Indiferente à irregularidade existente no primeiro golo famalicense, alguma comunicação social passou a semana toda a “pisar” sobre esse lance, por sinal o primeiro claro benefício dos arsenalistas esta época, em contrapartida com vários lances de prejuízo evidente, que até já motivaram pedidos públicos de desculpas, tentando desde logo condicionar o trabalho do árbitro da partida seguinte, o que deixa desconfiadas as almas braguistas, uma vez que até os responsáveis benfiquistas se valeram da situação para tentar tirar algum proveito do referido erro. Haja isenção, é apenas o que peço de novo, e que a bola role.

In zerozero

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