O período de pausa nas competições dos clubes está no seu pico. Em breve alguns clubes retomarão os trabalhos, com vista à preparação da nova temporada. Estamos em pleno “defeso”, altura em que os clubes reajustam os seus plantéis, tentando as melhores opções para os novos desafios. Mas esta pausa dos clubes não é igual a todas as outras, uma vez que as seleções continuam em ação intensa, desde a realização da fase final do Euro 2020, um ano depois, até à Copa América, sem esquecer os Jogos Olímpicos, que levarão, certamente, alguns jogadores que vemos habitualmente nos relvados portugueses.

Em Braga o trabalho deve estar intenso, a ver pelas notícias que saem nos jornais, com diversos jogadores a serem cobiçados por outros clubes, na sequência da época de excelência realizada, em que vários jogadores se valorizaram imenso. O expoente máximo parece ser Al Musrati, que chegou à cidade dos arcebispos meio envergonhado, como alguém que quer integrar um plantel, e acaba a temporada como uma das figuras maiores. Acredito mesmo que a permanência do líbio em Braga seja cada vez mais uma miragem e a eventual entrada em cena do empresário Jorge Mendes promete muitas páginas de jornais preenchidas e uma transferência com valores envolvidos acima do expectável. A ver vamos se o tempo confirma ou não. Em Portugal, fala-se de modo insistente no interesse do Benfica, mas não creio que o clube da Luz disponha de condições financeiras para esta aquisição. Assim, desejo que, a mudar-se no imediato, a transferência se faça para o estrangeiro, mesmo que eu considere que mais uma época em Braga o tornaria mais apetecível ainda, se acrescentarmos a possibilidade de o jogador adquirir da nacionalidade portuguesa.

Há outros nomes badalados em Braga, como o de Ricardo Esgaio, que tem a pretensão firme do treinador do Sporting, que não hesita em querer, sempre que se trata de alguém quem com ele trabalhou no Minho e de quem guarda boas referências. Diria que neste contexto era possível acrescentar diversos nomes, mas para já fico por aqui.

Alguns clubes têm agido através dos jornais, especialmente desportivos, como mensageiros, de modo a enviar “recados” e a pressionar o SC Braga. Chega-se até ao descaramento de serem os potenciais compradores a definir o preço, através desses mensageiros, o que não deixa de ser ridículo. Uma vez que tenho esta possibilidade, daqui envio uma mensagem aos interessados nos jogadores bracarenses: quem gosta de coisas caras, que as pague como tal, pois o tempo de saldos e jogadores ao preço da chuva em Braga já passou há muito, felizmente.

Em relação à construção do plantel para colocar à disposição de Carlos Carvalhal, para a próxima época, não me vou pronunciar muito para já, uma vez que “são mais as vozes do que as nozes” e as dúvidas do momento são muito superiores às certezas.

Até que o período do mercado de verão se esgote, ainda muita água vai correr debaixo de várias pontes e cada uma aproveitará apenas aquilo que for capaz. Mas que não se pense que são os mensageiros dos jornais a definir as coisas em Braga.

In Diário do Minho de 17-06-2021

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