A comunicação social tem apresentado números que não dizem a verdade sobre os confrontos entre SC Braga e V. Guimarães. No histórico dos 136 confrontos entre as duas equipas, há a registar o seguinte: 55 vitórias para os Gverreiros do Minho, sendo 45 no campeonato/liga, 6 na Taça de Portugal, 1 na Taça da Liga, 1 na Taça FPF e 2 na segunda divisão; 53 vitórias para os vimaranenses, sendo 48 no campeonato/liga, 3 na Taça de Portugal e 2 na segunda divisão. Os restantes 28 jogos terminaram empatados. Assim, não restam dúvidas sobre a vantagem de 2 vitórias e não 1, como tem sido escrito na comunicação social, do SC Braga sobre o rival V. Guimarães.

Terminou a época europeia do SC Braga. Após uma longa caminhada, iniciada em julho do ano anterior, o confronto com o Marselha colocou um ponto final num percurso notável. Depois de uma vitória a todos os títulos meritória na fase de grupos, o jogo de Marselha deixou uma má imagem dos arsenalistas, que foi corrigida no jogo da segunda mão disputado na Pedreira através de uma vitória justa por 1-0, que poderia ter tido números finais mais dilatados. Vindo de uma goleada histórica e moralizadora no terreno do vizinho V. Guimarães por 5-0, o SC Braga entrou em campo disposto a dar tudo o que tinha para inverter o resultado negativo trazido de França. O golo de Ricardo Horta obtido no primeiro tempo, a culminar uma boa jogada coletiva, devolveu as esperanças aos adeptos, que nas bancadas davam grande apoio à equipa. Os jogadores retribuíram com um denodo que dispensava reparos. A segunda parte trouxe as oportunidades suficientes para inverter o rumo da eliminatória, mas nem Wilson Eduardo por duas vezes, nem Bruno Viana conseguiram concretizar oportunidades flagrantes de golo. Nota negativa para a atuação do árbitro, que não marcou um penálti cometido sobre Ricardo Horta logo no início do jogo e deixou que o brasileiro Luís Gustavo distribuísse “pancada” durante o jogo todo sem qualquer penalização. A imagem negativa que ficara na primeira mão foi corrigida com a vitória no segundo jogo e a entrega dos jogadores mereceu os aplausos de pé que lhes foram tributados pelos adeptos no fim do jogo.

Para a história fica uma boa participação dos Gverreiros do Minho nos 12 jogos realizados, com um total de 7 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, sendo a equipa que conquistou mais vitórias entre as equipas portuguesas na Europa até ao momento. O SC Braga foi o orgulho do Minho e de Portugal. Parabéns.

A visita dos adeptos franceses e a sua deslocação com acompanhamento policial criou o caos no trânsito em todas as artérias da cidade que conduziam ao estádio. É sobejamente conhecido o mau comportamento dos marselheses, mas a polícia tinha obrigação de ter melhor e mais eficiente desempenho. Em escassos quatro dias foi possível ver dois maus trabalhos por parte da PSP que por si só ajudam a afastar adeptos dos estádios. A rever e a melhorar.

Na segunda liga, o SC Braga B voltou finalmente aos triunfos ao vencer no terreno da Oliveirense por 3-2, um adversário direto na luta pela permanência. Os golos de André Ribeiro, de Ryller, que se estreou a marcar e de Sílvio, que regressou ao clube para relançar a sua carreira, ainda que ao serviço da equipa secundária, selaram o triunfo. Que esta vitória sirva de estímulo para novos triunfos no futuro próximo.

Os juniores (sub 19) estão na fase de apuramento de campeão. Após uma vitória na primeira jornada por 3-0 frente à U. Leiria, os jovens Gverreiros do Minho foram a Setúbal vencer por claros 5-0. Os triunfos já alcançados parecem indiciar que esta equipa pode disputar o título, ainda que para isso se exija a manutenção do nível elevado registado até aqui. Acompanharei de perto a fase decisiva e voltarei ao tema brevemente.

Na liga portuguesa, o SC Braga recebeu um Tondela que vinha de um jogo atípico frente ao Sporting que só Capela ou outro do mesmo baixo nível é capaz de conseguir, onde o golo da vitória leonina chegou alguns minutos depois de terminado o tempo de jogo que árbitro decretara. Têm sido tantos os erros que favorecem os três clubes do sistema que o melhor era fazer um “triangular” com várias voltas entre os três clubes e deixar a competição fluir separadamente nos restantes. Indiferente ao passado recente, o SC Braga entrou em campo disposto a lutar pelos três pontos, o que viria a conseguir com muito esforço dos seus jogadores, através do golo de Ricardo Horta perto do fim, num jogo de muito desperdício, mas que felizmente terminou bem para os Gverreiros de Abel Ferreira.