O uso da tecnologia » Superbraga.com
You are using an outdated browser. For a faster, safer browsing experience, upgrade for free today.

O uso da tecnologia

O último jogo da liga portuguesa decorreu no Jamor, ante a B SAD (Belenenses SAD, para situar os leitores) e traduziu-se numa derrota, por 2-1, inesperada para os braguistas, uma vez que a equipa vinha de carimbar o apuramento na Liga Europa com uma vitória categórica em Atenas por 4-2, honrando uma vez mais o bom nome do clube, e de Portugal também. A equipa da B SAD tem apresentado uma boa consistência defensiva, mesmo tendo limitações a nível ofensivo, e o SC Braga poderia apresentar alguma fadiga física e mental, ainda que o bom resultado “grego” ajudasse à superação dessas dificuldades.

Perante o contexto exposto, recomendava-se uma entrada assertiva da equipa, colocando no relvado a posse de bola e a assunção do jogo, de modo e evitar dissabores. De facto, essa entrada ficou aquém das expectativas, mas mesmo assim a equipa dispôs de duas situações de golo. De seguida, foi desaparecendo do campo, realizando uma primeira parte banal, que foi de encontro aos interesses dos azuis, que começaram a acreditar e fizeram dois golos até ao intervalo, sendo o último um lance de belo efeito. O golo inaugural foi prontamente anulado por fora de jogo, que parece evidente desde logo, mas a demora da decisão por parte do VAR começou a lançar desconfiança sobre o veredicto final. O árbitro, por indicação da Cidade do Futebol, validou o golo e mais tarde as imagens que surgem do lance aumentam a desconfiança sobre a decisão, na utilização errática das linhas auxiliares, restando saber se as linhas foram mal utilizadas por incompetência ou por manifesta manipulação humana da tecnologia. Ora, ambas as situações são graves, mas a primeira pode eliminar-se com formação específica ou arrumando os incompetentes, mas se a segunda situação se verificar então entramos num campo de desconfiança que pode ferir de morte o uso profícuo da tecnologia em prol da verdade desportiva. Prefiro acreditar na incompetência do VAR João Pinheiro que o auxiliou, pois a imagem final que fica da validação da jogada roça o ridículo, por tentar arranjar um pé de David Carmo que manifestamente não existia. Já vai longa esta análise, pelo que para a história fica uma derrota que a equipa fez por merecer no primeiro tempo, mas que pelo assomo final a jogar com dez elementos, por expulsão exagerada de David Carmo, conseguiu marcar um golo e teve, ainda, chances capazes de evitar o desaire, algo que acabou por não acontecer. Espero que a equipa leia os sinais de reclamação, sem qualquer razão, oriundos de Alvalade e perceba que, afinal, a luta vai ser tremenda.

Agora resta seguir em frente, a começar já hoje pela receção ao Zorya, apenas para cumprir calendário, mas com a luta pelo primeiro lugar ainda em aberto, além da vertente financeira que cresce de importância no contexto pandémico que vivemos. De um modo geral, o calendário vai aliviar um pouco, com dois confrontos frente a adversários do terceiro e segundo escalões. Assim, para a Taça de Portugal há uma deslocação ao recinto do Olímpico do Montijo e na Taça da Liga segue-se uma receção ao Estoril, nos quartos de final da competição.

Bom regresso aos êxitos, SC Braga.

In Diário do Minho de 10-12-2020

Foto O Mundo Braguista

Partilhar