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O SONHO E A REALIDADE

O SC Braga encerrou a sua participação na fase de grupos da atual edição da Liga Europa, com um brilhantismo que o país não soube ou não quis reconhecer. Os Gverreiros do Minho venceram o grupo e com isso representaram bem Portugal a nível internacional, para compensar a fraca prestação de outros emblemas. Em Braga passar a fase de grupos há muito deixou de ser um sonho e apresenta-se como uma realidade transformada em objetivo, atempadamente definido pelo clube. 

A conquista do grupo C foi feita à custa de três vitórias, um empate e duas derrotas, o que permitiu atingir os dez pontos definidos pelo treinador como objetivo inicial. Para isso os arsenalistas venceram duas vezes o Hoffeinheim, uma das melhores equipas alemãs da atualidade, com a fulgência maior a surgir em solo alemão, quando a equipa de Abel Ferreira venceu por 2-1, na estreia da fase de grupos. Contra os búlgaros do Ludogorets, aconteceu uma inesperada derrota na Pedreira e um empate na Bulgária, respetivamente nas terceira e quarta jornadas. Frente aos turcos do Basaksehir, os bracarenses venceram em casa por 2-1, na segunda jornada e perderam, na última jornada, pelo mesmo resultado.

O jogo da Turquia era encarado com o único objetivo de manter o primeiro lugar do grupo, algo que foi conseguido apesar da derrota, uma vez que o empate registado na Alemanha, entre Hoffenheim e Ludogorets, não teve consequências classificativas. Para a história fica também o nome de Fransérgio como o melhor marcador de sempre numa fase de grupos, ao apontar quatro golos, o que lhe confere um papel determinante na classificação e no apuramento, mesmo estando ausente do derradeiro jogo, devido a uma lesão que se prevê prolongada.

O jogo de encerramento mostrava uma equipa com algumas alterações forçadas, pelos castigos de Marcelo Goiano e Ricardo Ferreira ou pelas lesões de Paulinho e Fransérgio. Mas a qualidade e o equilíbrio do plantel ao dispor de Abel Ferreira permitem apresentar um conjunto competitivo, como se verificou. O encontro decorria com uma intensidade propositadamente baixa, pois importava gerir o resultado e o seu contexto, evitando danos físicos nos atletas. Os turcos marcaram primeiro e chegaram ao intervalo a vencer, ainda que soasse a ideia de alguma injustiça para as cores minhotas. O empate chegaria na segunda parte, por intermédio de Raul Silva, resultado que, aliado ao que se verificava na Alemanha, em simultâneo, garantia a conquista do grupo. Porém, até final, surgiria novo golo turco na conversão de uma grande penalidade inexistente, “cavada” por Márcio Mossoró, algo que caiu mal nas gentes braguistas. O jogador brasileiro, por quem Braga nutre um carinho especial, pediria desculpas públicas pelo ato irrefletido, reconhecendo que não haveria razão para castigo máximo, algo que as imagens ilustravam facilmente. Felizmente o lance não teve consequências na classificação final.

O sonho de outras equipas voltou a ser a realidade do SC Braga, com um apuramento que acontece pela sétima vez em nove tentativas, sendo a única equipa a passar as fases de grupos nas competições europeias, além dos três “autoproclamados grandes”.   

Realizou-se ontem o sorteio da Liga Europa, que ditou o Marselha como adversário do SC Braga nos dezasseis avos de final. Será o regresso dos Gverreiros do Minho ao Sul de França, esperando-se que desta vez não desapareçam as chuteiras dos jogadores, como sucedeu na deslocação anterior, realizada na época de 2015/2016, então sob o comando de Paulo Fonseca. O sonho de chegar longe na competição continua e para isso é preciso defrontar os melhores.

O mês de dezembro contém jogos com caráter decisivo, em especial no que se refere à Taça CTT, ou Taça da Liga, pelo que se espera que surjam arbitragens isentas e não se repita a fraca arbitragem observada na Taça de Portugal, em que foi determinante na eliminação bracarense.

Sobre o jogo da Madeira frente ao Marítimo, de elevada importância, debruçar-me-ei no próximo artigo, devido a limitações de tempo.

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