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O regresso dos adeptos

Está a ser preparado, finalmente, o regresso dos adeptos aos estádios portugueses. Já não era sem tempo, diria eu. Não quero com isto menosprezar os efeitos da pandemia ou desculpabilizar os comportamentos irresponsáveis das pessoas. Longe disso. Mas é com bons olhos que vejo finalmente uma luz que parece indicar o caminho do regresso a uma certa normalidade.

O Euro 2020, que está a ser disputado em 2021, tem mostrado o regresso dos adeptos às bancadas como uma realidade, em variadas doses, de acordo com cada país que acolhe os jogos. Por exemplo, na Hungria temos o expoente máximo, onde a Puskas Arena surgiu repleta de adeptos para apoiar a Hungria, frente a Portugal, que foi derrotada por 3-0, e diante da França, onde ajudaram ao empate frente à campeã do mundo, a primeira grande surpresa deste "torneio". Noutros países a lotação permitida é bem mais modesta, mas uma coisa que se tem visto sempre é gente nas bancadas de todos os estádios, algo que é bastante aprazível e dá esperanças de um futuro próximo mais risonho.

Agora, analisada a presença dos adeptos no Euro 2020, é tempo é de observar internamente a responsabilidade de cada um, de modo a criar um coletivo forte e saudável, criando condições para que o público volte aos estádios em segurança, como parece o caminho a seguir. O ritmo da vacinação, mais célere do que se chegou a temer, é uma ajuda importante na criação de condições favoráveis à implementação de medidas que impeçam a morte lenta do futebol e à revitalização dos clubes, dando-lhes algum oxigénio para que possam respirar, mesmo que inicialmente seja com recurso a uma máquina qualquer.

A vida em geral também necessita de um regresso ao normal, que existia antes da pandemia, e não a um novo normal. É que algumas consequências da pandemia, por ora invisíveis, mostrar-se-ão com o decorrer do tempo. Desejo, com sinceridade, que a sociedade saiba adaptar-se de modo a minimizar os efeitos negativos da vivência de um período tão atípico. Pela importância relativa que damos às coisas, recomendo que cada um não faça da vida um rascunho, pois pode não ter tempo de a passar a limpo.

Esta semana marca o regresso, já amanhã, do SC Braga aos trabalhos. Tudo deverá começar pelos tradicionais exames médicos, onde deverão marcar presença muitos dos elementos que integrarão o futuro plantel, além de outros que acabarão por sair, sendo bastante admissível que outros elementos venham a ser integrados mais tarde. Cá estaremos para analisar, a cada momento, essas mudanças que o futebol dos nossos dias tornou inevitáveis.

Os trabalhos em Braga deverão ser conduzidos com destino ao primeiro objetivo da época, que é a conquista da Supertaça, frente ao Sporting em Aveiro, onde já deverão marcar presença os adeptos, repletos de saudades dos estádios. Este é um troféu que falta no Museu bracarense e a sua importância também se situa ao nível do alargamento do número de títulos, afinal o sustento maior do crescimento de qualquer clube. É hora de reunir, definir o grupo e lançar mãos ao trabalho árduo que está pela frente, para que juntos voltemos a vencer.

 

In Diário do Minho de 25-06-2021

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