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O Mercado

No meu percurso académico e pessoal foi-me sempre transmitida a ideia que o mercado se auto-regula, sob a premissa da lei da oferta e procura, embora na maior parte dos casos isso seja uma evidencia, vejam-se os casos recentes do álcool-gel e das mascaras, após o boom inicial da procura que fez disparar os preços, houve o aumento da produção e o decréscimo da procura, neste momento temos os preços destes bens a regressar aos valores ditos normais, ou pelo menos não tão elevados.

Noutros casos esta realidade já não é tão evidente, o futebol é um desses casos, o que dita a oferta e a procura?
Primeiro temos as clausulas de rescisão, clausulas essas que atingem valores absurdos valores completamente desadequados ao mercado nacional e que criam um fosso cada vez maior entre os clubes com poder económico e os que menos tem.
Temos ainda o “secar do mercado”, clubes que usam o poder económico para contratar jogadores simplesmente para impedir outro clube de o contratar, ou simplesmente, provocar o aumento do valor do jogador para o outro clube. Depois temos os empresários, são eles quem define o preço da “mercadoria”, sim, não nos iludamos para eles os jogadores são mercadoria, é como efetuar um registo de jogador no Luckia Portugal e depois esperar que o jogador seja um bonus chorudo!

O Mercado do futebol é ha muito tempo um autentico forrobodó, alguns clubes manipulam-no a seu belo prazer inflacionando-o ou fazendo baixar o valor da “Mercadoria” conforme lhes convêm, são inúmeros os casos de jogadores que foram negociados por valores estranhos, veja-se o caso do Diego Souza, continuamos à espera que o futebol leeks revele algumas destas situações de forma clara.

Ha outro problema claro no mercado do futebol, tendo este mercado dois períodos, é vergonhoso como se permite a transferencia de jogadores do mesmo campeonato a meio do mesmo, terminando com qualquer réstia que ainda poderia haver de verdade desportiva. O mesmo em relação a treinadores, estes não abrangidos pelos períodos de Mercado, sendo feitos em qualquer altura do mesmo, ha casos em que isso influencia a verdade desportiva, outros em que felizmente não como o caso do Ruben Amorim.

O futebol desde ha muito deixou de ser um desporto para ser um negócio, a criação das sociedades desportivas contribuiu para isso mesmo, permitindo inclusive que haja participações em diferentes sociedades desportivas. O jogo dentro das quatro linhas, aquele que apaixona o espectador, está cada vez mais longe do mesmo, será isto mesmo bom para o futebol?

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