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O MELHOR FUTEBOL NA LIGA DA MENTIRA

A “capital do móvel” recebeu, na abertura da jornada 30, o jogo entre Paços de Ferreira e SC Braga, que se antevia de elevado grau de dificuldade. O lançamento do jogo foi feito em conjunto pelos dois clubes, cujo resultado surgiu nas redes sociais e merecia maior destaque, uma vez que estas ações são cada vez mais raras, infelizmente. O Paços de Ferreira acedeu ao pedido do SC Braga de permitir que os seus adeptos ocupassem a bancada coberta, em detrimento da habitual bancada descoberta, o que, num contexto de ameaça de chuva, fez com que mais gente fosse assistir ao jogo in loco. Os sócios bracarenses tiveram uma ajuda parcial do clube para esta deslocação, tendo tal ação contribuído para a invasão de cerca de dois milhares de pessoas que se registou a uma sexta-feira, cujo transporte variou entre os autocarros e as viaturas particulares. O jogo decorreu sem quaisquer incidentes entre os adeptos dos dois clubes e no fim do jogo foi possível sair imediatamente após o apito final do árbitro, Fábio Veríssimo. A lamentar os excessos verificados por alguns adeptos nos festejos após o segundo golo bracarense, cujas ações negativas, de lançamento de artefactos pirotécnicos para o relvado, cessaram logo que o treinador Abel Ferreira pediu. Foram breves instantes em que o jogo parou e que não se devem repetir no futuro, a bem da boa imagem da Legião do Minho. Desde já ficam os meus agradecimentos, que serão os de muita gente creio eu, para com os pacenses e faço votos para que se mantenham na liga principal.

O SC Braga, vindo de um empate injusto em Santa Maria da Feira, com o contributo especial de João Capela, entrou forte no jogo e determinado em chegar à vantagem o mais rápido possível, pelo que nos primeiros seis minutos surgiram diversas chances claras de golo, entretanto desperdiçadas. O minuto sete foi importante no desenrolar do jogo, com o pacense João Góis a agarrar a camisola de Paulinho que surgia isolado, o que valeu a marcação de um penálti e o respetivo cartão vermelho. O avançado bracarense quis colocar tanto a bola que acertou na trave da baliza. Este desperdício afetou a clarividência habitual de Paulinho, que mesmo assim nunca regateou esforços ao longo do jogo. Mas a figura maior do encontro seria Wilson Eduardo que, num espaço de três minutos, marcou dois golos, correspondendo a duas assistências do central goleador Raul Silva, que davam tranquilidade aos comandados de Abel Ferreira. A vantagem de dois golos ao intervalo poderia ser mais elevada, se a eficácia atacante fosse superior. A segunda parte trouxe uma equipa arsenalista expectante, o que permitiu ao Paços de Ferreira respirar, atacar e reduzir a desvantagem. Os alarmes soaram e poucos minutos volvidos Ricardo Horta repunha a vantagem de dois golos. O insaciável apetite atacante dos bracarenses, que já começa a ser uma marca desta equipa, continuou a fazer estragos até final, em que surgiram os golos de Danilo e Dyego Sousa, cujo resultado final de 5-1 poderia até conhecer números mais amplos. A equipa correspondeu com bom futebol e golos ao enorme apoio chegado da bancada, pintada de vermelho e branco. O desejo do pódio continua bem vivo, apesar das fraudes regulares das arbitragens, que favorecem quem compete connosco.

O melhor futebol da liga mora em Braga, numa competição em que a verdade é mera ilusão. A classificação atual, que inclui diversas ajudas a alguns clubes e vários pontos subtraídos aos bracarenses, não traduz com verdade a prestação das diferentes equipas, sendo uma espécie de liga da mentira que as televisões e os jornais alimentam de forma vergonhosa. O surgimento de mais canais televisivos não acrescentou qualquer qualidade, havendo uma competição lamentável entre eles para ver quem consegue maiores audiências, bastante proporcionais à sua baixa qualidade.

O grupo fora dos três eucaliptos tem um poder que ainda não foi bem avaliado. As coisas podem mudar se eles unirem esforços, pois são mais as coisas que os unem do que aquelas que os separam, ainda que vários dirigentes não tenham tido a lucidez de análise. Quem dirige os eucaliptos diz querer uma competição forte e verdadeira, numa mentira traduzida na sua vontade de ganhar a qualquer preço. Há medidas urgentes a tomar para salvar o futebol em Portugal. Haja coragem.

O SC Braga B, orientado por Wender Said, venceu no 1º de maio o rival V. Guimarães B por 3-1, somando 3 pontos que são muito importantes. Foi a terceira vitória consecutiva, que abre boas perspetivas para a tão desejada manutenção.

 

Foto de Joaquim Lima.

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