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Novo ano, novos sonhos

A entrada no novo ano significa o surgimento de novos sonhos. É pelo menos esta a esperança braguista, depois de o ano anterior ter terminado de forma dolorosa, algo que ficou bem espelhado nas eliminações precoces da Taça da Liga e da Taça de Portugal, mas para isso são necessárias condições de exigência e compromisso de todos em prol de um bem coletivo maior.

A vinda a Portugal dos dirigentes do Flamengo e as constantes notícias surgidas, diversas vezes sem fundamento, sobre a eventual saída de Carlos Carvalhal do comando técnico do SC Braga abriu algumas feridas de difícil cicatrização. Só depois da eliminação da Taça de Portugal, em Vizela, é que o Presidente bracarense, António Salvador, veio colocar ordem na casa e dizer que o treinador tem contrato e vai cumprir, e que é com este grupo que “voltaremos a vencer”. Esta posição clarificadora só pecou por tardia, pois sabemos como os grupos de trabalhos ficam vulneráveis a algumas instabilidades provocadas por rumores ou notícias que digam respeito a quem comanda. Gostei da clara posição presidencial e espero, agora, que tenha aplicação prática efetiva e que a equipa seja capaz de realizar a restante parte da época em consonância com o valor que existe. A exigência tem de subir, em relação ao que tem sido feito, mas não tenho dúvidas que há condições para recolocar a equipa na rota dos êxitos. Aproveito para sugerir à estrutura bracarense que pensem na renovação de contrato com o braguista Carlos Carvalhal, que sente os êxitos e os insucessos no duplo papel de adepto e treinador, e cuja competência é por demais evidente.

O Natal careceu de doçura nas mesas braguistas, de modo a compensar a amargura provocada pelos resultados negativos observados, que inicialmente estavam distantes do pensamento generalizado, mas que alguns sinais foram indiciando para essa possibilidade se tornar uma realidade. Perante isto, faço votos para que neste novo ano regressem os motivos para sorrir na Legião do Minho e que a pandemia comece a dar sinais claros de caminhar rumo ao seu tão desejado fim.

O ano terminou com uma visita a Arouca, onde a equipa surgiu subtraída de vários elementos, devido a castigos, lesões e COVID, que anda mais contagiante do que nunca, tal como prometeu esta nova variante do vírus. Apesar desse enfraquecimento aparente, a equipa de Carlos Carvalhal surgiu em Arouca com muitos “canteranos” na convocatória, que acabaram por ser utilizados. Em estreia absoluta estiveram Miguel Falé, que foi titular com apenas dezassete anos, Dinis Pinto e Eduardo Schürrle, além da presença destacável de Roger Fernandes e dos “residentes” Vitinha, Bruno Rodrigues e Francisco Moura. Ficaram sentados no banco Jean Baptiste Gorby, já estreado, Leonardo Buta e Kobamelo Kodisang, estes por estrear. Ora, tanta gente da formação, que atuou sob a batuta do maestro Iuri Medeiros, era merecedora de um destaque elevado da imprensa especializada, se este fosse um país normal, onde todos os clubes tivessem os mesmos direitos, mas, sem surpresa, o destaque foi nulo ou andou por perto disso. Para os registos fica uma goleada das antigas, por 6-0, em que cinco dos golos foram marcados por Vitinha (3), que voltou a mostrar que se trata mesmo de um valor em quem se deve confiar, e Roger Fernandes (2), um menino de dezasseis anos, cujo sorriso, de quem aprecia cada segundo em campo, coloca o futebol no seu estado mais puro e natural.

Parabéns, SC Braga pela prestação em Arouca, onde a juventude de vários atletas sublinha a importância da Cidade Desportiva, mas desde já fica o alerta para a paciência que é necessária na colocação de tantos meninos, pois a pressa pode tornar-se numa inimiga indesejável.

Uma nota negativa, uma vez mais, para o isolamento dos dirigentes dos clubes que parecem incapazes de perceber a deserção que se está a verificar nos estádios, como se verificou em Tondela, Moreira de Cónegos e Arouca, e continuam a praticar preços elevados, nada condizentes com o nível de vida dos portugueses, nem com os espetáculos proporcionados em geral. Seria bom que os responsáveis pensassem que o futebol concorre, cada vez mais, com outras ofertas e trilhassem caminhos de recuperação dos adeptos e não do seu afastamento contínuo e progressivo.

 

In zerozero

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