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No feminino das taças

A atual época desportiva em Braga tem trazido momentos variados, com algumas oscilações indesejáveis, no que ao futebol feminino diz respeito.

A saída do anterior treinador promoveu o regresso de João Marques ao clube, ele que iniciara o projeto desportivo do futebol feminino em Braga. Houve também uma restruturação do plantel, com registo para várias saídas e outras tantas entradas, parecendo que, globalmente, o plantel ficava mais forte, com a entrada de nomes fortes como os de Patrícia Morais, uma guardiã das redes que dava garantias de qualidade, a neerlandesa Anouk Dekker, uma defesa de elevada craveira e experiência que também é importante a nível atacante, das internacionais Carolina Mendes e Vanessa Marques, que regressava a casa, e da brasileira Vitória Almeida, que acompanhou o técnico na mudança de Famalicão para Braga. Há outros nomes importantes no plantel, que certamente enriquecem o grupo de trabalho, entre eles a manutenção de nomes importantes, de jogadoras internacionais assim como de jovens promessas.

A primeira fase foi um passeio, com um apuramento em primeiro lugar que pareceu demasiado fácil, vencendo os sete jogos disputados, tendo marcado trinta e um golos e sofrido apenas um. Foi um percurso sem obstáculos de realce, em que foi evidente a baixa competitividade do grupo.

Seguiu-se a segunda fase e com ela chegaram as dificuldades, em quantidade superior ao esperado, havendo, até agora, um registo de três vitórias e outras tantas derrotas, além de um empate caseiro. Ora, estes números não se coadunam com uma equipa que aspirava ao título, pelo que ele cedo passou a ser uma miragem. Restavam, a nível interno, as Taças, da Liga e de Portugal, onde o futebol feminino brácaro deveria apostar as suas fichas. Foi neste contexto que se disputou, no estádio do Feirense, a final da Taça da Liga, onde as Gverreiras deixaram pelo caminho o Marítimo, com um acumulado de 6x0 nas duas mãos, e o Sporting, a quem venceram em casa e fora, conseguindo um apuramento justo para o jogo da decisão, frente ao Benfica, que surgia de ânimo reforçado por ser o principal candidato a ser campeão nacional. Foi uma final equilibrada, com algum domínio lisboeta e as melhores ocasiões de golo minhotas, mas cujo nulo após o prolongamento levou a decisão para os pontapés da marca de grande penalidade. Aí, as Gverreiras foram mais fortes e Patrícia Morais mostrou a razão de ter sido contratada, ao ser decisiva para o triunfo final. Estavam lançados os festejos dos muitos braguistas presentes e da equipa, envolta em toda a estrutura, que mereceu aquela alegria final. O SC Braga passa a ter agora no seu museu todos os títulos nacionais existentes, o que mostra bem a aposta certeira deste projeto. Afinal, ganhar e perder é desporto, mas é mais saudável se for mesmo a ganhar.

Assim, deixo os meus parabéns a todos os envolvidos nesta conquista, esperando que a felicidade de vencer possa ser replicada ainda esta temporada, apontando uma nota negativa para o facto de a final se ter realizado numa noite a meio da semana, quando o calendário permitia uma gestão diferenciada, que desse maior dignidade, numa tarde de sábado ou de domingo, à final realizada.

A prioridade da equipa agora vai para a Taça de Portugal, onde a meia-final coloca no caminho das Gverreiras do Minho o Sporting, depois de já ter eliminado, no 1º de maio, o Benfica duas rondas antes, com uma goleada de 4x0. Será mais uma batalha dura, a exigir competência da equipa, cuja preparação acredito esteja a ser bastante cuidada. Embalada pela vitória acima descrita, não faltará certamente motivação para que as comandadas de João Marques lutem com tudo por nova conquista, agora na Taça de Portugal. Sem descurar a imagem positiva que importa deixar na liga, é hora de se pensar no feminino das taças em Braga como objetivo central até final da época, um pensamento que continuará já no último dia deste mês, quando se disputar a primeira mão, no reduto das leoas.

Boa sorte, SC Braga para mais este importante objetivo de tentar vencer a Taça de Portugal.

 

In zerozero.pt

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