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Nem A, Nem B

A equipa B do SC Braga começou a época muito mal, na estreante Liga 3 onde integra a série A, e a determinada altura parecia que cada adversário era um colosso, apesar de aquele ciclo inicial de quatro jogos ter tido várias ocasiões em que o triunfo fugiu por pouco, tendo rendido o escasso pecúlio de três pontos, na sequência de três empates e uma derrota. Esse entendimento de que a equipa estava perto do sucesso ia surgindo jogo após jogo, mas com a equipa a ficar paradoxalmente cada vez mais para baixo na classificação, o que poderia afetar psicologicamente estes jovens atletas e o grupo de trabalho em geral. Porém, a vitória caseira, frente ao Montalegre significou um ponto de viragem nos resultados e foi entendida como o grito de revolta de um conjunto de jogadores de tenra idade que viu, finalmente, chegado o dia em que o seu labor fora premiado.

O primeiro sucesso da época deu um ânimo acrescido à equipa, que passou a encarar os adversários com mais confiança, pelo que os resultados começaram a aparecer com alguma naturalidade, com triunfos consecutivos em Felgueiras, frente à Sanjoanense em casa e em Pevidém, defrontando agora o Anadia, de novo como visitado.

O desaire registado neste último encontro, frente ao Anadia, não pode deprimir a equipa, que deve lutar com todas as forças que a sua juventude permite pela qualificação para a fase de apuramento de campeão. Foi um insucesso inesperado, mas um caminho não tem apenas pedras que se encaixam sempre, e de vez em quando surgem algumas deformadas, que desafiam as boas equipas. Que a jovem Legião se levante e siga em busca dos seus sonhos. Apesar da derrota registada nesta jornada, o percurso observado leva-me a pensar que o futuro pode ser sorridente.

A equipa secundária é bastante jovem, como referi acima, e tem ao leme um Gverreiro de coração, chamado Artur Jorge, que já ocupou o cargo de treinador em vários escalões, num verdadeiro espírito de missão de quem se sente um Homem da casa. Ele que, inclusive, terminou a época atípica em que a equipa principal do SC Braga terminou pela última vez no terceiro lugar, em 2019/2020, numa temporada em que houve tempo para que cinco treinadores participassem nos trabalhos, na negação completa do que deve ser um trabalho de projeto e de continuidade estável.

Os escalões de formação, que representam o percurso dos jogadores até à equipa principal, não têm por finalidade principal vencer competições, mas preparar atletas para integrarem o plantel da equipa A. Mesmo assim, se o percurso dos atletas puder ser feito com cultura de vitória o seu crescimento será, por certo, mais saudável.

É notório que o projeto desportivo do SC Braga tem um fio condutor entre as diferentes equipas, que funciona como elemento facilitador na integração dos atletas que vão sendo chamados aos trabalhos com os “mais crescidos”.

Estarei atento ao trabalho que se segue e voltarei a este tema no futuro, se a performance da equipa B o justificar, como eu espero, depois de ultrapassar a derrota registada.

Uma nota final para o resultado negativo da equipa A, que perdeu para a Liga Europa na Dinamarca, num encontro em que os erros significaram um preço elevado a pagar, mas cuja assunção por todos é o dado mais positivo. Assim, acredito que o reconhecimento e a análise dos erros cometidos são o primeiro passo para a sua superação e podem possibilitar que a equipa mostre menos vezes essa bipolaridade recente, de quem alterna o positivo com o negativo com uma frequência indesejável. Apesar do desaire verificado no frio dinamarquês, o apuramento em primeiro lugar continua ao alcance e depende apenas de uma vitória em casa frente ao Estrela Vermelha, algo que já bastava antes desta jornada europeia. Deste modo, desejo que a Pedreira seja a fortaleza que consiga ajudar a equipa a atingir o resultado que os adeptos almejam. É caso para dizer que nesta semana, nem A, nem B foram capazes de alegrar as almas braguistas. A seguir à noite segue-se o dia, por isso em frente é o caminho, pois há muito para ganhar.


In zerozero.pt

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