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NA ROTA DO SUCESSO

O SC Braga deslocou-se à Escócia, para defrontar o Rangers, no Ibrox Stadium, onde os adeptos criam sempre um ambiente hostil aos seus adversários. Depois de “refundado”, o clube escocês baixou aos escalões mais baixos, devido a graves problemas financeiros, e foi subindo até chegar novamente ao topo do futebol escocês. Habituados à pressão, os comandados de Rúben Amorim fizeram uma exibição enorme, durante cerca de uma hora, tendo chegado a uma vantagem de 2-0, através de um golaço de Fransérgio, no primeiro tempo, e de um bom golo do estreante Abel Ruiz, no segundo, desperdiçando inclusive situações claras para marcar o terceiro golo. Até que os escoceses, numa fase em que levaram o jogo para o seu lado mais caótico e beneficiando do lado mais físico observado naquele péssimo relvado, deram a volta ao jogo com muita sorte à mistura, marcando três golos num quarto de hora e dando um destino ao jogo que os arsenalistas não mereciam. Mas o futebol é assim mesmo, imprevisível e, também por isso, apaixonante. O 3-2 final deixa tudo em aberto para a segunda mão a disputar na Pedreira, já nesta quarta-feira, dia 26 de fevereiro, pelas 17 horas, onde o apoio do público poderá ser determinante, num horário impróprio para quem trabalha. Espero que as entidades patronais de Braga possam colaborar na dispensa dos quiserem ir ao jogo e que os estudantes, convidados pelo clube, compareçam em peso no estádio.

No regresso da liga portuguesa, os Gverreiros do Minho receberam e venceram o Vitória de Setúbal por 3-1 e retomaram o caminho dos triunfos, que os fez reentrar na rota do sucesso, bem visível na manutenção do terceiro lugar da tabela classificativa. O técnico bracarense fez oito alterações em relação ao onze apresentado na Escócia, devido a lesões, castigos e gestão do plantel, colocando de início no relvado oito portugueses, o que é assinalável nos dias que correm. A primeira parte terminou com o nulo no marcador, que premiava o acerto defensivo dos sadinos e castigava a ineficácia da equipa minhota na concretização. Pedro Amador entrou, no primeiro tempo, para o lugar do lesionado Sequeira e estreou-se pela equipa principal, acabando por fazer um jogo bastante positivo, para quem estava ali pela primeira vez. O segundo tempo trouxe os golos e, com eles, a emoção. O marcador foi inaugurado num grande golo de Ricardo Horta, que atravessa um grande momento de forma, coroado com as recentes eleições de melhor avançado e melhor jogador do mês de janeiro, na conclusão de uma boa jogada coletiva, que envolveu o menino Trincão, entretanto chamado ao jogo para o lugar de Diogo Viana, e Galeno, que passara a fazer o corredor direito e serviu com competência o seu colega, para gáudio das bancadas. A vantagem foi ampliada por Bruno Wilson, que regressou a Braga depois de meia época em Tondela, na sequência de um canto, que atesta bem o trabalho feito ao nível das bolas paradas. Os sadinos reduziram a diferença perto do minuto noventa, num lance avaliado pelo VAR e que deixou a sensação de irregularidade num primeiro momento, o que trouxe alguma incerteza sobre o desfecho final. No último lance a equipa sadina foi toda para a área arsenalista, incluindo o guarda-redes, para a marcação de um canto e na sequência do lance Trincão, bem servido por Ricardo Horta, caminhou sem oposição até à baliza adversária e concretizou um golo fácil. Os três pontos ficavam, com justiça, em Braga. Uma nota negativa para os auxiliares do árbitro que se demitiram da sua função principal, não assinalando lances de fora de jogo, protegendo-se sempre dessa forma, mesmo que em situações demasiado evidentes, o que enerva sobremaneira quem vê o jogo.

A equipa B perdeu 0-1 frente ao Berço, num jogo em que o resultado cruel mostra que no futebol a justiça se faz com golos. Mas a presença de mais dois jogadores desta formação no jogo da principal mostra bem que o trabalho continua a ser válido.

Ao nível da formação o destaque maior vai para a equipa de Sub-17 recebeu na Cidade Desportiva e goleou o Boavista por 6-0. A goleada ganha mais importância se atendermos a que se tratava de um concorrente direto na luta pelo segundo lugar. A equipa de Sub-19 foi ao terreno do Sporting empatar sem golos, faltando alguma sorte e competência da arbitragem para que a vitória fosse uma realidade. Porém, este empate mantém a invencibilidade da equipa e mostra que a luta pelo título está mesmo ao seu alcance. A equipa de Sub-15 selou a passagem à fase final através de uma vitória, por 2-0, sobre o Rio Ave. Espera-se agora que a fase final, quando chegar, mostre uma equipa competente, capaz de impor o seu valor.

A equipa feminina foi ao reduto do CF Benfica vencer por 6-0 e consolidou o terceiro lugar, estando mesmo assim aquém das expectativas, uma vez que a distância pontual para o topo não espelha a qualidade existente.

Os vários jogos desta jornada tiveram uma ação simbólica de luta contra o racismo e a xenofobia. Mas as coisas não podem ficar por estas ações esporádicas e exigem das entidades competentes determinação no sentido de banir a violência do futebol, além dos outros valores mencionados, pois só a sensação de segurança pode levar as famílias aos estádios, cada vez mais desertos, por culpa maior dos seus intervenientes.

 

Foto SC Braga

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