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Mês de decisões

O ano de 2021 está no seu derradeiro mês e este representa um período de decisões importantes em Braga, em especial nas competições internas a eliminar. Assim, na Taça da Liga o SC Braga está obrigado a vencer o Boavista, no estádio do Bessa, para poder marcar presença na final four novamente, ao passo que na Taça de Portugal a defesa do seu título passa por Vizela, onde a margem de erro não pode morar, sob pena de terminar precocemente a participação em alguma das competições.

Os tempos em Braga têm sido de recuperação do desempenho da equipa, que esta temporada tem registado uma irregularidade atípica e indesejada. Mas o futebol também é isto e há que encarar os problemas de frente, buscando soluções a preceito.

Na liga portuguesa, os Gverreiros do Minho alcançaram o quarto lugar, onde estavam os canarinhos, e até ganhou folga no posto, depois de ter vencido consecutivamente o vizinho Vizela (4x1) e, no último domingo, o Estoril (2x0), numa partida em que os bracarenses atuaram com dez elementos durante um largo período de tempo, devido à expulsão de Lucas Mineiro. Neste último encontro Ricardo Horta marcou mais dois golos, aproximando-se do recorde de golos no clube e ainda viu um penalti defendido pelo guarda-redes adversário. Os dois golos do triunfo, valoroso no contexto em que se disputou, foram a apologia completa do jogo coletivo, envolvendo em ambos os lances o trio mais adiantado, Vitinha, Iuri e Ricardo Horta, que voltou a ser o homem do jogo. Quem não esquecerá essa noite fria da Pedreira é Gorby depois de se estrear a jogar em Braga e, simultaneamente, na liga portuguesa, depois de se ter jogado uns minutos pela primeira vez contra o Moitense. Este é um jovem sobre quem existem muitas esperanças em Braga de ver o seu futuro futebolístico sorrir.

O agravamento dos números da pandemia em Portugal forçou à implementação de novas medidas restritivas no acesso aos estádios, que agora requerem o certificado de recuperação da doença nos tempos recentes ou, em alternativa, um teste negativo à maioria dos adeptos. As cautelas até se entendem, mas o critério de colocar cinco mil pessoas como lotação máxima para não exigir teste não faz qualquer sentido. Talvez fosse mais sensato, por exemplo, definir que a partir como fronteira um terço da lotação de cada estádio, pois facilmente se entende que cinco mil pessoas em Moreira de Cónegos ou Tondela, não representam a mesma percentagem de ocupação que a Pedreira ou o Dragão, por exemplo. Foi neste contexto que o SC Braga disponibilizou testes aos seus adeptos, a um preço simbólico no jogo contra o Estoril e gratuitos contra o Estrela Vermelha, o que levou mais pessoas às bancadas no jogo europeu, pelo que sugiro que nos próximos tempos o clube continue a oferecer os testes aos seus adeptos, de modo a promover o regresso gradual das pessoas ao estádio.

No retângulo de jogo, a equipa de Carlos Carvalhal sabia que um triunfo significava o apuramento em primeiro lugar, direto aos oitavos de final. Assim, a performance da equipa não foi suficiente para que o objetivo fosse atingido, uma vez que o empate a um golo mantém o SC Braga no segundo lugar, pois no outro jogo o empate manteve as classificações que estavam à entrada da última ronda. Deste modo, a equipa vai ser forçada a receber uma equipa proveniente das CL, nos dezasseisavos de final, em mais uma eliminatória que se adivinha complicada nesta Liga Europa. Mas a Legião mostra-se nos momentos mais duros e nada mais se espera por agora. 

 

In Diário do Minho de 10-12-2021

Imagem SC Braga

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