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MEDIOCRIDADE GERAL

A deslocação do SC Braga à Vila das Aves traduziu-se numa derrota, tão inesperada como lamentável, ante um adversário que até então tinha ganho um jogo e perdido onze! Não é engano, eram mesmo onze derrotas para a liga portuguesa que os avenses tinham averbado. Tal como tem sido habitual nesta deslocação, a equipa de Ricardo Sá Pinto voltou a contar com o apoio de uma moldura humana assinalável.

O D. Aves despediu há pouco tempo o treinador Inácio que tinha pela frente uma tarefa hercúlea, depois de lhe ter sido desfeito o plantel da época anterior e com o qual tinha obtido uma recuperação notável, conseguindo a manutenção, que para muitos parecia inatingível e fez entrar para o seu lugar Nuno Manta Santos. Este treinador é um nome que soa mal para os lados de Braga por esta altura, pois em pouco tempo retirou cinco pontos aos arsenalistas, sendo dois ainda no Marítimo e três neste jogo. Em ambos os jogos o treinador, jogou com o chamado “bloco baixo” (para alguns apelidado de “autocarro”) e esperando pelo erro do adversário. Foi assim em ambos os jogos e a estratégia teve sucesso, apesar de ser pouco ou nada apelativa para o futebol.

Sabendo da importância do jogo o SC Braga entrou em campo com vontade ofensiva, mas cedo Fransérgio cometeu um erro, numa displicente perda de bola que deu origem a um livre frontal e ao único golo da partida. Eduardo ajudou à festa, deixando a bola entrar pelo lado que era da sua responsabilidade. Um mau relvado e uma exibição paupérrima dos bracarenses trataram do resto, pois o resultado definido ainda no dealbar da partida não mais seria alterado. O árbitro Rui Costa consegue aliar à sua incompetência natural uma forma irritante de apitar, que coloca os nervos em franja à mais pacata alma das bancadas. A noite das Aves traduziu-se assim numa mediocridade geral, que por norma tem um preço e que neste se chama derrota, com a perda inaceitável de três pontos para quem ambiciona lutar pela parte cimeira da classificação. É preocupante a incapacidade manifestada pelo SC Braga perante adversários que jogam “fechadinhos atrás”.

Nota igualmente negativa para mais um mau serviço das forças de segurança presentes no estádio, que colocaram em polvorosa a bancada braguista, depois de terem retirado, sem qualquer critério, o bombo que era pertença da claque legalizada das “Gverreiras” e que por esse facto pôde entrar no estádio. Não satisfeitos os agentes da GNR bateram indiscriminadamente no final do jogo, usando uma vez mais a violência de modo arrogante e inadmissível, cujas bárbaras agressões obrigaram a tratamento hospitalar de vários adeptos. Desejo que a queixa anunciada pelo clube não se fique pelas intenções e vá até ao fim. São muitos os exemplos de maus serviços prestados ao futebol pelas forças de segurança, estando ainda bem viva na memória a recente queixa apresentada pelos ingleses do Wolves, em virtude dos maus tratos por parte da polícia, que uma vez mais fez questão de vincar a forma incompetente como organiza a segurança dos jogos, bem como o modo altaneiro como tratam os adeptos, independentemente da sua raça, cor ou religião. A mediocridade também esteve no trabalho das forças de segurança, mas isto já se tornou um hábito, infelizmente. Estas maus trabalhos das forças de segurança estão a matar o futebol, afastando cada vez mais os adeptos dos estádios. Basta!

O futebol feminino pode ter hipotecado as aspirações ao título desta época, depois de um empate no terro da Ovarense e que não estaria nas cogitações dos seus responsáveis. Perder pontos contra uma equipa que os rivais golearam não augura nada de bom para o grupo de Miguel Santos, no que respeita à defesa do título de campeão, que ostenta.

A equipa B do SC Braga interrompeu a série vitoriosa que registava, não fugindo aos registos de um fim de semana medíocre do SC Braga. Porém, é positivo o trabalho de Rúben Amorim, desde que chegou.

Ao nível da formação destaca-se a goleada de 4-0 obtida pela equipa de Sub-15 que deste modo salvou a honra do convento, uma vez que os Sub-17 empataram no reduto do Padroense e os Sub-19 cederam em casa um empate perante a frágil equipa do Vizela.

Nota final para Mariana Machado que conquistou a medalha de bronze no Campeonato Europeu de Corta Mato, no escalão de Sub-20. Parabéns, Mariana Machado.

 

Foto SC Braga

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