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Linhas discordantes

A época desportiva continua de modo acelerado em Braga, no que à equipa principal diz respeito. Os desafios têm sido difíceis e exigentes, o que provoca um natural desgaste nos jogadores, tanto a nível físico, como mental.

Desde o último artigo o SC Braga já perdeu, na Pedreira, com a AS Roma por 0-2 e deixou inclinada a eliminatória da Liga Europa (dezasseis-avos de final) para o lado italiano. Este foi um jogo em que a arbitragem vinda de Leste deu uma demonstração de falta de categoria para atuar a este nível, cujo erro maior, entre outros, foi o penalti não assinalado, em prejuízo luso, escapando ao árbitro e ao VAR.

Hoje é dia de regresso às competições europeias, com a visita a Roma a acentuar um desgaste, com viagens pelo meio, do qual espero não ver quaisquer reflexos nos próximos confrontos a nível interno, pois as visitas ao Nacional no próximo domingo, para a liga portuguesa, e ao Dragão na próxima quarta-feira, em jogo da segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, decidem muito da presente temporada. Os três próximos confrontos, a contar para três competições diferentes, são, assim, três deslocações que encerram um elevado grau de dificuldade, a exigir resposta competente da equipa.

No meio de toda esta aparente confusão competitiva, houve um jogo na Pedreira frente ao Tondela, em que os comandados de Carlos Carvalhal realizaram uma exibição de luxo ao longo da partida, a que nem os dois golos sofridos na parte final do jogo, numa altura de alguma descompressão, retiram o brilho observado. A equipa ao intervalo já vencia por 3-0 e chegou ao 4-0 logo no início da segunda parte, o que fez temer o pior para os lados tondelenses, cujo receio de registar números pouco usuais acabou por não se verificar, tendo os beirões conseguido “maquilhar o resultado”, como referiu o seu treinador depois do jogo. A boa exibição coletiva foi notória, mas há dois destaques individuais, com grandes exibições efetuadas, que são Lucas Piazon, que teve uma integração apressada e já é determinante na equipa, participando em muitos golos, ora marcando, ora assistindo, e de João Novais, que fez, na minha opinião, a melhor exibição desde que chegou a Braga, coroada com um golaço que levantaria o estádio, caso os adeptos ocupassem o seu lugar natural.

Este encontro frente ao Tondela teve um golo anulado, que daria o 5-1, por suposto fora de jogo, que nas imagens iniciais não parece existir, de todo, e cujas linhas apresentadas parecem discordantes da anulação. Começam a ser muitos casos de lances de fora de jogo em que as decisões são incompreensíveis ou duvidosas, quer seja por falta de calibragem, quer seja por deficiente colocação, com prejuízo claro traduzido em golos anulados ao SC Braga no Dragão, em Alvalade, em Moreira de Cónegos ou neste jogo, por exemplo. Ora, não havendo fiabilidade elevada nas linhas, nem transparência na forma como são colocadas em comparação co Inglaterra, por exemplo, seria de bom senso definir uma margem de tolerância, enquanto a credibilidade desta tecnologia não for semelhante à da linha de golo, em que as decisões não deixam dúvidas a ninguém.

In Diário do Minho de 25-02-2021

 

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