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Legião Europeia

A temporada atual tem trazido amarguras internas aos braguistas, mas a nível internacional tem surgido, de Braga, uma autêntica Legião Europeia, pela forma como a equipa bracarense tem reforçado o seu prestígio internacional, com reflexos positivos para o país futebolístico.

O recente percurso europeu dos arsenalistas começou com um direito duplo de participar na Liga Europa, vindo da época passada, devido às conquistas do quarto lugar e da Taça de Portugal, que reforçou o espólio de conquistas dos brácaros. Foi como vencedor da Taça de Portugal que o SC Braga conquistou a entrada direta na fase de grupos da presente edição da Liga Europa, onde era, à partida, o único represente luso na competição. Entretanto, o FC Porto já passou pela competição, proveniente da Liga dos Campeões, mas já foi eliminado nos oitavos de final, ante os franceses do Ol. Lyon.

Os Gverreiros do Minho foram para o sorteio como cabeças de série e pode dizer-se que a sorte não foi madrasta para os minhotos. Calharam como companheiros de grupo do SC Braga as equipas do Crvena Zvezda (Sérvia), Midtjylland (Dinamarca) e Ludogorets Razgrad (Bulgária). A prova até começou mal, com uma derrota algo inesperada na Sérvia, mas no final da fase de grupos os comandados de Carlos Carvalhal conseguiram dez pontos, através de três vitórias e um empate, registando ainda duas derrotas, o que se traduziu num indesejado segundo lugar que forçou a um play-off ante uma equipa proveniente da Champions, algo que era novidade esta época. Era o quarto adversário da época que esteve envolvido na prova milionária.

Na primeira vez a eliminar, os brácaros defrontaram os moldavos do Sheriff, na localidade de Tiraspol, um clube dominado por dois milionários com ligações russas, numa localidade que é uma espécie de estado dentro da Moldávia. A primeira mão vergou os minhotos a uma derrota por 2-0 e tudo parecia perdido, mas foi o momento de surgir uma união global e uma crença elevada que levou o SC Braga a superar, pela primeira vez, uma desvantagem de dois golos, e garantindo a passagem aos oitavos de final, onde o sorteio ditou como adversário o AS Monaco, que não jogou a eliminatória anterior pelo facto de ter vencido o grupo onde esteve inserido.

A primeira mão disputou-se na Pedreira e proporcionou a Braga mais uma grande noite europeia, graças à vitória por 2x0 e a uma grande exibição Gverreira. Os nomes maiores desse registo foram os de Abel Ruiz e Vitinha, por terem marcado um golo cada um, a abrir e a fechar o encontro, respetivamente. Ora, essa vantagem fazia passar pelos pensamentos braguistas a ideia de que continuar em prova era alcançável, ainda que se admitisse um jogo de sofrimento no Mónaco, numa altura em que internamente a equipa acentuava a sua irregularidade, sobretudo ao nível dos resultados.

A segunda mão levou ao principado muitas almas Gverreiras, com muitas outras a torcerem juntas, mesmo que longe. É assim que o coletivo, da equipa e adeptos, se torna mais forte a ponto de superar obstáculos grandes, como os monegascos que viram a superioridade arsenalista ser uma realidade nos dois jogos, traduzida na passagem aos quartos de final, através deste empate a um golo registado a contribuir para este desfecho, depois do triunfo conseguido no Minho. Curiosamente, o SC Braga entrou determinado no encontro e chegou à vantagem, que se manteve até aos últimos instantes, por intermédio do internacional espanhol Abel Ruiz, que assim se revelou como o nome maior da eliminatória, ao dar um contributo decisivo depois de marcar nos dois jogos, com Matheus a sobressair, também, pela segurança transmitida na baliza e David Carmo a confirmar o seu regresso feliz a um nível elevado que tem espantado tudo e todos. Mas houve diversos nomes que nos encontros frente aos monegascos estiveram a bom nível, emergindo entre eles o de Fabiano que passou de patinho feio a cisne na equipa, pela forma positiva como se tem exibido ultimamente.

A epopeia bracarense inclui agora, pela frente, os escoceses do Rangers, um adversário que permite que o sonho europeu possa continuar e esta história dourada possa ter mais algumas páginas. Se o sonho comanda a vida e não é proibido, então que ele invada a ambição de todos os braguistas, elevando ainda mais a união à volta de novas alegrias além-fronteiras, sem esquecer que há um quarto lugar demasiado importante para manter a nível interno, onde a escassa vantagem do momento não recomenda distrações.

 

In zerozero.pt

Foto SC Braga

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