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LÁ FORA BEM E CÁ DENTRO MAL

A deslocação do SC Braga a Bratislava (Eslováquia) para defrontar o Slovan, na última jornada da fase de grupos da Liga Europa, foi coroada de pleno êxito. Fazer mais uma boa exibição e vencer, em forma de goleada, por 4-2 permitiu terminar o grupo como “Campeão de Série (K)”. Mesmo que esta designação não exista soa bem a qualquer braguista e, quiçá, a qualquer português.

Em relação ao jogo propriamente dito, o treinador Ricardo Sá Pinto rodou a equipa, dando oportunidade e minutos de jogo a atletas menos utlizados. Deste modo, Tiago Sá estreou-se na baliza e saiu-se bem, não sendo responsável nos golos sofridos e sendo sereno na sua função. Trincão, outro produto da formação cujo potencial não oferece dúvidas, foi titular pela primeira vez a nível europeu, conseguindo a segunda titularidade na equipa principal depois de Leça da Palmeira. O jovem realizou uma boa exibição, a justificar claramente mais tempo de utilização, sendo mesmo o melhor em campo na minha opinião, pelo que não espanta que os “olhares” de grandes emblemas persistam na sua contratação. Outras aparições dignas de registo são as de Agbo, que mostrou ser uma opção credível no meio campo, João Novais, que finalmente parece surgir com poder de decisão, como se observa no lance do terceiro golo ou o livre bem marcado que o guarda-redes local fez questão de defender com competência e de Rui Fonte, que marcou um golo, o que é muito importante num avançado.

A noite fria da Bratislava permitiu que os Gverreiros do Minho atingissem números marcantes com a vitória obtida, a saber: recorde nacional de jogos invictos na UEFA, agora ampliado para treze; recorde de pontos do SC Braga nesta fase, que fica agora em 14; recorde de golos do SC Braga numa fase de grupos, num total de 15, sendo a equipa que marcou mais golos nesta fase. Trata-se, portanto, de um registo verdadeiramente impressionante a nível europeu, que honra certamente Portugal.

O sorteio dos dezasseis avos de final ditou que o Rangers FC, da Escócia, fosse o adversário do SC Braga. Pelo facto de ter vencido o seu grupo, o conjunto arsenalista entrou no sorteio como cabeça de série, pelo que joga a primeira mão fora e a segunda disputar-se-á na Pedreira, onde se espera a decisão.

Em relação à liga portuguesa e depois de perder de modo consecutivo com os dois últimos da classificação pouco ou nada apetece dizer. Porém vou debruçar-me um pouco sobre a competição, onde o SC Braga recebeu o Paços de Ferreira, acantonado na penúltima posição, pelo que era previsível à partida que surgisse no novo relvado a jogar fechado e à espera do erro do adversário, à semelhança de várias outras equipas. Ciente das dificuldades esperadas, o conjunto bracarense entrou bem no jogo, mas revelando uma ineficácia que viria a ser fatal, desperdiçando algumas chances claras de golo. O primeiro tempo decorria em sentido único, com os castores a aliviarem sempre para longe as bolas de iam defendendo, até que surgiu o único golo do encontro, precedido de uma falta clara não assinalada por Fábio Veríssimo, que estava bem perto do lance. Inaceitável a razão de o VAR não corrigir tamanha falha, que colocava o Paços estava em vantagem. O árbitro voltou a ser ele mesmo, assumindo um protagonismo fútil ao falhar gravemente na parte final do jogo, ao não assinalar um penalti inequívoco e que o VAR, uma vez mais, não corrigiu. Foram dois erros grosseiros, com influência direta no resultado. Este árbitro é muitas vezes “infeliz” a apitar os arsenalistas. Não obstante, parece existir um bloqueio psicológico da equipa de Ricardo Sá Pinto em relação à liga portuguesa onde está mal, pois perder contra os dois últimos e não encontrar antídoto para contrariar o antijogo destas equipas mais fracas é preocupante. Desejo que este rumo negativo seja invertido rapidamente, sob pena de a recuperação se tornar inviável com o decorrer do tempo da competição.

Segue-se a deslocação à luz, para a Taça de Portugal, onde se espera uma resposta competente da equipa, assim como em Paços de Ferreira no próximo domingo para a Taça da Liga.

O futebol feminino perdeu contra o Benfica e mostrou que a época se resumirá agora à tentativa de conquistar a Taça de Portugal. Nota negativa para a arbitragem que na etapa inicial transformou um lance de penalti e expulsão contra o Benfica numa falta atacante inexistente. Assim é difícil.

A equipa B do SC Braga perdeu em Merelim e não aproveitou os deslizes dos adversários diretos. Já ao nível da formação destaca-se a segunda vitória seguida dos Sub-23, ambas por 1-0, o triunfo dos Sub-19, em Famalicão por 2-0, que vale a manutenção da liderança isolada na classificação e o triunfo dos Sub-15 em Paços de Ferreira por 3-2, que permite seguir na frente de modo isolado.

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