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Gverreiros pausam em segundo

Terminou domingo, na Luz, a fase frenética e muito intensa de jogos, que incluiu a disputa de sete jogos em vinte e dois dias, havendo pelo meio encontros com elevado grau de dificuldade, como o dérbi em Guimarães e esta deslocação a Lisboa, a nível interno, e três jornadas, em semanas seguidas, na fase de grupos da Liga Europa, onde a competitividade é sempre grande. Ora, tudo isto, aliado a um plantel que ficou curto, por opção, e ainda reduziu mais com a impossibilidade de atuarem, por diferentes razões, Fransérgio, David Carmo, Ricardo Horta e Gaitán, complicou ainda mais a gestão física dos jogadores, que se recomendava a fim de evitar lesões e a permitir ter uma equipa razoavelmente fresca em campo, pois este adversário surge na presente época com todas as fichas apostadas e é, em teoria pelo investimento feito, o mais sério candidato a vencer tudo a nível interno.

O treinador Carlos Carvalhal tinha prometido respeito total ao Benfica, mas também surgir em campo sem qualquer medo do adversário. Promessa cumprida, como se viu pela forma como controlou a primeira parte, em que tornou inócua a produção lisboeta e ainda permitiu atacar com perigo a baliza adversária, a ponto de sair para o intervalo a vencer, graças a um bom trabalho de Iuri Medeiros no golo obtido. O segundo período apresentou Francisco Moura, mais um grande produto da formação bracarense, ao mundo do futebol, especialmente para aqueles que não o conheciam e os benfiquistas vão demorar a esquecer o seu nome, pois ele marcou dois golos na Luz, mesmo atuando em zonas do terreno mais recuadas, sendo o nome maior do encontro, seguido de perto por Al Musrati, cuja exibição parece ter passado para além das medidas do relvado. Outro nome que merece destaque é André Castro, que vive cada momento como se não houvesse amanhã e parece mesmo que sempre jogou em Braga. A reação benfiquista que se seguiu a tamanha desvantagem, de três golos, mostra a qualidade da equipa e forçou a equipa arsenalista a sofrer bastante para conseguir segurar o triunfo final pela margem mínima. A alegria do grupo era evidente e estendia-se a todo o lado onde houve um coração braguista a sofrer com as incidências do jogo, capazes de colocar à prova a sua capacidade cardíaca.

O triunfo obtido na Luz, segundo consecutivo para a liga portuguesa, permitiu chegar ao segundo lugar à luz dos regulamentos, ainda que os jornais desportivos fizessem questão de colocar em terceiro por troca com o Benfica, e confirmou matematicamente o apuramento para a final a oito da Taça da Liga, concretizando assim um objetivo claro na época, onde o Braga vai defender o título de Campeão de Inverno que ostenta por agora.

As competições de clubes param agora para os jogos das seleções e os Gverreiros do Minho pausam no segundo lugar. Agora é preciso descansar um pouco, aliviar a mente, recarregar baterias e reagrupar as tropas, pois a competição voltará exigente, uma vez que os resultados positivos alimentam o ego dos braguistas, aumentam o tamanho dos seus sonhos e são esses sonhos que comandam as suas vidas desportivas.

 

In Diário do Minho de 12/11/2020

Foto: SC Braga

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