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GOLEADA PARA LÁ DO MARÃO

O tempo invernoso fez uma pausa para o SC Braga se deslocar a Chaves, uma cidade normalmente acolhedora e de boas relações com quem os visita. Nessa perspetiva, o clube organizou a deslocação em autocarros a Chaves, com partida de manhã, muitas horas antes da realização do jogo. A saída prematura de Braga foi, na minha opinião, um erro de cálculo e retirou adeptos do jogo, forçando outros a deslocarem-se em viaturas próprias. Obviamente que nestas situações nunca se consegue agradar a todos, mas sublinho que, sendo esta uma deslocação curta, a saída antecipada foi um erro.

Em relação ao jogo de Chaves, o SC Braga entrou em campo disposto a dar continuidade ao recente percurso de excelência realizado na liga, pelo que não estranhou a entrada forte, autoritária e concentrada, predicados se juntam à classe habitual dos Gverreiros do Minho que com ela chamam muita gente aos estádios, pelo que não espantou que estivesse bastante mais público neste encontro do que na recente visita do Sporting, com muita gente a viajar desde Braga ou arredores para prestarem o justo apoio a estes Gverreiros. A legião esteve presente ao lado de quem os representa tão bem, por muito que isso custe à comunicação social. Os arsenalistas foram avassaladores em campo, marcando quatro golos e deixando outros tantos por concretizar. O conjunto flaviense é um dos que melhor futebol joga em Portugal, mas frente aos comandados de Abel Ferreira não conseguiram contrariar o maior poderio adversário, pelo que houve goleada para lá do Marão por 4-1, com os dois golos de Ricardo Horta, além dos de Bruno Viana, que abriu o ativo e de Paulinho, um avançado que evolui a cada dia que passa. Estes números que esclarecem bem o domínio e a classe evidenciada.

O triunfo obtido em Trás-os-Montes permitiu aos Gverreiros de Abel Ferreira a manutenção na luta pelo pódio, confirmando a melhor fase da época, com seis triunfos consecutivos, ficando ainda em aberto a possibilidade de bater diversos records no clube, como o maior número de pontos ou o maior números de vitórias numa época. Curiosamente, esta tem sido uma época farta ao nível da concretização, com um score positivo de 15-1 nas três últimas deslocações, o que sublinha indelevelmente o atual poderio ofensivo do conjunto de Braga.

A equipa B do SC Braga deu dois passos atrás na recuperação frágil que estava a realizar, ao perder em casa por 1-2 contra o último classificado, Real SC. A difícil situação em que a equipa se encontra amplia demasiado os erros individuais, que por norma têm consequências nefastas que colocam em causa os objetivos coletivos. Numa altura em que foi assumida a entrada na liga de sub 23, a eventual descida da do conjunto secundário coloca em causa a sua continuidade de forma clara e objetiva. Mas ainda faltam muitas jornadas para o fim da segunda liga, pelo que o único caminho é seguir em busca dos pontos que possam valer a manutenção desta jovem equipa, para que a decisão relativa à sua continuidade, ou não, possa ser tomada em consciência, tendo em consideração o que melhor serve os interesses globais do clube liderado por António Salvador.

A Sporttv descobriu recentemente a pólvora, com a introdução do programa “Juízo Final” que pela sua (fraca) qualidade fica próximo de demência. Basicamente o programa tem cinco personagens, sendo três delas afetas aos eucaliptos, além do apresentador e do ex-árbitro Pedro Henriques. Munidos de meios que bem podiam ter melhor utilidade, a “equipa dos cinco” analisa os lances polémicos dos jogos que envolvem os três do sistema, chegando ao detalhe da análise “frame a frame”, como se o jogo de futebol fosse passível desta observação de imagens paradas ou quase. Enquanto cliente sinto-me indignado com este programa, de qualidade tão vil que merece a reprovação de todos. O canal desportivo quis inovar e fez porcaria, votando a maioria dos clubes a uma discriminação que só acentua o tratamento desigual entre os clubes. Depois, vêm falar da falta de competitividade da liga portuguesa, bem espelhada nos miseráveis resultados registados nas competições europeias. Como braguista sinto que o meu (e nosso) clube é ignorado neste programa que, pelo seu conteúdo ou falta dele, acabará rapidamente, uma vez que não há paciência para tamanha vergonha, que se acentua se olharmos para os “especialistas” que analisam os lances seletivamente escolhidos. Pelo que descrevi, desejo o fim do programa, devolvendo espaço à discussão sobre o jogo, por quem o sabe fazer. Que o “Juízo Final” desapareça da televisão, a bem da sanidade mental dos portugueses.

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