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FALTA DE ESTOFO

O SC Braga foi eliminado no acesso à Liga Europa, perante um adversário claramente mais fraco. Na Ucrânia registou-se um empate 1-1 e as perspetivas eram, por isso, boas na eliminatória. A Pedreira recebeu o jogo decisivo, em que os arsenalistas saíam na frente e nas mentes braguistas só se admitia a passagem. Assim, a primeira parte foi amorfa e com ausência de oportunidades de golo, pelo que o nulo castigava as duas equipas. No segundo tempo, o SC Braga adiantou-se no marcador, num livre superiormente marcado por João Novais. Mas os jogadores do Zorya não se deram por vencidos e poucos minutos volvidos empataram. Os bracarenses voltaram a marcar, num belo golo de Ricardo Horta, claramente o melhor jogador do conjunto de Abel Ferreira, por estes dias. Mas os ucranianos não desistiram e foram em busca do empate, que conseguiriam, num golo que revelou as fragilidades defensivas dos arsenalistas. Quem comete aqueles erros defensivos não podia aspirar a passar e foi o que aconteceu. O apito final apenas confirmou a eliminação precoce das competições europeias.

A saída dos jogos internacionais criava uma disponibilidade inesperada para a abordagem às competições internas. Esta era a outra visão do fracasso europeu vivido, olhando para o lado positivo e a opinião geral era que a equipa iria reagir com veemência.

Com o orgulho ferido, os comandados de Abel Ferreira surgiram, sem alterações, nos Açores, dispostos a responder que firmeza. Sem muitas pressas, o SC Braga chegava com alguma facilidade à vantagem de 3-0, que se registava ao intervalo, graças aos golos de Pablo, Wilson Eduardo e Dyego Sousa. Pensou-se que o jogo estava resolvido e nem os braguistas mais pessimistas ou os açorianos mais otimistas admitiam outro resultado que não fosse a vitória bracarense. Puro engano, pois o Santa Clara entrou determinado na segunda metade e marcou bem cedo, fazendo ainda mais dois golos, tudo num no curto espaço de tempo, inferior a vinte minutos. Esta reviravolta no marcador, que se traduziu no empate final de 3-3, aconteceu porque a equipa revelou uma enorme falta estofo para segurar a vantagem larga que conseguiu e evidenciou, ainda mais, as enormes fragilidades defensivas que o tempo tem acentuado em vez de corrigir. A igualdade final sabe claramente a derrota e deixa apreensivos aqueles que querem dar corpo ao sonho de António Salvador, uma vez que a equipa não teve classe para gerir uma vantagem tão grande, que conseguira na etapa inicial. Por momentos, durante o segundo tempo, cheguei a pensar que o SC Braga estivesse a jogar contra a Juventus ou o Manchester City, tal a forma como era vergada perante um adversário que deveria estar deitado no tapete, em vez de lutar pelo resultado. Foi uma segunda parte simplesmente miserável, do pior que vi até hoje na equipa de Braga. Os Gverreiros do Minho esqueceram-se de comparecer no segundo tempo e isso custou dois pontos e mais três golos sofridos.

Agora, depois de uma semana horrível em que a equipa sofreu cinco golos em dois jogos, frente a adversários claramente inferiores, importa olhar para o futuro e devolver o sentimento de segurança aos adeptos, que surgirão nos próximos jogos sempre com receio de novos erros defensivos. O meio campo, após a saída por lesão de Claudemir, tem revelado pouco consistência defensiva e a entrada de Palhinha, nos Açores deveria ter acontecido muito antes, de modo a devolver o equilíbrio à equipa, que, se quer lutar por objetivos maiores, nunca pode deixar fugir dois pontos desta forma lamentável. As respostas negativas da equipa, que estranhamente lida mal com as vantagens no marcador, são tudo o que a comunicação social e os “opinadores” querem para derrubar a legião minhota.

O fim de semana foi negro, também, para as equipas B e de sub 23. Os comandados de Wender Said perderam frente ao Estoril por 0-1 e nem de penálti conseguiram marcar, frente a um conjunto que aspira regressar rapidamente à primeira liga. Os sub 23 estrearam-se com a receção, em Fão, ao Benfica e estiveram a vencer por 1-0. Porém, uma expulsão colocou a jovem equipa de Braga a jogar com um a menos e permitiu que os lisboetas marcassem três golos e vencessem o encontro inaugural desta competição.

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